Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Henrique Abrão e Laercio Laurelli
Somos todos réus, é a impressão que
fica hoje no Brasil de inverno e na quantidade de escândalos, corrupção e
desvio de dinheiro público. O Estado macro deu lugar para o Estado mico, e com
isso ninguém tem dinheiro para pagar a folha, as próprias contas e estica o
chapéu para e em União geral visando a reduzir o problema do colapso e
seu calote.
O que mais preocupa no momento é a
falta de mobilização da sociedade civil e da paralisação das atividades no mês
de julho. O que assistimos hoje sucede em razão máxima do foro privilegiado e
da falta de arranjo do STF de tramitar em tempo real o devido processo legal. Essa
ambivalência faz com que o espírito de corpo político tome jeito e as decisões
judiciais assim se encaminhem na melhor forma de se evitar qualquer tipo de
abuso ou arbitrariedade, seja do ministério público ou da justiça.
Querem calar a boca da Lava Jato, fato
inconteste, e de sabença notória. Um
projeto que tramita a jato poderá impor uma séria derrota aos investigadores e
à função nobre da justiça em termos de colocar atrás das grades e faze
prevalecer a delação premiada. A pressão da sociedade organizada não
pode permitir que isso aconteça.
Em relação à recuperação de valores, temos
que é importante uma medida provisória ou projeto de lei, como existe nos EUA a
fim de que um percentual se destine aos custos das investigações realizadas
pela polícia federal e o próprio ministério público.
Não fossem a ousadia e a intrepidez
de ambos, nada seria possível. São coroados
de êxito pelo invencível mister desempenhado pela impoluta República de
Curitiba a qual, tal como o joio se separa do trigo para mostrar a cara e
demonstrar que o Brasil não tem mais viabilidade, exceto por meio da
conduta moral e ética de nossos governantes.
Disseram à exaustão que estão
querendo criminalizar a política e com isso viria a destruição da democracia. No
entanto, são aqueles que chafurdam nas trevas que assim estilizam suas condutas
e inexoráveis comportamentos comprometedores, já que pensam, na calada da
noite, aprovar projetos de lei para silenciar a delação e impor penalidade aos
que agem e o fazem em nome da Lei.
São os algozes que coagem as
autoridades para que consigam demover de qualquer incursão pelos bens e
patrimônio dos que surrupiaram a Nação. E a operação Lava Jato não tem data
para terminar, na medida em que todo o Brasil e a própria Republica estão
contaminados pela poluição das mãos sujas de todos que somente quiseram levar
vantagens nos desvios das verbas públicas.
Resultado, Estados e Municípios
quebrados, União dando moratória e uma dívida pública que chegam a trilhões, com
um sistema tributário que deixaria o mais pobre estado milionário,mas não é o
que acontece pois a gastança é essencial para manter no cargo os
fraudadores dos valores da Republica.
E querem se perpetuar no poder a
custa da legalidade e da legitimidade, mediante arremedos legais ou o chamado
companheirismo que enfrenta reclamação e a transforma em habeas corpus de
ofício, tripudiando sobre as instâncias inferiores, e sobre o próprio
magistrado, autoridade em primeiro lugar para analisar a prova seus indícios e
decretar as prisões cautelar,provisória e de ordem preventiva.
No mundo da impunidade criado na
semeadura do foro privilegiado somos todos réus,aqueles que tomaram o
dinheiro público e os outros que se fazem reféns desse golpe, verdadeiro crime
continuado que se perpetua há mais de meio século sem tréguas, já que eles
montam estruturas dinâmicas para grandes obras e consequentes assaltos
aos cofres públicos.
Fiquemos atentos e vigilantes em
relação aos três poderes da República para qualquer desvio de curso ou
anomalia,notadamente no mês de julho, já que o descanso escolar não nos
oportuniza acompanhamento dos desígnios de uma Nação carcomida pela
corrupção e debilitada pela falta de ética nos seus negócios sempre com a
interface destrutiva de um Estado incapaz de se autopoliciar e fazer sua função
constitucionalmente assegurada no texto de 1988.
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