José Dirceu diz: ‘a pior ameaça que a esquerda irá viver é o Escola sem Partido’.

No dia 12 de Novembro de 2018 José Dirceu lanço seu mais recente livro, chamado: memórias – volume I. Durante o evento, numa pizzaria em Belo Horizonte, o ex-ministro e condenado nas operações Mensalão e Lava-jato, tomou o microfone e, em meio a palavras de ordem como ‘Lula livre’ cantadas pelo público, discursou por alguns minutos, tecendo até análises e conclamando os presentes a se assumirem como esquerdistas.
Em uma de suas falas, ouve-se o seguinte:
“Nas universidades, quem iniciou a luta contra a ditadura em 1964-1968 foi o movimento estudantil, com forte apoio de intelectuais, artistas, jornalistas naquele momento […] porque, o fato concreto é que nós perdemos as ruas […] porque as ruas eram determinantes para nós, e nós tomamos as ruas da ditadura, nós vamos tomar as ruas deles também […] é verdade que o Bolsonaro venceu a eleição, verdade que capturou e foi capaz de interpretar determinados interesses com relação a questão da segurança pública, questão da moral, da religião […] porque essa questão de como retomar a luta, é uma questão essencial […] vocês estão percebendo as eleições nos centros acadêmicos e DCE’s no Brasil todo? A virada que isso está dando? A imensa virada, quantidade de jovens que estão participando da política? […] a Globo, ela que está se chocando com a base religiosa, com a social, que foi capturada pelo Bolsonaro, pelo pensamento de direita no Brasil. Mas, o pensamento de direita no Brasil se assumiu, agora nós temos que nos assumir, assumir que somos de esquerda, socialistas! […] agora, pior ameaça que nós vamos viver é o Escola sem Partido; a cultura e a educação é onde estão as mentes e os corações, e ele (Bolsonaro) não tem controle sobre isso, como ele tem controle sobre o aparato policial, tem sobre o congresso, tem sobre a economia do país, sobre o poder econômico ao lado dele”.
Como mencionei no início do texto, a fala é de Novembro -menos de um mês após a vitória de Bolsonaro-, o que mostra que eles estão se preparando para pôr em prática suas estratégias de volta ao poder, e não será por força, nem por violência; seus soldados, emburrecidos e doutrinados, serão nossos filhos, netos e sobrinhos nas escolas e universidades, num trabalho conjunto com as mídias de TV e internet aparelhadas ideologicamente (como ele mesmo reconhece, a TV Globo está contra os eleitores de Bolsonaro. Se ela está contra quem elegeu o atual presidente, logo, só pode estar a favor de quem era contra ele na campanha…).

Além da questão do ensino, a fala corrobora o que o Professor Olavo de Carvalho já vem alertando há anos: a esquerda dominou as universidades, órgãos de mídia e de imprensa, de maneira que a agenda comunista é a norteadora de todos esses entes. Não há mais vergonha alguma para eles em assumir isso. Nada de novo sob o sol, uma vez que o velho Karl Marx, ainda no seu Manifesto Comunista, já conclamava os seus a lutarem pela educação pública e universal.
No último encontro realizado pelo movimento Direita São Paulo, na região da Ana Rosa, capital Paulista, o palestrante Dylan Dantas -uma das lideranças do movimento em Sorocaba- afirmou que na cidade cerca de 60% dos professores de crianças são filiados a PT, PSOL ou PCdoB.
Se você se preocupa com o que nossas crianças andam aprendendo nas escolas, encampe a batalha pelo Escola sem Partido, se alie a movimentos que tem abraçado essa causa -como é o caso do Direita São Paulo, espalhado hoje por mais de 30 cidades no estado e presente em outras partes do país, como Acre, por exemplo. Se não fizermos nada, perderemos cada vez mais terreno, pois tenha certeza que eles farão, já estão há anos fazendo.