sexta-feira, 10 de junho de 2016

A religião política, a imaginação totalitária e a violência redentora


10 de junho de 2016

Com o esvaziamento da experiência religiosa na “era secular”, um tipo específico de esperança tem sido depositado na política. E quando a política deixa de ser mediação do possível num mundo imperfeito e passa a ser um instrumento redentor em busca da perfeição terrestre, abre-se o caminho para regimes totalitários e assassinos.



Antes de se chegar ao estado totalitário, porém, ocorre todo o esforço intelectual de legitimá-lo. É “a imaginação totalitária”, uma forma de ver o mundo, e o tema do excelente livro de estreia de Francisco Razzo pela editora Record. Martim Vasques da Cunha, autor de A Poeira da Glória, vai direto ao ponto na orelha que escreveu para a obra:



Ninguém está a salvo de ser o carrasco de si mesmo e dos outros. Independente da ideologia que você defende, seja de esquerda, de direita ou de centro, Razzo nos mostra que sempre criamos as jaulas voluntárias que amamos e, o pior, idolatra-se a própria pantera que nos devorará em breve.


Trata-se também de um livro que, ao mesmo tempo em que dialoga com William James e Eric Voegelin, mostra a importância de se estudar um filósofo brasileiro como Paulo Eduardo Arantes ou então de saber melhor o que *não* pensa alguém como Vladimir Safatle. E faz isso sem impor a sua própria visão sobre o mundo; ele apenas fala sobre a realidade de maneira desapaixonada.


Razzo nos leva a uma reflexão profunda acerca de nossos pensamentos, nossa visão de mundo e ideologia, e faz tudo isso “com o rigor de um scholar e a força argumentativa de um polemista”. Apesar da rica bibliografia e das fartas citações, com ênfase em pensadores como William James, Irving Babbit e Michael Oakeshott, o autor consegue um resultado digerível para o público leigo em filosofia.


Todo o esforço de Razzo apela à nossa razão, mas com a premissa básica de que devemos usá-la para reconhecer seus próprios limites. “As atitudes políticas derivam muito mais das expectativas produzidas pela força do imaginário do que pelo ordenamento prudente da razão”, diz. Ainda assim, como escreve o autor, essa imaginação totalitária deriva de uma crença na infalibilidade da razão:


Todas as tentativas de superar o pluralismo objetivo das relações sociais, dado como fato incontornável e incomensurável, não passaram de um atentado da razão que se entregou eroticamente às promessas da imaginação de um final feliz. Na modernidade não houve o eclipse da razão; houve, pelo contrário, o mergulho profundo da razão na luz que brotava de si mesma.


Como resumiu com ironia Karl Kraus: “Refreia as tuas paixões, mas toma cuidado para não dar rédeas soltas à tua razão”. Quando se está imbuído de uma crença escatológica, supostamente racional ou científica, quando se age em nome da “salvação da Humanidade”, os indivíduos de carne e osso se tornam irrelevantes por um processo mental. Todo o sofrimento causado a alguém passa a ser justificado em nome dessa Utopia. O crente político está sempre mergulhado em sua “certeza”, e disposto a tudo para levar seu projeto purificador adiante.


A singularidade do outro diante de si desaparece. São todos meios sacrificáveis para seu nobre fim. As abstrações coletivistas servem de escudo contra o real sofrimento imposto a seres humanos. O raciocínio turvado, dominado por paixões, elimina os freios éticos na mente. O próximo passo é eliminar pessoas. “O ímpeto que move e direciona a ação de um intelectual ideologicamente engajado não leva em consideração um homem de carne e osso e os dilemas de sua vida interior, mas uma ideia geral de homem”, escreve Razzo.


Num mundo cheio de “som e fúria”, sem sentido, sem esperança, desprovido de Deus, construímos narrativas que servem como alternativa ao que o mundo natural nos oferece. “A imaginação consiste na condição de possibilidade dessa fuga”, explica. Não há mais que se aceitar os velhos limites. Agora podemos criar fantasias, mundos imaginários em que tudo fará sentido. E essa ideia tentadora, colocada em prática, leva ao totalitarismo.


Minha infelicidade, minha angústia, meus medos, tudo isso gera a necessidade de explicar tais fracassos como responsabilidade de terceiros, de alguém. É o “sistema”, a “sociedade”, o “capitalismo” que não me permitem viver nessa harmonia plena e total. A política passa a ser vista, então, como o canal para consertar isso, para buscar esse mundo perfeito aqui e agora.


Surge, então, a religião política, uma seita ideológica que enxerga no estado uma espécie de deus laico da modernidade. Qualquer humildade epistemológica é deixada de lado, toda consciência de nossos limites cognitivos é abandonada, e em seu lugar vem a certeza de se encontrar do lado certo da Histórica, como o detentor da Verdade absoluta. É tudo tão óbvio para mim! Tem que ser para os demais também.


O tipo de temperamento acaba sendo fundamental para atrair adeptos dessa forma de ver o mundo. Por isso Razzo insiste que não é uma exclusividade da esquerda ou da direita, e sim uma mentalidade que pode abranger todos os espectros ideológicos. A imaginação totalitária seduz aquele perfil monista, que rejeita a pluralidade, que não convive bem com as imperfeições e os limites da vida real. O fascismo, o nazismo, o comunismo: todos são exemplos claros do fenômeno.


