domingo, 26 de junho de 2016

A Momentânea e Casual Sinceridade Involuntária da Esquerda



A esquerda sempre usou da dissimulação e da mentira para atingir seus objetivos. É impossível ser de esquerda, abraçando ideais socialistas e comunistas e, ao mesmo tempo, ser intelectualmente honesto na forma de pensar e sincero na comunicação de suas reais intenções ao público. 


Por esta razão, todo o discurso esquerdista consiste na subversão e corrupção do sentido das palavras. Assim, a esquerda fala em democracia com o objetivo de implantar uma ditadura. Ela fala em liberdade para impor um regime que cerceia a liberdade de expressão. A esquerda fala em igualdade, sem explicitar que a única igualdade possível é aquela em que todos de fato todos serão iguais, mas na pobreza e na miséria, exceto claro os integrantes do aparatchik partidário.


A esquerda fala em justiça social mirando para um regime onde a noção de justiça se esvai, pois a única noção de verdade e de justiça que passa existir é aquela ditada pelo estado, que se torna o ente de razão absoluto, nas palavras de Antonio Gramsci. 


A esquerda fala em diversidade e tolerância quando almeja um regime baseado na hegemonia de pensamento, o que exclui qualquer possibilidade de tolerância, e que se vale da imposição de padrões de conduta, inclusive de comportamento, que não comportam qualquer tipo de diversidade. A esquerda fala em defesa dos direitos das pessoas homossexuais, e para isso inventou a palavra homofobia (que significa exatamente nada) quando na verdade essa mesma esquerda se inspira em ditaduras socialistas que perseguem e matam homossexuais pelo fato de serem homossexuais.



Mas atualmente estamos assistindo no Brasil uma daquelas raras situações em que a esquerda está sendo genuinamente sincera. Quando a caterva formada pela escória de delinquentes morais de esquerda começou a promover atos pautados não mais pelo discurso verbal, mas por gestos escatológicos, como cuspir em outras pessoas, urinar ou defecar em público ou ainda promover ações como a de uma mulher que essa semana realizou uma seção de depilação íntima em público, como forma de “protesto”, estamos na verdade diante da esquerda nua e crua, com o perdão do trocadilho. 




Trata-se da esquerda sem a máscara do discurso enganoso, revelando-se naquilo que ela é na sua essência: uma mentalidade que está em permanente confronto com o tudo o que a esmagadora maioria da população valoriza e acredita.



E no que a maioria esmagadora da população acredita? Entre outros, acreditamos na necessária distinção elementar entre comportamentos públicos e aqueles que devem se restringir ao âmbito privado. Acreditamos na distinção clara entre o bem e o mal, entre o certo e o errado. Acreditamos no valor da vida humana como um bem supremo, acreditamos na liberdade, acreditamos no direito de proteger e defender nossa vida e nossa propriedade. 



A ideologia de esquerda é na sua essência a confrontação direta com esse conjunto de valores e de crenças do mundo ocidental. Uma confrontação que se dá quase sempre de maneira sutil e velada, por meio do gramscianismo.



Mas excepcionalmente essa confrontação pode se dar de modo explícito e direto, como nos exemplos de que falamos aqui. A dúvida que pode permanecer é se os delinquentes morais que se prestam a este tipo de atitude, a esse discurso sem palavras de viés escatológico ou “depilatório”, conseguem perceber que estão mais do que atacando aquilo que chamam de cultura ou moral burguesa ou coisa que o valha. 



O que seguramente esses delinquentes e essas delinquentes não percebem é que esses gestos tresloucados estão na verdade mostrando o que a mentalidade de esquerda de fato é e representa. São atos que, sob pretexto de transgressão, se traduzem em um exercício de sinceridade involuntária.





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