sábado, 25 de junho de 2016

Os Moros agem



Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Merval Pereira

Quando, em setembro de 2015, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu desmembrar a investigação da Operação Lava Jato, retirando da jurisdição da 13ª Vara Federal do Paraná, do juiz Sergio Moro, o processo sobre a corrupção no ministério do Planejamento, houve comemoração nas hostes petistas. Mas houve também quem previsse que aquela medida criaria “vários Moros” pelo Brasil.

Ontem, com mandados expedidos pelo juiz Paulo Bueno de Azevedo, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, foram feitas várias prisões e executados mandados de busca e apreensão em diversos estados, atingindo inclusive dois ex-ministros dos governos petistas, Carlos Gabas, ex-ministro da Previdência tão ligado à presidente afastada Dilma Rousseff que a levava a passear por Brasília na garupa de uma de suas possantes motocicletas Harley Davidson, e Paulo Bernardo, em cujo ministério do Planejamento que chefiava foi montado um grosso esquema de corrupção, segundo as investigações da Polícia Federal.

Com se previa, os juízes que receberam processos derivados da Operação Lava Jato estão atuando no mesmo diapasão da Justiça de Curitiba, a demonstrar que esse não é um padrão exclusivo de Moro e dos Promotores de Curitiba, mas de uma nova geração de juízes e Procuradores do Ministério Público, que se sentem moralmente responsáveis pela continuidade de uma ação do Judiciário que tem amplo apoio da sociedade.

No Rio de Janeiro, por exemplo, o Juiz Marcelo Bretas, da 7 Vara Federal Criminal, conhecdo como "o Moro do Rio", está à frente de casos do Eletrolão, que investiga a atuação do ex-presidente da Eletrobrás, Vce-Almirante Othon Pinheiro, especialmente na construção da usina Anga-3, e também alguns termos da delação premiada de Nestor Cerveró sobre compras de empresas estrangeiras pela Petrobras, uma de gás no Uruguai e outra na Argentina.

A sentença do caso de Angra-3 sai em julho, pois semana que vem iniciam os prazos para as alegações finais das defesas.Também está sendo investigado no Rio o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, por suspeita de ter recebido propina de empreiteiras envolvidas nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e nas obras de reconstrução do Maracnã para a Copa do Mundo.

O desmembramento de diversos casos só aparentemente fragilizou a tese da Procuradoria-Geral da República de que o que está sendo investigado é uma organização criminosa que atuou em várias instâncias do governo federal além da Petrobras. A ação do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, dando apoio a diversas investigações pelo país, garantiu que a Operação Lava Jato e suas ramificações não sofressem descontinuidade.

Está provado que não existe apenas um juiz no país, como ironizou o ministro do STF Dias Toffoli ao apoiar o desmembramento da investigação sobre o esquema dos empréstimos consignados montado no ministério do Planejamento pelo ex-ministro Paulo Bernardo. Naquela ocasião, houve críticas à decisão de desmembrar, pois como alegou o ministro Luis Roberto Barroso, o caso deveria ter sido definido pelo próprio juiz Moro na primeira instância, que decidiria qual tribunal adequado para conduzir as investigações do caso Consist. 

Também o ministro Gilmar Mendes se opôs à medida, alegando que, no afã livrar certos acusados do juiz Moro, estavam sendo puladas etapas importantes nas decisões do Supremo. Se Moro se afirmasse competente, e alguma parte discordasse, poderia interpor a "exceção de incompetência", a ser julgado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, cabendo dessa decisão o recurso especial ao STJ.

Foi o que o plenário do STF decidiu na quarta-feira, enviando ao juiz Sérgio Moro o desmembramento do caso contra o presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha, que decidirá se tem competência para assumir as investigações sobre a mulher e a filha do deputado, cabendo recurso em caso positivo.

Os desdobramentos das investigações ligadas à Operação Lava Jato em diversos pontos do país demonstram que há uma tendência nova no Judiciário brasileiro, o que abre caminho para uma superação de antigos vícios e costumes políticos no país.


Merval Pereira é Jornalista e membro das Academias Brasileiras de Letras e de Filosofia. Originalmente publicado em O Globo em 24 de junho de 2016.

Carrascos e Execuções



Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Ênio Mainardi

A fúria histérica e amalucada da Gleisi, nestes dias de Lavajato, me fez lembrar uma história meio macabra. Depois da guerra, faltava executar uma porção de personagens, criminosos de guerra condenados pelo Tribunal de Nuremberg. E aí ficou colocado um problema: quem iria realizar os enforcamentos? E como?

Os ingleses então se lembraram de um homem que tinha sido considerado um bom verdugo, na Inglaterra - e que poderia servir para resolver o problema. Trouxeram então o carrasco para a Alemanha e ele começou a trabalhar. O tamanho das cordas, a altura de onde deveriam ser lançados os condenados, o tipo de nó, os caixões. Enfim um trabalho profissional.

Tudo pronto, as autoridades aliadas tiveram que decidir: quem seria enforcado primeiro? E o enforcador, ele mesmo, decidiu: primeiro as mulheres. Por que, lhe perguntaram? E ele: as condenadas, as que mais gritavam e xingavam os soldados que as guardavam, disse, eram as que mais sofriam. Elas não tinham controle sobre si mesmas, histéricas, vendo o fim chegar. Então, que elas fossem executadas antes, num gesto de humanidade. E assim foi feito.