“A política, entendida a partir dos seus devidos limites, deve significar justamente a arte de mundos possíveis em detrimento da construção imaginária de mundos ideais e nostálgicos”, diz Razzo. Mas o totalitário não suporta isso. Ele quer regressar a um passado idílico ou chegar a um futuro utópico. O estado deixa de ser um ente fiscalizador, formado por humanos imperfeitos, e passa a ser “moralizador, estético e salvador”.


A condição humana é dada, mas os totalitários não admitem isso. Adotam como premissa uma plasticidade infinita de nossa natureza, defendem o mito do “bom selvagem”, pregam a “engenharia social” como mecanismo de criação do “novo homem” e da “nova sociedade”. Mas, como lembra Razzo, “nossa grandeza está contida no reconhecimento sincero da nossa própria miséria”.


Para o totalitário, a política não é mais um meio, e sim o fim em si. Seu desejo último é “glorificar o poder do Estado como detentor do monopólio não do uso legítimo da violência, mas do monopólio simbólico da verdade absoluta e da imortalidade, portanto, da experiência última da ordem final e, consequentemente, da decisão sobre a vida e a morte”. O totalitário pretende substituir Deus.


E eis o que esse tipo de mentalidade produz: a legitimização da violência, pois redentora. É fruto de uma perversidade, trata-se de uma violência deliberada, calculada, projetada e intelectualmente legitimada. “O homem sucumbe ao atentado contra sua própria humanidade: a violência com conhecimento de causa a fim de transformar a própria natureza, superá-la em sua insuficiente fraqueza”.


Como exemplos de novos grupos totalitários, hoje mais descentralizados do que os anteriores, Razzo cita os movimentos das “minorias”, os black blocs, os invasores de terras rurais ou urbanas, toda militância que precisa profanar valores tradicionais, depredar, usurpar a propriedade privada, destruir símbolos religiosos. Todos eles podem indicar “uma quantidade generosa do ímpeto totalitário porque revelam essa lógica da perversão: a desorganização da cultura correspondente a uma vontade de potência destruidora e anárquica”.


O esquema mental sugerido por Razzo é o seguinte: “Quando deformada, tal como é a imaginação idílica e diabólica, ao ser confrontada com a realidade, a imaginação totalitária se transforma em ato puro de desilusão e ressentimento. A desilusão, difusa, transforma-se em angústia. A angústia, em medo. E o medo, em violência redentora”. Por não suportar a angústia da vida, o totalitário parte para a destruição em nome da redenção total.


Como o mundo só não é melhor porque o outro não permite (“o inferno são os outros”, dizia Sartre), então é necessário eliminar todos os obstáculos do caminho, a começar por esse outro. Podem ser os judeus para os nazistas, os kulaks para os soviéticos, os capitalistas para os comunistas, cada mente totalitária escolherá seu bode expiatório, aquele que impede a realização de seus sonhos, de sua felicidade.


Os ideais totalitários, assim, plantam as sementes das tragédias. “Como Raskólnikov, o perturbado personagem principal de Crime e castigo, de Dostoievski, às vezes não somos capazes de resistir à tentação de nos imaginarmos como o exemplo histórico de homens extraordinários, que estão acima do bem e do mal”. E como “homens extraordinários”, temos então o direito de eliminar os “piolhos” de nosso caminho, esses entraves para a construção de um “mundo melhor”.


Todos precisamos de uma fuga para esse mundo frio e sem sentido. O problema é quando tal esperança é depositada na política. Como diz Razzo, “A arte talvez fosse o lugar mais indicado e adequado para realizarmos os nossos mais elevados ideais desde que a política fique fora disso”. Na mesma linha, Mario Vargas Llosa concluiu: “Devemos buscar a perfeição na criação, na vocação, no amor, no prazer. Mas tudo isso no campo individual. No coletivo, não devemos tentar trazer a felicidade para toda a sociedade. O paraíso não é igual para todos”.


Por fim, vale notar que o livro de Razzo conta com uma beleza particular: tem um tom autobiográfico. Relata sua experiência de adolescente ateu e seguro de suas “ideias racionais”, que recomendou um aborto a um casal de amigos. O feto era um “piolho” que poderia ser eliminado pela visão utilitária. A coisa mais racional a fazer era se livrar do estorvo. Hoje, Razzo dedica um bom tempo ao combate do aborto. Seu livro também pode ser visto como sua tentativa de se “purificar”, de se redimir desse “pecado”, e valorizar a vida humana, sagrada, ainda que limitada, imperfeita.


Afinal, o argumento de que podemos matar para evitar sofrimento é perigoso: “A tentação do diabo poderia ser levada até as últimas consequências: para acabar com o sofrimento no mundo, só mesmo acabando com o homem. Mas não desejamos acabar com o homem”. Não! Não somos niilistas. Nós desejamos valorizar o homem, cada homem, cada vida, como uma finalidade em si mesma. É quando esse princípio começa a ser relativizado que nasce a fagulha da imaginação totalitária.


