terça-feira, 24 de maio de 2016

Chega de luxo!

A libertação da ditadura do grotesco

ptfO que mais vimos crescer no Brasil foram a degradação da moral, a ruína dos bons costumes, a valorização do grotesco, o louvor do obsceno, o desprezo completo à ordem e a harmonia, o vilipêndio à formosura.

Ontem tivemos o estranho privilégio de ouvir, em um mesmo dia, o pronunciamento de dois presidentes do Brasil. Mais cedo, escutamos a presidente impedida, que, na verdade, deveria estar interditada, falando como uma candidata à vereadora na Câmara Municipal de Parari, atropelando as ideias, desrespeitando as normas, não da linguagem culta, mas mesmo da coloquial, se comunicando, não com a sociedade brasileira, mas apenas com sua militância, e que nos fez ver ali a síntese de sua própria alma mesquinha e rasa.


Mais tarde, quem discursou foi o atual presidente, Michel Temer, que, claramente bem preparado para o momento, nos brindou com um linguajar polidíssimo, com o uso de expressões e formas que a última década quase nos fez esquecer que eram passíveis de serem usadas por um presidente da República, além de se dirigir claramente à totalidade da nação, tentando passar uma ideia de recomeço e união.

A comparação entre os dois pronunciamentos me fez refletir o quanto os treze anos de PT no governo nos conduziu para uma relação degenerada com as coisas.

A ideologia dos petistas destila um ódio evidente contra tudo o que parece superior. Seja o correto uso da língua portuguesa, a valorização dos modos e da beleza, o respeito às tradições – tudo isso é ignorado, quando não repugnado, por eles. Durante o tempo em que permaneceram no Planalto, o que mais vimos crescer no Brasil foram a degradação da moral, a ruína dos bons costumes, a valorização do grotesco, o louvor do obsceno, o desprezo completo à ordem e a harmonia, o vilipêndio à formosura.

Por trás de tudo isso esteve o governo e seus milhares de comissionados e financiados promovendo, em todos os cantos do país, uma ideologia que valorizou apenas os sentimentos mais baixos, com a exaltação da ignorância, da feiúra e da imoralidade.

O problema é que passada mais de uma década praticamente apenas ouvindo a oratória governista, chegou um momento que as pessoas pareciam não mais perceber o quanto de baixeza e aviltamento estava contido em todas aquelas manifestações. 


Por mais que percebessem que havia algo de errado, já não era possível identificar o problema, pois os governos de Lula e Dilma monopolizaram a linguagem, a estética e a moral, de tal maneira, que quase não sobrou espaço para outras formas de expressão, senão aquela que lembrava conversas de bar, pagodes na laje e reuniões de DCE.
Resultado de imagen para crianças dançando funk


Quando, porém, como que por um passe de mágica, o nevoeiro se dissipou, e tivemos a oportunidade de ouvir um homem culto falando como presidente da República, parece que nossa sensibilidade, que estava entorpecida por anos de envilecimento, se aguçou, e pudemos perceber como estávamos envolvidos em um ambiente corrompido, em todos os sentidos.

É impressionante como os petistas exaltam o que é feio. Pablo Capilé, Jandira Feghalhi, Eurenice Guerra, Graça Foster são modelos da feiúra petista. Mas, não se enganem, a fealdade deles não é apenas o azar de não terem sido beneficiados pela natureza. Eu, que tenho uma esposa que trabalha com a beleza feminina, sei, muito bem, o que um bom corte de cabelo, uma maquiagem, uma roupa bem escolhida e, principalmente, a boa vontade podem fazer para transformar o feio em, no mínimo, agradável.

A feiúra petista, portanto, não é um azar, mas uma escolha. São feios porque querem, porque isso lhes identifica. São feios porque a exaltação da feiura está já impregnada em suas almas. Assim escolhem, como forma de mostrar que não estão preocupados com as convenções e as tradições burguesas. E, pior, impõem sobre todos essa visão corrompida da realidade.


Por isso, de tudo o que o afastamento do PT nos liberta – da corrupção, da má gestão, da política ruim, o mais importante, eu não tenho dúvidas, é da ditadura do grotesco.


Aula de "musica" nas escolas públicas.



http://www.fabioblanco.com.br

Tá ruim mas tá bom


tmrO Itamaraty deveria declarar não-reconhecimento à autoridade da UNASUL e de países como Cuba, Venezuela, Bolívia e Equador, governados por ditadores ou postulantes a ditadores.

