Todos nós sabemos que o Brasil não é uma potência no âmbito educacional. Os resultados dos estudantes brasileiros em exames como o PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) demonstram a defasagem educacional do nosso país. E com esse resultado pífio, buscam-se os motivos que justifiquem tais resultados e voltamos sempre ao mesmo discurso: falta de recursos para a educação, falta de professores, condição precária das escolas e o baixo salário dos profissionais da área educacional.
Todavia, nossos intelectuais de esquerda que ainda povoam as universidades brasileiras ainda não detectaram o maior dos problemas que faz com que os estudantes brasileiros tenham um aprendizado pífio e, consequentemente, resultados ruins: a formação docente. Nas universidades brasileiras, os cursos de licenciatura têm o seu currículo baseado na pedagogia de Paulo Freire, com adições do marxismo cultural de Antonio Gramsci, do relativismo dos frankfurtianos como Herbert Marcuse e Frederick Pollock e com o socioconstrutivismo francês de Jean-Paul Sartre, Maurice Kojève e Simone de Beauvoir, compilada por autores brasileiros como Gaudêncio Frigotto, Ana Paula Hey, Jorge Najjar e Afrânio Catani.
As salas de aula das universidades têm se tornado nada mais que um laboratório para teorias que não funcionam na prática, apenas servindo como lobotomização do corpo discente (alunos) que, com um currículo fraco e defasado, se formam e entram no mercado de trabalho sem o mínimo conhecimento necessário. E isso tudo se reflete no resultado final dessas provas de avaliação, que nada mais são do que são um indicativo do aprendizado dos alunos, quando as notas destes sempre estão abaixo da média. Óbvio que há alunos com dificuldades de aprendizado, mas até nisso a má formação dos professores ainda na graduação se mostra insuficiente para que estes possam fazer um bom trabalho. Isso sem contar as horas que uma parte dos docentes gasta realizando proselitismo político aos invés de ministrar conteúdo.
É evidente que esta situação na formação dos professores atrapalha o desenvolvimento do país. Como os alunos que futuramente serão a força de trabalho do país não têm a formação adequada, muitos projetos técnicos ficam emperrados por falta de mão de obra especializada, pois a Academia da nossa nação prefere dar mais valor a questões ditas “sociais” ao invés de questões técnicas. Inclusive em cursos teoricamente pró-mercado, como os cursos de engenharia, existem movimentações de esquerda, levando assuntos como a aplicação do marxismo ao curso. É a eterna busca pelo governo grátis, que acaba encantando jovens com boas intenções, mas muito mal informados, e que acabam repassando no futuro o que aprenderam na faculdade.
Para que o Brasil pense em ser um país admirado no longo prazo, se faz necessária uma reforma no currículo das universidades. Buscando substituir esse tipo de pensamento quase que hegemônico por assuntos de interesse real das mais determinadas áreas. Corrigir as defasagens do currículo universitário não será apenas um bem para as universidades, mas também um bem para o futuro de todo um país, que necessita para ontem de bons trabalhadores nas mais diversas áreas, e não mais de doutrinadores.
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