Rodrigo Constantino


MILITÂNCIA PETISTA: DOENÇA EM PERVERSÃO?


por João Cesar de Melo. Artigo publicado em
(Publicado originalmente em http://www.institutoliberal.org.br)

Ignorando os alertas feitos por economistas, por aliados e pelo TCU, Dilma assinou a política econômica que causou um rombo de mais de R$ 170 bilhões, gerando a maior recessão da história, duplicando os índices de desemprego, fazendo até o número de pobres aumentar no Brasil. Apesar disso, assistimos todos os dias um exército de pessoas pedindo que Dilma volte à presidência.

No dia seguinte ao afastamento de Dilma, Nelson Motta escreveu no O Globo: “Será honesto mentir, esconder dívidas, prometer o que não poderia cumprir, acusar os adversários do que depois ela faria, permitir que uma organização criminosa tomasse a Petrobras e outras estatais para financiar um projeto de poder?”. Sim. Eleitores do PT, do PSOL, do PCdoB e da Rede acreditam que pelo simples fato de Dilma representar a extrema-esquerda, ela está acima de quaisquer julgamentos e críticas. Dilma tem o direito de mentir, fraudar e acolher corruptos aliados.

Notícias apenas entre os dias 2 e 3 de junho:

1 – Em depoimento à justiça, o ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró reafirma que Dilma, quando presidia o conselho administrativo da estatal, sabia de todos os detalhes da compra da refinaria de Pasadena. Sabia que o valor estava muito acima do mercado. Sabia dos esquemas de propina que o negócio viabilizaria.

2 – Documentos indicam que Dilma teve gastos pessoais pagos com dinheiro roubado da Petrobrás. Cabelereiro ao custo de R$ 5 mil por sessão, pago com dinheiro roubado.

3 – O empresário Marcelo Odebrecht afirmará, em depoimento de delação premiada, que Dilma em pessoa pediu a ele R$ 12 milhões “por fora” para sua campanha de 2014.

4 – Bené, o operador do PT, afirma que o então assessor direto de Dilma, Giles Azevedo, forjou contratos da Presidência da República para pagar contas do partido.

Soma-se a isso as gravações das conversas de Delcídio do Amaral e de Aloisio Mercadante, ambos agindo em nome da presidente para obstruir a Lava Jato. Soma-se também as delações que afirmam que Dilma nomeou Marcelo Navarro como ministro do STJ com a missão de soltar Marcelo Odebrecht, evitando assim sua delação premiada.

Anteontem, o executivo Zwi Skornicki, também em depoimento à justiça, afirmou que pagou R$ 4,5 milhões à campanha de Dilma em 2014, dinheiro de propina oriundo de contas na Suíça.

Nada disso sequer constrange os eleitores de partidos de extrema-esquerda - Dilma mentiu, mas é mulher; Dilma foi irresponsável, mas é guerreira; Dilma foi complacente com a corrupção; mas é comunista. Dilma é inocente e ponto final.

Foram centenas de milhões de reais desviados da Petrobrás para bancar as campanhas de Dilma. Quem se importa?

Antes de ser afastada, Dilma cortou verbas de programas sociais, da saúde, da educação e da Polícia Federal, mas o que se escuta é: “Temer está destruindo os avanços sociais promovidos pelo PT, está acabando com a educação, com a saúde e até com a Lava Jato. Fora Temer!”.

Três delatores diferentes informaram em depoimento que Dilma nomeou Marcelo Navarro para o STJ com o objetivo de mandar soltar Marcelo Odebrecht, mas o que se escuta? “Fora Temer! Fora Temer! Fora Temer!”.

Desde o afastamento de Dilma, toda manifestação, sobre qualquer assunto, leva consigo os gritos de “Fora Temer”.

Dois dias atrás, os professores da UNB aprovaram um indicativo de greve dizendo que só voltarão a trabalhar quando Dilma voltar à presidência.

A economia foi dilapidada ao longo de 13 anos sob total complacência dos eleitores de partidos de extrema-esquerda, mas essas mesmas pessoas condenam Michel Temer - que ainda não completou um mês no cargo - por não ter resolvido todos os problemas do Brasil de forma imediata e indolor.
Depois de 13 anos de antos absurdos, muitas pessoas ainda defendem Lula e Dilma por livre e espontânea vontade.

Qual o nome disso? Doença? Perversão?

O atual momento brasileiro comprova definitivamente a razão de a esquerda sempre ser a pior alternativa. Quanto mais à esquerda é um governo, maior é o exército de militantes prontos para defendê-lo, a despeito de qualquer absurdo que cometa. O país pode desmoronar, as pessoas podem ser reduzidas à miséria, que a grande maioria dos artistas, dos estudantes, dos sindicalistas e dos intelectuais estarão firmes e fortes em defesa do governo socialista. Seja lá o que um governo socialista faça de errado, a grande mídia sempre terá extrema cuidado ao criticá-lo.

Os venezuelanos estão passando fome, sofrendo com falta de energia e com a epidemia de sarna que se alastra por falta de produtos de higiene pessoal. A despeito disso, Nicolás Maduro conta com um exército de militantes profissionais e voluntários fazendo plantão em sua defesa. Indiferente ao sofrimento da população, a quase totalidade dos jornais mais importantes do mundo ainda reluta em dizer com clareza e objetividade que o socialismo destruiu a Venezuela.

