quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Snipers no Senado mirando o Supremo


22 de ago às 06:24

Alerta Total


Posted: 21 Aug 2019 03:13 AM PDT


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Siga-nos no Twitter - @alertatotal

O Brasil inteiro acompanhou ao vivo, ontem de manhã cedinho, a atuação cirúrgica de quatro atiradores de elite do famoso BOPE, matando William Augusto do Nascimento, de 20 anos, que seqüestrou, por três horas, um ônibus na Ponte Rio-Niterói. Na definição perfeita da deputada estadual paulista Janaína Paschoal, “a Polícia, com base na lei, lançou mão da legítima defesa de terceiros e agiu no estrito cumprimento do dever legal”. Ou seja, o cara que ameaçava incendiar o ônibus, matando quase 40 pessoas indefesas, acabou morto com seis tiros, depois de esgotadas todas as hipóteses de rendição.

No fim da operação, ganharam destaque algumas imagens. A do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel descendo correndo de um helicóptero, sorrindo e comemorando. Em pleno engarrafamento no vão central da Ponte Presidente Costa e Silva, dezenas de motociclistas comemoravam o desfecho, junto com um dos snipers, mascarado e com uniforme camuflado, que celebrava a mira certeira, pulando em cima de um caminhão do Corpo de Bombeiros. A decisão policial foi tão acertada que nem houve espaço para o habitual e esperado mimimi da mídia defensora dos “direitos dos manos”, tentando “denunciar” uma suposta “covardia” contra um jovem que fez reféns com uma arma de brinquedo, uma faca, um aparelho para dar choque, spray, gasolina e fios para amarrar tudo mundo.

Foram mais imagens para ficarem gravadas na memória da coleção que retrata o cotidiano da banalização da violência no Rio de Janeiro – um lugar dominado pelas mais variadas facetas do Organizado Crime Institucionalizado. Desta vez, a vitória foi das forças de segurança. No entanto, ainda prevalece a forte sensação de insegurança. Todo dia, passageiros de ônibus são assaltos na Ponte Rio Niterói. O coletivo tinha câmeras que mostraram tudo que aconteceu. Mas não tinha um sistema que avisasse que se encontrava em situação de perigo e emergência. Por que ainda não corrigiram esta falha – que poderia ajudar na repressão aos crimes previsíveis?

Enquanto as “otoridades” não trazem respostas óbvias para dúvidas ululantes, o Alerta Total convida nossos leitores para observarem uma outra situação que pede uma atuação simbólica de “atiradores de elite”. Um grupo (até agora) de 21 dos 81 senadores resolveu quebrar a inércia da Casa no combate à corrupção. Batizado de “Muda Senado, Muda Brasil”, os parlamentares querem três coisas: 1) Discutir o pedido de impeachment do Presidente do Supremo Tribunal Federal, José Antônio Dias Toffoli; 2) Abrir a CPI da Toga – para investigar e fiscalizar denúncias contra integrantes dos tribunais superiores; 3) Acelerar a tramitação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Reforma do Judiciário.

As pautas bombásticas sinalizam a correta percepção dos senadores de que é gravíssimo o problema no Poder Judiciário. A temperatura atinge níveis infernais quando se especula sobre o risco concreto de alguma ação legislativa contra algum deus do supremo. A tensão aumenta absurdamente com a recente aprovação da Lei sobre Abuso de Autoridade – duramente criticada por magistrados e membros do Ministério Público, que deve sofrer em torno de uma dezenas de vetos do Presidente Jair Bolsonaro. Ao mesmo tempo, muitos parlamentares que agora se comportam como snipers são alvos de denúncias de corrupção que, alguma hora, serão julgados pelos magistrados que ora desejam atingir.    

Enfim, temos snipers no Senado mirando o Judiciário. A guerra de todos contra todos os poderes ganha capítulos de extrema truculência. Aguardemos pelas cenas das próximas pancadarias. Haja remédio para coração e dor de barriga...  

Resumindo: O Brasil segue em ritmo de grande hospício a céu aberto...

Liberdade Econômica ameaçada

Os cartórios, através do deputado federal Celso Russomano e a bancada do PRB, querem alterar o texto da MP da Liberdade Econômica pra impedir a extinção de uma burocracia cartorária em registros de sociedades.

