quinta-feira, 30 de junho de 2016

Os deveres do professor


Uma das maneiras mais eficientes de combater a doutrinação política, partidária e ideológica dentro das escolas – públicas ou privadas – é a conscientização de professores, pais e alunos sobre o que é a doutrinação em sala de aula.
sala de aula

Esta é uma lista de deveres do professor proposta por Miguel Nagib, advogado e fundador do Movimento Escola Sem Partido, a qual compartimos com nossos leitores juntamente à sua base legal.




Os deveres do professor

1. O professor não se aproveitará da audiência cativa dos alunos para promover os seus próprios interesses, opiniões, concepções ou preferências ideológicas, religiosas, morais, políticas e partidárias.

2. O professor não favorecerá nem prejudicará os alunos em razão de suas convicções políticas, ideológicas, morais ou religiosas, ou da falta delas.

3. O professor não fará propaganda político-partidária em sala de aula nem incitará seus alunos a participar de manifestações, atos públicos e passeatas.

4. Ao tratar de questões políticas, sócio-culturais ou econômicas, o professor apresentará aos alunos de forma justa – isto é, com a mesma profundidade e seriedade – as principais versões, teorias, opiniões e perspectivas concorrentes a respeito.

5. O professor respeitará o direito dos pais a que seus filhos recebam a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções.

6. O professor não permitirá que os direitos assegurados nos itens anteriores sejam violados pela ação de terceiros, dentro da sala de aula.

De onde vêm esses deveres?


Da Constituição Federal
Princípio da neutralidade política, ideológica e religiosa do Estado (arts. 1º, V; 5º, caput; 14, caput; 17, caput; 19, 34, VII, ‘a’, e 37, caput);
Liberdade de consciência e de crença (art. 5º, VI);
Liberdade de ensinar (que não se confunde com liberdade de expressão) e de aprender (art. 206, II);
Pluralismo de ideias (art. 206, III).


Da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, que assegura o direito dos pais a que seus filhos recebam a educação religiosa e moral que esteja de acordo com suas próprias convicções (art. 12, IV).


Se você quer saber mais sobre como combater a doutrinação nas salas de aula, visite: www.escolasempartido.org.

Operação custo Brasil morrerá no ninho?

 quinta-feira, 30 de junho de 2016

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Mara Bergamaschi


O juiz Paulo Bueno de Azevedo, da 6ª Vara Federal de São Paulo, especializada em crimes financeiros e lavagem de dinheiro, mandou um duro recado, claríssimo para o meio jurídico, mas nem tanto para a maioria que vive fora do mundo data-venia, ao soltar ontem à noite os oito presos da Operação Custo Brasil - e não apenas o ex-ministro petista Paulo Bernardo, como determinara o ministro do STF Dias Toffoli.


O recado, que está em seu despacho, é simples e cristalino: como a Justiça é (ou deveria ser) cega, o recurso que favorece um acusado deve ser aproveitado para todos os outros na mesma situação. Ainda mais quando emana da mais alta corte do país. Em outras palavras: a decisão de Toffoli restrita a Bernardo foi responsável por impactar toda a Operação Custo Brasil, fruto de longa investigação da PF e MPF, que apura o desvio de R$ 100 milhões de empréstimos consignados, via Ministério do Planejamento e empresa Consit.


Mesmo contra a vontade do MP, que logicamente preferia perder um preso a oito, Bueno de Azevedo optou por aplicar o artigo 580 do Código Penal, que diz o seguinte: “No caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros.”


O juiz entendeu que o fundamento para revogar a prisão preventiva de Bernardo se enquadrava nesta situação, ainda mais que o STF concedeu de ofício um habeas corpus. Ou seja: o ministro Toffoli decidiu por iniciativa própria soltar Paulo Bernardo. Normalmente, o pedido de liberdade teria de ser encaminhado ao TRF e depois ao STJ, já que Paulo Bernardo não tem foro especial.


O que a defesa solicitou ao STF foi que a investigação fosse transferida da Justiça Federal de São Paulo para o Supremo por envolver supostamente a senadora Gleisi Hoffmann, mulher de Bernardo – ela sim, com foro. Isso Toffoli negou. E não poderia ser diferente por uma simples razão: “Os presentes autos foram distribuídos a este Juízo Federal por determinação expressa do próprio Supremo Tribunal Federal”, lembrou o juiz Bueno de Azevedo, que classificou como “leviana” a argumentação dos advogados do ex-ministro.


O juiz discordou ainda da revogação da prisão por continuar “a achar que a expressiva quantia do dinheiro não localizado pode sofrer novos esquemas de lavagem.” E alfinetou: “A doutrina invocada na decisão do Supremo Tribunal Federal fala da possibilidade de prisão preventiva em crimes como ‘homicídio por esquartejamento ou mediante tortura, tráfico de quantidades superlativas de droga, etc.’, o que, a meu ver, reflete a tendência, ainda que inconsciente, de se considerar a existência de riscos apenas em crimes violentos, no mais das vezes cometidos apenas por acusados pobres.”


Quando, em maio de 2014, o ministro do STF Teori Zavascki mandou Curitiba enviar a Brasília os autos da então recém-aberta Operação Lava-Jato e libertar Paulo Roberto Costa, o juiz Sérgio Moro, que já havia remetido ao Supremo a parte que se referia ao então deputado André Vargas (PT-PR), perguntou se a decisão valeria para todos os presos. Moro alertou que alcançaria acusados envolvidos em tráfico e lavagem.


Cuidadoso, Teori voltou atrás, mandou soltar só Paulo Roberto, que seria preso novamente, e logo devolveu o processo para Moro. A partir daí surgiu a Lava-Jato que todos conhecemos. Em outras circunstâncias, com um processo que já era da 6ª Vara Criminal por ordem do STF, Bueno de Azevedo fez o contrário: não aceitou individualizar a decisão de Toffoli, que poderia ser entendida como privilégio a um conhecido político, e mandou soltar todos os acusados.


Como Moro, o juiz federal de São Paulo demonstra ter muita personalidade. Resta saber se a sua Custo Brasil morrerá ou não no ninho. E se novos Moros surgirão.


Mara Bergamaschi é Jornalista. Originalmente publicado em O Globo em 30 de junho de 2016.