As mulheres, por favor, antes. A Gleisi e os outros componentes do jardim de infância do pt teriam - se fosse perguntada a opinião daquele verdugo - que subir ao patíbulo antes. Concordo. Que as mulheres petistas sejam rapidamente processadas e colocadas na prisão. Nessa leva podia ir o Lindbergh.

Hoje, os nomes importantes do pt tremem ao se reconhecer na fila dos condenados. Não só pelos Tribunais de Justiça - como também amaldiçoados frente à opinião pública. Dos criminosos de Auschwitz não sobrou nada deles, nem as cinzas.

É o que deve acontecer com a Gleisi e cia, pobres almas perdidas, envenenadas por toscos sonhos de grandeza e lideradas por um Hitler de 2a. categoria.


Ênio Mainardi é Publicitário. Originalmente publicado no Facebook do autor em 24 de junho de 2016.

Vamos além dos remédios amargos?




- Deixa eu lhe falar uma coisa. Esses meninos da Polícia Federal e esses meninos do Ministério Público, eles se sentem enviado de Deus.

- É, mas eles são todos crentes. Os caras do Ministério Público são crentes, né?

- É uma coisa absurda. Uma hora nós vamos conversar um pouco, porque eu acho que eu sou a chance que esse país tem de brigar com eles para tentar colocá-lo no seu devido lugar. Ou seja, nós queremos instituições sérias, mas tem que ter limites, tem que ter regras.

(Diálogo entre o Coelhinho da Páscoa e seu amigo Nervoso, captado em uma ligação telefônica, em março de 2016)

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A morosidade do judiciário, o senso de impunidade e a consagração de injustiças sociais que prejudicam a sociedade brasileira não incomodam apenas a maioria dos cidadãos "pts da vida" com a ação institucionalizada do crime no Brasil. Felizmente, magistrados com consciência cidadã e senso de cumprimento do dever de ofício como servidores públicos ganham voz na mídia e nas redes sociais para exigir mudanças estruturais e culturais. Releia o artigo: O Exemplo de uma Magistrada


Agora futura "Presidente" do Supremo Tribunal Federal (assume em setembro), Cármem Lúcia, aproveita o congresso da Associação Nacional de Jornalismo Investigativo para chamar a atenção para a dificuldade estrutural de se combater e neutralizar a desgovernança do crime organizado no Brasil. Cármem Lúcia recorreu a uma metáfora de fácil compreensão: "No Brasil, a gente engole o elefante, mas engasga com a formiga. Consegue fazer o impeachment (da presidente da República), mas não consegue tirar o vereador da cidade pequena que todo mundo sabe que roubou ou fez coisa errada".

O jornal O Globo repercutiu: "Cármen Lúcia defendeu o jornalismo e a liberdade de expressão como princípios básicos das democracias. Ela disse que quem assume cargo público tem uma esfera de privacidade menor e citou o caso de jornalistas da Gazeta do Povo que estão sofrendo uma série de processos movidos por juízes do Paraná, que tiveram seus salários revelados em uma reportagem do jornal". A ministra do STF não ficou refém do tradicional corporativismo do judiciário e opinou, sem rodeios: "Todo mundo tem direito à privacidade. Mas quem está no espaço público tem uma esfera de privacidade diferente de quem está em casa. Dizer quanto o juiz ganha não está no espaço da privacidade. É o cidadão quem paga".

A reportagem aproveitou o gancho: "Ainda falando sobre privacidade, a futura presidente do Supremo afirmou que alguns processos precisam correr em segredo, já que sua divulgação pode fazer com que um investigado destrua provas, por exemplo. Segundo ela, porém, essa é uma das poucas exceções ao princípio da publicidade do Judiciário: "Não pode haver sigilo para proteger uma pessoa. O que acontece é que o tempo do direito é diferente do tempo da política ou da economia".

Cármem Lúcia defendeu um princípio bem simples: o Judiciário deve garantir que os processos que estão em andamento cheguem ao fim, atestando todos os direitos, e que os culpados sejam punidos. A ministra do STF resumiu, de forma magistral, aquilo que é o sentimento da maioria esmagadora dos cidadãos brasileiros.

Recentemente, o relator da Lava Jato no STF, ministro Teori Zavascki, já tinha prescrito a necessidade de "remédios amargos" para o combate à corrupção. No entanto, a crise estrutural brasileira (mãe das crises política, econômica e moral) assumiu uma dimensão tão descontrolada que é preciso ir além da amargura do medicamento. Temos de partir para uma quimioterapia em todos os poderes infectados pelas células cancerosas do crime.

Como podemos ir além dos remédios amargos? A resposta não é fácil, mas exige o cumprimento de algumas etapas. Primeiro, é preciso identificar onde o crime atua e denunciá-lo. A imprensa livre e os cidadãos livremente interligados em redes sociais são fundamentais para isto. Depois, é preciso pressionar, de forma legítima, o Ministério Público e o Judiciário para que cumpram seu dever funcional.

Ao mesmo tempo, é fundamental um amplo debate com soluções para reduzir, neutralizar e impedir a corrupção (que é institucionalizada culturalmente). É básico entender que no Brasil, país colonizado e periférico, o crime é comandado de fora para dentro. Nossos corruptos se locupletam, sendo agentes conscientes de esquemas mafiosos globalitários, cujo objetivo é manter o Brasil subjugado, como permanente colônia de exploração.

