terça-feira, 12 de dezembro de 2017

“A esquerda quer reinventar a raça humana”, diz Marco Feliciano

“A esquerda quer reinventar a raça humana”, diz Marco Feliciano

Deputado diz que ONGs LGBT não lutam por ideologia, mas por dinheiro


"A esquerda quer reinventar a raça humana"
O deputado federal pastor Marco Feliciano (PSC/SP) ficou conhecido no Brasil por suas posturas firmes, que sempre desagradaram os movimentos de esquerda. Neste final de semana, ele cumpriu agenda no Acre e deu uma entrevista onde subiu o tom nas críticas. Sobrou até para seu colega parlamentar Francisco Everardo, o Tiririca (PR/SP).
O pastor, que almeja concorrer ao Senado em 2018, condenou o discurso “politicamente correto” que predomina na sociedade atualmente. “A gente vive num país em que a felicidade foi roubada da gente. O Brasil tá dividido. Há dez, quinze anos atrás você sentava com amigos numa roda de fim de semana com amigos e tinha o ô branquelo, ô negão, ô gorducho, ô careca. Todo mundo levava na esportiva. Hoje, o politicamente correto destruiu até as nossas amizades. Hoje você não pode falar nada. Esse pessoal da esquerda quer reinventar a raça humana”, reclama.
Negando o rótulo de “homofóbico”, que movimentos LGBT tentaram lhe impor, declarou: “Eu não sou homofóbico. Eles me chamam de intolerante e eles é que são intolerantes. Hoje nós temos aí essa ideologia de gênero que é uma desgraça. Eu fui o primeiro a anunciar isso em 2013. A minha luta nunca foi contra gays, eu tenho amigos que são gays. O que a pessoa faz entre quatro paredes é de foro íntimo delas.”
Para ele, parte da perseguição que sofre até hoje é por que um de seus trabalhos mais relevantes na presidência da Comissão de Direitos Humanos, em 2013, foi “secar” os cofres da organizações LGBTs.
“A Comissão de Direitos Humanos há 20 anos mandava R$ 300 milhões para 267 ONGs gays. Por isso que faziam manifestação. Eu sequei os cofres deles, acabou. Pronto, eles não têm mais forças. A briga não era ideológica, era por dinheiro”, avalia.

Ao abordar as críticas de que deveria haver uma maior divisão no Brasil entre igreja e Estado, que é laico, o deputado lembra que essa ideia, da maneira como é colocada, está distorcida. Afinal, o fato de uma deputado defender bandeiras morais conservadoras não significa a imposição de uma religião. Lembra, inclusive, que ela nasceu com o movimento reformador, que questionava o relacionamento de subserviência dos reis ao Papa.
“A igreja é separada do Estado. A laicidade nasce com o protestantismo. É graças a nós evangélicos que existe o Estado laico. Pois antes disso o Estado era fundamentado numa igreja como a igreja católica. Foram pessoas como Martinho Lutero, Calvino, que lutaram para que o Estado se separasse da igreja.”
Questionado sobre uma das maiores polêmicas da semana – o discurso de Tiririca queixando-se de todos os parlamentares e anunciando que vai abandonar a política – Feliciano fez uma avaliação contundente.
“O Tiririca é uma incógnita. Eu ficaria com vergonha no lugar dele. Imagine um parlamentar que recebe salário há sete anos e subir à tribuna e dizer que é a primeira vez que eu subo aqui para falar e a última também. E de maneira demagoga falar de seus pares que ali estão. Chutar cachorro morto é muito fácil, quero ver apresentar uma solução”, disparou.
Feliciano fez uma avaliação dura sobre a maneira como o colega se portou até agora no Congresso: “Nunca vi o Tiririca ir pra um debate de coisas polêmicas, nunca vi ele fazer nada lá dentro, a não ser fazer a gente rir, que essa é a função dele como um bom palhaço que é. É um ótimo artista, mas como parlamentar deixou a desejar”.
Em sua avaliação, Tiririca pode estar tentando ser “cabo eleitoral do ex-presidente Lula no meio dos pobres”. Para Feliciano, quando Tiririca declara que “o maior presidente que esse país teve foi o Lula. Isso já está me cheirando a algum complô pela frente. Alguém já está cooptando o Tiririca pra ser a voz do presidente Lula”. Com informações AC24 Horas


quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Islã progride porque a moral católica é contrariada e abandonada

Valores inegociáveis: respeito à vida, à família e à religião



Posted: 04 Dec 2017 11:30 PM PST
Paris: a violência não lhes garante a ocupação, mas sim o vazio moral e populacional cristão
Paris: a violência não lhes garante a ocupação, mas sim o vazio moral e populacional cristão
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs





Os atentados terroristas islâmicos contra o Ocidente ex-cristão não cessam. Antes, multiplicam-se e se intensificam.