Postado por Jorge Serrão às 15:20:00

Não Ministro Toffoli, constrangidos estamos nós

Não Ministro Toffoli, constrangidos estamos nós

O Ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli revogou a prisão do ex-ministro Paulo Bernardo, marido de Gleisi Hoffmann preso pela Operação Custo Brasil acusado de fraudar a previdência. Segundo a defesa de Paulo Bernardo, a prisão foi ilegal e não se ampara nos fatos. Toffoli praticamente acatou todos os pedidos da defesa, negando apenas o absurdo dos absurdos, que era a transferência do caso para o Supremo. Pudera, isso seria reconhecer foro privilegiado a quem não é de direito.
Em sua decisão, Toffoli escreve: “Vislumbro, na espécie, flagrante constrangimento ilegal passível de ser reparado mediante a concessão de habeas corpus de ofício”
Constrangimento ilegal?
Vamos falar de constrangimento ilegal ministro?
Constrangimento ilegal é saber que os autores de um esquema criminoso roubaram a aposentadoria de gente pobre e que ainda são premiados pela justiça por serem ricos e bem relacionados. Constrangedor é saber que temos uma corte acovardada, que age como piloto de fugas para criminosos. Enquanto o juiz Sérgio Moro em Curitiba já condenou mais de 100 envolvidos nos esquemas do Petrolão, nossa corte acovardada não fez nenhum julgamento. O único caso que está andando de maneira meteórica no STF é o de Eduardo Cunha, e sabemos bem a razão. Aquela corte resolveu fazer política, e seus ministros usam de seus cargos para advogarem para o Partido dos Trabalhadores. Ou será que alguém dirá que o esquema do Petrolão só aconteceu por conta de Eduardo Cunha? Não. Quem pagou Cunha ainda está solto, principalmente por conta da morosidade de Teori Zavascki.
Causa espanto ver a rapidez com que a corte acovardada resolveu tratar da questão de Jair Bolsonaro. Foi surpreendente ver o ministro Luiz Fux (aquele que teve filha nomeada para cargo de desembargadora pelo governador Luiz Fernando Pezão após intercessão da presidente Dilma Rousseff) apontar razões ideológicas para condenar um deputado por uma frase infeliz. Outro que teve filha nomeada desembargadora (neste caso pela própria Dilma Rousseff), foi Marco Aurélio Mello. Ele obrigou Eduardo Cunha a acolher o pedido de impeachment do vice-presidente Michel Temer pelos mesmos motivos que segundo o mesmo, Dilma não poderia ser condenada ou afastada. Ambos os ministros não se constrangeram.
Quem também não se constrange é o próprio Toffoli, que depois de anos como advogado do Partido dos Trabalhadores, foi indicado por Lula para o STF mesmo sem possuir mestrado ou doutorado. O STF não se constrangeu de se tornar um puxadinho do PT, assim como não se constrangeu em rasgar a Constituição para afastar Cunha e solapar a separação dos poderes. Quando Teori resolveu tirar os processos de Lula das mãos de Moro gerando aquela onda de revolta popular, ninguém ali se constrangeu. Aliás, a marca maior do petismo é não se constranger da própria vergonha. Vejam Gleisi Hoffmann, que não se constrange de seus crimes a ponto de chamar 70% de brasileiros que desejam a saída de Dilma Rousseff de golpistas? Nenhum deles se constrange. Quem se constrange são os brasileiros, envergonhados de autoridades tão medíocres fragilizando nossa democracia.

Haddad calado sobre a acusação de propina em campanha. Aprendeu com Marina Silva?


No começo do dia os principais veículos repercutiram a delação do executivo da Andrade Gutierrez Flávio Gomes Machado Filho, que afirmou aos investigadores da Operação Lava Jato que o ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores João Vaccari pediu R$ 30 milhões de propina para a campanha de Fernando Haddad para a prefeitura de São Paulo. Segundo o executivo, Vaccari pediu dinheiro para outras cinco empresas para bancar a empreitada de Haddad.


Isso foi de manhã, no começo do dia. E até agora Fernando Haddad não se manifestou. Ele também não se manifestou em nenhuma das ocasiões em que sua campanha foi citada. Como suposto beneficiário da corrupção ou acusado de ser beneficiado pelo crime, caberia a Haddad uma atitude rápida e certeira. É assim que os injustamente acusados se comportam. Não se tergiversa, não se enrola o cidadão. O homem público deve por obrigação de ofício, prestar contas ao eleitor. Haddad aparentemente não se sente obrigado a agir como homem.


Será que aprendeu com Marina Silva? Sim, depois que a porta-voz da Rede foi citada por Pedro Correia, sua campanha ainda foi implicada nos esquemas criminosos descobertos pela Operação Turbulência. Marina que havia participado do Roda Viva no dia anterior alegando “completa confiança em Eduardo Campos” e reafirmando a transparência e legalidade de sua campanha, foi constrangida pelos fatos menos de doze horas após sua defesa pública. Lisa como enguia, Marina acabou beneficiada pela prisão de Paulo Bernardo. Sua assessoria chegou a divulgar uma coletiva de imprensa que não aconteceu, e desde então Marina não tocou no assunto.


Diferente de Marina, que ainda tem a proeza de enganar alguns poucos incautos, Haddad já não engana ninguém. É repudiado por 70% dos paulistanos, e 55% avaliam sua gestão como ruim ou péssima. O prefeito que usa as disposições do cargo para perseguir críticos de sua gestão e movimentos sociais pró-impeachment, que brinca em serviço e persegue moradores de rua sempre deixou claro que governa apenas para a pequena elite progressista de São Paulo. 


Se fosse algo envolvendo as ciclofaixas superfaturadas, provavelmente Haddad se apressaria em prestar esclarecimentos. Mas não é o caso, são só R$ 30 milhões de propina para a campanha do cliclofascista. Coisa pouca. Como sempre repetimos aqui, são gestos nebulosos como esses que fazem algumas dúvidas se tornarem certezas.

Para quem Rodrigo Janot trabalha?

Cedê Silva
14.junho.2016


RODRIGO “LAVOU TÁ NOVO” JANOT é o principal advogado de uma tese que muito interessa a Dilma Rousseff. Trata-se de “interpretar” o termo “atos estranhos ao exercício de suas funções” como “atos estranhos ao mandato atual”. Desta forma, segundo Janot, um governante não pode ser responsabilizado pelo seu comportamento em mandato anterior, mesmo se reeleito para o mesmo cargo.
A tese é absurda sob qualquer ponto de vista:
  • do ponto de vista cronológico. A lei do impeachment é de 1950, mas a da reeleição é de 1997. É óbvio que o legislador de 1950 não precisava prever especificamente que a lei não fica “de altas” em caso de recondução.