Só depois que forem identificados os agentes criminosos - e para quais interesses maiores, externos, eles trabalham -, tornando tudo isso público e exigindo que o judiciário funcione, é que vamos mudar o jogo. Sem adotar tais procedimentos, não adianta remédio amargo. Sem conhecimento sobre a função estratégica do crime organizado, seu combate será mero enxugamento de gelo.

Pense nisto! Reflita se você não é, sem saber, um agente que serve ao crime, por ação ou omissão. Depois, reúna pessoas que tenham feito a mesma autocrítica e que desejam mudar o Brasil para melhor. A Revolução Brasileira, em andamento, já assiste a este processo irreversível de verdadeiro combate ao crime.

Resumindo: cada cidadão precisa se comportar como um Rodrigo Janot, um juiz Sérgio Moro, uma corregedora Nancy Andrigui e uma ministra Cármem Lúcia...

Quem não reage rasteja... Serve ao crime organizado e acaba engolido por ele...

Releia a terceira edição de ontem: Quem cuidará de Lula, além de Moro?

Mera coincidência que não existe


Do craque Merval Pereira sobre a reação corporativa dos senadores com a prisão de Paulo Bernardo, um dos ideólogos revolucionários e coordenadores operacionais e financeiros do PT:

"A reação dos senadores em relação à prisão do ex-ministro Paulo Bernardo é corporativa, porque o despacho do juiz que autorização a busca e apreensão na casa dele é muito claro. Ele pede que nada da senadora seja apanhado e os investigadores teriam que anotar tudo que levaram da casa; apenas coisas do marido, que não tem foro privilegiado, poderiam ser levadas. A ordem é muito clara no sentido de preservação da senadora. Mas não tem sentido o marido ser protegido pelo foro da mulher. Ninguém fala sobre os crimes cometidos".

Nem precisa revelar


Gravador perigoso
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Cunhar é verbo intransitivo?


Recebe a Guta, Obama


Uma das melhores e mais premiadas produtoras da televisão brasileira, Guta Nascimento, dante da Casa Branca: recebe ela, BaracK Obama...

As razões dos ingleses na escolha pela saída: numa única imagem!

O inglês é um povo diferente mesmo. Responsável pela civilização ocidental como a conhecemos, em grande medida, foi esse povo que nos forneceu dois dos grandes estadistas que impediram, em seus respectivos tempos, o declínio de tal civilização: Churchill e Thatcher. 



Essa, aliás, tinha sempre razão mesmo: não queria a união forçada com o resto da Europa. A mulher sabia das coisas, e por isso não é enaltecida pelas feministas, apesar de ter sido pioneira em tudo, independente, bem-sucedida. É porque era conservadora.


Agora os ingleses uma vez mais tomam uma decisão impactante. Será o começo da salvação da Europa novamente? Ninguém sabe ao certo. O futuro é imprevisível. A imprensa em geral, o establishment político, a elite intelectual e financeira, todos têm lamentado a decisão e muitos entraram até em pânico: o “fim da globalização”, alegam. Tenho resgatado artigos meus mostrando que não é bem assim, que há todo um contexto explicando a escolha dos ingleses, e que ela pode fazer sentido sim.


Mas, agora, vou tentar explicar as razões dos ingleses nessa decisão com base em uma única imagem. Mérito do meu amigo Roberto Rachewsky, que a publicou, comentando: “Elisabeth II carrega sua própria sombrinha, já a socialista Anne Hidalgo, prefeita de Paris, precisa de um serviçal para carregar a sua”. A rainha da Inglaterra, velhinha, pode carregar sua própria sombrinha, mas a jovem política precisa de assistentes apenas para isso. Como uma “presidenta” que conhecemos e que, felizmente, está afastada do cargo, diga-se de passagem *. Vejam:
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Os ingleses não querem carregar a sombrinha dos outros. Entendeu? Eles querem uma rainha independente, capaz de andar com as próprias pernas, não esses políticos e burocratas encantados com o aparato estatal, uma neo-aristocracia que fala em igualdade o tempo todo, mas age como se fosse… da família real! Ou pior: com mais privilégios do que o rei ou a rainha.



Quer moleza, quer luxo, quer conforto? Então tem que trabalhar por isso! Cada um! Os ingleses já flertaram com o socialismo fabiano sim. Foi justamente quando Thatcher veio lhes salvar. Será que Nigel Farage será o novo resgate? Será que a Inglaterra vai produzir algum novo estadista que poderá liderar seu país – e por tabela o mundo, pois é sempre assim – na direção correta, para longe desse globalismo forçado com o poder todo concentrado nos políticos e burocratas em Bruxelas?


Não sabemos ainda. Mas enquanto esperamos – e torcemos – já podemos bradar: God Save the Queen!


* Eis a imagem que mostra nossa “realeza” tupiniquim, a “mãe do povo”, a representante “popular” que luta por igualdade:
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Para Dilma não basta um serviçal levando a sombrinha. É preciso mais! Cada membro da família deve ter um, para mostrar como se constrói igualdade na prática. Esses socialistas…


Rodrigo Constantino

Quando seu professor não é esquerdista, ele se preocupa com seu futuro acadêmico. Ou: como a “escola COM partido” impõe autoritarismo, medo e a miséria intelectual aos seus “inimigos” — os próprios estudantes.

Matéria do Estadão demonstra como professores não cooptados por movimentos políticos estão sendo hostilizados por fazer aquilo que um professor estudou, se formou, e ama: Dar aula.