Na hora que começamos a escrever, o mais recente deles semeou a morte em Manhattan, Nova York. Mas não é impossível que, quando tivermos terminado de redigir, outro ou vários tenham sido perpetrados não se sabe onde.

Em território como o espanhol, invadido em algum momento histórico pelas hordas maometanas, a agressão alega o “direito” de “reconquista”.

Mas o Corão ordena avançar também sobre territórios nunca invadidos previamente por seus sequazes. Se o Brasil não está sofrendo atentados, é apenas por uma questão de proximidade geográfica. Em dado momento eles poderão começar.

Acresce que em países como a Espanha, com o desfazimento da família as crianças não nascem e a população mirra.

Uma consequência disso é o fechamento pelos governos de escolas do ensino fundamental.

Média de idade no Oriente e na Austrália. Japão em ponto crítico.
Média de idade no Oriente e na Austrália. Japão em ponto crítico.
O exemplo paradigmático escolhido por Giulio Meotti, diretor cultural do jornal “Il Foglio”, é o do Japão: quando o número de alunos cai para menos de 10% de sua capacidade, a escola é fechada.

O governo japonês transforma então os locais para educar crianças em asilos para cuidar dos idosos. Nesse país, 40% da população têm 65 anos ou mais.

Isso não é pesadelo ou ficção científica. O Japão se tornou a nação com a maior concentração de idosos e a mais estéril do mundo, onde se forjou a expressão popular “civilização fantasma“.

O Instituto Nacional de População e Pesquisas de Previdência Social do Japão prevê que por volta de 2040 a maioria das pequenas cidades japonesas terá perdido entre um terço e metade de sua população.

Muitas câmaras municipais não podem mais operar: os representantes não têm a quem representar! Foram então fechadas.

Média de idade na Europa. Muitos países em estado crítico.
Média de idade na Europa. Muitos países em estado crítico.
O número de restaurantes caiu de 850 mil em 1990 para 350 mil hoje. A causa aduzida é o “esgotamento da vitalidade”.

As previsões também sugerem que em 15 anos o Japão terá 20 milhões de casas abandonadas.

Será também este o futuro da Europa?

Especialistas em demografia já falam da Europa como o “Novo Japão“. O Japão, no entanto, se defende proibindo a imigração muçulmana, diz Meotti.

Mas a Europa está cometendo suicídio demográfico, fazendo o que o historiador britânico Niall Ferguson chama de “a maior redução sustentada da população desde a Peste Negra do século XIV”, segundo observou recentemente o historiador George Weigel.

E os muçulmanos convergem na Europa para preencher esse vazio.

O arcebispo de Estrasburgo, Dom Luc Ravel, citou o que “os muçulmanos devotos (...) chamam de a Grande Substituição. Eles afirmam de maneira tranquila e resoluta: ‘um dia, tudo isso, tudo isso, será nosso’”...

Média de idade no Oriente próximo. Milhões poderiam migrar e invadir
Média de idade no Oriente próximo. Milhões poderiam migrar e invadir.











O instituto interdisciplinar de estudos Centro Machiavelli julga que, pelas tendências atuais, por volta do ano 2065 os descendentes dos imigrantes da primeira e segunda geração de islâmicos ultrapassarão 22 milhões de pessoas. Ou seja, mais de 40% da população da Itália.

Na Alemanha, 36% das crianças menores de cinco anos têm pais imigrantes.

Em 13 dos 28 países membros da UE, em 2016, morreram mais pessoas do que nasceram.

A queda livre demográfica é mais visível na “nova Europa”, em países do antigo bloco soviético como Polônia, Hungria e Eslováquia, que foram formados oficialmente na imoralidade do socialismo ateu e igualitário.

Neles está explodindo a “bomba do decrescimento populacional”, colapso devastador da taxa de natalidade que o analista de questões contemporâneas Mark Steyn chamou de “o maior problema da nossa época“.

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán salientou que há aqueles que querem preencher o vazio populacional europeu recorrendo à imigração.

Não é o caso de seu país, onde querem resolver os problemas demográficos com os próprios recursos, em primeiro lugar “renovando-nos espiritualmente”.