  • do ponto de vista textual. Um governante reeleito não muda de funções. Ele só extende o tempo pelo qual seguirá com as mesmíssimas funções.

  • do ponto de vista lógico. No Fantástico Mundo de Janot, se Eduardo Azeredo tivesse vencido a eleição de 1998, não poderia ser responsabilizado no segundo mandato pelo valerioduto tucano. Afinal de contas, as urnas já o teriam absolvido. E os petistas, sempre fiéis seguidores da lei, ficariam bem quietinhos…

  • do ponto de vista prático. Na tese de Janot, funciona assim: se um crime for descoberto, o aparato jurídico inteiro — MP, polícia, juízes e o escambau — têm menos de quatro anos para fazer seu trabalho. Se o crime for descoberto durante a eleição, o processo deve transitar em julgado em coisa de dois meses. Assim que os fogos do Réveillon estourarem, babau — mandato novo, ideias novas.

  • do ponto de vista histórico. Se o entendimento de Janot fosse pacífico, Tarso Genro não teria pedido o impeachment de FHC em janeiro de 1999…
Como muitas outras coisas no Brasil contemporâneo, o que interessa ao PT também interessa ao sócio PMDB. Não foi por acaso que Eduardo Cunha, ao escolher um pedido de impeachment para acolher dentre dezenas, preferiu justamente aquele que se concentra em crimes cometidos “em 2015”, como tanta gente gosta de ressaltar. Como qualquer político com ficha corrida,

Cunha acumulou muito mais sujeira antes de 1.1.2015 do que depois (ao menos é o lógico). Mas se a tese do “lavou tá novo” ganhou tanta força no Brasil, foi graças ao seu maior advogado, Rodrigo Janot. E se o processo de impeachment de Dilma durou tanto tempo, Janot tem grande parte da responsabilidade.


***
As revistas Época e IstoÉ desta semana trazem capas opostas. Para Época, Janot é “o pesadelo do poder”. Já IstoÉ pergunta: “por que Janot pede a prisão de alguns políticos e outros não?”. Ambas as reportagens estão disponíveis de graça nos respectivos sites. São exemplos cristalinos de como é possível saber mais entendendo menos (e vice-versa). A reportagem de Época — produzida durante as férias de um de seus mais combativos jornalistas, Diego Escosteguy — tem mais apuração, fatos de bastidores, novidades, etc.

A de IstoÉ é mais seca em fatos novos e muito mais editorializada, mais opinião e retrospectiva do que reportagem. Pouco importa. Quem lê a reportagem de Época aprende alguns detalhes, mas sai desinformado; na IstoÉ, ocorre o oposto. Época retrata como herói um homem que se comportou, no mundo real e prático, como um dos maiores advogados de Dilma — diga-se, mais eficiente que Zé Cardozo.

Um homem que “corajosamente” pede prisão sem antes abrir inquérito (caso de Sarney) para tentar mostrar serviço, enquanto a turma de Curitiba produz muito mais com menos barulho. IstoÉ faz as perguntas pertinentes: por exemplo, como pode Janot pedir a prisão de figurões do PMDB sem ter feito o mesmo com Aloizio Mercadante, pego com a boca na botija por Marzagão, assessor do Delcídio?
***
Vamos recapitular alguns fatos:
  • Em março de 2015, foi divulgada com grande alarde a tal “lista do Janot”. Lembram disso? Ele ia “pegar geral”.

  • Desde então, processo mesmo só avançou contra UM nome: Eduardo Cunha. Salvo melhor juízo, o único da lista que virou réu até hoje. Também foi o maior alvo (e por muito tempo, o único) de vazamentos constrangedores, muitos antes de ele aceitar o pedido de impeachment de Dilma: foto de passaporte, conta na Suíça, gastos da esposa, etc.

  • Em novembro de 2015 Delcídio foi preso. Delcídio não estava na “lista do Janot” — agia fora do radar. Devemos sua prisão a um ator de teatro chamado Bernardo Cerveró.
  • Em dezembro de 2015, Janot pediu o afastamento de Cunha — logo depois de Fachin liberar o impeachment no modelo (então) definido por Cunha.

  • Em fevereiro de 2016, Janot cumprimentou Renan Calheiros em uma cerimônia, mas não Cunha. Por quê, se Renan também acumula processos no STF?

  • Em março de 2016 a Suíça prometeu a Janot enviar “avalanche” de dados sobre políticos brasileiros. Janot ainda não entregou nenhum resultado.

  • Em março de 2016, em telefonema ao petista Sigmaringa Seixas, Lula disse “essa é a gratidão dele por ser procurador”. Janot respondeu publicamente que “cargo público não é presente”. Pois bem! Em maio, ficamos sabendo que Dilma passou a chamar Janot de “traidor”.

  • Até o final de março Janot defendia a posse de Lula como ministro da Casa Civil. Depois mudou de ideia.

  • Neste mês de junho, Janot desmentiu algo que ninguém nunca cogitou: uma candidatura política em 2018 (?). Aproveitou para dizer que arca “com o ônus de desagradar a todos”. Em essência Janot disse “pau que dá em Chico dá também em Francisco” precisamente porque ele sempre fez de tudo para não bater em Francisca.

Janot é na verdade um promoter de balada ruim: todo mundo têm nome na lista, mas ele não põe ninguém pra dentro.

(Nota: Este artigo foi produzido originalmente para o Filhos da Nova República e publicado um dia antes no meu Facebook).

O Mensalão foi uma farsa

Delúbio Soares estava certo. A Lava Jato já recuperou quase 15 mensalõesDelúbio Soares disse em 2005 que as denúncias do mensalão acabariam “virando piada de salão”. Ele estava certo.

Depois de muitos anos de investigação, mais duas vitórias eleitorais do PT e os famosos embargos infringentes, o mensalão teve seu “series finale” em novembro de 2013, quando José Dirceu, o próprio Delúbio e outros colegas finalmente foram para a cadeia. Por pouquíssimo tempo. Menos de um ano depois, Delúbio já estava cumprindo prisão domiciliar. Em março deste ano, teve sua pena perdoada pelo STF.

José Dirceu não completou um ano de cadeia com o mensalão – em 354 dias, já estava cumprindo pena em prisão domiciliar. Estava tão soltinho que a Lava Jato precisou prendê-lo de novo.

A prisão de Dirceu pela Lava Jato e a enorme desproporção entre a operação da turma de Curitiba e o trabalho da equipe da “Ação Penal 470” mostram que o mensalão, de fato, foi uma piada (nota: “ação penal 470” era um desses termos, junto com “presidenta”, que serviam para identificar quem é peteba).