O Brasil estava ótimo até o dia 12 de maio de 2016. Então as elites deram um golpe, depuseram a presidenta eleita democraticamente e destruíram todos os avanços sociais, levando milhões de brasileiros ao desemprego, à fome e o Brasil a maior crise econômica de sua história.


Eis a narrativa que ouviremos pelos próximos 50 anos.

Pedaladas têm relação direta com a crise que o Brasil vive, diz procurador do TCU

by sidney
A fraude fiscal que resultou no afastamento da ex-presidente Dilma teve relação direta com a crise econômica em que o país vive. A afirmação é do procurador do Tribunal de Contas da União, Júlio Marcelo de Oliveira, ao ser questionado pelo senador Ronaldo Caiado (Democratas-GO) durante sessão da Comissão do Impeachment no Senado, nesta quarta-feira (08/06).
Caiado indagou se haveria uma "relação direta entre as pedaladas e a crise econômica que o país enfrenta neste momento". No entendimento do procurador, ao esconder de investidores e enganar a população sobre o uso de recursos públicos a presidente comprometeu a credibilidade do país diante da opinião internacional.
"Existe relação direta porque o artifício que foi utilizado para a expansão do gasto fiscal implicou no aumento da dívida pública. Isso implicou na perda de confiança dos agentes econômicos e na perda do grau de investimento do Brasil. Ficou a percepção que o Brasil não era um país que cumpria com as metas fixadas em lei", argumentou Júlio Marcelo.

As pedaladas em detalhes


Opinião

O Estado de S.Paulo
10/06/2016 | 03h00

A comissão especial do impeachment do Senado iniciou esta semana a etapa de oitiva de testemunhas. E bastou a primeira sessão dessa nova fase – quando testemunhas da acusação responderam a questões dos senadores sobre os crimes de responsabilidade imputados à presidente Dilma Rousseff – para jogar por terra qualquer tentativa de insinuar a existência de um golpe no País. 

Conforme amplamente explicado pelas testemunhas, a presidente Dilma Rousseff infringiu conscientemente a Lei de Responsabilidade Fiscal, o que configura crime – motivo mais que suficiente para justificar seu impeachment.



Júlio Marcelo de Oliveira, procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), e Antonio Carlos D’Ávila Carvalho, auditor do TCU, afirmaram que a presidente Dilma Rousseff sabia que, com as pedaladas fiscais e a edição de decretos de créditos suplementares assinados sem autorização do Congresso Nacional, ela violava a Lei de Responsabilidade Fiscal e a lei orçamentária.



Conforme explicou D’Ávila, a edição de um decreto em discordância com a lei orçamentária é infração gravíssima. “Se você estava em situação de déficit, o que seria compatível naquele momento era um encaminhamento de um projeto de lei ao Poder Legislativo para que ele pudesse participar também da decisão sobre aquela despesa”, afirmou o auditor do TCU.



Em resposta ao senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que tentava insinuar que teria havido mudança de jurisprudência por parte do TCU, o procurador Júlio Marcelo esclareceu que o tribunal nunca endossou a edição de decretos de suplementação de créditos em descompasso com a meta fiscal. “Não há decisão anterior do TCU que considerasse decretos de abertura de suplementação de créditos sem observância da meta fiscal. 


E, portanto, não há que falar em nova jurisprudência para retroagir e convalidar irregularidades passadas. O que havia antes e continua existindo é a Constituição, a Lei de Responsabilidade Fiscal e as leis orçamentárias de cada ano, que devem ser observadas independentemente de uma manifestação do TCU sobre o tema.”



Na sessão também se pôde esclarecer o equívoco – tantas vezes repetido pela defesa da presidente Dilma Rousseff – de que as pedaladas fiscais eram corriqueiras em outros governos. D’Ávila afirmou que as operações de crédito realizadas junto ao Banco do Brasil no governo Dilma – que contrariam a Lei de Responsabilidade Fiscal – foram inéditas na gestão fiscal do País.



Para Júlio Marcelo, há relação direta entre a crise econômica que o País vive e as pedaladas fiscais. “O artifício que foi utilizado para a expansão do gasto fiscal implicou no aumento da dívida pública não conhecida da sociedade, porque foi maquiado pela omissão do Banco Central do Brasil. Implicou na perda de confiança dos agentes econômicos nos números e no futuro da economia e a perda do grau de investimento do Brasil pelas agências de classificação de risco”, afirmou o procurador.



Na sessão, também foram ouvidos Adriano Pereira de Paula, coordenador de operações de crédito (Copec) do Tesouro Nacional, e Otávio Ladeira de Medeiros, secretário do Tesouro Nacional. Adriano Pereira de Paula observou que as orientações ao Tesouro sobre o repasse de recursos ao Banco do Brasil para subsidiar empréstimos do Plano Safra vieram de autoridades da área econômica do governo da presidente Dilma Rousseff.



Ainda que óbvio, esse ponto é importante porque contesta a falaciosa defesa de Dilma Rousseff, que afirma que ela não era responsável pela gestão das finanças públicas do País. Como esclareceu o coordenador do Copec, as ordens para atuar de forma contrária à Lei de Responsabilidade Fiscal vinham da equipe econômica da presidente.



Abundantes, os fatos mostram que a presidente Dilma Rousseff, ao infringir conscientemente a legislação orçamentária, cometeu crime de responsabilidade. Ficar repetindo que há golpe é mais que ignorância – é má-fé.