As cercas não os conterão. Querem invadir, são jovens. Os europeus parecem punidos por limitar a natalidade e abandonar a família católica
As cercas não os conterão. Querem invadir, são jovens.


Os europeus parecem punidos por limitar a natalidade e abandonar a família católica












O problema maior não é saber se a Europa será muçulmanizada. É saber se ela “continuará a pertencer aos europeus”, reflete Meotti.

E o problema é antes de tudo moral e religioso. Está na essência da família.

Houve uma época em que os países da Europa Oriental temiam os tanques soviéticos, agora eles temem os berços vazios, comenta Meotti.

Segundo a ONU, a Europa Oriental tinha cerca de 292 milhões de habitantes em 2016, 18 milhões a menos do que no início da década de 1990. O número é equivalente a toda a população da Holanda.

Segundo o jornal Financial Times, a Europa Oriental sofre “a maior perda de população na história moderna”.

Sua população está diminuindo como nunca antes. Nem durante a II Guerra Mundial, com os massacres, deportações e movimentos populacionais soviéticos se chegou a tal abismo.

A imigração islâmica em massa zerará as estatísticas negativas, mas a Europa também se tornará uma “civilização fantasma” que cometeu um tipo de suicídio diferente, porém mais atroz, conclui Meotti.



Acréscimo de Giulio Meotti


Média de idade na América do Sul também está decaindo,
e os problemas da migração invasora virão junto
A Romênia perderá 22% da população até 2050, seguida pela Moldávia (20%), Letônia (19%), Lituânia (17%), Croácia (16%) e Hungria (16%). Romênia, Bulgária e Ucrânia são os países onde o declínio da população será mais drástico.

Estima-se que em 2050 a população da Polônia encolherá dos atuais 38 milhões para 32 milhões. Cerca de 200 escolas foram fechadas, mas há crianças suficientes para preencher as que ainda restam.

Na Europa Central, a proporção dos habitantes com “mais de 65 anos” aumentou em mais de um terço entre 1990 e 2010.

A população húngara encontra-se no ponto mais baixo em meio século. O número de habitantes diminuiu de 10.709.000 em 1980 para 9.986.000 milhões hoje.

Em 2050 Hungria terá milhões de habitantes a menos e, em cada três deles, um terá mais de 65 anos. A Hungria conta hoje com uma taxa de fertilidade de 1,5 filhos por mulher. Se excluirmos a população cigana, o número cai para 0,8, o mais baixo do mundo.

Entre 2015 e 2050, a Bulgária terá o declínio populacional mais célere do mundo: mais de 15%, juntamente com a Bósnia Herzegovina, a Croácia, a Hungria, o Japão, a Letônia, a Lituânia, a Moldávia, a Romênia, a Sérvia e a Ucrânia.

Em 30 anos a população búlgara deverá cair de cerca de 7,15 milhões de habitantes para 5,15 milhões – uma queda de 27,9%.

Em 1990 nasceram na Romênia pós-comunista 315 mil crianças. Hoje, os dados oficiais registram 178 mil bebês. Em 2016, a Croácia teve 32 mil nascimentos, um declínio de 20% em relação a 2015.

Quando a República Tcheca fazia parte do bloco comunista, sua taxa de fertilidade se encontrava próxima do índice de substituição populacional (2,1). Hoje é o quinto país mais estéril do mundo!

A Eslovênia tem o PIB per capita mais alto na Europa Oriental, mas uma taxa de fertilidade extremamente baixa.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Outra forma de escravidão

Outra forma de escravidão

Senador pelo PPS-DF e professor emérito da Universidade de Brasília (UnB)

Em uma entrevista publicada em outubro de 2012, o jogador brasileiro de futebol Raí falou com satisfação que, durante o tempo em que jogou no Paris Saint Germain, na França, a filha dele frequentava a mesma escola de altíssima qualidade que a filha da empregada. Naquela ocasião, Raí se perguntou se não seria possível, aqui também, o filho do trabalhador estudar na mesma escola que o filho do patrão. E mais: o que devemos fazer para que essa se torne a realidade no nosso país, como ocorre na França e em outros lugares do mundo em que a economia cresce com plena estabilidade social? Por que ainda não fomos capazes de fazer isso?


O futuro de cada país decorre da formação de seus cidadãos, da capacidade de usar o potencial de seus cérebros. No Brasil, não haverá futuro se continuarmos a desprezar a formação intelectual de nossas crianças até a idade adulta. Não é difícil supor o que pode acontecer: mais uma vez ficaremos para trás entre os maiores países, como ocorreu há alguns séculos, quando insistimos no absurdo da escravidão, mantendo a desigualdade e impedindo o país de usar o potencial do trabalho livre de cada brasileiro por mais de trezentos e cinquenta anos.