Em sete anos de trabalho, o processo do mensalão apontou desvios de cofres públicos da ordem de 100 milhões de reais – uns 170 milhões de reais em valores corrigidos pela inflação até 2014. Vamos dar de barato que o mensalão em valores de hoje daria uns 200 milhões.

Apenas a Operação Custo Brasil, deflagrada ontem, apura o pagamento de propina na ordem de 100 milhões de reais, realizados entre 2010 e 2015 (portanto, parte dos pagamentos ocorreu durante o processo do mensalão). Ou seja, UM DIA de um DESDOBRAMENTO da Lava Jato deu meio mensalão.

Em sete anos de muita enrolação, a turminha do MPF, PF etc. que trabalhou no mensalão investigou uns 200 milhões de reais de desvios. Ao final, alguns políticos pegaram penas tão leves que foram soltos logo em seguida. E Joaquim Barbosa saiu como herói.

Em pouco mais de dois anos, a turminha de Curitiba realizou mais de 1 200 procedimentos, 52 acordos de delação premiada e 105 condenações, totalizando mais de 1 140 anos de prisão. Já apuraram R$ 6,4 bilhões de propina e recuperaram quase R$ 3 bilhões (ou 15 mensalões). E naturalmente, se não fosse a inércia de um certo Rodrigo Janot, poderiam ter feito muito mais.
Em sete anos de mensalão, a turminha de Brasília só enxergou Banco Rural, Pizzolato, Marcos Valério, etc. Enquanto isso, bem debaixo de seus narizes, passaram Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa, Pasadena, os acarajés, os pixulecos…

Se não fosse pela turma de Curitiba, o Brasil seguiria achando que Joaquim Barbosa foi um herói e tendo o mensalão como símbolo da luta contra a impunidade.

Para quem sabia o que Delúbio já sabia, todo o estardalhaço em torno do mensalão era mesmo piada insignificante.

Cedê Silva é jornalista. Escreve muito poucas vezes no medium.com/@CedeSilva e pouco muitas vezes no twitter.com/CedeSilva. Escreve no Implicante às sextas-feiras.

“Molezinha penal”: é coisa nossa!


Coluna do Thiago Pacheco

E não é um fenômeno súbito e nem inexplicável


No mesmo dia em que revogou a prisão preventiva do ex-ministro Paulo Bernardo, o STF aprovou a súmula vinculante n. 56, cujo texto é o seguinte: “A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nesta hipótese, os parâmetros fixados no Recurso Extraordinário (RE) 641320”. 


E que parâmetros são esses? Entre eles, o seguinte: “havendo déficit de vagas, deverá determinar-se: (i) a saída antecipada de sentenciado no regime com falta de vagas; (ii) a liberdade eletronicamente monitorada ao sentenciado que sai antecipadamente ou é posto em prisão domiciliar por falta de vagas; (iii) o cumprimento de penas restritivas de direito e/ou estudo ao sentenciado que progride ao regime aberto. Até que sejam estruturadas as medidas alternativas propostas, poderá ser deferida a prisão domiciliar ao sentenciado”. Prosseguimos com uma das mais marcantes características de nossa tradição jurídica: tirar proverbial sofá da sala.


Não é nenhum segredo ou grande descoberta sociológica que é marcante da cultura brasileira “enxugar gelo”, ou seja, tomar medidas inócuas que não resolvem problemas, mas apenas os apaziguam momentaneamente – para, não raro, eles ressurgirem ainda mais graves e complexos pouco tempo depois. 


Com um pouco de verniz de erudição e palavreado hermético, é o que fez o STF, mais uma vez. Há uma semana, o tribunal decidiu que o réu primário que seja condenado por tráfico de drogas responde a uma modalidade, digamos, “híbrida” do crime, que deixa de ser hediondo se o acusado tem bons antecedentes, não se dedica ao crime e não faz parte de organização criminosa. 


Seria o caso de se pensar, em um contexto menos dramático: quem nunca atrasou um boleto na vida poderia exigir que, na primeira vez que o fizesse, não corressem juros nem correção monetária? Em outro, mais grave: o homicida com bons antecedentes, que não matou antes nem integra uma facção criminosa, mas mata com requintes de crueldade na primeira vez: responde pelo homicídio agravado ou deixa isso pra lá, vem pra cá, o que é que tem?


Pois, agora – aliás, como sempre – um problema do Estado, a infraestrutura carcerária, foi devidamente socializado, virou um problema de todos nós. Não é exagero dizer, e nem é algo com que estejamos desacostumados: pergunte para os pensionistas dos Correios, da Petrobrás, para os aposentados e servidores endividados que foram roubados – veja só, voltamos a ele – por Paulo Bernardo. No fim, a conta sempre chega para o mesmo sujeito: aquele que paga suas contas, recolhe sua previdência, vive quietinho sem dar trabalho para o Estado e, no final das contas, amarga um prejuízo que não causou.



É bastante intuitivo constatar um efeito prático da súmula vinculante 56: os condenados com penas mais longas (aqueles que cometeram, portanto, crimes mais graves) poderão ser soltos mais cedo se não houver vagas de regime fechado no sistema prisional. 


 Presume-se que sejam os criminosos mais perigosos, que praticaram condutas sujeitas a grandes reprimendas – o que parece um truísmo, mas, em se tratando de Brasil, é sempre bom tomar cuidado. 


De qualquer forma, ninguém discute que manter um sistema prisional funcionando, com vagas suficientes para tirar de circulação quem não possa estar em circulação é uma das principais incumbências do Estado. Mas aqui é o Brasil! O Estado não se desincumbe satisfatoriamente de nada – não há vagas. Então, que se ponha na rua os condenados. Aqui acontece um choque de princípios e valores: de um lado, as finalidades da pena, e entre elas uma das mais importantes, que é (ou deveria ser) confinar criminosos perigosos para que eles não possam reincidir em suas condutas contra inocentes. 


De outro, condições satisfatórias para o cumprimento da pena, a dignidade do condenado: na prática, os promíscuos depósitos de gente, as Pedrinhas e Ursos Brancos da vida, as decapitações, festas regadas a bebidas e drogas, os celulares, o domínio obsceno das facções criminosas sobre os estabelecimentos prisionais.