A reação oficial ainda está distante de uma reação justa e necessária.


É digno de nota que o Itamaraty tenha "repudiado" as declarações dos governantes da Bolívia, do Equador, da Venezuela e de Cuba, além da Unasul, que se recusam a reconhecer o presidente Michel Temer e insistem em chamar o processo constitucional do impeachment de golpe.[1]



Contudo, a atitude do Itamaraty ainda está longe, muito longe, do realmente necessário.


Em primeiro lugar, os argumentos dos governos bolivarianos não são "errôneos"; não se trata de meros erros de interpretação jurídica, aos quais cabem esclarecimentos jurídicos. São posicionamentos político-ideológicos, que não levam o ordenamento jurídico em consideração de forma alguma. Pouco lhes importa o respeito ou o desrespeito às leis, desde que os "companheiros" estejam no poder.

Entretanto, o principal erro (digamos assim) do Itamaraty é não citar o real motivo do posicionamento desses países: o Foro de São Paulo (FSP).

O FSP foi criado no início dos anos 90 por Lula e Fidel Castro, que uniram associações de esquerda de toda a América Latina, incluindo grupos terroristas, a fim de restaurar a força socialista e conquistar o poder na região. Com grandes articulações e financiamento do narcotráfico e dos desfalques que iam cometendo onde chegavam ao governo, o grupo foi, de fato, conquistando o poder em boa parte desses continentes. Para poderem coordenar o poder institucional que iam conquistando ou mesmo tomando e direcioná-lo para seus interesses, com um ar de autoridade e oficialidade, criaram a UNASUL.

Os governantes filiados a partidos ligados ao FSP agem respeitando as resoluções do Foro e procuram auxiliar-se mutuamente, para conquista e manutenção do poder. Não foi por acaso que o BNDES, nas mãos de Lula e Dilma, despejou dinheiro em países como Bolívia, Cuba, Venezuela, Argentina (de Kirchner) e Equador. Aliás, o fato de um partido brasileiro tomar decisões seguindo determinações de um grupo internacional fere a soberania nacional e justifica a dissolução do PT.

Além de denunciar essa ação articulada, descomprometida com a materialidade dos fatos, orientada por um projeto de poder continental, o Itamaraty deveria inclusive declarar não-reconhecimento à autoridade da UNASUL e de países como Cuba, Venezuela, Bolívia e Equador, governados por ditadores ou postulantes a ditadores.

Na realidade, o ministro das Relações Exteriores, José Serra, e o presidente Michel Temer sabem de tudo isso. Contudo, resolveram -- digamos com muita boa vontade -- manter a discrição. Mas, quem vai dizer que a postura do Itamaraty já não é um grande avanço? Considerando o que tínhamos com o PT, uma situação em que o conselho consultivo e deliberativo de governo estava instalado em Havana, enfim, considerando isso, de fato, as notas assinadas por José Serra possuem seu valor. Todavia, conforme expus aqui, a reação oficial ainda está distante de uma reação justa e necessária.

A propósito, essas notas (assim como as mudanças nos ministérios, mais enxutos e assertivos mas ainda não-técnicos e com gente envolvida na Lava Jato) têm a cara daquilo que promete ser o Governo Temer: muito, muito melhor do que aquilo que tínhamos, mas muito, muito distante daquilo de que precisamos de fato.

[1] “O Ministério das Relações Exteriores divulgou duas notas oficiais na noite desta sexta-feira (13) para criticar manifestações públicas de representantes de cinco países latino-americanos e também uma declaração do secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), Ernesto Samper, sobre o afastamento de Dilma Rousseff da Presidência.


Desde que Michel Temer assumiu interinamente o comando do Palácio do Planalto nesta quinta (12), o Itamaraty passou a ser chefiado pelo senador licenciado José Serra (PSDB-SP).


Ao longo desta quinta, alguns países, instituições e líderes internacionais se manifestaram sobre a instauração do processo de impeachment e consequente afastamento de Dilma do comando do país por até 180 dias.
” (G1)



http://colombomendes.blogspot.com.br

Diário do Olavo: o governo Temer e a urgência em desmascarar a narrativa comunista


olv
(Seleção e organização: Edson Camargo, editor-executivo do MSM)

O problema essencial continua: o brasileiro é um povo cristão e conservador PROIBIDO de ter um governo cristão e conservador.