Dos mais de 3 milhões de brasileiros que nasceram em 1995, todos agora com 22 anos, no máximo mil estão caminhando para se tornarem bons cientistas, filósofos, escritores, em nível internacional. E desses, uma boa parte está emigrando para desenvolver a ciência e a tecnologia em outros países.


Sem educação de qualidade para todos, não teremos o futuro de produtividade na economia que permita a necessária riqueza para sair da pobreza nem o potencial de inovação capaz de dar ao Brasil a competitividade necessária para enfrentar a globalização. Sem educação com a mesma qualidade para todos, desperdiçaremos cérebros e mantendo a vergonha da desigualdade social que nos caracteriza, desde os tempos da escravidão, pela cor da pele, e agora a escravidão pela ausência de educação.


Para fazer a educação ser de alta qualidade e igual para todos, basta uma carreira nacional do magistério suficientemente bem remunerada para atrair os melhores jovens para esse trabalho, exigindo deles dedicação exclusiva e avaliação de desempenho. 

Esses professores e seus alunos devem dispor de escolas com belos e confortáveis prédios, os mais novos equipamentos culturais, esportivos e tecnológicos, com horário integral em todas elas. É possível que isso ocorra aqui tanto quanto foi possível na França, tal como Raí foi testemunha.


O Brasil está amarrado na falta de educação para todos e isso decorre da falta de indignação com nosso atraso educacional em relação a outros países e com a desigualdade na oferta de vagas às nossas crianças, conforme a renda de suas famílias. Ainda não nos desamarramos porque não valorizamos o conhecimento. Preferimos a produção e a renda, sem percebermos que a verdadeira riqueza depende do conhecimento. Não olhamos para frente, em sintonia com o “espírito do tempo” — demoramos a fazer a abolição da escravatura e agora demoramos a entender que negar a educação é a forma de escravizar quem não a recebe e de atrasar toda a nação, que sofre as consequências por não aplicar o conhecimento.


Por isso, mantivemos a escravidão por quase 70 anos, depois da independência, e estamos há mais de 100, desde a República, sem fazermos o que precisamos para ter uma educação boa para todos, como Raí viu na França.
 

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

The Guardian (Reino Unido) – Fox and other top broadcasters involved in Fifa bribe scheme, witness tells court


Oliver Laughland in New York

Some of the world's largest broadcasters, including Fox Sports, were involved in bribe payments to Fifa officials in order to secure the broadcast rights to major South American football tournaments, a key witness in the investigation into corruption at football's governing body has told a federal court in New York City.

Alejandro Burzaco, the former CEO of Torneos y Competencias, a major sports marketing company based in Argentina, testified that five other companies he had partnered with, including Brazilian network Globo and the Mexican network Grupo Televisa, had bribed Fifa officials during his tenure.

Burzaco gave evidence on the second day of the trial of three former South American football administrators, charged with accepting millions of dollars in bribes. The hearing is part of a sprawling federal investigation into endemic corruption at Fifa resulting in over 40 criminal charges filed against football and marketing executives implicated in the global conspiracy.

Burzaco has already pleaded guilty to racketeering, wire fraud and money laundering conspiracies after he was indicted in 2015, and has since been assisting US authorities. He is one of 23 people to have pleaded guilty already.

The court heard how Burzaco had paid regular bribes, often six-figure sums, primarily to six senior officials of the South American football governing body, Conmebol, in exchange for the broadcast rights to the Copa Libertadores, South America's premier international club competition.
Prosecutors homed in on the activities of T&T, a sports marketing company that has, since 2002, been jointly owned by Torneos y Competencias and Fox Pan American Sports and held the rights to the tournament.

The court was presented with a series of contracts between Conmebol and T&T, relating to the extension of broadcast rights for the tournament in 2008. Burzaco told the court he had paid senior officials, including the Argentinian football executive and former senior Fifa vice-president Julio Grondona and the former Conmebol president Nicolás Leoz, a range of "special bribes" ranging between $500,000 to $1m to secure the extension. The money was in addition to annual bribes, between $300,000 to $1.3m, that the six senior Conmebol officials were already receiving from T&T for the rights to tournament.

T&T, Burzaco said, had created a sham company to pay out the one off cash sums. The court saw a contract between T&T and an entity named Somerton for $3.7m.