Há uma característica notável nas lides penais do judiciário brasileiro: a sociedade (e, no caso concreto, a vítima e as vítimas potenciais) é cada vez mais alijada da discussão. É claro que no processo penal há duas partes: acusador e acusado. A sociedade não participa formalmente do feito, mas é (ou deveria ser) sempre tratada como “terceira interessada” em todo e qualquer processo criminal, como uma questão de princípio e finalidade. Entretanto, o que se verifica não é isso, mas uma discussão muito íntima entre o criminoso e o ente estatal, com uma busca incessante pela melhoria da situação daquele. 


O discurso abolicionista é dominante, e os tribunais estão sempre em busca de meios de diminuir penas, soltar apenados mais cedo, afastar agravantes. Tudo isso é feito invocando-se valores constitucionais que nem são tão abstratos assim, dada a natureza, digamos, “enciclopédica” de nossa constituição. Uma curva malthusiana imaginada com base em precedentes como esses aponta para um futuro orwelliano em que a discussão sobre o “primeiro homicídio” é perfeitamente provável. 


Assim, o judiciário vai se afastando do papel de mediador entre conduta socialmente relevante e sua conseqüência, e se aproximando ao de promotor de um bar mitzvah da delinqüência, preocupado em como melhor recepcionar, sem grandes traumas, quem opte por uma vida criminosa. Está aí o atual significado de “progressão de regime”.


A “molezinha penal” não é um fenômeno súbito e nem inexplicável. Na era das grandes agendas progressistas, disfarça-se de intenção humanitária – “cadeia não resolve!” , “devemos ressocializar!”, “é uma escola do crime!” – mas tem efeitos nefastos e inescapáveis. Basta que se fale da “proporcionalidade”, um princípio jurídico e extraído de normas da constituição e de larga aplicação no direito administrativo. Invoca-se a “proporcionalidade”, por exemplo, para dosar a aplicação de uma sanção administrativa, que deve ser proporcional à infração. 


Será que o mesmo se verifica no processo penal? Essa é uma questão que esbarra em um código penal de 1940, sucessivamente remendado, e interpretado à luz dos valores abolicionistas e progressistas – deixa isso pra lá, o que é que tem? – e, no fim das contas, cada criminoso que passou pelo sistema e reincide é um agente dessa “mudança”. É uma questão mais existencial do que apenas “jurídica”, é uma questão de escolha civilizacional. Nossa cultura “enxugadora de gelo” nunca foi pródiga no quesito de fazer sentir as conseqüências de um ato. Nisso, o processo civil é muito mais rigoroso – o inadimplemento do devedor é uma das melhores aplicações financeiras que existem, com juros de 1% ao mês e taxa selic.


Sangue, no entanto, não rende – ele coagula. Somos recordistas de homicídios e vivemos em uma das sociedades mais violentas e mortíferas do mundo. E toda a discussão jurídica sobre o “pós-crime” está circunscrita a atenuar as conseqüências desse tipo de conduta, entregando a fatura das discussões travadas em plenários e gabinetes refrigerados, animadas pelas mais nobres intenções, de volta à sociedade. Em nome dessa abstração, muito sangue correu e ainda vai correr. 


A médica assassinada na linha vermelha há alguns dias – Gisele Palhares Gouvêa, 34 anos – é mais um sacrifício no altar da ressocialização, resultado do evidente descompasso entre uma conduta e suas conseqüências: a relação de causa e efeito que qualquer criança que enfia o dedo em uma tomada entende. 


Quando abrimos mão do fator dissuasório contido em uma pena, coisa que fizemos há bastante tempo sob argumentos como o “direito penal do inimigo” e outras bobagens, só se pode esperar que esse tipo de coisa aconteça com cada vez mais freqüência, afinal, quem vai ter medo de matar sabendo o quão rápido vai sair da cadeia? Espalhe sobre isso a cobertura do chantili sociológico da “vítima da sociedade” que delinqüe “porque não tem opção” e – voilá! – está aí o mais autêntico banana split brasileiro.

Thiago Pacheco é advogado, pós graduado em Processo Civil e formado em jornalismo. Escreve no Implicante às quintas-feiras.

O Golpe da Vaquinha petista já é conhecido










Ontem duas militantes petistas que dizem conhecer Dilma Rousseff desde os tempos da guerrilha lançaram uma campanha de arrecadação de fundos para que a presidente afastada possa se deslocar pelo país. Como se sabe, Dilma conseguiu na Justiça o direito de viajar nos jatinhos da FAB, mas terá que pagar pelas viagens. Guiomar Lopes e Celeste Martins (assim como muitos militantes da extrema-esquerda), acreditam que Dilma tem o direito de fazer sua pregação política pelos quatro cantos do país de maneira exclusiva e luxuosa, ou seja, de jatinho. 


Nas primeiras 21 horas foi arrecadado o valor de R$ 254,7 mil, mais de 50% da meta estabelecida pela campanha, que era de R$ 500 mil. Os petistas e linhas auxiliares apontam a vaquinha como manifestação clara de que o povo está ao lado de Dilma daquilo que os petistas convencionaram chamar “democracia”, que é o império do crime. Nós é que não devemos nos enganar com esse embuste. Esse golpe da vaquinha petista já é conhecido.


Em 2012, José Dirceu foi condenado a pagar uma multa de R$ 971,128, além de ter de cumprir pena de 10 anos e 10 meses. Naquela ocasião, o PT e linhas auxiliares mobilizaram uma intensa campanha midiática para afirmar que Dirceu estava sendo vítima de grande injustiça, e que não tinha condições de pagar a multa imposta pela justiça. Fizeram uma grande campanha de arrecadação para José Dirceu, agraciado por eles com o título de “guerreiro do povo brasileiro”.
apoio-dirceu


A campanha foi muito bem sucedida. Oficialmente contou com a adesão de 3.972 pessoas, entre eles o cineasta Luiz Carlos Barreto, o ex-presidente da OAB e advogado de Lula José Roberto Batochio, o ator José de Abreu e o escritor Fernando Morais. Delúbio Soares e José Genoíno repassaram R$ 20 mil, valor excedente das doações recebidas pelos dois condenados após campanha realizada pela Juventude do PT. 


Passados apenas dois dias da vitória de Dilma nas eleições de 2014, o ministro Luís Roberto Barroso concedeu a Dirceu o direito de cumprir o restante da pena em casa. Apesar da falta de moral que é mobilizar recursos para se solidarizar com criminosos, o pior da campanha foi o caráter golpista: o mesmo Dirceu que ofendeu a justiça ao alegar inocência no esquema do Mensalão foi preso de novo em 03 de Agosto de 2015 durante a 17ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Operação Pixuleco, e indiciado pela Polícia Federal por quatro crimes em 1 de setembro de 2015. Segundo a Polícia Federal, José Dirceu teria ganho cerca de R$ 29 milhões com falsas consultorias. O juiz Sérgio Moro determinou o bloqueio de R$ 20 milhões de Dirceu. 


