sexta-feira, 1 de julho de 2016

Lava Jato se aproxima ainda mais de Lula

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Só Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu acordar tão ou mais apavorado que Eduardo Cunha, com a deflagração, nesta sexta-feira, de mais uma operação derivada da Lava Jato. O grupo JBS-Friboi se transformou em um dos alvos de investigação - para pavor do amigo Lula. A Polícia Federal prendeu o doleiro Lúcio Bolonha Funaro, apelidado de "menino Maluquinho" no mercado de rentistas, acusado de ser o "operador" de Cunha - quem realmente deve ter ficado ainda mais louco. O lobista Milton Lira, que fazia das suas em fundos de pensão, é outro alvo explosivo que pode ser fatal para Renan Calheiros - presidente do Senado.

A operação é baseada em autorização do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal. Tudo parte de informações obtidas nas delações premiadas de Fábio Cleto - um apadrinhado de Cunha na vice-presidência da Caixa - e de Nelson Mello, ex-executivo da Hypermercas. Pairam suspeitas graves contra o grupo JBS (que até outro dia tinha como presidente de seu conselho o poderoso amigo de Lula, Henrique Meirelles, agora ministro da Fazenda de Michel Temer).

O Ministério Público Federal denuncia que a empresa teria pago propina, por meio do doleiro Funaro, para obter recursos do fundo de investimentos do FGTS (grana que é um seguro do trabalhador desempregado). Cleto revelou como exercia sua influência para a Caixa liberar o dinheiro mais depressa. Em retribuição ao "favor", rolava uma propina que era repassada a políticos. Cleto revelou que a partilha inicial acontecia entre ele, Cunha e Funaro.

Assim funciona o Capimunismo canalha e corrupto do Brasil - que reserva surpresas desagradáveis para muita gente que, até outro dia, se julgava inexpugnável. A devassa sobre Funaro atingirá muitos outros políticos. A prisão do ex-dono da empreiteira Delta, Fernando Cavendish, que continua foragido, também causará um efeito dominó. Tanto Funaro quando Cavendish - junto com Carlinhos Cachoeira - podem complicar ainda mais as vidas de José Dirceu e do ex-governador Sérgio Cabral Filho (duas das pessoas mais próximas de Lula).

Enquanto isso, quem tenta obstruir a ação das investigações é o Presidente do Senado - outro cabra marcado para acertar contas com o judiciário muito em breve. Renan Calheiros tem a cara de pau de fazer mais uma bravata: ameaça acelerar a tramitação deu um projeto que tenta punir eventuais abusos de autoridades cometidos pelo MPF, PF, Receita Federal, delegados de polícia civil, promotores e afins. O poderoso Renan aposta suas fichas na impunidade, enquanto a hora dele não chega... Por isso, a pressa dele é legalizar os jogos de azar no Brasil - desejo que a petelândia não teve competência política para tocar.

Pelo menos Renan deu ontem uma boa notícia. O impeachment da Dilma será votado até 27 de agosto, depois das olim-piadas...

Mas a galera só vai vibrar, de verdade, quando for anunciada alguma operação com o nome de "Poderoso Chefão" ou "Filho da Puta"...

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