Se isso acontecer, o texto teria que voltar à Câmara, e como consequência o governo considera que isso significaria que a MP caducaria, pois não há tempo para reanálise no plenário da Câmara.

Precisamos salvar a MP de Liberdade Econômica na base da pressão. #AvançaBrasil




Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!

Jorge Serrão é Editor-chefe do Alerta Total. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.  A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Apenas solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 21 de Agosto de 2019.
Posted: 20 Aug 2019 10:00 PM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira

Só tenho medo dos idiotas.

Dos bandidos e dos canalhas ainda podemos conjecturar os próximos movimentos.

Dos idiotas, não. Imprevisíveis e de comportamento errático.

Hoje em dia, infelizmente são a maioria.

O maior picadeiro para suas desventuras é na profissão de “comunicadores visuais”.

Marcas tradicionais, que integram o ideário os consumidores, são descartadas sem a menos cerimônia ou desfiguradas.

O Brasil é o país do efêmero. Aqui, quase nem banco dura mais de cem (100) anos.

Assim, devemos parabenizar as empresas centenárias.

Principalmente aquelas que não mudaram suas marcas, por modismo ou negligência de seus controladores.

Citarei apenas exemplificativamente, algumas embalagens que resistem bravamente (com ferimentos leves): Maizena, Minâncora, Shell (foi reestilizada várias vezes mas continua a mesma concha), etc.

O pior idiota é o “com espírito de iniciativa”.

Também edifícios icônicos são desfigurados pela “gerência mérdia”.

O prédio do antigo Banco do Commercio e Industria de São Paulo (na rua XV de Novembro) e o do Banco Mercantil de São Paulo (na Av. Paulista) são os mais tristes exemplos.

Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
Posted: 20 Aug 2019 10:00 PM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Ernesto Caruso

Transmito para apreciação o texto publicado n' O FAROL em Set/2000 a comparar as ocorrências com o ônibus 174 em 2000 com o 2520 de ontem sobre a Ponte Presidente Costa e Silva.

A Constituição Federal prescreve que a segurança pública é dever do Estado, sendo obrigado a  exercê-la para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.  

Tais preceitos fazem parte da Defesa do Estado dada a sua importância e magnitude justapostos entre outras considerações à declaração de estado de guerra ou resposta à agressão armada estrangeira.  Os deveres estão distribuídos no nível federal e estadual.  Assim, cabe ao Presidente da República e aos Governos Estaduais gerar providências concretas para a proteção do cidadão e dos bens públicos e particulares.  Não é isso que tem ocorrido.
        
O Presidente Fernando Henrique ficou estarrecido, chocado e deprimido com as cenas de violência vividas no dia 12 de junho, no Rio de Janeiro, quando um desalmado bandido aterrorizava alguns passageiros de um ônibus.  

Ameaçava atirar, colocando o revólver na boca de uma jovem, puxando-lhe os cabelos e obrigando-a caminhar de um lado para outro, abrindo e fechando janelas. Surrupiava alguns trocados de um claudicante idoso, apoiado em uma muleta, na iminência da sua liberação do fatídico ônibus. Discutia, ameaçava os policiais, atirava a esmo e saqueava as indefesas passageiras.  Uma senhora humilde declarou ter trocado a sua vida pelo dinheiro que tinha na bolsa.  

Os brasileiros assistiram a tudo isto pela televisão. Todos ficamos atormentados e revoltados, mas os governantes têm que tomar providências urgentes e corajosas.

Aqueles que assistem e ouvem os programas ditos populares, constatam freqüentemente as mesmas ocorrências de barbárie que o Presidente viu um dia, mas que produziu pífios planos para a imprensa divulgar e assim dissimular a sua pouca eficiência na condução dos destinos do país, em particular na área da segurança pública. Segundo a pesquisa divulgada, mais de 80% não acreditam na eficácia do referido plano.

Por outro lado, o Governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho demitiu o Comandante Geral da Polícia Militar, declarando que o fez devido aos erros cometidos pela polícia e também pela ausência daquele comandante no local do acontecimento. Aduziu ainda que manteve um diálogo, por telefone, com o comandante das operações, enfatizando que houvesse prudência e se evitasse a ocorrência de vítimas.