*
Conservadorismo consiste em economia liberal MAIS cultura cristã. Até hoje, o pouco de liberalismo que se consegue introduzir na economia de vez em quando vem às custas de concessões cada vez maiores ao programa cultural da esquerda. Não creio que isso possa mudar muito no governo Temer.
*
Uma democracia de verdade, com ordem constitucional e transparência, o Brasil NUNCA MAIS TERÁ. Desistiu dela para sempre ao optar pelo "impeachment" da Dilma em vez da anulação da eleição fraudulenta. Terá no máximo uma gambiarra econômica relativamente eficiente.
*
O governo Dilma levou o povo a um tal nível de desespero, que para livrar-se dela ele consentiu em abdicar da própria honra e aceitar, sorrindo, a troca de um governante ilegítimo por outro igualmente ilegítimo.
*
Não tenham ilusões: a Dilma não caiu porque "roubou", mas porque o roubo deu prejuízo aos banqueiros internacionais. Michel Temer é o gerente da massa falida, nomeado pelos globalistas para colocar a casa um pouquinho em ordem. Não esperem dele nada mais do que isso.
*
A desgraça brasileira chegou a tal nível de gravidade, que um presidente tão ilegítimo quanto a Dilma, tanto quanto ela produto falsificado da apuração secreta, subiu ao poder nos braços de uma esperança nacional que o legitima "ex post facto". Para um cu repetidamente estuprado, a máxima felicidade concebível consiste em ganhar de presente uma pomada de hemorróida.
*
Por melhor que venha a ser o governo Temer, ele só poderá significar duas coisas: (a) uma recuperação econômica POSSÍVEL; (b) a legitimação INEVITÁVEL E DEFINITIVA da maior fraude eleitoral de todos os tempos. O Brasil está tão empobrecido e endividado, que, por uma melhorazinha de nada no estado da economia, ele sacrificará TUDO.
*
O Michel Temer vai tentar TUDO para fazer sucesso rápido. Não é difícil, com uma antecessora como a Dilma. Deus queira que ele entenda que o Brasil não precisa de conciliação, mas de coragem e severidade.
*
O tom modesto e sensato do discurso do Temer é um bom sinal. A citação do presidente Dutra, a apologia do federalismo e o elogio à Lava-Jato denotam saúde mental. Tirando os rapapés de praxe e as omissões mais que explicáveis num presidente que já assume o cargo pisando em ovos, o homem não disse nenhuma tolice.
*
É melhor dar um crédito de confiança ao novo governo, para que, se tivermos de descer o cacete nele amanhã ou depois, não seja por preconceito.
*


*

Só o fato de que o ministro da Defesa NÃO pertence ao Foro de São Paulo já é uma boa notícia.
*
Riam o quanto quiserem, mas medidas econômicas de QUALQUER natureza ou dimensão deixarão menos marcas na História do que os banheiros unissex. O Obama concorda:
http://www.wnd.com/2016/05/obama-to-schools-open-girls-bathrooms-to-boys/
*
Meu artigo "A Igreja Humilhada", em tradução do Igor Novelli, acaba de sair no site italiano Effedieffe. Adoro ler as minhas coisas em italiano:
http://www.effedieffe.com/index.php?option=com_jcs&view=jcs&layout=form&Itemid=142&aid=330352
*
A pergunta que não quer calar...
rg
*
Raffaela Gappo, Mauro Ventura e Paulo Lopes, respectivamente produtora, diretor e ator do filme urgente e necessário, "Bonifácio, o Fundador do Brasil", são todos meus alunos. O Paulo, há mais de vinte anos.
*
E falando em alunos que nos enchem de orgulho...

*
Começam hoje (12) as inscrições para a 5a edição do curso Bases da Criação Literária, do Rodrigo Gurgel, que recomendo a todos meus alunos.
http://rodrigogurgel.com.br/bases-da-criacao-literaria-l-p/

*
Meu professor de artes marciais, Michel Veber, ensinava: "Quando você começar a bater, não pare mais, senão você vai começar a apanhar." A suspensão da Dilma é a PRIMEIRA pancada séria que a comunistada brasileira leva em mais de trinta anos. Parar de bater agora é suicídio.
*
“No meu estudo das sociedades comunistas, cheguei à conclusão de que o propósito da propaganda comunista não era persuadir, nem convencer, mas humilhar – e, para isso, quanto menos ela correspondesse à realidade, melhor. Quando as pessoas são forçadas a ficar em silêncio enquanto ouvem as mais óbvias mentiras, ou, pior ainda, quando elas próprias são forçadas a repetir as mentiras, elas perdem de uma vez para sempre todo o seu senso de probidade... Uma sociedade de mentirosos castrados é fácil de controlar."
Theodore Dalrymple