Uma característica primária da utopia socialista, é a INVERSÃO DA REALIDADE (também conhecida como “inversão revolucionária”). Ela fica ainda mais evidente no caso das invasões escolares, pois:


— Invadir e ocupar, se tornou LEGAL (dado o fato de que o ministério público é INDOLENTE, omisso, permissivo e passivo).

— Dar aulas, terminar ano letivo e formar alunos, se tornou ILEGAL. Os professores estão sendo obrigados a se comportar como fugitivos, como ilegais em seu próprio local de trabalho:



SÃO PAULO — Professores e alunos das universidades estaduais paulistas, que registram greves desde o mês passado, têm combinado reuniões secretas para driblar piquetes e feito aulas em locais sigilosos para poder trabalhar e evitar a perda do ano letivo. Alguns deles gravaram vídeos para documentar invasões às salas de aula, que tentam paralisar as turmas.
(…) Popov chegou a mudar de sala para evitar os piquetes, mas diz que está sendo vigiado. “Se a aula começa, eles chamam reforços, chegam com bumbos para fazer barulho. Começam a gritar, intimidar os alunos, chamando de ‘fura greve’. Resolvi não me curvar. Não conheço um professor da Unicamp que tenha aderido.”
Ainda na Unicamp, a professora de Estatística Hildete Pinheiro contou que já passou conteúdos até embaixo de uma árvore para evitar a perseguição. “Meus alunos querem aula e eu quero dar aula.” Para suprir a falta de um quadro negro, ela entregou avaliações em branco para orientar como resolver os exercícios. “Há pelo menos três semanas, tenho de dar aula escondida. Se aviso onde vai ser, eles (os alunos grevistas) descobrem e impedem que aconteça.”
Em outro episódio, a docente relatou que precisou trancar-se na sala para orientar seis estudantes. “Ficaram esmurrando minha porta. Passei 30 minutos trancada, com eles gritando lá fora. Estou há quase 20 anos aqui e nunca vi uma falta de respeito dessas.”
(…) “Não só eu, mas muitos que quiseram dar aula em lugares alternativos foram perseguidos, as salas foram invadidas pelos grevistas e aulas e provas acabaram interrompidas”, afirmou o chefe do Departamento de Física-Matemática, Gustavo Burdman
A professora Renata Zukanovich, do Instituto de Física da USP, relatou que desde o começo da paralisação, no dia 30, também tem marcado reuniões “secretas” com os alunos para combinar onde fazer as provas. Ela ressalta também que os grevistas fazem “cyberbullying” com outros alunos para pressioná-los a participar dos atos em favor da paralisação. “Estão ameaçando os colegas”, disse.
A pressão sobre os estudantes e professores aconteceria ainda na Unesp. O professor de Direito Constitucional e Direitos Humanos da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da universidade José Duarte Neto contou que precisou gravar um vídeo dos alunos que tentaram interromper uma aula, para que saíssem da sala. “Com a gravação, eles ficaram receosos e não me desrespeitaram nem impediram o meu ingresso.” Ele disse ainda que alguns estudantes estão sendo “ameaçados” pelos grevistas para faltar às aulas.(O link do artigo do estadão referenciado aqui, se encontra ao final da página)

Mas o que dizer? ISSO NÃO É UMA GREVE, É UMA DITADURA:



Perseguição política, perseguição ideológica, ameaça à opositores, anti democrática e proponente de ações ILEGAIS.

Mas o que fazer?


Em artigo anterior já postamos algumas sugestões nos caso das escolas secundárias. Aqui entramos em um conjunto de ações mais específicas:

1) Não permita que alunos não pertencentes à matéria, ou que não correspondam à aquela sala adentrem:

https://youtu.be/8JTnom9VLHg

2) Estejam prontos para gravar em vídeo as invasões. Vários alunos podem fazê-lo visto que qualquer celular mais básico possui câmera com resolução razoável. É vital que vários alunos e o professor passem a gravar, inclusive os invasores mais violentos, para que existam várias fontes gravadas do mesmo evento. FOQUE NOS LÍDERES da invasão, em geral não são alunos, e podem estar acompanhados de POLÍTICOS, ou líderes de movimentos políticos.


3 ) Não se amedrontem frente as ameaças. GRAVE AS AMEAÇAS. Quanto mais ameaças existirem e maior for a identificação dos meliantes, maior a chance de resultado favorável na esfera judicial e também na social quando do desmascaramento do meliante.


4) PUBLIQUEM OS VÍDEOS. Não tenha medo, pois as gravações evidenciam os crimes, contravenções e ilegalidades cometidas por terceiros.


5) Não se furtem de realizarem B.OS eletrônicos, ou mesmo presenciais de FORMA COLETIVA, em especial junto com o Professor envolvido na questão, ou mesmo contra professores que incitam a ilegalidade.


Alunos que desejam ter aula: AJUDEM SEUS PROFESSORES NÃO GREVISTAS, eles estão se arriscando por vocês, FAÇA VALER A PENA. Se juntem em grupos para impedir a invasão e gravando as ações LUTEM PELO SEU ESPAÇO. Para confirmar o tema deste artigo, pergunte ao seu professor esquerdista se ele apoia a greve e as invasões, a resposta não lhe surpreenderá. :D


Participe de outros grupos com o mesmo objetivo de libertar a escola do fascismo político:



Tome conhecimento do movimento EscolaSEMPartido, participe do movimento através do facebook.