Quatro coisas que as feministas precisam entender sobre evolução da natureza humana




Não há motivo para feministas rejeitarem argumentos baseados na biologia, pois nada na natureza mostra que as mulheres estão fadadas a uma posição inferior

Por: Leandro Narloch
1. Quando alguém diz que existe natureza humana, que homens e mulheres por natureza tendem a certos comportamentos, não está necessariamente dizendo que o natural é melhor. Isso seria cair na falácia naturalista. Constatar, por exemplo, que mulheres em geral se apegam mais a crianças pequenas é bem diferente de afirmar que “por isso as mulheres devem ficar em casa cuidado dos filhos”. A pessoa tem todo o direito de ignorar ou tentar contrariar pressões evolutivas.

2. Quando alguém diz que existe natureza humana, não está dizendo que instinto é destino. Rotweilers e pitbulls tendem obviamente à violência, mas não é difícil encontrar rotweilers e pitbulls mansos. O comportamento é um livro escrito pela metade. Nascemos com todos os capítulos um pouco escritos pela genética; o ambiente se incumbe de completá-los.

3. Quando alguém diz que existe natureza humana, não está entrando numa conversa conveniente aos homens. Pois em diversos pontos a seleção natural favoreceu as mulheres. Homens pagam mais no seguro de carro, sofrem mais quedas e acidentes e em qualquer tribo ou civilização que pingou pela história cometeram a maioria dos assassinatos. Também são a imensa maioria dos presidiários. Pois são naturalmente mais violentos, têm menor tolerância a injustiça e pouca aversão ao perigo.

4. Quando alguém diz que existe natureza humana, não está necessariamente utilizando esse discurso para justificar uma ou outra posição política. A liberdade científica exige que cientistas estudem e tracem conclusões sem ter de pensar nas implicações políticas de suas descobertas. Do mesmo modo, feministas não devem rejeitar a psicologia evolutiva por acreditam que ela seja inconivente ao feminismo. O final do trecho abaixo, retirado do livro The Evolution of Morality, do filósofo Richard Joyce, resume bem essa história:


Suponha que a psicologia evolutiva revele que a mente humana é adaptada para viver num grupo familiar estendido. Por si só essa descoberta não justificaria esse comportamento, não mostraria que ele é inevitável, e sequer mostraria que esse modo de vida tem mais chances de nos fazer felizes. 


(Quem disse que a seleção natural prefere organismos felizes?) E mesmo que a psicologia evolutiva acabasse tendo implicações políticas, então que assim seja! O costume de deixar preferências políticas determinarem nossa aceitação a teorias científicas, de recusar uma teoria independentemente de sua base empírica só por causa do incômodo de suas implicações políticas, nunca mereceu, até agora, que eu saiba, um lugar entre as virtudes da investigação intelectual.


Quando se irritam com argumentos biológicos sobre o comportamento humano, feministas pensam dos teóricos racialistas do século 19. De lá para cá, no entanto, o debate avançou um bocado. Vale a pena se atualizar.


STF envia para Moro pedido de investigação contra Jaques Wagner



Na justificativa, Celso de Mello diz que não há razão para que o processo permaneça na corte uma vez que Jaques Wagner perdeu a prerrogativa de foro privilegiado. Ex-ministro recebeu a notícia com “surpresa” e “estranheza”


Elza Fiúza/Agência Brasil
Jaques Wagner recebeu a notícia com "surpresa" e "estranheza"

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na  que o pedido de investigação contra o ex-ministro do Gabinete Pessoal da Presidência da República, Jaques Wagner, seja encaminhado ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, no Paraná. Na justificativa, o decano no STF diz que não há razão para que o processo permaneça na corte uma vez que Jaques Wagner perdeu a prerrogativa de foro privilegiado.



“A prerrogativa de foro perde a sua razão de ser, deixando de incidir e de prevalecer, se aquele contra quem foi instaurada a persecução penal não mais detém o ofício público cujo exercício representava o único fator de legitimação constitucional da competência penal originária do Supremo Tribunal”, escreveu Celso de Mello em sua decisão.


O ministro acolheu um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que solicitou que os autos fossem enviados para a Justiça Federal do Paraná. Caberá a Moro avaliar se há ligação entre o pedido de investigação contra Jaques Wagner e a Operação Lava Jato. O ex-diretor da Petrobras,


Nestor Cerveró, disse em delação premiada que o ex-ministro teve participação na indicação do nome de José Sérgio Gabrielli para a presidência da Petrobras. Além disso, Cerveró disse que o petista recebeu recursos desviados da estatal em 2006, quando concorreu ao governo da Bahia.


Em seu perfil no Twitter, Jaques Wagner, disse ter recebido a notícia com “surpresa” e “estranheza”. “As doações e despesas das minhas campanhas foram declaradas e devidamente auditadas pela Justiça Eleitoral. Assim, as supostas declarações do Sr. Nestor Cerveró são mentirosas e não possuem o menor fundamento na realidade”, escreveu o ex-ministro.