Qualquer reação que impusesse a realização de tiros, ficava sob o controle do comandante das operações, porquanto não poderia tomar essa decisão estando distante do evento.  Acrescentou que a iniciativa do telefonema foi desse comandante. Constata-se que a Polícia Militar está sob  pressão, a ponto de fazer com que o comandante se ligue com o Governador em busca de orientação e que o Comandante Geral foi demitido por não estar presente aos fatos.

Seguindo esse raciocínio, o Secretário de Segurança deveria estar no local, bem como o próprio Governador. O Comandante Geral foi o “bode expiatório”, para se encontrar politicamente um culpado. Mas não foi o único.  Dias depois, o Comandante do Batalhão, que esteve diante do criminoso, arriscando a própria vida, também foi demitido.  Agiram como se as instituições fossem clubes de futebol, que se muda o técnico ao sabor dos maus resultados, para amansar as torcidas.
       
Cada um entrevistado deu um palpite a respeito do momento em que deveria ser atingido o facínora, com se fosse muito fácil determinar-se esse ponto, a menos que se estivesse em uma roda de bate-papo e não se considerasse o ensinamento deixado por Nelson Rodrigues, transmitindo aos seus discípulos comentaristas: “O videoteipe é burro”.

Se por hipótese, o tiro fosse disparado em outro tempo, havendo outra vítima ou a mesma, a polícia também não teria razão. Seriam apontados outros erros.  Se o bandido foge, depois de tantas atrocidades, a polícia também é incompetente, mas este desceu do ônibus, armado e agressivo, o que provavelmente tenha levado o soldado àquela reação, movido por incontido ato de legítima defesa.  Não se procura avaliar a coragem dos policiais, que por horas estavam à frente de uma fera enlouquecida.  Só se vê massacrar a instituição e a falta de apoio e determinação dos governantes, diferentemente do que se passa no exterior.

Quando a polícia norte-americana investiu sobre um reduto de fanáticos, que pereceram em conseqüência do fogo e do ataque sofrido, o Presidente dos Estados Unidos declarou apoio à operação e não aceitou o pedido de exoneração da autoridade envolvida, demonstrando o governo ter assumido a responsabilidade por aqueles atos. 

Mais recentemente, se assistiu uma verdadeira operação de combate na retirada do menor cubano Elian dos seus parentes, plena de agressividade, declarando aquele governo que foi no estrito cumprimento da lei. E a grande parte da imprensa brasileira simplesmente narrou os fatos, sem um mínimo comentário crítico. Que reflitam sobre as posições firmes daqueles governantes, já que muito se copia dos costumes dos irmãos do norte.

Reajam senhores governantes e legisladores.  Saiam dos papéis e dos planos delongo prazo, também necessários.  Empreguem os recursos que dispõem.  Não ponham a culpa nas polícias, que lhes são subordinadas. Conduzam as operações. Sejam responsáveis. Reúnam-se os Conselhos da República e o de Defesa Nacional.  Decretem o Estado de Defesa e o Estado de Sítio, se necessários e suficientes.  Mudem as leis. Considerem os apelos das campanhas e marchas pela paz que lhes toquem o coração. Os criminosos não se comoverão com essas lamentações.

Esperamos que lhes declarem guerra, embora fiquemos um tanto quanto descrentes, pois até o Presidente estava de branco na campanha pela paz do dia 7 de julho, como se o choro, o lamento e o pedido de piedade  fosse dirigido a alguém de outro país ou aos próprios bandidos. Não, Senhor Presidente, a responsabilidade é do seu governo e dos partidos que o apóiam.

Quem agride a pau uma senhora de 80 anos para roubar, não está preocupado com a pomba da paz.    O problema está nas suas mãos.  Livrem-nos desses impiedosos, que não são frutos da pobreza, mas que estão sufocando o país, imiscuídos em todas as camadas.

A situação sócio-econômica não produz o criminoso, mas lhe serve de caldo de cultura, quando se aproveita do emaranhado onde vive e onde estabeleceu um dispositivo de defesa fortemente organizado para disseminar a droga que asfixia a sociedade e cria pessoas tresloucadas, capazes dos gestos que temos sofrido e presenciado.