*
CADA comunista e colaboracionista na mídia tem de ser desmascarado como o vigarista que é. Sem isso, nunca estaremos livres de ser um dia governados pelo fantasma do Lula.
*
Enquanto a intervenção brutal, avassaladora e assassina da KGB no Brasil não for contada em todas as escolas, o controle esquerdista da cultura nacional continuará em vigor. Mas por enquanto essa história não pode ser contada nem mesmo na Wikipedia.
*
Tomar dos demagogos esquerdistas o monopólio da narrativa histórica é urgente, antes que eles contem a história do governo Dilma ao seu modo.
*
TODA a narrativa histórica vigente, dos anos 60 para cá, tem de ser reduzida a pó mediante uma crítica exigente e meticulosa. Só assim impediremos que a Dilma Rousseff entre para a História como vítima inocente de um golpe imperialista.
*
É melhor viver sob leis ostensivamente injustas, desde que sejam poucas, do que sob uma quantidade inabarcável de leis pretensamente justas cujo número já basta para torná-las injustas.
*
O que os bandidos dizem uns contra os outros é geralmente verdadeiro. Nesse sentido, o Senado chega quase a ser um templo da verdade.
*
Por que neste país tanta gente acha que me fazer meia dúzia de elogios introdutórios lhe dá o direito de mentir a meu respeito em seguida? Agora é o tal do "Albertinho", que até dez minutos atrás eu desconhecia por completo mas dizem que é famoso. Esse cara está inventando coisas. Eu NUNCA disse que o Obama não é americano. Disse que os documentos dele são falsos, e são mesmo. Quanto à história do chip, saiu na NBC, caraio:



*
Para que tanta insistência em informar à humanidade que eu não sou Deus se ninguém jamais disse que eu sou?
*
Há mais contestadores da infalibilidade do Olavo que da infalibilidade papal. A diferença é que a primeira jamais foi proclamada.
*
Acho que é o seguinte: No Brasil, qualquer elogio mais enfático do que um tapinha paternal nas costas já é divinização.
*
Noventa e nove por cento das discussões idiotas desapareceriam se as pessoas seguissem esta regra: Seu direito de que a platéia dê atenção às suas opiniões é proporcional ao tempo que você gastou para criá-las.
*
Ou você se torna filósofo, buscando a coerência na totalidade das suas idéias antes de se meter em discussões, ou INEVITAVELMENTE qualquer opinião solta que você tenha sobre assuntos isolados só poderá ser certa pela força do acaso.
*
Aristóteles ensinava que perceber a verdade é o NORMAL em todo ser humano. Hoje em dia, no Brasil, basta você exercer essa capacidade para que achem que você pretende ser um guru infalível, um profeta, a voz de Deus. Inverteram a norma de Aristóteles e acham que o erro é obrigatório como prova de humanidade.

Medem a espécie humana pela sua própria incapacidade, elevada a norma e padrão.

"Errar é humano" significa apenas que, ao contrário de Deus, o homem PODE errar, não que deva fazê-lo para mostrar que não pretende ser Deus.

*
Quem sente que precisa discordar de mim em algum ponto só para não dar a impressão de que vê em mim um guru infalível padece de "ignoratio elenchi" no mais alto grau. Nunca escrevi uma linha sobre a minha falibilidade ou infalibilidade, não estou interessado nessa merda nem acho que ela seja assunto para um cérebro normal. Portanto isso NUNCA esteve em discussão nesta página nem estará jamais. O que quer que eu diga sobre o que quer que seja não será nunca sobre isso. Se você quer discutir alguma coisa comigo, atenha-se ao ponto em discussão e não desvie a atenção para essa bobagem.
*

Todo mundo tem alguma opinião, mas cada um quer que os outros a levem a sério mais do que ele próprio. No mínimo, quer que dêem a ela mais atenção do que ele jamais deu.


https://www.facebook.com/carvalho.olavo/

http://olavodecarvalho.org
http://seminariodefilosofia.org

http://therealtalk.org


Contagem regressiva para Temer. Se não for rápido no gatilho presidente interino vai levar bala. Ainda está em tempo





faroeste2
Ricardo Noblat


Menos mal que Temer tenha sido rápido no gatilho ao demitir o ministro Romero Jucá (PMDB-RR), do Planejamento, envolvido numa trama para deter o avanço da Lava-Jato.

