Mesmo que seja condenado, Lula não deve ir preso, mas sua desmoralização já é uma prisão
Luiz Inácio Lula da Silva pode não ser submetido ao vexame
de passar uma temporada em alguma uma prisão. No entanto, pode ser alvo de uma
nova condução coercitiva, tendo seus passaportes apreendidos. Caso seja
condenado, por ser ainda réu primário, poderá recorrer em liberdade. No limite,
o máximo constrangimento que pode sofrer é o uso de uma tornozeleira
eletrônica.
Eis a especulação forte entre os principais escritórios de
lobby de Brasília, a partir do que interlocutores têm escutado nos bastidores
do Judiciário, principalmente na chamada "República de Curitiba".
Alguns procuradores federais, em avaliação estratégica, interpretam que uma prisão
de Lula tem mais chance de transformá-lo em "mártir" do que em mais
um ilustre réu com alto risco de condenação.
A estimativa é que qualquer coisa mais séria judicialmente
só aconteça contra Lula depois das Olim-piadas e da decisão final sobre o
impeachment de Dilma Rousseff - cujo deadline previsto pelo presidente do
Senado, Renan Calheiros, é de 27 de agosto. Por enquanto, o "cerco"
contra Lula fica apenas no campo do "terrorismo administrativo" das
investigações policiais e judiciais.
Assim, tem tudo para não acontecer a tão sonhada
"prisão" de Lula, que a maioria que o odeia insiste em incluir como
uma "obrigação" do juiz Sérgio Moro. O companheiro $talinácio ainda é
um dos homens mais poderosos e hipersuperbeminformados do Brasil, apesar da
desmoralização do Partido dos Trabalhadores. Lula ainda tem grande potencial
ofensivo, embora seja um mito em decadência nacional e internacional.
Por enquanto, seus "inimigos" continuam agindo em
duas frentes. Nas redes sociais, batem nele sem perdão, às vezes até exagerando
no direito à liberdade de expressão. Lula gosta de tal postura, porque ele e a
petelândia fazem o mesmo. A outra tática, no campo jurídico, consiste em cercar
todos os políticos, empresários e lobistas enrolados em corrupção que possam
prejudicar Lula em futuras "colaborações premiadas".
Lula e sua cúpula da petelândia já perceberam que, mesmo
que não sejam punidos judicialmente, já estão ferrados pela maioria da opinião
pública. Vide o caso da Presidenta afastada Dilma Rousseff, que bem espelha a
situação de outras lideranças petistas. Nenhum deles sai à rua, vai a um
restaurante ou viaja em voos comerciais, sem o altíssimo risco de aturar vaias
e xingamentos. Para eles, toda desmoralização é uma prisão. A cada operação
policial-judicial, está cada vez mais difícil escapar dessa penitenciária
moral.
A maioria das pessoas entende que o Brasil precisa ser
passado a limpo. Só não consegue definir, com clareza, o que tem de ser mudado
no curtíssimo, médio e longo prazos. A insatisfação das pessoas, sobretudo
turbinada pela crise econômica (uma cínica estagflação), é o combustível para
as mudanças. A Revolução Brasileira avança. O País segue em ritmo de ruptura
institucional, com risco de explosão de violência política-ideológica, na
guerra de todos contra todos os poderes.
O Brasil tem de ser reinventado em novas bases pactuadas e
exaustivamente debatidas pelos segmentos esclarecidos da sociedade que não
estejam contaminados pelo esquema de desgoverno do crime institucionalizado. A estrutura
Capimunista, improdutiva, canalha, corrupta de mentalidade
especulativa-rentista, tem de ser neutralizada e abolida, trocada por um regime
Capitalista de verdade.
$talinácios da Silva são consequência - e não a causa da
destruição de uma nação sabotada de fora para dentro, porque seu povo ignorante
desconhece seus reais inimigos e sua zelite de merda adora fazer acordos com
eles, na perpetuação de um cínico pacto colonial, onde poucos enriquecem a
acumulam cada vez mais bens, em detrimento de uma maioria que só tem o direito
de trabalhar feito escravo para paga contas e impostos que custeiam os vermes e
parasitas estatais.
No fundo, todos estamos em uma grande penitenciária a céu
aberto. Cidadãos de bem e do bem têm a obrigação de escapar das amarras do
sistema autoritário, uma democradura ou oclocracia, cheia de vícios,
patrimonialismos, abusos de poder e insegurança do Direito. Reinventar e
redescobrir o Brasil é a missão urgente que alguns já tentam cumprir. A maioria
precisa ajudar. Do contrário, o crime continuará vencendo e compensando, como
nunca antes em nossa História.
Bom senso de liberdade
É preciso comemorar a decisão da ministra Rosa Weber, do
Supremo Tribunal Federal, de suspender o trâmite dos processos por danos morais
movidos por juízes do Paraná contra repórteres do jornal Gazeta do Povo.
Os jornalistas "cometeram o crime" de divulgar dados
públicos para mostrar que, na soma, a remuneração de juízes e promotores
paranaenses ultrapassava o teto constitucional.
Em breve, o plenário do STF vai julgar o mérito das ações -
em princípio um frontal ataque à liberdade de expressão assegurada
constitucionalmente e já incansavelmente reconhecida pela mais alta Corte do
judiciário do Brasil.
Leia o artigo dos desembargadores Carlos Henrique Abrão e
Laercio Laurelli: Suprema Impunidade
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