- Deixa eu lhe falar uma coisa. Esses
meninos da Polícia Federal e esses meninos do Ministério Público, eles se
sentem enviado de Deus.
- É, mas eles são todos crentes. Os
caras do Ministério Público são crentes, né?
- É uma coisa absurda. Uma hora nós
vamos conversar um pouco, porque eu acho que eu sou a chance que esse país tem
de brigar com eles para tentar colocá-lo no seu devido lugar. Ou seja, nós
queremos instituições sérias, mas tem que ter limites, tem que ter regras.
(Diálogo entre
o Coelhinho da Páscoa e seu amigo Nervoso, captado em uma ligação telefônica,
em março de 2016)
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
A morosidade do judiciário, o senso de impunidade e a consagração
de injustiças sociais que prejudicam a sociedade brasileira não incomodam
apenas a maioria dos cidadãos "pts da vida" com a ação
institucionalizada do crime no Brasil. Felizmente, magistrados com consciência
cidadã e senso de cumprimento do dever de ofício como servidores públicos
ganham voz na mídia e nas redes sociais para exigir mudanças estruturais e
culturais. Releia o artigo: O Exemplo de uma Magistrada
Agora futura "Presidente"
do Supremo Tribunal Federal (assume em setembro), Cármem Lúcia, aproveita o
congresso da Associação Nacional de Jornalismo Investigativo para chamar a atenção
para a dificuldade estrutural de se combater e neutralizar a desgovernança do
crime organizado no Brasil. Cármem Lúcia recorreu a uma metáfora de fácil
compreensão: "No Brasil, a gente engole o elefante, mas engasga com a
formiga. Consegue fazer o impeachment (da presidente da República), mas não
consegue tirar o vereador da cidade pequena que todo mundo sabe que roubou ou
fez coisa errada".
O jornal O Globo repercutiu: "Cármen Lúcia defendeu o jornalismo e a liberdade de expressão como princípios básicos das democracias. Ela disse que quem assume cargo público tem uma esfera de privacidade menor e citou o caso de jornalistas da Gazeta do Povo que estão sofrendo uma série de processos movidos por juízes do Paraná, que tiveram seus salários revelados em uma reportagem do jornal". A ministra do STF não ficou refém do tradicional corporativismo do judiciário e opinou, sem rodeios: "Todo mundo tem direito à privacidade. Mas quem está no espaço público tem uma esfera de privacidade diferente de quem está em casa. Dizer quanto o juiz ganha não está no espaço da privacidade. É o cidadão quem paga".
O jornal O Globo repercutiu: "Cármen Lúcia defendeu o jornalismo e a liberdade de expressão como princípios básicos das democracias. Ela disse que quem assume cargo público tem uma esfera de privacidade menor e citou o caso de jornalistas da Gazeta do Povo que estão sofrendo uma série de processos movidos por juízes do Paraná, que tiveram seus salários revelados em uma reportagem do jornal". A ministra do STF não ficou refém do tradicional corporativismo do judiciário e opinou, sem rodeios: "Todo mundo tem direito à privacidade. Mas quem está no espaço público tem uma esfera de privacidade diferente de quem está em casa. Dizer quanto o juiz ganha não está no espaço da privacidade. É o cidadão quem paga".
A reportagem aproveitou o gancho:
"Ainda falando sobre privacidade, a futura presidente do Supremo afirmou
que alguns processos precisam correr em segredo, já que sua divulgação pode
fazer com que um investigado destrua provas, por exemplo. Segundo ela, porém,
essa é uma das poucas exceções ao princípio da publicidade do Judiciário:
"Não pode haver sigilo para proteger uma pessoa. O que acontece é que o
tempo do direito é diferente do tempo da política ou da economia".
Cármem Lúcia defendeu um princípio
bem simples: o Judiciário deve garantir que os processos que estão em andamento
cheguem ao fim, atestando todos os direitos, e que os culpados sejam punidos. A
ministra do STF resumiu, de forma magistral, aquilo que é o sentimento da
maioria esmagadora dos cidadãos brasileiros.
Recentemente, o relator da Lava Jato
no STF, ministro Teori Zavascki, já tinha prescrito a necessidade de
"remédios amargos" para o combate à corrupção. No entanto, a crise
estrutural brasileira (mãe das crises política, econômica e moral) assumiu uma
dimensão tão descontrolada que é preciso ir além da amargura do medicamento.
Temos de partir para uma quimioterapia em todos os poderes infectados pelas
células cancerosas do crime.
Como podemos ir além dos remédios
amargos? A resposta não é fácil, mas exige o cumprimento de algumas etapas.
Primeiro, é preciso identificar onde o crime atua e denunciá-lo. A imprensa
livre e os cidadãos livremente interligados em redes sociais são fundamentais
para isto. Depois, é preciso pressionar, de forma legítima, o Ministério
Público e o Judiciário para que cumpram seu dever funcional.
Ao mesmo tempo, é fundamental um
amplo debate com soluções para reduzir, neutralizar e impedir a corrupção (que
é institucionalizada culturalmente). É básico entender que no Brasil, país
colonizado e periférico, o crime é comandado de fora para dentro. Nossos
corruptos se locupletam, sendo agentes conscientes de esquemas mafiosos
globalitários, cujo objetivo é manter o Brasil subjugado, como permanente
colônia de exploração.
Só depois que forem identificados os
agentes criminosos - e para quais interesses maiores, externos, eles trabalham
-, tornando tudo isso público e exigindo que o judiciário funcione, é que vamos
mudar o jogo. Sem adotar tais procedimentos, não adianta remédio amargo. Sem
conhecimento sobre a função estratégica do crime organizado, seu combate será
mero enxugamento de gelo.
Pense nisto! Reflita se você não é,
sem saber, um agente que serve ao crime, por ação ou omissão. Depois, reúna
pessoas que tenham feito a mesma autocrítica e que desejam mudar o Brasil para
melhor. A Revolução Brasileira, em andamento, já assiste a este processo
irreversível de verdadeiro combate ao crime.
Resumindo: cada cidadão precisa se
comportar como um Rodrigo Janot, um juiz Sérgio Moro, uma corregedora Nancy
Andrigui e uma ministra Cármem Lúcia...
Quem não reage rasteja... Serve ao
crime organizado e acaba engolido por ele...
Releia a terceira edição de ontem: Quem cuidará de Lula, além de Moro?
Mera coincidência que não existe
Do craque Merval Pereira sobre a
reação corporativa dos senadores com a prisão de Paulo Bernardo, um dos
ideólogos revolucionários e coordenadores operacionais e financeiros do PT:
"A reação dos senadores em
relação à prisão do ex-ministro Paulo Bernardo é corporativa, porque o despacho
do juiz que autorização a busca e apreensão na casa dele é muito claro. Ele
pede que nada da senadora seja apanhado e os investigadores teriam que anotar
tudo que levaram da casa; apenas coisas do marido, que não tem foro
privilegiado, poderiam ser levadas. A ordem é muito clara no sentido de
preservação da senadora. Mas não tem sentido o marido ser protegido pelo foro
da mulher. Ninguém fala sobre os crimes cometidos".
Nem precisa revelar
Gravador perigoso
´
Cunhar é verbo intransitivo?
Recebe a Guta, Obama
Uma
das melhores e mais premiadas produtoras da televisão brasileira, Guta
Nascimento, dante da Casa Branca: recebe ela, BaracK Obama...
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