Os manifestantes que representam a imensa maioria da nação decidiram antecipar em um dia a chegada do mês dos furacões políticos
O segundo mandato que começou oficialmente em
janeiro de 2015 morreu de calhordice em dezembro de 2014.
O outono da
hegemonia lulopetista começou no verão deste ano, que também antecipará a
chegada do mês dos furacões políticos: agosto de 2016 começará em 31 de
julho, com a volta às ruas dos milhões de manifestantes que representam
a imensa maioria do povo brasileiro.
Segundo o comunicado dos
organizadores da mobilização, serão três as bandeiras desfraldadas em
outro domingo histórico:
- Aprovação do impeachment de Dilma Rousseff no Senado (marcada para dia 2 de agosto);
- Apoio perene à Operação Lava Jato e a todos os agentes da Justiça Federal e do Ministério Público Federal;
- Prisão de todos os políticos corruptos, independentemente do partido. Chega de corrupção e de impunidade.
Entre março de 2015 e março passado, cinco
domingos mudaram os rumos do país. Portentosas manifestações de protesto
transformaram a Operação Lava Jato em patrimônio nacional, acuaram a
seita lulopetista, obrigaram a Câmara a aprovar o impeachment de Dilma
Rousseff, forçaram o aval do Senado ao julgamento da governante fora da
lei e despejaram do Planalto a alma penada que hoje assombra o Palácio
da Alvorada.
Caberá ao sexto domingo transmitir a advertência aos
senadores pendurados no muro: urnas punem os que ousam zombar da fonte
de todo o poder. O eleitorado castigará severamente quem apoiar a
exumação da Era da Canalhice.
As multidões vitoriosas não tomaram praças e
avenidas para reivindicar a ascensão de Michel Temer, mas para exigir
que Dilma, Lula, o PT e seus comparsas dessem o fora. O Brasil decente
endossou a posse do candidato a vice-presidente eleito pela coligação
PT-PMDB porque assim determina a Constituição.
Os ministros demitidos
por tentativa de obstrução da Justiça fizeram o que foi feito por Lula,
Dilma, o PT e seus comparsas. Todos temem a República de Curitiba porque
agiram juntos no esquema corrupto concebido pelo chefão para saquear a
Petrobras. Que sejam todos engaiolados. O resto é conversa de meliante.
Até agora, Temer não apareceu nas patifarias do
Petrolão. Em menos de um mês, José Serra revogou a política externa da
cafajestagem, Henrique Meirelles provou que existem saídas para a crise,
abriu-se a malcheirosa caixa-preta da TV Brasil, fechou-se a
torneira que irrigava as contas bancárias dos abutres da esgotosfera.
Parece pouco? É o suficiente para confirmar que nenhum governo consegue
ser mais apavorante que o bando de ineptos e larápios que controlou o
país durante 13 anos.
Quaisquer que sejam os caminhos que levarão para
longe do abismo, todos começam pelo sepultamento definitivo da aberração
que arrasou o Brasil. Dilma quer voltar porque lhe faltam neurônios
para entender que foi reduzida a nada. O PT quer ressuscitá-la para
corrigir os erros arrolados na “autocrítica” que revelou sem rodeios o
sonho que persegue: fazer do Brasil uma Cuba mais alta e mais gorda que
zurra em mau português. Confira o trecho do documento que condensa a
confissão dos crápulas:
“Fomos igualmente descuidados com a
necessidade de reformar o Estado, o que implicaria impedir a sabotagem
conservadora nas estruturas de mando da Polícia Federal e do Ministério
Público Federal; modificar os currículos das academias militares;
promover oficiais com compromisso democrático e nacionalista; fortalecer
a ala mais avançada do Itamaraty e redimensionar sensivelmente a
distribuição de 5 verbas publicitárias para os monopólios da
informação”.
A miragem autoritária foi pulverizada pela
oposição real na impressionante mobilização de 13 de março. Os
stalinistas de chiqueiro não dormem direito ao lembrarem o que viram
naquele domingo. Serão condenados à insônia eterna pelo que verão em 31
de julho.
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