Em 18 de maio deste ano, Dirceu foi condenado por Sérgio Moro a 23 anos e três meses de prisão por crimes de corrupção passiva, recebimento de vantagem indevida e lavagem de dinheiro no esquema de corrupção descoberto na Petrobras pela Lava Jato.



Naquela ocasião, o PT foi muito hábil em promover uma campanha de arrecadação. Funciona do ponto de vista político, uma vez que sugere unidade da militância e cria narrativa de mobilização popular em torno do partido. Funcionou também para mascarar o fato de que Dirceu havia se tornado milionário com a corrupção. 


Isso sem falar que estamos falando de doações que em sua maioria são anônimas. É muito fácil para o partido colocar dinheiro na própria campanha. É evidente que sempre haverá um militante idiota para fazer caixa para o partido, mas é no mínimo suspeito um partido tão rico fazer esse tipo de ação. Não devemos nunca esquecer do diagnóstico de Gilmar Mendes sobre o partido, proferido por ocasião de seu voto na questão do financiamento privado de campanha. Justamente o PT, o maior beneficiado, era a favor da proibição. E a razão era simples: eles já tinham caixa suficiente para concorrer por mais dez eleições.
Supondo que esse dinheiro seja proveniente de fontes limpas, temos aqui outro aspecto que fragiliza a narrativa petista. Como é que o partido consegue arrecadar tanto, justamente em um momento de crise? Simples: quem apoia o Partido dos Trabalhadores não são os pobres, mas sim os ricos e a classe média alta entediada com as delícias do capitalismo. 


Os pobres não se seduzem por ideologia, isso é coisa de quem já está com a vida ganha. Seria de bom tom perguntar quantos pobres ou negros doaram para que Dilma pudesse voar de maneira exclusiva, mas isso é desnecessário. Sabemos bem que estes não estão com Dilma ou com o PT, muito menos com a esquerda. Eles só estão presentes no discurso, onde são apresentados como gado e curinga retórico.


Sejamos francos: o que são R$ 500 mil para quem banca milhões só em campanhas? Essa suposição levantada aqui é procedente, e deve ser entendida como algo natural em se tratando de uma organização criminosa dirigida por sociopatas totalitários. 


O PT já roubou dinheiro de aposentados pobres por meio do esquema descoberto pela Custo Brasil, já roubou apartamentos de famílias que participaram do consórcio da Bancoop para garantir que Lula tivesse um tripléx no Guarujá, já roubaram pobres no Minha Casa Minha Vida para garantir os 30% do PCdoB, já roubaram até dinheiro dos trabalhadores dos Correios que colocaram o suor do trabalho no Postalis. 


O PT já quebrou a economia de propósito para vencer uma eleição. O que o impediria de mobilizar alguns lacaios para, como diriam os portugueses, “branquear capitais” apenas para que a czarina pudesse viajar de jatinho? Não seria a primeira vez que aplicariam o golpe da vaquinha. Aliás, não seria a primeira vez que o PT aplicaria um golpe. O primeiro deles inclusive, foi quando a facção criminosa conseguiu obter registro oficial, criando uma legenda partidária que seria usada como fachada para suas investidas autoritárias.

"Minha Casa, Minha Cadeia"? Novo programa do STF?


2a Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

No Brasil em que só ladrão de galinha tem enorme chance de puxar cadeia, e onde a mais alta corte do judiciário perde tempo julgando briga entre vizinhos e crimes comuns cometidos por privilegiados bandidos da politicagem, em vez de julgar questões essencialmente constitucionais, surge mais uma aberração do Capimunismo Cleptocrático: a indústria da tornozeleira eletrônica, que pode servir de boa desculpa para que condenados de fino trato possam cumprir penas no conforto do próprio lar - inclusive com risco de ter todo o suporte para continuar delinquindo...


O Supremo Tribunal Federal, que precisa tomar cuidado para não revogar a lei da gravidade, tomou ontem uma decisão muito esquisita, embora a propaganda tenha lhe tentado emprestar aparências de sensatez. O STF decidiu que, se não houver vaga no sistema prisional, os condenados em todo o País poderão cumprir pena em casa, usando as cada vez mais famosas "tornozeleiras eletrônicas". Criminosos com bala na agulha (muita grana e advogados caríssimos com poder de influência política) vão apelar para essa modalidade alternativa de cumprimento de pena. Trata-se, jocosamente falando, do programa "Minha Casa, Minha Cadeia"...



As seletas empresas de segurança, preparadas para gerenciar o acompanhamento dos ilustres presos, devem estar soltando foguetes de felicidade. Cada tornozeleira eletrônica tem um custo médio individual que varia de R$ 214,50 a até R$ 660 reais (ou mais). Mais caro ainda que o aparelinho é o custo do contrato de monitoramento, que pode representar para a União e para cada Estado uma despesa média de R$ 12 milhões por ano (ou R$ 1 milhão por mês). O argumento econômico é que o custo mensal por monitorado varia de R$ 167 a R$ 660 (média de R$ 301). Já no sistema prisional convencional, o gasto por detento vai de R$ 1.800 a R$ 4.000.


Ou seja, deve prosperar mais um lucrativo negócio no País da corrupção institucionalizada, combinada com alto índice de violência e estatísticas que confirmam que estamos em uma guerra civil não-declarada: média de 60 mil homicídios por ano. Estudos comprovam que cadeia não é o melhor remédio para recuperar um criminoso. 


Mas nenhuma pesquisa séria conseguirá comprovar que guardar bandido em casa seja capaz de puni-lo e ressocializá-lo.


Neste ritmo, com o avanço do crime cada vez mais organizado de fora para dentro do País, muito em breve o Brasil será considerado um grande manicômio penitenciário a céu aberto. A sociedade brasileira não pode ser devastada pela corrupção, pela violência, pela impunidade e pela insegurança do Direito - que consagram o Estado de Barbárie.


Os segmentos esclarecidos da sociedade brasileira precisam superar seu tradicional "bundamolismo" e exigir mudanças estruturais profundas. Sem uma Intervenção Cívica Constitucional, liderada por cidadãos e com o apoio das Forças Armadas, continuaremos sendo um cão raivoso que corre atrás do próprio rabo. Mudança, já!