Ernesto Caruso é Coronel de Artilharia e Estado-Maior, reformado. O artigo foi publicado originalmente em setembro do ano 2000 no lendário jornal O Farol – dirigido pelo Coronel PQDT Francimá de Luna Máximo.
Posted: 20 Aug 2019 10:00 PM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Renato Sant’Ana

Neste momento, nada é mais grave, nada ameaça mais o futuro do Brasil do que a tal "lei de abuso de autoridade", que patifes da Câmara e do Senado já aprovaram, cabendo a Bolsonaro sancionar ou vetar.

Se aprovada, a lei será um instrumento para inibir a ação de policiais, juízes e membros do Ministério Público que enfrentam a criminalidade. Sendo que o crime, da violência urbana à grossa corrupção combatida na Lava Jato, prejudica todos os brasileiros, mas atinge especialmente os mais pobres.

Um dos autores da lei é Renan Calheiros (PMDB-AL), senador que responde a vários processos criminais, nenhum concluído até agora por causa do infame "foro privilegiado". Tentando proteger-se, a si e a outros corruptos, ele move uma guerra especialmente contra a Lava Jato.

Mas, existem abusos praticados por autoridades? É óbvio que sim! E alguém estará a favor dos abusos? Não, exceto abusadores. Então por que criticar essa lei? É por sua índole e sua forma: refletindo a má-fé de senadores e deputados inidôneos, ela foi elaborada de modo a punir quem verdadeiramente combate o crime.

Naturalmente, ela não vai coibir canetaços abusivos como o daquela juíza de Porto Alegre que, na audiência de custódia, soltou seis traficantes que a polícia tinha prendido com 4651 kg de Maconha. Pelo contrário, é uma aposta precisamente nesse tipo de decisão.

Querem saber? A malandragem está em tirar proveito da caneta de juízes moderninhos do tipo que posta no Facebook: "Fora Moro!", "Marielle vive!" e outras originalidades. Esse tipo de juiz existe...
Por trás de tudo está o "garantismo penal à brasileira". Para que se tenha ideia, se o investigado - mesmo traficante preso em flagrante, como naquele caso de Porto Alegre - alegar que sofreu constrangimento ao ser preso, o policial é que terá de provar que não fez nada errado.

Na prática, se essa lei nascer, bandidos não mais poderão ser algemados, porque se forem, vão alegar constrangimento, o que será suficiente para que um juiz "garantista", no conforto do gabinete e alheio aos riscos do combate ao crime, acabe condenando o policial.

Ou seja, estamos por ver o poste molhar o cachorro... A menos que a população compreenda que corruptos estão querendo fazer a festa. E um grande número de brasileiros - nas ruas e nas redes sociais - meta o dedo na cara desses farsantes - simbolicamente, claro!

De 2013 para cá, o povo reagiu e carregou o Brasil nos braços, salvando-o do abismo. Nada de intelectuais, universitários ou lideranças políticas, mas brasileiros sem grife. Pois neste momento, só o povo pode arrancar a nação das garras infectas dos corruptos e salvar o futuro.

Renato Sant'Ana é Advogado e Psicólogo. E-mail do autor: sentinela.rs@uol.com.br
Posted: 20 Aug 2019 10:00 PM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Sérgio Alves de Oliveira

As intervenções de “araque” que o Presidente Bolsonaro vem fazendo todos os dias nos órgãos do seu governo estão desperdiçando muitas das suas energias  “à-toa”. Essas energias perdidas deveriam ficar reservadas  às questões mais importantes. Além disso,conseguem provocar um desgaste governamental  desnecessário, inclusive perante a opinião pública.                                                                                                             

Na verdade Bolsonaro está “brincando” de intervenção, olvidando só haver uma espécie de INTERVENÇÃO capaz de salvar o seu governo e “matar” definitivamente os seus inimigos políticos, e do próprio país, e que governaram e mandaram de 1985 até 2018, conseguindo a “proeza” de falir um grande país, em todos  os aspectos: morais, políticos, econômicos e sociais.