Leia a íntegra da decisão do ministro Celso de Mello

Mais sobre Jaques Wagner

Mais sobre processos

Dilma: “Gestão Temer é síntese do que pensa Cunha”

Em programa da TV Brasil, presidente afastada insiste na tese do golpe e diz que deputado impõe a pauta no governo interino. Para a petista, Aécio ainda não aceitou a derrota, e apenas um plebiscito pode reverter o rompimento do “pacto democrático”. Assista à íntegra da entrevista


Reprodução/TV Brasil

Dilma critica “lambança que é o governo Temer”

Em entrevista concedida à TV Brasil, emissora estatal pivô de uma disputa de poder entre Dilma Rousseff e Michel Temer, a presidente afastada declarou que a gestão de seu vice e chefe de Estado interino está submetida à pauta do deputado Eduardo Cunha (PMDB), afastado há cerca de um mês da Presidência da Câmara e réu na Operação Lava Jato

 Segundo Dilma, que reclamou da impossibilidade de negociar com a Câmara, Cunha impõe suas vontades desde que foi eleito líder do PMDB na Casa, em 2013.

“O que eu vivi, e está claro no governo Temer, e que o governo Temer é a síntese do que pensa o Eduardo Cunha, expressa claramente a pauta do Eduardo Cunha”, declarou Dilma, para quem Cunha exerce “liderança de direita dentro do centro”, com projeto conservador de poder. “Sabe qual o grande problema de compor com o Eduardo Cunha? É que ele tem pauta própria. O problema é a pauta que ele representa, conservadora e de negócios. E aí tem o efeito da Lava Jato…”, acrescentou Dilma, que enfrenta a última etapa de processo de impeachment no Senado.

“Não acho que o mesmo tipo de política é visto no PMDB do Senado, que é qualitativamente diferente. Tem uma pauta mais progressista, e um nível de discussão de outro patamar – e isso fica claro no processo de aceitação do impeachment”, relatou a petista, para quem era “impossível” negociar com a Câmara.

Para Dilma, o processo de rompimento de Cunha com o governo teve início com uma mudança de postura, que ela considerou “extremamente grave”. “Já no começo do meu governo, houve uma movimentação muito atípica [de Cunha] para a direita dentro do centro”, observou, mencionando as discussões sobre o Marco Regulatório Portos e o Marco Civil da Internet.

Assista à íntegra da entrevista:


https://youtu.be/HCB74ydQK



“Vingança”
Dilma voltou a dizer que Eduardo Cunha só deu andamento ao processo de impeachment na Câmara por vingança. Ela lembrou que, em dezembro do ano passado, os três deputados do PT membros do Conselho de Ética haviam declararam voto a favor do processo de cassação que o peemedebista enfrenta por ter mentido à CPI da Petrobras, segundo a acusação, sobre contas que omitiu da Receita Federal no exterior. O posicionamento dos deputados contra Cunha foi o estopim para que ele avalizasse o impeachment, afirmou Dilma.


“Ele fez isso de forma pública. No dia em que não aceita os três votos [petistas], o próprio Miguel Reale [Júnior] diz: ‘Trata-se de uma chantagem explícita’”, rememorou a presidente afastada, mencionando declaração do jurista que subscreve a denúncia por crime de responsabilidade que deu origem ao processo.


Nesse ponto da entrevista, Dilma passa a criticar justamente o objeto da acusação – seis decretos sem autorização do Congresso e as chamadas pedaladas fiscais, procedimento contábil que acabou por maquiar a situação fiscal do país, segundo a denúncia. “O Plano Safra chega a ser ridículo. Eu sequer assinei uma vírgula”, acrescenta Dilma, referindo-se aos repasses do Banco do Brasil para o projeto agrícola – tarefa que, segundo a petista, coube ao ex-secretário do Tesouro Nacional Arno Augustin e ao Ministério da Agricultura. Dilma aproveitou para rebater o noticiário sobre sua relação estreita com Arno, de maneira que ela não poderia negar a autoria das assinaturas.


“Ocorre que, em 2015, o Secretário do Planejamento [Tesouro] não era o Arno, era o Dyogo [Oliveira, atual ministro do Planejamento]. Veja: o principal executor do Plano Safra é, hoje, o ministro do Planejamento!”, afirmou a presidente. “Os ex-presidentes que me antecederam assinaram muito mais decretos do que eu”, acrescentou a presidente.


“Golpe”
A entrevista, gravada, foi conduzida pelo jornalista Luís Nassif, que teve contrato cancelado com a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) depois da posse temporária de Temer – questão que gerou questionamentos jurídicos dentro e fora da estatal de comunicação. Na primeira chamada para o intervalo, o jornalista interrompe a entrevista dizendo que no próximo bloco se dedicará a discutir “o golpe”.


Instantes antes, no final do primeiro bloco da entrevista, Dilma criticou nominalmente o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), adversário por ela derrotado na corrida presidencial de 2014. Para a petista, Aécio e seus correligionários ainda não se conformaram com o resultado das urnas.

“A reação de meu adversário foi bastante atípica em relação ao que vinha ocorrendo no Brasil. Ninguém pediu recontagem de votos. Ele pediu. Ninguém pediu auditoria nas urnas eletrônicas, ele pediu. Depois, eu tinha de ser diplomada no início de dezembro, e eles entram no TSE [Tribunal Superior Eleitoral] alegando que minha campanha tinha problemas e eu não poderia ser diplomada”, reclamou a presidente afastada.