Dilma diz: “Reinaldo Azevedo está certo; nós, do PT, estamos manipulando o caso do estupro”






Em discurso no Rio, presidente afastada demonstra por que devemos pensar sempre o pior de um esquerdista

Por: Reinaldo Azevedo
Dilma Rousseff chegou ao fundo do poço. E é engano achar que ela não pode descer um pouco mais. Sempre pode. Quando os deuses querem destruir alguém, começam por lhe roubar o juízo. E Dilma perdeu o seu faz muito tempo. Já escrevi alguns textos sobre a exploração mixuruca que as esquerdas vêm fazendo do possível estupro coletivo no Rio. Desde o começo, estava claro para mim que a garota que diz ter sido estuprada por 33 homens havia se tornado mero pretexto. Minha coluna na Folha desta sexta trata disso.


Pense sempre o pior de um esquerdista. Ele jamais vai decepcioná-lo. Na noite desta quinta, Dilma resolveu visitar no Rio o governador Luiz Fernando Pezão, que está tratando de um câncer. Viajou com o nosso dinheiro: avião, segurança, hospedagem etc. Seu trabalho, hoje, é torrar grana pública.



Participou depois de um ato promovido por feministas. E voltou à sua ladainha asquerosa. Afirmou que o governo Temer é formado por “homens velhos, ricos e brancos” que não representam “a diversidade do nosso país.”  E emendou: “Não é um capricho ser representado no primeiro escalão. É crucial para impedir retrocessos”.



Vimos o quanto a dita diversidade do governo Dilma foi útil para o país: 11 milhões de desempregados, depressão econômica, R$ 170,5 bilhões de déficit fiscal, inflação de dois dígitos, juros nos cornos da Lua. Dilma, de fato, sabe como cuidar de nós.



A petista nunca foi muito inteligente, vamos admitir. Não consegue decorar um período composto de uma oração principal e duas subordinadas. As esquerdas vinham, sorrateiramente, explorando o caso do possível estupro do Rio para emplacar uma outra agenda. Cumpria fazer a coisa escondidinho, já que a imprensa está colaborando enormemente. Não era para escancarar o jogo.


Mas ela não chega a ser exatamente um Schopenhauer de cabelos curtos e ideias longas. Mandou ver:


“Esse governo é uma fonte de maus exemplos. Nós, mulheres, temos que nos sentir menos seguras, menos garantidas quando o governo não é capaz de ter em seu primeiro escalão uma representação da maioria da população. Não digo só as mulheres, mas também os negros da população. A cultura do estupro e a cultura da exclusão social devem ser combatidas por todos os movimentos e também pelos governos”.


Pronto! Eis Dilma Rousseff pegando carona no sofrimento alheio, que é o que o PT sempre fez, vamos convir, e utilizando o que pode ser uma tragédia pessoal em proveito de sua política mesquinha.



É o fim da picada. Para todos os efeitos, ela ainda é presidente da República, mesmo afastada. Tem de ter compostura. Mas não tem nenhuma. Atacou também Fátima Pelaes, que pode ser nomeada secretária das Mulheres por Michel Temer.



Atenção! Em 2010 — há seis anos! —, Pelaes se disse pessoalmente contrária ao aborto mesmo em caso de estupro. Revelou que ela própria foi concebida num ato de força, quando sua mãe era presidiária.



Nesta quinta, Dilma fez de conta que o pronunciamento de Pelaes havia sido feito já depois do dito estupro coletivo do Rio e disparou: “É uma conquista ainda pequena das mulheres. Um agente público, principalmente uma mulher, não pode achar que convicções pessoais podem se sobrepor à lei. É grave que ela diga isso justamente quando aconteceu um estupro coletivo”.



Dilma não é só imprudente. É também irresponsável. O que aconteceu no Rio é muito grave. Ainda que não tenha se tratado de um estupro coletivo, a divulgação do vídeo já é uma coisa asquerosa. É para provocar a indignação de todos, sim.



Mas senti, desde o começo, o cheiro inequívoco do oportunismo. Estava claro que petistas e outros esquerdistas estavam usando a questão para vender seus peixes ideológicos podres.


A prova está aí.

Quando os embates entre a esquerda e a direita podem significar o exterminio ou a salvação da raça humana



ylb
Um livro de grande importância para os estudiosos da biopolítica, com interessantes descrições que podem auxiliar numa interpretação de nossa realidade brasileira.

 


Yuval Levin é membro do Centro de Ética e Políticas Públicas, onde atua como diretor do Programa de Bioética e Democracia Americana. É o editor sênior do Periódico New Atlantis, que trata de biotecnologia e bioética. Serviu como diretor-associado da Casa Branca para o Conselho de Política Interna e diretor executivo do Comitê Presidencial de Bioética. Escreve para diversas publicações de grande porte como o New York Times, o Wall Street Journal, Commentary, National Review e outros.

Em seu livro, Yuval trata da pretensão baconiana de controlar a natureza e de como tal anseio subsiste dentro do espectro político dos Estados Unidos. Mostra que a classificação desejada pelos liberais (esquerda), na qual progressistas apoiam a ciência e conservadores caminham contra seu desenvolvimento é uma simplificação grosseira.



Seu argumento revela algumas realidades que negam a pretensão de aliar determinado espectro político com o atraso ou o progresso da ciência, e exibe alguns problemas que tanto a direita quanto a esquerda deverão resolver.