Foi mais rápido do que Itamar Franco, o vice que sucedeu Fernando Collor na presidência da República, e que introduziu por aqui o fuzilamento relâmpago de auxiliares suspeitos.

Nem por isso, Temer escapará do desgaste de ter feito ministro um político de extensa folha corrida, investigado em seis inquéritos no Supremo Tribunal Federal.

Em 2005, no primeiro governo Lula, Jucá foi ministro da Previdência. Acabou abatido por denúncias de corrupção. Ficou apenas três meses no cargo. Desta vez, nem 13 dias.

O legalista Temer sabe que investigado não quer dizer culpado. Mas o experiente político Temer sabe também que o investigado alvo de muitas investigações pode tornar-se uma companhia incômoda.

Foi o que aconteceu com Jucá. Era uma bola cantada. É o que poderá acontecer com outros ministros enrolados com a Lava-Jato. Não vale a desculpa de que eles foram indicados por seus partidos.

Por igual motivo, não vale a desculpa de que quase 300 deputados, obedientes a Eduardo Cunha (PMDB-RJ) indicaram para líder do governo na Câmara um colega acusado até de assassinato.

Que capital político Temer pensa que tem para dar-se ao luxo de não ser cuidadoso? A quem ele imagina dever sua ascensão à vaga de Dilma? Somente aos seus amigos do Congresso?

Ele deve, primeiro, a Dilma, e aos graves erros cometidos por ela, Lula e o PT. E, segundo, à maioria dos brasileiros que apoiaram o impeachment apesar de não confiarem nele, Temer.

Sem apoio no Congresso não se governa. Mas contra as ruas, ou indiferente a elas, está cada vez mais difícil governar. Elas não querem Dilma de volta. Mas não querem Temer necessariamente.

O governo provisório dele, repleto de cargos ainda por preencher, mal começou, e começou mal. Arrisca-se a passar em pouco tempo à condição de governo mínimo.

Em breve, a herança maldita legada por Dilma causará mais desconforto a Temer do que a Dilma e ao PT. Dele serão cobradas soluções para os problemas que afundaram o país e seus habitantes.

Dilma voltará a Porto Alegre, de onde não deveria ter saído. Lula e o PT não irão para a oposição porque já estão nela. Lula e o PT ainda poderão ter futuro, certamente modesto.


O futuro de Temer será ou não construído por ele em um prazo curto de poucos meses ou de poucas semanas. A contagem regressiva começou.

Austeridade foi pro brejo



  • Fim da linha para Romero Jucá, no ministério de Michel Temer.  As gravações são fortes. Guardadas  as devidas proporções, são idênticas  as conversas vazadas que levaram  o senador Delcídio do Amaral a perda do mandato. A burrada de Jucá causa enormes constrangimentos a Michel Temer e  deixa feliz o reduto  Dilmista e do PT. Vão tirar sarro de Jucá e e Temer na base do "eu sou você amanhã". Temer sabe que não pode errar. Começar errando pior ainda. 


As cobranças e pressões virão como bolas de neve. Explicações de Jucá apenas aumentam as dificuldades para ele e para o atual governo que chegou ao poder exortando a austeridade. Temer não tem outra alternativa a não ser afastar Jucá do governo. Sob pena do céu e as esperanças dos brasileiros desabarem no  descrédito cada vez maior do população nos políticos e nos homens públicos.


Prá começar, mandou mal
General da Reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva


A nova Secretária de Direitos Humanos (DH), em entrevista dia 19 de maio na Globo News, elogiou o trabalho da Comissão da (omissão) da Verdade (CoV) e disse ou deu a entender o seguinte:

- que deveria ser pensado como implementar as recomendações feitas no Relatório daquele colegiado;

- que deveria ser acatada a decisão da Corte Internacional de DH, que condenou o Brasil, em 2010, por violações aos DH cometidas no combate ao foco de guerrilhas do Araguaia na década de 1970;

- que a revisão da anistia para punir agentes do Estado que violaram DH no combate à luta armada era viável, pois a configuração atual do STF é diferente da que manteve a abrangência da Lei de Anistia em sessão plenária em 2010; e

- que condenava a declaração do Deputado Jair Bolsonaro, ao homenagear o Coronel Ustra, na votação do processo de impeachment da Presidente da República em 17 de abril, como sendo apologia a violações aos DH.