"It's not a real contract, sir," Burzaco conceded as he told the court all the money had gone to pay off the officials. Burzaco noted one of the contract's signatories was the former Fox Pan American Sports chief operating officer James Ganley. Burzaco had earlier told the court that Fox had become the majority owner of T&T in 2005.

Fox Sports did not immediately return a request for comment.

Earlier in the day, Burzaco had also said he had paid bribes to the three former football executives on trial.

José María Marín, the 85-year-old former head of Brazil's football federation, Juan Ángel Napout, the 59-year-old Paraguayan who was president of Conmebol, and Manuel Burga, the 60-year-old former president of the Peruvian football federation, have denied multiple counts of racketeering, wire fraud and money laundering.

El País (Espanha) – ¿A quién le interesa la ola de intolerancia religiosa que sacude Brasil? / Coluna / Juan Arias

El País (Espanha) – ¿A quién le interesa la ola de intolerancia religiosa que sacude Brasil? / Coluna / Juan Arias


La agresión física a símbolos y devotos podría constituir el último eslabón de la barbárie

Brasil está destruyendo uno de sus mayores valores: su proverbial tolerancia religiosa y su convivencia pacífica entre las diferentes confesiones. ¿A quién interesa esa ola iconoclasta que, como ha publicado este diario, ha crecido en solo cinco años un 4,9%, con una denuncia cada 15 horas por hostilidad o profanación a lugares de culto y personas que los dirigen?

Los más perseguidos son los lugares de culto de las religiones de matriz africana, pero alcanza también a templos católicos y protestantes, iglesias evangélicas, centros espiritistas y sinagogas judías. Se queman imágenes de los orixás, se destruye a martillazos una imagen de Nuestra Señora de la Aparecida, se violan los sagrarios de las iglesias católicas echando por tierra las hostias consagradas y no se respetan ni los cementerios.

Estamos ante un hecho nuevo y urge descubrir qué de turbio se esconde detrás de esa nueva guerra contra lo sagrado. Que a un Brasil atravesado por una peligrosa corriente de odio político y social se le quiera añadir la intolerancia y agresión física a símbolos y personas religiosas podría constituir el último eslabón de la barbarie. La tolerancia y la riqueza de entidades religiosas que conviven en paz en este país fue fruto de una feliz conjunción histórica de encuentro de tres creencias que aportaron los tres pueblos que engendraron a Brasil: la indígena, la cristiana, herencia de los europeos, y la africana, de los cuatro millones de esclavos.

El largo y peligroso trabajo llevado a cabo por las diferentes creencias religiosas para defender a sus dioses produjeron el milagro del sincretismo pacífico. No fue llevado a cabo sin dolor, pero Brasil consiguió mantener la esencia de las tres raíces espirituales caminando juntas y hasta mezcladas, que dieron vida a una riqueza religiosa y cultural quizás única en el mundo.
Esta sinergia llevó a que Brasil fuera uno de los países más permeados por lo sagrado y, según no pocos analistas de las religiones, con una diferencia significativa, ya que colocó lo sagrado en el corazón de la vida para liberarla de los miedos de las religiones monoteístas inyectándole dosis de felicidad y de amor por la Tierra y por la vida, la de carne y hueso.

Fueron las creencias africanas las que ayudaron a los brasileños a ver con ojos nuevos, por ejemplo, no solo la vida sino también su final, ya que que en ellas los muertos, como escribió el poeta senegalés Birago Diop, “no están bajo la tierra, están en el árbol que gime”. Siguen vivos y a nuestro lado para protegernos.

Triste paradoja la de que Brasil haga terrorismo con las creencias religiosas de origen africano cuando empiezan a ser importadas por el Occidente racionalista. La madre de santo alemana, Gabriela Hilgest, le confesó a mi colega Carla Jiménez, que los brasileños “son espiritualmente más desarrollados que los germanos”.

Hoy se puede ser creyente, agnóstico o ateo, pero queramos o no, es imposible eludir la pregunta de por qué se muere, que según los especialistas fue el origen de todas las religiones. El nobel de literatura, el ateo José Saramago, decía que si los hombres dejasen de morir, se acabarían las religiones. Pero seguimos muriendo, y las creencias, todas, con sus luces y sombras, con sus símbolos sagrados y credos diferentes, nos recuerdan que la vida seguirá atravesada por la duda ya que nadie ha resuelto aún el enigma del más allá.