No primeiro capítulo o autor fala do desafio moral representado pela ciência e da responsabilidade que temos diante do passado, do presente e do futuro em avançarmos com cautela.


No segundo capítulo, o autor trata de como essas tecnologias se inserem e dizem respeito à vida cotidiana de todos nós, e mostra questões de grande importância que definirão toda a civilização e direcionarão nosso futuro, como a clonagem e a manipulação genética de nossos filhos.


No terceiro capítulo, o autor reflete sobre a divisão entre as humanidades e a ciência, e de como essas duas culturas não podem ser vistas em separado, mas devem colaborar uma com a outra a permitir um progresso seguro e, portanto, responsável.


No quarto capítulo, Yuval fala de algumas visões de como nosso futuro poderá ser, abordando os temas relacionados ao transumanismo e ao progresso imprevisível perante o qual avançamos.


No quinto e sexto capítulos o autor trata de como a direita e a esquerda enxergam e lidam com a ciência nos Estados Unidos, traçando um cenário muito mais complexo do que a maioria das pessoas ousa pensar.


A esquerda americana, sempre defendendo ocupar a posição de promotora da ciência e do projeto baconiano de controle sobre a natureza para aumentar a liberdade do ser humano, agora está em um embate interno ao querer abraçar um ambientalismo que, de regra, busca limitar a ação do homem sobre a natureza. 


A direita americana, defensora dos costumes e do decoro, vê-se numa posição de crítica à ciência baseada no exercício de uma agressiva análise do discurso e dos pressupostos dos cientistas, trazendo à tona os mais desconfortáveis e escandalosos assuntos com uma metodologia desenvolvida e aplicada inúmeras vezes pela mais questionadora e agressiva parte da esquerda.



Este é um livro de grande importância para os estudiosos da biopolítica, com interessantes descrições que podem auxiliar numa interpretação de nossa realidade brasileira.

Prof. Dr. Hélio Angotti Neto, autor do livro A Morte da Medicina, é coordenador do Curso de Medicina do UNESC, diretor da Mirabilia Medicinæ (Revista internacional em Humanidades Médicas), membro da Comissão de Ensino Médico do CRM-ES, visiting scholar da Global Bioethics Education Initiative do Center for Bioethics and Human Dignity em 2016, membro do Comitê de Ética em Pesquisa do UNESC e criador do Seminário de Filosofia Aplicada à Medicina, SEFAM - www.medicinaefilosofia.blogspot.com.br.

O abraço da contracultura

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Foram vivos e acalorados os debates sobre a extinção ou continuidade do Ministério da Cultura, com uma certa "tropa de choque" do mundo artístico (minoritária e bem tratada com verbas públicas), fazendo terrorismo publicitário, devidamente apoiada pelo jornalismo "a soldo", como se alguma catástrofe inexorável se tivesse abatido sobre o País.
A ideia de uma cultura promovida ou tutelada por Ministério é bem controversa, como se a cultura verdadeira pudesse nascer de mecanismos estatistas e não fosse a elaboração paulatina do organismo vivo da sociedade.
Cultura e aprimoramento
Podem encontrar-se para Cultura inúmeros sentidos e significados, mas há sempre um elemento básico e comum: a ideia do aprimoramento do espírito humano. Ideia que pressupõe que todo o homem tem em seu espírito qualidades susceptíveis de desenvolvimento e defeitos passíveis de correção. Só a contra-cultura parece buscar a inversão da ordem natural e o conseqüente aviltamento do ser humano como um todo.
É por isso que alguns - que agora estrebucham, ao ver ameaçados suas benesses estatais - reduziram a arte, e a mais amplamente a cultura, a um mecanismo de difusão de uma ideologia que desconstrói valores, subverte conceitos e tenta ser o esteio estético de um enredo sócio-político justiceiro (ricos contra pobres, negros contra brancos, etc.), em nome do qual tudo está justificado.
Lula e a contracultura
Lula é o símbolo e o herói máximo dessa narrativa: humilde, amigo dos pobres, contra as elites e o colonialismo centenário, a ele tudo é permitido; até mesmo se os fatos mais incontestes, se as investigações policiais e as sentenças judiciais mais claras apontarem para o fato de ser ele o "capo" de uma imensa organização criminosa, que corrompeu a política, afundou a economia, desmoralizou as instituições, humilhou a diplomacia, subverteu a educação, alimentou a discórdia e que não recuou diante de nenhum tipo de crime, para assegurar um projeto de poder cada vez mais autoritário!

O abraço de Chico Buarque (aliás, um representante dessas tão odiadas elites!) e Lula é o símbolo infame dessa cumplicidade contracultural.


http://radardamidia.blogspot.com

Fascistas!


bm
A esquerda, quando confrontada com os fatos, com a lógica ou com a verdade, costuma recorrer a uma arma na qual é mestra, a invectiva e o insulto pessoal que, nos últimos tempos, no Brasil, ganhou uma nova forma: a cusparada!

Entre esses insultos freqüentes, esvaziado de significado mas prenhe de rancor, está o de "fascista". Sim, se alguém tem convicções que não alinham com a cartilha do "politicamente correto" ou da militância engajada, será facilmente tachado de "fascista".

Insulto gratuito e desonesto
O insulto é gratuito, desonesto e visa tolher pela ofensa o debate que não se vence pela ideia.