O dia seguinte
No segundo bloco da entrevista, Dilma e Nassif tratam o processo de impeachment como golpe – e nesse sentido, avisou a mandatária, não há mais diálogo com o peemedebista. Para Dilma, um “pacto democrático” que vigorava desde a Constituição de 1988 foi rompido de maneira grave com o “golpe” que, em sua opinião, foi orquestrado pelo grupo de Temer e Cunha – e, para que a situação seja revertida, acrescenta a petista, apenas a população pode ser protagonista.

A presentador quis então saber o que aconteceria em caso de derrubada do processo de impeachment no Senado.

“Eu não acredito que não se remontará esse pacto dentro de gabinete. A população vai ter de ser consultada. Mas, para que possamos refazer esse pacto, é necessário que haja o fim do golpe. Significa que nós ganhemos no Senado. Não acredito que podemos refazer pacto algum com Temer em exercício”, sentenciou, cogitando a consulta popular por meio de plebiscito. Para ela, a consulta popular é capaz de ajudar a “lavar e enxaguar essa lambança que é o governo Temer”.


“Eu não vou dar o menu total, mas é uma coisa que está sendo muito discutida”, avaliou, para depois reclamar do processo político do Brasil nos últimos anos.


“No Brasil, a regra tem sido o golpe”, sentenciou, referindo-se às gestões incompletas vistas no país nas últimas décadas. “Todo mundo que não consegue se eleger, porque não tem voto pra isso, não pode achar que a saída é o impedimento do seu adversário.”

Economia
A crise econômica foi o tema escolhido para iniciar o programa, intitulado “Especiais TV Brasil”. O jornalista começa a entrevista com um resumo sobre o desenvovimento da crise econômica e diz que coube a Dilma administrar o cenário político dela decorrente. Dilma então diz que começou seu primeiro mandato, em 2011, diante de um diagnóstico de que a crise chegaria aos países emergentes, com a moeda europeia (euro) em risco.

A certa altura de seu primeiro mandato, relata Dilma, a saída de Guido Mantega do Ministério da Fazenda, por razões pessoais, levou a um entendimento na equipe econômica de que medidas de austeridade e ajuste fiscal teriam de ser implementada – nesse ponto da entrevista, ela faz menção à Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, a polêmica CPMF. E como começariam tais ações? A própria petista pergunta e responde.

“Reduzindo as desonerações que nós mesmos demos e, segundo, ampliando os impostos. Nós não conseguimos fazer isso completamente”, afirma a presidente.

Comando em xeque
O mero anúncio da entrevista já havia causado polêmica nos meios político e jornalístico em Brasília. O motivo é o próprio comando da EBC, que decide o que é levado ao ar em veículos como a Agência Brasil (site) e a própria TV Brasil. Dias depois de substituir Dilma no Palácio do Planalto,

temporariamente, Temer determinou a exoneração do jornalista Ricardo Melo, presidente da empresa na gestão petista, e a posse de Laerte Rimoli, jornalista com experiência em campanhas do PSDB. Mas uma decisão liminar do ministro do STF Dias Toffoli considerou a legislação que fixa em quatro anos o mandato do presidente do grupo, e determinou a reincorporação de Ricardo Melo ao posto.
Para justificar a veiculação da entrevista, a EBC disse que o faria em conjunto com a Rede Minas, por manifestação de interesse dessa emissora.

Mesmo assim, houve quem reclamasse da atitude da direção em veicular o material. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo desta quinta-feira (9), o representante dos funcionários, Edvaldo Cuaio, queixou-se formalmente no Conselho de Administração da EBC e classificou a iniciativa como “afronta” e “indignidade”. Entre outras reclamações, Cuaio lembrou que Nassif teve contato suspenso pela gestão Temer, mas mesmo assim teve despesas bancadas pela EBC para se deslocar até Brasília e realizar a entrevista.

Na internet, a polêmica foi indiretamente abordada pela direção da EBC. “A entrevista se insere no esforço da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) para produzir um jornalismo com equilíbrio editorial e pluralidade de pontos de vista. Com esse objetivo, a EBC encaminhou solicitação de entrevistas, no mesmo formato, ao presidente da República interino, Michel Temer, ao presidente do Senado, Renan Calheiros, e ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski”, registrou o site da emissora mais cedo.


“Nessas solicitações, o próprio presidente da EBC, Ricardo Melo, reforça que a TV Brasil e a EBC foram criadas para cumprir o dispositivo constitucional que estabelece a complementariedade dos sistemas público, estatal e privado na radiodifusão. Melo destaca, ainda, que o jornalismo da TV Brasil tem um papel de destaque nessa missão, pautando-se pelo equilíbrio editorial e pela pluralidade dos pontos de vista apresentados”, acrescenta o texto institucional.

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Agamenon: Brasília De Segurança Máxima!


Desta vez o Brasil foi longe demais! Continuando assim, o país vai acabar indo pra Cucuia! E olha que a Cucuia fica muito longe, quer dizer, ficava.

A cada dia que passa, o Brasil se aproxima mais desse lugar imaginário aonde, segundo a minha avó, as coisas iam quando não tinham mais solução.

Pois não é que o Janot pediu a prisão do Eduardo Cunha, do Romero Jucá e do Renan Calheiros?!!! Todos os três de uma vez só. E como se tudo isso fosse pouco, prenderam o Japonês da Federal, o último bastião da moral e dos costumes no Brasil! Foi preso por causa de contrabando.