A respeito dessas declarações, convém comentar que:

- o Relatório da CoV é ilegítimo, pois a própria Comissão se deslegitimou ao decidir, ao arrepio do que preconizava a Lei que a criou, investigar apenas as violações cometidas por agentes do Estado. É surreal que uma Comissão criada para "resgatar a verdade histórica" de um conflito possa a ela chegar investigando apenas um dos atores oponentes envolvidos. Isso foi facciosismo, injustiça e revanchismo. O Relatório não tem a menor credibilidade e é preocupante que a nova Secretária de DH o tenha em tão alta conta;

- a adesão do Brasil à Corte Interamericana de DH, como está no Decreto de adesão, só reconhece a competência da Corte para julgar crimes cometidos após 1998, portanto, o Brasil não tem que acatar decisões da Corte sobre eventuais violações aos DH cometidas na década de 1970. Da mesma forma, o País não aderiu à Convenção sobre Imprescritibilidade dos Crimes de Guerra e Contra a Humanidade de 1968, portanto, crimes cometidos por militantes da luta armada e por agentes do Estado estão prescritos como admite a nossa Constituição;

- após a promulgação da anistia em 1979, que serviu para pacificar o País e consolidar a redemocratização; depois de uma espécie de nova anistia concedida no Ato de Convocação da Assembleia Constituinte em 1985, portanto uma confirmação da anistia na própria Constituição Federal de 1988; e após os pareceres favoráveis à abrangência da Lei pela AGU e PGR e a decisão plenária do STF, todos em 2010, tentar voltar ao STF para revisar a Lei unilateralmente é uma irresponsabilidade política, que causará insegurança jurídica; e

- acusar o Deputado Bolsonaro de ter feito incitação à tortura, do que eu discordo, sem fazer o mesmo a dois deputados, um do PT e outro do PSOL, que homenagearam Lamarca e Marighela, é injustificável manifestação de parcialidade, que poderá comprometer a atuação da Secretária em tão relevante cargo. Qual será a ideologia da Secretária? Se for a socialista, trata-se, então, de uma pessoa radical, podendo-se prever conflitos com cidadãos e instituições democráticas.

Não se trata de defender terrorismo, tortura, execuções, sequestros e outras violações cometidas por qualquer um dos atores durante a luta armada, mas sim defender a anistia. Se esse instrumento político de pacificação for desmoralizado, nunca mais poderá ser usado em situações de conflito interno, daí ser essa tentativa uma irresponsabilidade política. Demonstra um injustificável desconhecimento da história pátria, onde o instrumento de anistia possibilitou a manutenção da unidade nacional e a reconciliação entre irmãos brasileiros em diversos conflitos desde a independência do Brasil.


Às vezes, declarações dadas em entrevistas pretendem mostrar coerência com o histórico de vida e atuação profissional do entrevistado. A Secretária, com certeza, está consciente sobre o momento e o contexto vividos no País e que eles não a aconselham a implementar seu pensamento ideológico, no desempenho do cargo ocupado, se isso puder causar um dano significativo ao projeto político do governo ao qual serve. É importante que seja assim, pois, a continuar nessa direção, será aberto um fosso difícil de transpor entre o governo e as Forças Armadas.

“Estaremos sempre solidários com aqueles que, na hora da agressão e da adversidade, cumpriram o duro dever de se opor a agitadores e terroristas de armas na mão, para que a Nação não fosse levada à anarquia.” Ministro do Exército General Walter Pires de Carvalho e Albuquerque (1979/1985).


Limongi é jornalista.  Sócio da ABI há 40 anos. Servidor aposentado do senado federal. Tem matérias e artigos assinados em veículos como O Globo, Correio Braziliense, Jornal de Brasilia, Tribuna da Imprensa, A Crítica, Jornal do Comércio e A Notícia, de Manaus, trabalhou no O Globo, TV-Brasilia e Última Hora de Brasilia.Foi assessor de imprensa da CNA, UnB e Suframa. Tem blogue e colabora nos sites doo Feichas Martins, Pedrinho Aguiar e Manoel e Marlen Lima.