"Os fascistas do futuro se qualificarão a si mesmos de antifascistas!", teria dito o grande Churchill.

Afinal, o fascismo é mesmo tão oposto ao marxismo, o qual, nas suas diversas formas e mutações, povoa mentes e corações de esquerdistas, que usam o termo "fascista" como insulto fácil contra seus adversários?

Polêmica
Recentemente eclodiu em Portugal uma interessante polêmica nos meios jornalísticos a esse respeito.

José Rodrigues dos Santos, um destacado jornalista, autor de romances com grande tiragem, escreveu e comprovou em suas obras que o fascismo tem origens marxistas, o que, por contradizer ideias feitas, "parece ter incomodado algumas almas, incluindo políticos que, à falta de melhores argumentos, recorreram ao insulto baixo", nas palavras do próprio autor.

No jornal Público (25.05.2016), de Lisboa, Paulo Pena (*), tentou refutar a relação entre fascismo e marxismo, com falta de rigor, com imprecisões e inconsistências toscas.

José Rodrigues dos Santos respondeu nas mesmas páginas do jornal Público (29.05.2016), com um artigo intitulado "O fascismo tem origem no marxismo", onde expôs as ideias essenciais da viagem do marxismo até ao fascismo e desafiou: "Se acham que o fascismo não tem origens marxistas, façam o favor de desmentir as provas que apresento nos meus romances".

Também o Prof. André Azevedo Alves, no Observador (28.05.2016), desfez as inconsistências do artigo de Paulo Pena, traçando as semelhanças práticas e as ligações no plano da genealogia das ideias do fascismo e do marxismo. Escreveu ele: "A trajectória política de Mussolini não pode ser reduzida a um mero caso de “transição abrupta entre ideologias adversárias”. Mussolini, figura de proa do socialismo italiano, foi um marxista ortodoxo que admirava incondicionalmente Marx e o tinha como uma referência absoluta no campo doutrinal. (...) Não é por isso de estranhar que o fascismo partilhe vários traços ideológicos centrais com o marxismo: o colectivismo, a oposição ao liberalismo e – talvez mais importante no plano da acção política – a rejeição do pluralismo e a apologia da violência revolucionária".

Origens marxistas do fascismo
Pelo interesse do tema, partilho com os leitores do Radar da Mídia a íntegra do artigo e José Rodrigues dos Santos:

