sexta-feira, 1 de julho de 2016

Otimo vídeo!!! Suprema Impunidade

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Henrique Abrão e Laercio Laurelli


Somos todos réus, é a impressão que fica hoje no Brasil de inverno e na quantidade de escândalos, corrupção e desvio de dinheiro público. O Estado macro deu lugar para o Estado mico, e com isso ninguém tem dinheiro para pagar a folha, as próprias contas e estica o chapéu para e em União geral visando a reduzir o problema do colapso e seu calote.


O que mais preocupa no momento é a falta de mobilização da sociedade civil e da paralisação das atividades no mês de julho. O que assistimos hoje sucede em razão máxima do foro privilegiado e da falta de arranjo do STF de tramitar em tempo real o devido processo legal. Essa ambivalência faz com que o espírito de corpo político tome jeito e as decisões judiciais assim se encaminhem na melhor forma de se evitar qualquer tipo de abuso ou arbitrariedade, seja do ministério público ou da justiça.

Querem calar a boca da Lava Jato, fato inconteste, e de sabença notória.  Um projeto que tramita a jato poderá impor uma séria derrota aos investigadores e à função nobre da justiça em termos de colocar atrás das grades e faze prevalecer a delação premiada. A pressão da sociedade organizada não pode permitir que isso aconteça.

Em relação à recuperação de valores, temos que é importante uma medida provisória ou projeto de lei, como existe nos EUA a fim de que um percentual se destine aos custos das investigações realizadas pela polícia federal e o próprio ministério público.

Não fossem a ousadia e a intrepidez de ambos,  nada seria possível. São coroados de êxito pelo invencível mister desempenhado pela impoluta República de Curitiba a qual, tal como o joio se separa do trigo para mostrar a cara e demonstrar que o Brasil não tem mais viabilidade, exceto por meio da conduta moral e ética de nossos governantes.

Disseram à exaustão que estão querendo criminalizar a política e com isso viria a destruição da democracia. No entanto, são aqueles que chafurdam nas trevas que assim estilizam suas condutas e inexoráveis comportamentos comprometedores, já que pensam, na calada da noite, aprovar projetos de lei para silenciar a delação e impor penalidade aos que agem e o fazem em nome da Lei.
São os algozes que coagem as autoridades para que consigam demover de qualquer incursão pelos bens e patrimônio dos que surrupiaram a Nação. E a operação Lava Jato não tem data para terminar, na medida em que todo o Brasil e a própria Republica estão contaminados pela poluição das mãos sujas de todos que somente quiseram levar vantagens nos desvios das verbas públicas.

Resultado, Estados e Municípios quebrados, União dando moratória e uma dívida pública que chegam a trilhões, com um sistema tributário que deixaria o mais pobre estado milionário,mas não é o que acontece pois a gastança é essencial para manter no cargo os fraudadores dos valores da Republica.

E querem se perpetuar no poder a custa da legalidade e da legitimidade, mediante arremedos legais ou o chamado companheirismo que enfrenta reclamação e a transforma em habeas corpus de ofício, tripudiando  sobre as instâncias inferiores, e sobre o próprio magistrado, autoridade em primeiro lugar para analisar a prova seus indícios e decretar as prisões cautelar,provisória e de ordem preventiva.

No mundo da impunidade criado na semeadura do foro privilegiado somos todos réus,aqueles que tomaram o dinheiro público e os outros que se fazem reféns desse golpe, verdadeiro crime continuado que se perpetua há mais de meio século sem tréguas, já que eles montam estruturas dinâmicas para grandes obras e consequentes assaltos aos cofres públicos.

Fiquemos atentos e vigilantes em relação aos três poderes da República para qualquer desvio de curso ou anomalia,notadamente no mês de julho, já que o descanso escolar não nos oportuniza acompanhamento dos desígnios de uma Nação carcomida pela corrupção e debilitada pela falta de ética nos seus negócios sempre com a interface destrutiva de um Estado incapaz de se autopoliciar e fazer sua função constitucionalmente assegurada no texto de 1988.

Carlos Henrique Abrão, na ativa, e Laercio Laurelli, aposentado, são Desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo e autores de obras jurídicas.

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