Hay símbolos y arquetipos como los de la vida y la muerte, la Madre Tierra o lo sagrado, que o se respetan o resbalaremos hacia una nueva barbarie tan peligrosa, si cabe, como la política o la social. Sólo los animales no tienen cementerios ni dan culto a sus muertos, aunque parece que los elefantes se alejan para morir en un sitio especial para ello. Perseguir o despreciar cualquier tipo de búsqueda espiritual es querer apagar con violencia la curiosidad -y quizás la necesidad- que el hombre sigue teniendo por el misterio.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

El Mercurio (Chile) – Testimonios de Marcelo Odebrecht comprometen a Keiko Fujimori, Alan García y Ollanta Humala

El Mercurio (Chile) – Testimonios de Marcelo Odebrecht comprometen a Keiko Fujimori, Alan García y Ollanta Humala


Fiscales peruanos obtuvieron declaraciones clave para destapar la trama de corrupción. 
El empresario brasileño Marcelo Odebrecht confirmó que su empresa financió las campañas presidenciales de 2011 de los entonces candidatos Keiko Fujimori y Ollanta Humala y que las siglas "AG" que aparecen en una de sus agendas se refieren al ex Mandatario peruano Alan García.

El ejecutivo fue interrogado el jueves en la ciudad brasileña de Curitiba por los fiscales peruanos José Pérez, Rafael Vela y Walter Villanueva, a cargo de los casos Lava Jato y Odebrecht en el país andino.

Aparte del financiamiento ilegal de campañas, la justicia peruana trabaja también para seguir el rastro de 29 millones de dólares que Odebrecht admitió haber entregado a funcionarios peruanos entre 2005 y 2014 para adjudicarse obras, lo que comprende los periodos gubernamentales de Alejandro Toledo (2001–2006), Alan García (2006–2011) y Ollanta Humala (2011–2016).

En el tema del financiamiento de campañas, la prensa peruana reveló ayer que existía una anotación en la agenda del empresario que decía: "Aumentar Keiko para 500 e eu fazer visita".

Según el diario El Comercio, en el caso de Keiko Fujimori, Odebrecht dijo a los fiscales peruanos que "tiene la certeza" de la entrega de dinero para su candidatura presidencial, pero remarcó que el entonces representante de su empresa en Perú, Jorge Barata, debe corroborar el monto. Agregó que si puso la palabra "aumentar", infiere que fue porque ya se había entregado dinero anteriormente a la líder del fujimorismo, quien ha negado haber recibido dinero de Odebrecht.

Humala, a su vez, está en prisión preventiva mientras es investigado junto a su esposa, Nadine Heredia, por la financiación irregular de su campaña. Marcelo Odebrecht confirmó que solo en el caso de Humala él ordenó directamente que se le entregara dinero para la elección de 2011.

El Comercio informó que el empresario también confirmó que la anotación "Kuntur agora bom para Perú/AG..." se refiere al ex Presidente Alan García y a que este "incentivó" a su empresa a construir el proyecto del Gasoducto del Sur. Añadió que su empresa asumió este proyecto a pedido de García, quien también mostró "interés" en que se ejecutaran otras obras, como el metro de Lima, que finalmente construyeron.

García siempre ha negado ser el "AG" mencionado.

Sobre Toledo, quien se encuentra en Estados Unidos, existe una orden de extradición por presuntamente recibir 20 millones de dólares de esta firma, y hay 18 personas detenidas por el caso.

Tal ha sido la magnitud del escándalo, que el Congreso peruano aprobó el jueves una ley que impone restricciones financieras a los socios de empresas envueltas en casos de corrupción, como la brasileña Odebrecht, una medida que podría golpear a la mayor constructora del país, Graña y Montero.

Perseguição: A nova história oficial da Europa apaga o Cristianismo e promove o Islã

Perseguição: A nova história oficial da Europa apaga o Cristianismo e promove o Islã