Bolsonaro está completamente “amarrado” a essa constituição, feita PELA ESQUERDA “SÓ” PARA A ESQUERDA, sob inspiração na época do enganoso  Plano Cruzado, da “Nova República”, do Sarney et caterva,e dos constituintes “cruzados”, portanto, também falsos, com “direitos” constitucionais demasiados, em contraposição ao reduzido número de “deveres/obrigações”. E para que viabilize o seu governo, conforme imaginava e prometeu antes das eleições, o único dispositivo constitucional que o ajudaria pode ser resumido no  artigo 142 da Carta Constitucional, que erroneamente chamam de “intervenção”, militar e/ou  constitucional.

Esse artigo escrito na Constituição sem dúvida aconteceu por algum “descuido”, um  “cochilo” momentâneo da esquerda, e dos demais “babacas-constituintes” que a escreveram ,sendo a única saída, para os que não compactuam com a  escancarada ditadura da esquerda, de se livrar de todas as amarras constitucionais, impeditivas da paz social, da justiça, do desenvolvimento e da própria possibilidade de boa governança.

Mas erroneamente  quase todos chamam essa faculdade de agir do Poder Militar (art.142 da CF) de  INTERVENÇÃO (militar e/ou constitucional). E na prática  seria mesmo  uma  espécie  de “intervenção”. Mas no “linguajar” da constituição, NÃO É (intervenção). Mais parece que os esquerdistas que escreveram esse artigo fizeram-no com plena consciência que esse seria um artigo “muçum”, confuso, escorregadio, difícil de “pegar”. É por isso que nem tem “nome-de-batismo”. É preciso extrema atenção para “decodificá-lo”. Além de tudo, essa  expressão  (intervenção) é de uso privativo  de OUTRA  situação constitucional, como  veremos.

Por um lado as únicas “intervenções” previstas  na Constituição Federal constam do seu artigo 34,que trata das hipóteses de intervenção da União nos Estados,e dos Estados nos Municípios,nas diversas situações ali descritas. No artigo 142 da Constituição essa expressão nem existe, embora tenha se tornado voz corrente na linguagem política e mesmo popular. No artigo 34 não consta nenhuma possibilidade de” intervenção” das “Forças Armadas” sobre a União, ou seus Poderes. É só da União nos Estados, e dos Estados nos Municípios.

Da mesma maneira seria total perda de tempo cogitar da aplicação do ESTADO DE DEFESA, ou do ESTADO DE SÍTIO, previstos respectivamente nos artigos  136 e 137 da CF, para se desfazer o “nó” que está inviabilizando totalmente a sobrevivência do Brasil como um país decente, livre, democrático e organizado. Quaisquer dessas medidas teriam que ter curta duração (máximo de 60 dias), abrangência muito limitada, e “homologação” ou autorização do Congresso Nacional. São essas, certamente, as razões pelas quais nenhuma dessas duas medidas (Estado de Defesa,ou de Sítio)  foram adotadas  até hoje.

Nas situações “excepcionais” que envolvem “desordem” e desobediência à “lei”, os Governos só têm usado a uma “parte” da faculdade prevista no artigo 142 da CF ,impropriamente  também  chamadas de “intervenção”,visto ser essa uma situação que se liga exclusivamente ao artigo  34 da CF.

Portanto, a única saída que teria o Governo Bolsonaro, em nome do Povo Brasileiro,para afastar através de um só ato administrativo (decreto) todos os entraves que impedem a  plena realização desse Povo, e que lhe roubam o direito ao exercício da sua própria “soberania” (art.1º, parágrafo único, da CF), está concentrado  numa das hipóteses previstas  do artigo 142 da Constituição, de uso ILIMITADO, em abrangência e no tempo e no espaço geográfico nacional, não sujeito à homologação ou autorização de qualquer outro Poder, a não ser do próprio Poder Militar, de onde parte,  e que é justamente naquela hipótese em que jamais foi utilizada até hoje, ou seja, na  GARANTIA DOS LEGÍTIMOS PODERES CONSTITUCIONAIS - afastando, por consequência, todos os seus “predadores”´, e em DEFESA DA PÁTRIA ,seriamente ameaçada pela organização criminosa clandestina multinacional, fundada por Fidel Castro e Lula da Silva, em 1990, denominada Foro San Pablo.

Sérgio Alves de Oliveira é Advogado e Sociólogo.