terça-feira, 6 de novembro de 2018

Milhares marcham na Argentina contra a ideologia de gênero: “Não se meta com meus filhos”


Milhares marcham na Argentina contra a ideologia de gênero: “Não se meta com meus filhos”

Líderes religiosos e grupos de pais reclamam de tentativa de "doutrinar" alunos nas salas de aula



Marcha Não se meta com meus filhos
Marcha “Não se meta com meus filhos”. (Foto: Reprodução / Twitter)

Milhares de argentinos demonstraram sua insatisfação com o projeto de reforma da lei de Educação Sexual Integral que pretende impor a ideologia de gênero nas escolas do país. Ainda repercute no país a marcha do dia 28 de outubro e outras devem acontecer, caso o governo não ceda. Grupos religiosos católicos e evangélicos também se envolveram no movimento e amplificaram as demandas.Bajo el lema “Con mis hijos no”, una numerosa marcha tuvo lugar en la tarde del domingo frente al Congreso de la Nación (Fotos: Nicolás Stulberg)
Na semana passada, milhões de argentinos em diferentes partes do país participaram da primeira manifestação nacional em larga escala para rechaço público à ideologia de gênero no currículo escolar. O slogan da campanha “Não se meta com meus filhos”, foi visto em faixas, cartazes, publicidade paga em ônibus e usada como hashtag nas redes sociais. Também usaram como palavra de ordem “Não à doutrinação”.

Evangélicos pedem educação sem “ideologia esquerdista” em novo governo

Evangélicos pedem educação sem “ideologia esquerdista” em novo governo

"Escola sem Partido" já era defendido por Bolsonaro enquanto deputado


ENEM - Beijo de avó lésbica
ENEM – Beijo de avó lésbica. (Foto: Reprodução / Facebook)
Prestes a ser votado na Câmara dos Deputados, o projeto de lei da “Escola Sem Partido”  — que visa coibir a doutrinação ideológica — tornou-se um dos principais focos da base aliada do  presidente eleito Jair Bolsonaro no Congresso.
Lideranças evangélicas que o apoiaram na eleição acreditam ser fundamental a nomeação de um futuro ministro da Educação disposto a romper com a linha ideológica que se instalou na pasta durante os governos do PT.

“É um vexame ver o que cai na prova do Enem”, avalia Bolsonaro

“É um vexame ver o que cai na prova do Enem”, avalia Bolsonaro

Presidente eleito não vê problemas em professores serem gravados nas salas de aula


Jair Bolsonaro e Datena
Jair Bolsonaro e Datena. (Foto: Reprodução / Facebook)
Na tarde desta segunda-feira (5), ao programa “Brasil Urgente” da TV Band, o presidente eleito Jair Bolsonaro comentou a “doutrinação exacerbada” nas escolas do país, chamando atenção para a polêmica das questões do Enem 2018.
O futuro mandatário disse a José Luiz Datana que “é um vexame ver o que cai na prova do Enem” e defende que seja cobrado em futuras edições do processo seletivo material “que tenham a ver com a cultura do Brasil”.

ENEM: de “dialeto de travesti” a beijo lésbico de avó

https://www.youtube.com/watch?v=d-Yw7ILD6Kk

Prova do Enem deste ano!!!

ENEM: de “dialeto de travesti” a beijo lésbico de avó

Ativismo gay e ideologia de gênero em exame geram revolta em estudantes


ENEM 2018
ENEM 2018. (Foto: Ananda Migliano/Ofotográfico/Folhapress)
Assim como aconteceu em outros anos, a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) teve fortes tons ideológicos, com questões abordando temas relacionados com ideologia de gênero. As imagens da prova de Linguagem, realizada neste domingo (4), se multiplicaram nas redes sociais, quase sempre acompanhadas de críticas aos temas.
O país vive um outro momento, após a eleição de Jair Bolsonaro. Segundo o analista político conservador Alexandre Borges, “Se o Enem fosse um mês antes, Bolsonaro levava no primeiro turno”.


Folha de S. Paulo – Brasil está entre os países que menos punem assassinatos de jornalistas, diz entidade

Folha de S. Paulo – Brasil está entre os países que menos punem assassinatos de jornalistas, diz entidade


São Paulo

O Brasil está entre os países que menos punem crimes contra jornalistas, segundo um levantamento do Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ).

Realizado pela organização com sede em Nova York, o Índice de Impunidade Global, divulgado na segunda-feira (29), calcula o número de assassinatos de jornalistas sem resolução em relação à população de cada país.

Nesta edição, 14 países foram incluídos. O Brasil é o décimo do ranking, com 17 casos não resolvidos de setembro de 2008 a 31 de agosto deste ano. A Somália encabeça a lista pelo quarto ano consecutivo, seguida por Síria, Iraque, Sudão do Sul, Filipinas, Afeganistão, México, Colômbia e Paquistão.

Nos 11 anos em que é feito o ranking, o Brasil foi incluído nove vezes. No ano passado, o país ficou na oitava posição
Homenagem a jornalistas equatorianos sequestrados e mortos na Colômbia; país foi um dos incluídos no ranking deste ano
Homenagem a jornalistas equatorianos sequestrados e mortos na Colômbia; país foi um dos incluídos no ranking deste ano - Dolores Ochoa/AP

Na última década, ao menos 324 jornalistas foram silenciados por meio de assassinatos no mundo, diz o CPJ. Em 85% dos casos, ninguém foi condenado.

A metodologia do ranking considera apenas ataques deliberados contra um jornalista específico em retaliação contra seu trabalho —repórteres mortos em combate ou em coberturas que oferecem perigo, como protestos, não são contabilizados.

Fora da lista do ano passado, o Afeganistão voltou a ser incluído após um ataque suicida que teve como alvo um grupo de repórteres e deixou nove deles mortos em setembro. A Colômbia também voltou a aparecer após o sequestro seguido de morte de jornalistas equatorianos em março deste ano.

A falta de justiça para assassinatos de jornalistas cria uma clima de censura, alerta a organização, que divulga o levantamento para marcar o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade de Crimes contra Jornalistas, 2 de novembro.