Ora, contrabando hoje em dia é, no máximo, caso de FEBEM.

Aonde vamos parar? O Brasil eu não sei, mas o VLT (Verbas Levadas sobre Trilhos) do Eduardo Paes já parou no segundo dia de funcionamento.

Do jeito que a coisa vai, a única solução é transformar Brasília em presídio. Ou seja, o Brasil vai ser o primeiro país do mundo a ter uma Capital Federal de Segurança Máxima. Muitos inocentes vão ficar presos na cadeia, eu sei, mas a maioria, com certeza, vai saber por que ficou na tranca. Imaginem o PMDB, o PP, o PSC, o PSDB e até o PQP na cadeia. Em pouco tempo, os políticos acabariam se unindo numa facção criminosa: o PCCF – Primeiro “Comamando” – da Capital Federal. Menos o PT, é claro.

Os petistas fariam questão de ficar, como sempre, na oposição junto com o PC do B e o PSOL. Os três partidos iriam fundar uma facção rival, o CV – Comando Vermelho.

Espera aí! Mas o Comando Vermelho já existe!!! E daí? Depois de roubar a Petrobras, a Eletrobras, o BNDES, a Caixa Econômica, o Banco do Brasil e o escambau, vocês acham que o PT não iria roubar o Comando Vermelho? Fala sério.

Enquanto isso o governo interino faz de tudo para economizar, aumentando os salários do pessoal do Executivo, Legislativo e Judiciário.

Me refiro-me ao governo Temer-se. Na presidência poder-se-ia diminuir-se os gastos públicos se economiza-se nos gastos em mesóclises, próclises e ênclises. Poder-se-ia, mas não se faz-se.
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Depois de ter as suas verbas cortadas pelo Palácio do Planalto, a ex-presidente em exercício de bicicleta Dilma Roskoff avisou que vai viajar em aviões de carreira. Dilma e sua comitiva vão lotar o compartimento de malas sem alça

Agamenon Mendes Pedreira é gramático de pé-quebrado.

Exclusivo: Dilma repassou R$ 11 milhões a blogueiros em 2016



O Antagonista teve acesso exclusivo à planilha com repasses do governo federal aos blogs petistas em 2016.

Os números incluem a verba publicitária da Secretaria de Comunicação, dada por meio de campanhas de programas oficiais, e o patrocínio de bancos públicos e estatais, como a Petrobras.

Os contratos firmados às vésperas do impeachment somam R$ 11,2 milhões - de um total de R$ 94,7 milhões gastos com publicidade na internet. Ao assumir o governo, Michel Temer determinou a suspensão dos pagamentos aos blogs e sites petistas e o cancelamento dos contratos.

- Brasil 247: 2,1 milhões
- DCM: 1,11 milhão
- Carta Maior (site): R$ 921 mil
- Forum: R$ 921 mil
- Paulo Henrique Amorim: R$ 865 mil
- Opera Mundi (Breno Altman): R$ 83 mil
- Luís Nassif: R$ 814 mil (além do contrato com a EBC)
- Carta Capital (site): R$ 664 mil
- Sidney Rezende: 409,5 mil
- CGM: R$ 359 mil
- Pragmatismo Político: 219 mil
- Blog do Esmael: 169 mil
- Viomundo (LC Azenha): R$ 166 mil
- O Cafezinho: R$ 124 mil

Existe chance de o Brasil vir a civilizar-se?

7 de Junho de 2016



Por Mario Sabino
Muitos leitores de O Antagonista perguntam se o Brasil tem jeito. A pergunta traduz uma angústia circunstancial -- ligada à crise política e econômica dos dias que correm-- e outra de fundo: existe chance de o país vir a civilizar-se? Em relação à circunstância, acho que o Brasil sairá da crise política, caso finalmente releguemos Dilma Rousseff ao passado. Uma vez que ela seja cancelada do nosso cotidiano, a economia exibirá uma melhora inercial que poderá ganhar velocidade se Michel Temer cumprir pelo menos metade do que se propôs.
O meu otimismo não vai além das obviedades que escrevi acima. Na minha opinião, estamos condenados a ser um país de segunda categoria, com altos pouco altos e baixos muito baixos.
Baseio-me na geografia e história do Brasil. Estamos longe das nações que poderiam nos proporcionar alianças ou integrações decisivas para o nosso progresso material e espiritual. Não nascemos do idealismo que criou os Estados Unidos, mas da cobiça, luxúria e tristeza de que falava Paulo Prado, em "Retrato do Brasil".
Os modernistas tentaram transformar esses nossos defeitos em qualidades capazes de erguer um novo tipo de civilização, mas nem a sua arte tinha qualidade, nem os seus propósitos, realidade.
Quando se observa o universo partidário, a fatalidade fica mais clara. PMDB, PT, PSDB, PP, PTB e que o mais for não são apenas siglas, e sim o sequenciamento de uma genética histórica infeliz. Os políticos brasileiros não estão divorciados da maioria dos eleitores, sejam eles pobres, remediados ou ricos. 
São a expressão máxima das suas ambições e dos seus apetites. Estamos condenados a ser ávidos, libertinos, melancólicos.