A minha afirmação de que o fascismo tem origens marxistas parece ter incomodado algumas almas, incluindo políticos que, à falta de melhores argumentos, recorreram ao insulto baixo. Nada de surpreendente, até porque reconheço que a afirmação contradiz ideias feitas e por isso precisa de ser fundamentada – o que é feito ao pormenor em As Flores de Lótus e em O Pavilhão Púrpura. Para quem preferir ficar-se pela rama, deixo aqui as ideias essenciais da viagem do marxismo até ao fascismo.
O marxismo surgiu num contexto de cientifismo. Newton tinha descoberto as leis da física e Darwin as da seleção natural. Indo no encalço desses dois vultos, e também de Hegel, Marx e Engels anunciaram que haviam descoberto as leis da história. Tal como as leis da física e da biologia, ambos concluíram que as leis da história eram deterministas e independentes da vontade humana.
E que leis eram essas? Eram as do determinismo histórico, estudadas pela sua nova ciência, o socialismo científico (tão científico, na sua opinião, quanto a física de Newton e a biologia de Darwin). A ideia era simples: ao feudalismo sucede-se o capitalismo, cujas contradições levarão inevitavelmente os proletários à revolução que conduzirá ao comunismo. Nesta visão a história é teleológica e determinista. Não é preciso ninguém fazer nada, pois a revolução do proletariado é inevitável.
Os anos passaram e não ocorreu nenhuma revolução, o que contradizia a teoria marxista. Como explicar isto? Surgiram duas teses revisionistas. A primeira, do marxista alemão Bernstein, foi a de que afinal o capitalismo não ia acabar, o operariado até estava a melhorar o seu nível de vida e o socialismo podia perfeitamente adaptar-se ao capitalismo. Esta corrente cresceu no SPD alemão e acabou na social-democracia como a conhecemos hoje em dia.
A segunda tese teve origem no marxista francês Georges Sorel. Numa obra tremendamente influente, Refléxions sur la violence, Sorel concluiu que a revolução não era inevitável nem seria espontânea. Teria de ser provocada. Como? Usando uma elite para guiar o proletariado e recorrendo à violência. Seria a violência que desencadearia a revolução.
Foi o marxismo soreliano que conduziu ao bolchevismo e ao fascismo. Lenine leu Sorel e apropriou-se dos conceitos revisionistas da elite, a famosa “vanguarda”, e do uso da violência. O mesmo Sorel foi lido com atenção em Itália, em particular pelos sindicalistas revolucionários, marxistas que adotaram a greve e a violência como formas de desencadear a revolução.
Em paralelo, um marxista austríaco, Otto Bauer, notou que no Império Austro-Húngaro os operários húngaros mostravam sentimentos de solidariedade mais fortes para com os burgueses húngaros do que para com os operários austríacos. Embora o marxismo fosse uma corrente internacionalista, Bauer buscou legitimidade nalgumas afirmações nacionalistas de Marx e Engels para lançar uma nova ideia revisionista. Concluiu ele que o comportamento dos operários húngaros mostrava que o sentimento de nação era afinal mais poderoso do que o sentimento de classe. O nacionalismo era revolucionário, argumentou, pois galvanizaria o proletariado para a revolução.
Esta ideia entrou em Itália pela pena de um marxista italiano de origem alemã, Roberto Michels, e influenciou os sindicalistas revolucionários italianos. Estes, contudo, enfrentaram a ortodoxia dos restantes marxistas, incluindo Benito Mussolini, o diretor do órgão oficial do partido socialista italiano, o Avanti!
Acontece que em 1911 ocorreu um acontecimento que iria abalar as convicções ortodoxas de Mussolini: a guerra ítalo-otomana pela Tripolitania. Mussolini opôs-se a essa guerra, mas ficou atónito com a reacção do proletariado italiano, que exultava com as vitórias de Itália. Michels e os sindicalistas tinham razão!, concluiu Mussolini. As pessoas estão afinal mais dispostas a morrer pela sua pátria do que pela sua classe.
Quando a Grande Guerra começou, em 1914, ocorreu uma cisão no movimento socialista. A Segunda Internacional tinha determinado que os operários dos diferentes países não entrariam em guerra uns contra os outros, mas na hora da verdade os socialistas alemães, franceses e britânicos apoiaram a guerra. Apenas os bolcheviques russos e os socialistas italianos se opuseram.
O problema é que nem todos os socialistas italianos estavam de acordo. Os sindicalistas revolucionários queriam a entrada de Itália na guerra porque achavam que ela seria o forno onde se forjaria o sentimento nacional dos italianos, cujo país era novo e buscava ainda a sua identidade, e que seria o sentimento de nação que uniria o proletariado italiano e desencadearia a revolução. Ou seja, a guerra derrubaria o capitalismo.
Mussolini começou por manter a linha do partido e opôs-se à entrada de Itália na guerra, mas depressa deu razão aos sindicalistas e defendeu que os socialistas italianos deveriam seguir o exemplo dos socialistas alemães, franceses e britânicos e apoiar a guerra. Esta mudança de posição valeu-lhe a expulsão do partido.
Os sindicalistas revolucionários italianos, incluindo Mussolini, fizeram então a guerra – uma posição perfeitamente em linha com a de outros marxistas europeus, incluindo os do SPD alemão. Quando o conflito terminou, os sindicalistas marxistas italianos pró-guerra regressaram a casa mas foram antagonizados pelos marxistas italianos anti-guerra. Em conflito com estes, os marxistas pró-guerra fundaram o movimento fascista, com reivindicações como o salário mínimo, o horário laboral de oito horas, o direito de voto para as mulheres, a participação dos trabalhadores na gestão das fábricas, a reforma aos 55 anos e a confiscação dos bens das congregações religiosas. Serei só eu a notar que estas reivindicações fascistas têm origem marxista?
O seu pensamento foi entretanto evoluindo. Recorde-se que Marx e Engels consideravam que o capitalismo era uma fase necessária e imprescindível da história humana e que sem capitalismo nunca haveria comunismo. Os bolcheviques renegaram esta parte do marxismo quando preconizaram que na Rússia era possível passar diretamente de uma sociedade feudal para o comunismo, mas neste ponto os fascistas mantiveram-se marxistas ortodoxos ao aceitar que o capitalismo teria mesmo de ser temporariamente cultivado em Itália.
Noutros pontos os fascistas desviaram-se da ortodoxia marxista. Por exemplo, aproximaram-se do revisionismo bolchevista quando abraçaram a ideia soreliana da violência provocada por uma vanguarda e afastaram-se do marxismo e do bolchevismo quando aderiram à ideia baueriana de que o sentimento de nação era para o proletariado mais galvanizador do que o sentimento de classe. Isto levou-os a dizer que a luta de classes não se aplicava a Itália porque esta era já uma nação proletária explorada pelas nações capitalistas. A luta de classes apenas iria dividir a nação proletária, pelo que em vez de conflitualidade deveria haver cooperação entre classes. O chamado corporativismo.
O seu pensamento continuou a evoluir, sobretudo em consequência do Bienio Rosso, altura em que os comunistas italianos lançaram uma campanha de ocupação selvagem de fábricas e de propriedades rurais. Estes eventos levaram os fascistas a afastarem-se mais do marxismo, pois entendiam que estas ações enfraqueciam a nação, que designavam de “classe das classes”, ao ponto de começarem a proclamar-se anti-marxistas. Convém no entanto recordar que Mussolini esclareceu que o fascismo objetava ao marxismo não por este ser socialista, mas por ser anti-nacional.
Tudo isto está explicado, com muito mais pormenor, em As Flores de Lótus e O Pavilhão Púrpura, e curiosamente nada disto foi desmentido por ninguém. Os meus críticos limitaram-se a constatar que os fascistas se descreviam como anti-marxistas – e assim foi a partir de certo ponto. Mas isso nada me desmente porque nunca disse que os fascistas, na sua fase já amadurecida, eram marxistas. O que eu disse, e repito, é que o fascismo é um movimento de origem marxista – o que é verdade.
Se acham que o fascismo não tem origens marxistas, façam o favor de desmentir as provas que apresento nos dois romances. E, já agora, aproveitem também para desmentir que o fascismo alemão se designava nacional-socialismo. Como acham que a palavra socialismo foi ali parar? Por acaso?"

(*) Quem se interessar pelo que escreveu Paulo Pena, leia aqui.