Ou vamos virar o subnitrato de pó de merda do coco do poodle nervoso que lidera uma matilha de cães selvagens nas matas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro - conforme descoberto por uma recente pesquisa científica.


Sem golpe
Recado exato do livre pensador Olavo de Carvalho:
"Se a iniciativa popular não devia ser transferida aos políticos, muito menos deve sê-lo aos militares. Pela primeira vez na História nacional o povo detém nas mãos o controle ainda que parcial do seu destino, e já se apressa em entregá-lo a membros do establishment? Uma coisa é apoio militar a uma iniciativa do povo. Outra, completamente diferente, é intervenção militar".

Bandidagem Olímpica


Mensagem que se espalha pelas redes sociais de militares:

O crime organizado do Rio de Janeiro estava preparando uma operação de terror para os próximos dias, com arrastões, blitz falsas, e outras coisas mais. O ponto principal é que eles mencionaram a caça aos militares, com requintes de crueldade e covardia.

Comentaram que nos arrastões e blitz falsas iriam verificar celulares e documentos das pessoas abordadas, e se fosse encontrado qualquer vestígio de parentesco ou que a pessoa fosse militar (Polícia, Forças Armadas e etc.), eles iriam matar. Portanto, quem possui fotos no celular, ou grupos de WhatsApp, fotos de perfil que possa dar a impressão de que é militar ou parente, APAGUE. 


Copie para um computador, suas fotos, mude fotos de grupos de colegas militares, e principalmente, divulgue para o maior número de pessoas possível, para que não sejam vítimas da falta de informação, insegurança e impunidade, que reina em nosso país.


Artigos relevantes

Reveja a primeira edição desta quinta: Roubalheira rápida, punição lenta e o errado fica certo!

Leia, abaixo, os artigos

De Laércio Laurelli: Panaceia: Juízo de incompetência pela Bondade!

E de Mara Bergamaschi: Operação custo Brasil morrerá no ninho?

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Voto nulo e novas eleições


Imagem da urna eletrônica com a bandeira do Brasil atrás.

Texto proposto por Eldes





De dois em dois anos, em eleições municipais ou regionais, sempre surge alguém para hastear a bandeira do voto nulo, declarando a finalidade de promover a anulação do pleito. Já passou da hora de superar essa ideia e entender, de fato, qual função pode ser atribuída ao voto nulo e ao voto em branco.

Para os defensores da campanha do voto nulo, o art. 224 do Código Eleitoral2 prevê a necessidade de marcação de nova eleição se a nulidade atingir mais de metade dos votos do país. O grande equívoco dessa teoria reside no que se identifica como “nulidade”. Não se trata, por certo, do que doutrina e jurisprudência chamam de “manifestação apolítica” do eleitor, ou seja, o voto nulo que o eleitor marca na urna eletrônica ou convencional.

A nulidade a que se refere o Código Eleitoral decorre da constatação de fraude nas eleições, como, por exemplo, eventual cassação de candidato eleito condenado por compra de votos. Nesse caso, se o candidato cassado obteve mais da metade dos votos, será necessária a realização de novas eleições, denominadas suplementares. Até a marcação de novas eleições dependerá da época em que for cassado o candidato, sendo possível a realização de eleições indiretas pela Casa Legislativa. Mas isso é outro assunto.

É importante que o eleitor tenha consciência de que, votando nulo, não obterá nenhum efeito diferente da desconsideração de seu voto. Isso mesmo: os votos nulos e brancos não entram no cômputo dos votos, servindo, quando muito, para fins de estatística.

O Tribunal Superior Eleitoral, utilizando a doutrina de Said Farhat3, esclarece que “Votos nulos são como se não existissem: não são válidos para fim algum. Nem mesmo para determinar o quociente eleitoral da circunscrição ou, nas votações no Congresso, para se verificar a presença na Casa ou comissão do quorum requerido para validar as decisões4.”.

Do mesmo modo, o voto branco. Antigamente, quando o voto era marcado em cédulas e posteriormente contabilizado pela junta eleitoral, a informação sobre a possibilidade de o voto em branco ser remetido a outro candidato poderia fazer algum sentido. Isso porque, ao realizar a contabilização, eventualmente e em virtude de fraude, cédulas em branco poderiam ser preenchidas com o nome de outro candidato. Mas isso em virtude de fraude, não em decorrência do regular processo de apuração.

Hoje em dia, o processo de apuração, assim como a maneira de realizar o voto, mudou. Ambos são realizados de forma eletrônica, e a possibilidade de fraudar os votos em branco não persiste. O que se mantém é a falsa concepção de que o voto em branco pode servir para beneficiar outros candidatos, o que é uma falácia.

O voto no Brasil é obrigatório – o que significa dizer que o eleitor deve comparecer à sua seção eleitoral, na data do pleito,  dirigir-se à cabine de votação e marcar algo na urna, ou, ao menos, justificar sua ausência. Nada obstante, o voto tem como uma das principais características a liberdade. É dizer, o eleitor, a despeito de ser obrigado a comparecer, não é obrigado a escolher tal ou qual candidato, ou mesmo a escolher candidato algum.

Diz respeito à liberdade do voto a possibilidade de o eleitor optar por votar nulo ou em branco. É imprescindível, no entanto, que esta escolha não esteja fundamentada na premissa errada de que o voto nulo poderá atingir alguma finalidade – como a alardeada anulação do pleito. Se o eleitor pretende votar nulo, ou em branco, este é um direito dele. Importa que esteja devidamente esclarecido que seu voto não atingirá finalidade alguma e, definitivamente, não poderá propiciar a realização de novas eleições.

Polianna Pereira dos Santos

UNIÃO EUROPEIA: DEVASSANDO OS LABORATÓRIOS E LABIRINTOS DO TERROR ASSÉPTICO DOS MAIORES CANALHAS DO SÉCULO XXI.



segunda-feira, junho 27, 2016

O sujeito na foto acima é o presidente do Parlamento da União Europeia. Trata-se do deputado Alemão Martin Shulz, do Partido Social-Democrata Alemão (SPD) filiado à Internacional Socialista. Está mamando como Deputado na UE desde 1994. Na foto acima ele afaga o chefe terrorista da Fatah, Mamoud Abbas, que sucedeu o facínora do Oriente Médio, o terrorista Yasser Arafat. Quem se inclina e mostra os dentes é o alemão Shulz, cupincha da comunista ângela Merkel.

