"Hegemonia cultural significa que, aconteça o que acontecer, os mesmos "scripts" inculcados na mente popular pela ideologia dominante voltarão sempre e sempre, nas bocas mais diversas e imprevistas, como explicações óbvias e inquestionáveis de tudo.
A dupla Dilma-Pezão criou a desgraça das Olimpíadas, apelando até ao recurso stalinista de remover populações inteiras do lugar, erguendo um muro e mudando trajetos para tornar a pobreza invisível aos turistas (exatamente como Stalin fazia na URSS), mas qualquer "especialista", entrevistado a respeito, culpará sempre e invariavelmente "os interesses econômicos", isto é, o maldito capitalismo (sem ter em conta, é claro, que os capitalistas envolvidos não são senão "office-boys" bem pagos da elite esquerdista, e jamais combatentes genuínos pelo liberal-capitalismo).
Quando uma facção esquerdista assume o poder, ela sempre deixa uma fração minoritária fora para lançar sobre o capitalismo a culpa de toda a merda que ela faça. Não falha nunca, porque a hegemonia cultural garante, de antemão, a credibilidade automática do discurso, com a vantagem extra de iludir a direita, toda assanhadinha com os novos aliados que imagina ter conquistado na esquerda.
TODA luta política é inútil, de uma inutilidade deprimente e patética, se não se vence a luta cultural primeiro.
Pressa e superficialidade só levam à morte, e mais depressa ainda quando vêm com lindos pretextos morais e patrióticos."
Olavo de Carvalho
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