10 de novembro de 2017 - 15:16:29
A Comissão Europeia determinou que a Eslováquia redesenhasse suas moedas comemorativas, eliminando os santos cristãos Cirilo e Metódio. 
(Imagem: Moeda – Comissão Europeia, Bratislava, Eslováquia – Frettie/Wikimedia Commons)
Há poucos dias, uma parcela dos intelectuais mais prestigiados da Europa, entre eles o filósofo britânico Roger Scruton, o ex-ministro da educação da Polônia, Ryszard Legutko, o conceituado intelectual alemão Robert Spaemann e o professor Rémi Brague da Sorbonne da França, emitiram “A Declaração de Paris“. Nesta ambiciosa manifestação, eles rejeitam a “falsa cristandade dos direitos humanos universais” e a “utópica e pseudoreligiosa cruzada em favor de um mundo sem fronteiras”. Contrapondo, eles defendem uma Europa calcada em “raízes cristãs”, inspirada na “tradição clássica”, rejeitando o multiculturalismo:
“Os patronos da falsa Europa estão enfeitiçados com superstições do inexorável progresso. Eles acreditam que a História está do lado deles e essa convicção os torna altivos e desdenhosos, incapazes de reconhecerem as impropriedades do mundo pós-nacional e pós-cultural que eles estão concebendo. Além disso, são ignorantes no tocante às verdadeiras origens da decência misericordiosa que eles próprios tanto estimam, assim como nós também estimamos. Eles ignoram, até mesmo repudiam as raízes cristãs da Europa. Ao mesmo tempo, eles tomam o maior cuidado para não ofenderem as susceptibilidades dos muçulmanos, que eles imaginam irão adotar entusiasticamente sua visão secular e multicultural de mundo”.
Em 2007, refletindo sobre a crise cultural do velho mundo, o Papa Bento XVI disse que a Europa está “duvidando da sua própria identidade“. Em 2017 a Europa deu mais um passo: criou uma identidade pós-cristã, pró-Islã. Os edifícios governamentais e exposições oficiais da Europa estão efetivamente apagando o cristianismo e acolhendo o islamismo.
Uma espécie de museu oficial foi recentemente inaugurado pelo Parlamento Europeu: “Casa da História Europeia“, ao custo de 56 milhões de euros. A ideia era criar uma narrativa histórica do pós-guerra em torno da mensagem pró-UE de unificação. O edifício é um belíssimo exemplo de Art Deco em Bruxelas. Conforme realçou o estudioso holandês Arnold Huijgen, o casarão é culturalmente “vazio”:
A Revolução Francesa parece ser o lugar onde a Europa nasceu, há pouco espaço para qualquer outra coisa que possa tê-la precedido. Ao Código Napoleônico e à filosofia de Karl Marx está reservado um lugar de destaque, enquanto a escravidão e o colonialismo são destacados como o lado mais negro da cultura europeia (…) O que mais impressiona na exibição do museu é que a narrativa não menciona nada sobre a religião, é como se ela não existisse. Na verdade, ela nunca existiu e nunca impactou a história da Europa (…) O secularismo europeu não briga mais com a religião cristã, ele simplesmente ignora todo e qualquer aspecto religioso da vida“.
A burocracia em Bruxelas chegou a ponto de apagar as raízes católicas de sua bandeira oficial, as doze estrelas que simbolizam o ideal de unidade, solidariedade e harmonia entre os povos da Europa. Ela foi concebida pelo designer francês, católico, Arséne Heitz, que ao que tudo indica, se inspirou na iconografia cristã da Virgem Maria. Mas a explicação oficial da União Europeia sobre a bandeira não menciona essas raízes cristãs.
O Departamento Monetário e Econômico da Comissão Europeia determinou que a Eslováquia redesenhasse suas moedas comemorativas, eliminando os santos cristãos Cirilo e Metódio. Não há menção ao cristianismo nas 75 mil palavras constantes no rascunho, cancelado, da Constituição Europeia.
O Ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maizière, do Partido Democrata Cristão de Angela Merkel, sugeriu recentemente introduzir feriados oficiais muçulmanos. “Em lugares onde há muitos muçulmanos, por que não pensar em introduzir um feriado oficial muçulmano?”, salientou ele.
“A proposta está indo em frente” respondeu Erika Steinbach, influente ex-presidente da Federação dos Desterrados – alemães expulsos de diversos países da Europa Oriental durante e após a Segunda Guerra Mundial.
Beatrix von Storch, líder política do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), acaba de tuitar: “NÃO! NÃO! NÃO!”
A proposta de ‘de Maizière’ mostra que quando o assunto é Islã, o secularismo oficial “pós-cristão” está simplesmente engessado.
Há poucas semanas, a exposição financiada pela União Europeia: “Islã. Ele também é nossa história!”, foi apresentada em Bruxelas. A exposição mostra o impacto do Islã na Europa. O anúncio oficial sustenta que:
A evidência histórica apresentada pela exposição, a realidade de uma presença muçulmana antiga na Europa e a complexa interação de duas civilizações que lutaram uma contra a outra mas que também se entrelaçaram, sustenta um empreendimento educacional e político: ajudar os muçulmanos europeus e não muçulmanos a compreenderem melhor as raízes culturais que eles têm em comum e cultivar a cidadania que eles também têm em comum“.
Isabelle Benoit, historiadora que ajudou a projetar a exposição, salientou à AP: “queremos deixar claro aos europeus que o Islã faz parte da civilização europeia, que o Islã não é nada novo e que tem raízes que remontam 13 séculos”.
O establishment oficial europeu deu as costas ao cristianismo. O establishment parece desconhecer até que ponto o velho mundo e seu povo ainda dependem da orientação moral de seus valores humanitários, especialmente quando o Islã radical lança uma ameaça civilizacional ao Ocidente. “É como se um pacote tentasse preencher um “vazio”, ressaltou Ernesto Galli della Loggia no jornal italiano Il Corriere della Sera.
“É impossível ignorar que por trás do pacote há duas grandes tradições teológicas e políticas: a da Ortodoxia Russa e a do Islã, enquanto por trás do “vazio” há apenas o enfraquecimento da consciência cristã do Ocidente Europeu”.
É por esta razão que é tão difícil entender a “lógica” que está por trás da animosidade europeia oficial em relação ao cristianismo e a sua atração por um Islã fundamentalmente totalitário. A Europa poderia facilmente ser secular sem ser militantemente anticristã. É mais fácil entender a razão dos milhares de polacos que acabam de participar de uma manifestação em massa ao longo das fronteiras da Polônia para expressar sua oposição à “secularização e à influência do Islã“, que é exatamente a linha oficial da UE.
Durante a Segunda Guerra Mundial os Aliados evitaram bombardear Bruxelas porque ela deveria ser o local do renascimento europeu. Se a elite europeia continuar com este repúdio cultural de sua cultura judaica\cristã\humanista, a cidade poderá vir a ser a sua sepultura.