Logo abaixo no shopping 'privê' da corriola da União Europeia a estátua gigante de um camêlo emulando um Cavalo de Tróia. Sob o lombo uma intrigante escultura multifacetada.

As fotos que seguem abaixo na sequência são fotogramas que fiz de cenas de Brexit, o Filme!, que postei aqui no blog e que devassa a União Europeia mostrando de fato o que é esse viveiro comunista do século XXI. Como as cenas passam rápido, resolvi congelar algumas imagens para que os leitores possam ter ideia do que são as mega e luxuosas instalações da União Europeia em Bruxelas. São inúmeros palácios com arquitetura de inspiração modernista que fariam inveja a Le Corbusier.

A coisa é tão grandiosa e rica que inclui até mesmo espécies de labirintos conforme fotos logo abaixo deste texto. Não fosse o referendo do Reino Unido quando os britânicos decidiram dar um basta a esse festival de sacanagens global, caindo fora desse esquema diabólico que pretende detonar a civilização ocidental, a maioria dos cidadãos em todas as partes do mundo não teria a mínima ideia do que é a UE.

Os mandarins da União Europeia nadam no dinheiro e nas mordomias inimagináveis financiadas com o dinheiro que arrecadam de 28 países europeus que caíram na esparrela desses vagabundos espertalhões do neo-comunismo do século XXI. O povo europeu desses países se tornou escravo dos burocratas e tecnocratas da União Europeia. Recomendo que quem não viu assista AQUI o filme completo que revela as entranhas desse fabuloso laboratório de "engenharia social" que usa a imigração em massa de islâmicos para controlar pelo terror e o medo os povos que vivem por eles controlados.

Mas o esquema que é também sintonizado com a ONU tem em mira aplicá-lo em nível global conectando blocos econômicos como o Mercosul e outras organizações multilaterais como OEA e a famigerada Unasul sediada no Equador. Todas essas organizações são controladas por esquerdistas. Um caso emblemático, por exemplo, é que antes de ser derrubado do poder, o PT providenciou a nomeação de seus operadores em várias dessas organizações multilaterais. 


Exemplo disso foi a nomeação da ex-ministra e ex-senadora petista Ideli Salvati e seu companheiro em cargo na OEA. No âmbito do Itamaraty diversos comunistas do PT estão ocupando funções em organismos como A ONU, em bureaus de comércio exterior e cargos congêneres. Dia desses, por exemplo, estiveram no Uruguai os comunistas Humberto Costa, Jean Willys e Gleise Hoffmann numa reunião de "Direitos Humanos e Cidadania", do Mercosul em Montevidéu, Uruguai. Tal comissão é que no futuro pode decidir pela invasão de hordas de imigrantes na América do Sul. Assim, os petistas saem do poder no Brasil e alcançam mais à frente o poder total sobre o país por meio dos organismos como o Mercosul, Unasul, OEA, etc...

OS OVOS DA SERPENTE VERMELHA
O plano do neocomunismo do século XXI é transformar todos esses blocos econômicos em espécies de União Europeia, isto é, com poder de legislar e decidir internamente em cada um dos países integrantes desses blocos. Dessa forma, mesmo que internamente possa haver uma alternância do poder os comunistas continuarão ditando as regras. Eles denominam isso de "regulação". É o que faz hoje a União Europeia e foi isso a gota d'água para o Brexit do Reino Unido.

A primeira regulação de nível global a ser aplicada foi a proibição de fumar dentro dos aviões. Afinal, como é um hábito de uma minoria, serviu como um esquema de "educação" e "treinamento" para na sequência se estabelecer um conjunto imenso de "regulações", com por exemplo na área ambiental. Como mostra o filme Brexit, essas regulações já liquidaram a atividade industrial pesqueira do Reino Unido. E vai por aí. Ao nível ambiental diversas dessas regulações formuladas pela engenharia social da União Europeia já alcançam o mundo inteiro, inclusive o Brasil e foram transformadas em lei local!

Essas regulações vão sendo impostas por etapas e ancoradas no "pensamento politicamente correto. Trata-se de um sutil e engenhoso esquema que chega a se tornar um modismo, como é o caso do ciclismo e da proibição de certos alimentos e do marketing publicitário de certas comidas e bebidas. Reparem que os vagabundos encastelados na União Europeia já estão legislando além fronteiras. Estão decidindo o que devemos comer, vestir e fazer no dia-a-dia. O fulcro principal é detonar a "liberdade individual", o que significa destruir a civilização ocidental.

E, para concluir, como já afirmei diversas vezes, o principal veículo de difusão dessa manobra sórdida que tem em mira um governo mundial é a grande mídia em termos nacionais e internacionais. Tanto é que tudo que está vindo à tona agora, se dá por um ponto fora da curva, na esteira daquilo que pode ser qualificado de "revolução britânica". Tudo isso que está acontecendo em decorrência do Brexit parece novidade para quem está fora da Europa. E isso ocorre pela sonegação da informação operada pelos jornalistas e seus veículos. 

Algo em torno de 99% dos jornalista perfilam-se à esquerda e/ou à extrema esquerda do espectro político. Por isso que de uma hora para outra o Brexit é manchete em todos os veículos de mídia do mundo inteiro. É manchete mas o conteúdo todo das reportagens e análises correspondem totalmente aos interesses do esquema delineado burocratas da União Europeia.

Portanto o que vocês estão lendo e vendo aqui neste modesto blog é ouro puro em termos de informação. Entretanto, não é novidade para poucos. Aliás, um dos primeiros intelectuais a denunciar essa camorra global foi o jornalista, filósofo e escritor Olavo de Carvalho, que vive há mais de uma década nos Estados Unidos. Olavo na verdade foi e continua sendo malhado pela grande mídia brasileira justamente porque ousou colocar o dedo na ferida. A ele devemos o acesso a todas essas informações preciosas que nos permitem agora derrubar a muralha da mentira, da ação criminosa da vagabundagem globalista que pretende destruir o bem mais precioso que a matriz judaico-cristã da civilização ocidental nos legou: A LIBERDADE! 
Notem ao fundo nesta foto do shopping privê dos membros da União Europeia, uma luxuosa academia de ginástica. Nas fotos acima se pode ter uma ideia da grandiosidade dos palácios dos diversos edifícios da União Europeia em Bruxelas. Há inclusive verdadeiros labirintos, rampas imensas, escadarias, salões. Nada tem limite para esses andróides vermelhos que postulam o governo mundial.