Posted: 01 Nov 2016 02:25 AM PDT
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Até
ontem, R$ 50 bilhões retornaram ao Brasil com a Lei de Repatriação de
recursos enviados ilegal ou indevidamente ao exterior. A tributarista
Velhinha de Taubaté acredita que a maior parte da grana que voltou não
foi obtida e exportada de forma ilícita. Na visão dela, isto é coisa de
intrigueiros, já que nenhum dinheiro sairia ilegalmente do Brasil sem
que a rigorosa fiscalização da Super Receita Federal pudesse perceber.
Agora,
a Velhinha de Taubaté comemora que os bilhões retornam esquentadinhos
oficialmente, para socorrer o caixa do tesouro com as multas e para o
tsunami de investimentos (sobretudo na construção civil) previsto pelo
governo do PMDB – que é uma continuidade cínica, que tenta ser menos
piorada, da catastrófica gestão da petelândia. A hipercrédula idosa
acredita, fervorosamente, que tudo vai melhorar rapidamente na economia
brasileira.
A
Velhinha de Taubaté também confessou que entrou em orgasmo ouvindo a
Voz do Brasil de ontem. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles,
avisou que não haverá aumento de impostos porque o governo evitará o
crescimento de despesas com a PEC do Teto de Gastos. Meirelles só faltou
prestar juramento para negar o aumento da carga tributária: "Só seria
necessário se as despesas continuassem a crescer descontroladamente. No
momento em que o governo corta na carne, elimina a necessidade de
aumentar impostos".
Nem
precisa criar mais que os 92 impostos, taxas e contribuições em vigor.
Por que Meirelles não fala em reduzir o número de impostos? O que o
governo já está fazendo – e os empresários estão sentindo na pele – é
aumentar o apetite da furiosa máquina de arrecadação. As variadas
gestapos fiscais, na União, Estados e municípios, vai aumentar o aperto a
quem tenta o milagre de produzir e gerar empregos. A previsão é que
mais empresas sejam forçadas a pedir Recuperação Judicial, gerando um
clima negativo com a oficialização de calotes e quebra de compromissos. A
situação degrada, mas o governo vende a idéia contrária...
Ontem, simbolicamente, ficou claro que as coisas não mudam no Brasil, porém se reformam. Marketeiros de Michel Temer mudaram o formato da velha Voz do Brasil. Criaram até uma versão mais moderna da ópera “o Guarani”, de Carlos Gomes. No entanto, voltaram com o velho bordão que consagrou o programa: “Em Brasília, 19 horas”. Só faltou ressuscitar a voz do falecido Alberto Cury – que ficou estigmatizado pela leitura do Ato Institucional número 5, em 13 de Dezembro de 1968...
A Voz do Brasil é tão ou mais velha que a Velhinha de Taubaté. O anacronismo radiofônico, que suja a programação das emissoras com o oficialismo noticioso, está há 81 anos no ar. Entrou para o Guiness Book of the Records em 1995 como o mais antigo programa do Hemisfério Sul - no ar desde 1935 (herança da Era Getúlio Vargas).
Agora, só falta ao governo Temer ouvir, de verdade, a voz dos brasileiros que desejam mudanças estruturais efetivas – e não reforminhas na base dos efeitos especiais. No entanto, no ritmo de crescente hegemonia do PMDB, apesar de uma resistente impopularidade, não é previsível que algo mude de verdade – a não ser que as delações premiadas da Odebrecht, na Lava Jato, consigam atingir a prometida centena de políticos corruptos.
A Velhinha de Taubaté acredita que tudo vai melhorar. Viúva de $talinácio, a famosa idosa só não pede o Temer em casamento para não magoar a a bela Marcela...
Taxiando para Curitiba?
Desastro
Jura?
Sem perdão
Queda libertina
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