Giulio Meotti, editor cultural do diário Il Foglio, é jornalista e escritor italiano
Publicado no site do Gatestone Institute – https://pt.gatestoneinstitute.org
Tradução: Joseph Skilnik

Folha de S. Paulo – Cerco ao penduricalho

Folha de S. Paulo – Cerco ao penduricalho


Quando se trata de justificar privilégios, impressiona o jogo de cintura da alta burocracia estatal.

Veja–se o caso da resposta da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), entidade que representa mais de 14 mil juízes e desembargadores, à tentativa da Receita Federal de cobrar Imposto de Renda sobre benefícios extrassalariais hoje isentos.
Na teoria, tais valores têm natureza indenizatória e em geral não configuram remuneração. São reembolsos a agentes públicos por gastos efetuados no exercício de suas atividades; assim, a não incidência do IR estaria justificada.

Entretanto, na prática cotidiana, os abusos corporativos desvirtuaram o papel dos pagamentos.

O exemplo mais notório é o do auxílio–moradia: originalmente concebido como ajuda de custo a juízes designados para trabalhar fora de seus domicílios, a benesse foi estendida a todos os magistrados (e depois, a promotores), sem levar em conta onde residem.

Pagam–se quase R$ 4.400 mensais aos beneficiários, que não têm a obrigação de comprovar o emprego do dinheiro em aluguel ou outra despesa associada à habitação.
Em tal cenário, torna–se plausível argumentar, como faz a Receita, que a indenização virou renda —e, como tal, deve ser tributada.

A AMB, de modo previsível, considera que o auxílio não equivale a remuneração. No entanto o entendimento parecia o oposto em 2014, quando a entidade pleiteou nada menos que a extensão do mimo aos juízes apo

sentados: defendeu–se, então, a paridade de vencimentos entre ativos e inativos.
De todo modo, a questão fundamental nem é tributar ou não os penduricalhos das folhas de pagamento do Judiciário e do Ministério Público. Cumpre, antes, fechar as brechas pelas quais boa parte da elite do funcionalismo escapa do teto salarial de R$ 33,8 mil mensais fixado na legislação.

Equivalente ao valor pago a ministros do Supremo Tribunal Federal, esse limite máximo ainda hoje é letra morta, em razão da criatividade na distribuição de regalias de toda ordem.

Há, ao menos, avanços recentes no enfrentamento do problema. O Senado aprovou em 2016 projeto que disciplina a aplicação do teto.

O texto, que tramita na Câmara dos Deputados, ganhou nova atenção com o disparatado pedido da ministra Luislinda Valois, dos Direitos Humanos, para a acumulação do salário com a aposentadoria de desembargadora, o que totalizaria R$ 61,4 mil mensais.

A ruína orçamentária em todas as esferas de governo não permite que se tergiverse mais sobre o tema. Sustentar vantagens para trabalhadores no topo da pirâmide social não é fim justificável para recursos cada vez mais escassos.