"Sara se tornou uma militante feminista radical por inúmeros motivos, dentre eles, o de achar que estava realmente lutando por mais respeito à mulher. O problema é que esse feminismo não tem realmente nada de feminino."
...a memória é, por assim dizer, o estômago da alma.
- Santo Agostinho
A primeira vez que ouvi falar de Sara Winter, foi quando a ex-ativista
da FemenBrasil realizou um protesto em 2013 no Shopping Santana Park,
local próximo de onde moro. Na época, havia uma casa de vidro que
selecionaria dois participantes para integrarem o Big Brother Brasil,
edição 13. O Femen foi até lá protestar contra a alienação promovida
pelos reality shows.
A partir da notícia, vista através do computador do trabalho numa tarde
calorosa de janeiro, busquei mais informações sobre aquele grupo que
pedia mais respeito à mulher fazendo topless. A curiosidade logo
deu lugar à indignação: fotos de manifestantes do Femen, no Brasil e no
mundo, normalmente eram em locais de culto e adoração cristã, sempre com
topless.
O espírito conservador que que à época irrompia neste vosso escriba, somado ao respeito máximo devido aos símbolos do cristianismo, resultaram em uma espécie de ódio pela figura de Sara Winter, a personificação do feminismo radical do Brasil.
O espírito conservador que que à época irrompia neste vosso escriba, somado ao respeito máximo devido aos símbolos do cristianismo, resultaram em uma espécie de ódio pela figura de Sara Winter, a personificação do feminismo radical do Brasil.
Quase três anos depois, aqui estou ao cabo de mais um livro. Dessa vez,
de uma ex-ativista que agora revela os motivos de ter se sentido traída
como mulher pelo movimento feminista. Vadia Não! Sete Vezes que Fui Traída Pelo Feminismo, por ela, Sara Winter.
Lançado de maneira independente por seu próprio site, o livro digital
traz alguns relatos marcantes da vida de Sara antes e durante a
militância que ela acreditava ser necessária para a conquista da
igualdade feminina, mas que depois revelou-se um pesadelo que talvez só o
suicídio poria fim.
Uma feminista radical que do dia para a noite resolve dizer que o feminismo não a representa, escreve um livro e pede ajuda de dois dos maiores combatedores da ideologia filha direta do marxismo, como o Pe. Paulo Ricardo e o filósofo Olavo de Carvalho? No país dos artistas que se convertem ao cristianismo depois que todas as portas do mundo secular lhes são fechadas, a nova Sara Winter poderia muito bem ser apenas uma pessoa carente em busca de atenção, ou pura jogada de marketing.
Uma feminista radical que do dia para a noite resolve dizer que o feminismo não a representa, escreve um livro e pede ajuda de dois dos maiores combatedores da ideologia filha direta do marxismo, como o Pe. Paulo Ricardo e o filósofo Olavo de Carvalho? No país dos artistas que se convertem ao cristianismo depois que todas as portas do mundo secular lhes são fechadas, a nova Sara Winter poderia muito bem ser apenas uma pessoa carente em busca de atenção, ou pura jogada de marketing.
Só para quem não acompanhou a mudança que Sara vem sofrendo desde que
iniciou um relacionamento com um militar do Exército Brasileiro. E
acompanhamos. Ainda nessa época, Sara prometia que o relacionamento de
uma feminista com um integrante das Forças Armadas não mudaria sua luta
pelas mulheres, e que ela até mesmo poderia mudar a mentalidade de uma
instituição marcada por valores tradicionalmente masculinos, através de
seu novo namorado.
Após ter encerrado as atividades do Femen, Sara criou outro grupo
voltado para a mesma temática, o Bastardxs, que contava com integrantes
do sexo masculino. Mas parece que o despertar para uma vida sem as
exigências e vocabulários feministas teve ser auge no nascimento do seu
filho, Héctor, nascido em setembro deste ano. Sara publicamente pediu
perdão por ter abortado seu primeiro filho, e ofendido as pessoas com
seu extremismo.
Criticou a ideologia de gênero, que segundo escreve, era "um blá blá blá sem fim e lavagem cerebral", e disse que a sensação de ter o seu filho dormindo no colo era uma das melhores coisas do mundo.
Criticou a ideologia de gênero, que segundo escreve, era "um blá blá blá sem fim e lavagem cerebral", e disse que a sensação de ter o seu filho dormindo no colo era uma das melhores coisas do mundo.
“Meu filho é filho. Eu não concordo mais com essa besteira de filhx, e
ficar usando o X (linguagem inclusiva), até porque é uma linguagem
elitista. É difícil de ler, de entender e explicar para as pessoas”, publicou.
Em seu primeiro livro, ela ainda destaca comportamentos bárbaros por parte das irmãs
que queria defender. O universo feminista era um misto de violência
sexual por parte das próprias militantes, submissão total a um código de
conduta, uso de drogas, difamação, humilhação e hipocrisia: a maior
parte dos coletivos pertencem às universidades e utilizam vocabulário
exclusivista para debater sobre os assuntos:
"Dá para acreditar? Para lutar
pelas mulheres, para aderir a tal
“sororidade” temos que nos submeter a um código moral de conduta.
Ler os livros daquelas que mandam no movimento, mudar o
jeito de se vestir, mudar até mesmo sua preferência sexual e esforçar-se
sempre e a todo custo para ser alguém minimamente útil ao
movimento com características supostamente acadêmicas e cada
vez mais longe da realidade, das mulheres comuns. Comuns como
eu: pobres, sem nível superior, abusadas em sua dignidade de mulher
desde jovens, trabalhadoras, mães, sensíveis, vaidosas..." ¹
Hoje, Sara diz que o feminismo tem cura. Mas a cura para qualquer doença pode ser muito dolorosa.
Sara se tornou uma militante feminista radical por inúmeros motivos,
dentre eles, o de achar que estava realmente lutando por mais respeito à
mulher. O problema é que esse feminismo não tem realmente nada de
feminino, e Sara parece ter descoberto isso das piores maneiras.
Uma feminista que finge a bissexualidade, que torce o nariz para drogas e se irrita ao ver "irmãs" de luta dando aval a feministos parece mesmo estranho. Mas eu diria que é o sentimento de boa parte dessas mulheres que, não vendo outra forma de pedir mais respeito a não ser endossando um movimento que as pressiona para serem machos inacabados, e não mulheres, sacrificam a própria feminilidade no altar da ideologia.
Uma feminista que finge a bissexualidade, que torce o nariz para drogas e se irrita ao ver "irmãs" de luta dando aval a feministos parece mesmo estranho. Mas eu diria que é o sentimento de boa parte dessas mulheres que, não vendo outra forma de pedir mais respeito a não ser endossando um movimento que as pressiona para serem machos inacabados, e não mulheres, sacrificam a própria feminilidade no altar da ideologia.
O feminismo não traiu apenas Sara, mas todas as mulheres, porque não é
um movimento para a mulher. Um movimento que torna as mulheres naquelas
caricaturas de homens que todo cidadão ou cidadã de bem tem o dever de
censurar pode ser tudo, menos...feminista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário