quarta-feira, 15 de junho de 2016

A homossexualidade é imoral?

sexta-feira, 20 de março de 2015




Relacionamentos homossexuais são errados do ponto de vista moral? Eu desejo analisar isso nesse post, mas de um modo desapaixonado e neutro. A intenção é expor como pensam os dois lados, procurando compreender ambos e gerar uma discussão equilibrada e honesta.



O argumento que parece ser central para os que apoiam a homossexualidade é que ela não representa mal em si mesma. Em outras palavras, desde que um relacionamento homossexual ocorra de modo consensual entre as pessoas envolvidas, não há qualquer tipo de exploração neste tipo de relação que possa tornar o envolvimento condenável. Ao contrário disso, temos a mútua satisfação dos indivíduos em contato. Em silogismo, o argumento pode ser resumido assim:

1. Qualquer relacionamento consensual que não implique em exploração para as pessoas envolvidas, mas antes, satisfação, é correto do ponto de vista moral;
2. O relacionamento homossexual pode perfeitamente ser consensual e não implicar em exploração, mas satisfação;
3. Logo, o relacionamento homossexual em si é correto do ponto de vista moral.
O problema deste argumento é que a premissa número 1 está baseada em uma concepção de moral estreita. Essa concepção estreita só leva em conta a satisfação mútua e consensual em um relacionamento. Mas não necessariamente este é o único pré-requisito para que uma relação ou comportamento seja correto. Vejamos um exemplo. Há pessoas que gostam de viver como bebês ou como animais. Existem muitas dessas pelo mundo.


 Alguns programas televisivos, como Tabu (apresentado no National Geographic) às vezes produzem reportagens sobre o tema. Esses indivíduos assumem um personagem (um cachorro, um gato, um bebê), passando a manter os hábitos do personagem assumido, desde as vestimentas, até a alimentação e o modo de lazer. E, curiosamente, tais pessoas arrumam babás e “donos” para os satisfazerem em suas fantasias.


Temos aqui, portanto, diversos casos de comportamentos e relacionamentos que são consensuais, causam satisfação nos participantes e não implicam em exploração. Mas será que podemos entender esses comportamentos e relacionamentos como corretos? A resposta para esta pergunta depende da cosmovisão da pessoa. Se sou um humanista ou libertário, direi que por mais estranhos que possam nos parecer, são corretos porque respeitam a premissa 1 do argumento e ela é autoevidente.



Se eu sou um relativista, direi que não há certo e errado, mas apenas gostos. Viver como um bebê ou um cachorro, tomando madeira e urinando em fraldas, ou comendo ração e brincando de morder, podem não fazer parte do meu gosto, mas faz parte do gosto deles. Nenhum de nós está certo ou errado.


Um ateu, que realmente leve à sério a sua cosmovisão ateísta, dirá aqui que nosso universo inteiro é apenas um acidente e que não há nada que nos indique se há algo certo ou algo errado. Todos os comportamentos são iguais e, no fim das contas, isso não vai fazer a menor diferença depois que morrermos. Logo, viver como um bebê ou um cachorro não é certo nem errado. Tanto faz.



Uma pessoa sem religião específica, mas que acredita em moral, provavelmente dirá que existe certo e errado, mas que comportamentos como viver como um bebê ou um cachorro não se enquadram na questão da moralidade. São apenas gostos.


Agora, uma pessoa que acredita que a natureza foi projetada inteligentemente e que cada uma de suas partes apresenta um modo correto de funcionamento, afirmará que comportamentos como viver como um bebê ou como um cachorro, quando não se é nenhum dos dois, fogem do correto funcionamento, ferem a inteligência do projeto e se desviam do objetivo natural que deveriam seguir.



Certamente, isso se configuraria um erro do ponto de vista biológico e da finalidade do projeto. Mas seria um erro moral? Aparentemente sim, pois se a natureza é um projeto, há um projetista. Ferir a inteligência do projeto e do projetista usando as partes do projeto de maneira errada e renegando o objetivo de seu criador não parece ser uma atitude muito boa.


Se considerarmos ainda que o projetista nos ama, tudo fica mais complicado, pois ao agir de modo diverso ao objetivo do projeto, estamos renegando a vontade de alguém que nos ama e nos possibilitou viver por conta disso. Seria como se um pai amoroso tivesse projetado um notebook para o filho e explicado que o mesmo não era à prova de água. O filho, rebelde, diz que o notebook é dele e ele usa como quiser. Então, leva para o banho e o aparelho queima.



Como o leitor já notou, eu não favoreci até agora nenhuma visão. O que fiz foi apenas explicar cada uma delas, demonstrando como cada tipo de pessoa chega até determinada conclusão. À priori, nenhuma dessas visões, ou cosmovisões, são incoerentes. Se, de fato, a premissa 1 é autoevidente, não podemos dizer que tais comportamentos são errados. E se a  moral é relativa, ou o mundo é obra do acaso, ou os comportamentos que estamos analisando não se enquadram na questão moral, não podemos dizer nem que são corretos, nem que são errados, mas apenas questão de gosto.



A análise da validade dessas posições se inicia agora. A primeira nos diz que é uma verdade autoevidente que qualquer comportamento ou relacionamento consensual, que cause satisfação mútua e não exploração é correto do ponto de vista da moral. Contudo, como já vimos, isso não é necessariamente uma verdade, pois depende do que abrange a moral. E a moral pode muito bem abranger mais do que esses pré-requisitos. Se a hipótese do projetista estiver correta, por exemplo, a primeira premissa está errada. Portanto, não temos aqui um fundamento autoevidente, mas um fundamento que depende de uma evidência externa a si mesmo. Em outras palavras, é preciso provar que a moral só abrange o que a primeira premissa diz. Não é suficiente só dizer.



As demais hipóteses tentam transformar alguns comportamentos em questão de gosto pessoal apenas, portanto, não enquadráveis na ideia de moral. Mas se alguma delas estiver correta, elas derrotam o próprio argumento de que a homossexualidade é moral, pois este comportamento também passa a ser uma questão de gosto. E se é uma questão de gosto, qualquer um pode concordar ou discordar, tal como discordamos ou concordamos com a prática de comer sorvete, ou de fumar charutos, ou de torcer por um time de futebol.



E como gosto não se discute, pois é subjetivo e cada um tem um, não faz sentido dizer que não gostar da homossexualidade é algo errado. Aliás, nos dois primeiros casos, o do relativismo e o do ateísmo, não há certo e errado. Portanto, até mesmo a violência contra homossexuais não seria errado (apenas seria algo fora da lei nos países democráticos, mas não imoral).



Neste ponto, o defensor da homossexualidade geralmente vai tentar atacar a noção de que seu comportamento não é natural. Seu intuito aqui é provar que a homossexualidade está de acordo com a biologia e quaisquer finalidades que, porventura, existam no projeto natural. Ele poderá também dizer que não há um padrão biológico ou um objetivo natural. A ideia é concluir que a homossexualidade é moral em qualquer hipótese, incluindo na hipótese de que haja um projetista na natureza.



Mas o argumento é falho. É patente que os componentes da natureza apresentam uma funcionalidade padrão e objetivos específicos. Por exemplo, se meu vizinho tenta colocar uma colher de arroz no nariz, tencionando se alimentar, em vez de usar a boca para isso, é óbvio que temos uma fuga de padrão natural. O nariz serve para respirar e a boca serve para comer. Negar isso é negar o conhecimento biológico mais simples. Aliás, quando aprendemos biologia, a ideia da disciplina é que saibamos para quê funciona cada coisa em nosso corpo e no ecossistema. Então, sim, existe um funcionamento padrão e objetivos na natureza.



O comportamento homossexual, evidentemente, não se adéqua a esse funcionamento padrão. O homossexual assume um papel que não é o seu, e utiliza partes de seu corpo que tem determinadas finalidades, para outras finalidades. O indivíduo homossexual tenta ser o que não é, e fazer o que seu gênero não foi projetado para fazer.



Uma vez que tal fato é inescapável, o defensor da homossexualidade poderá oferecer dois argumentos aqui. O primeiro é que, se há um projetista, ele pode não se importar com o que fazemos com nossos corpos ou com o que desejamos ser, desde que não façamos mal ao nosso próximo. De fato, as religiões teístas dizem, por exemplo, que Deus é amor. Se ele é amor, não deve ver mal no amor genuíno entre pessoas do mesmo sexo. E se ele é amor, deve querer a felicidade de todos, inclusive de quem quer ter um relacionamento homossexual.



À priori, esta hipótese parece ser plausível. Mas há alguns questionamentos que precisam ser feitos. Em primeiro lugar, por que razão Deus criaria gêneros, amor de casal, relação sexual e casamento? Ele poderia ter feito criaturas sem gênero e assexuadas, que vivessem como irmãos/amigos apenas.



Bom, se respondermos que o único objetivo foi para que os gêneros se interessassem um pelo outro e gerassem filhos, então certamente não fazia parte dos planos de Deus que pessoas do mesmo gênero se unissem dessa forma. Se, porém, respondermos que a procriação não era o único objetivo, isso nos leva a questionar por que Deus não teria feito o ser humano hermafrodita.



Pense no seguinte: Deus não criou o mundo mal, segundo as religiões teístas. O mal entrou no mundo, que antes era perfeito. Suponhamos que o mundo continuasse perfeito hoje, como Deus o criou. Neste caso, os homossexuais teriam um problema: eles não teriam como ter filhos naturais, tampouco adotar (pois em um mundo perfeito, nenhum pai ou mãe abandonaria, ou venderia, ou daria seus filhos. Tampouco as pessoas morreriam. Logo, não haveria orfanatos e filhos para seres adotados). Isso seria um grande transtorno para os gays, que não poderiam constituir família, ao passo que os heterossexuais poderiam.



Além disso, haveria uma desigualdade natural bastante desagradável entre gays e heteros no que tange a relação sexual, já que os heteros teriam seus corpos naturalmente projetados para o sexo, ao passo que os homossexuais precisariam (como precisam hoje) improvisar. E se nós pensarmos naqueles que nascem insatisfeitos com seu gênero e desejam fazer operações de mudança de sexo, a coisa fica mais complicada, pois questionamos: por que Deus permitiria, num mundo perfeito, que algumas pessoas só pudessem ser felizes de maneira artificial, necessitando mutilar ou implantar membros?



Em outras palavras, se Deus desejava que pessoas do mesmo sexo tivessem um relacionamento de casal, não faria sentido Ele ter criado dois gêneros. O hermafroditismo seria muito mais justo e feliz. Parece, portanto, que Deus desejou/projetou desde sempre a união sexual/matrimonial apenas entre homem e mulher.



Em segundo lugar, se realmente Deus criou tudo perfeito, mas o mal entrou no mundo, é possível supor que o sentimento homossexual seja algo que não existia quando o mundo ainda era perfeito, nem existiria. Talvez o sentimento homossexual seja algo que surja em decorrência de o mundo não ser mais o mesmo que Deus criou. Ele foi deformado, e assim, as coisas mudaram.



A deformação do mundo e de nossa própria natureza pode ter criado um descompasso entre o que somos/para quê fomos projetados e o que desejamos ser/fazer. Isso explicaria porque uma pessoa que nasce com um gênero/sexo pode ficar insatisfeita com ele e querer mudar de gênero/sexo. Se isso é fato (e há plausibilidade nisso, pois é muito mais provável um Deus bom criar pessoas que tenham um sentimento de acordo com o que ela é e foi projetada para ser), então a homossexualidade não só não é natural, como é algo que só existe porque o mundo deixou de ser perfeito.



Em concordância com isso, muitos homossexuais afirmam que gostariam de não ser gays, mas que infelizmente apresentam um sentimento homossexual. Estas pessoas às vezes afirmam: “Não tenho culpa de ter esse sentimento”. Então, para essas pessoas, é ruim o fato de haver esse descompasso entre o gênero natural delas e como elas se sentem. Logo, não é um absurdo supor que tal sentimento não foi criado por Deus, não é plano dele, não deveria existir e só existe por conta do pecado.



Em terceiro lugar, quando as religiões teístas dizem que Deus é amor, se referem ao amor geral. O amor geral é aquele que devemos sentir por qualquer pessoa pelo simples fato de ela ter vida e sentimentos. É o amor que Deus sente por nós e que nós devemos nutrir por Ele e pelo próximo. Não devemos confundir este amor com as suas demais vertentes, como o amor “Eros” (de casal), o amor “Philos” (de irmão) e o amor “Storge” (de família). Este amor geral é o amor Ágape. É um amor maior do que todas as suas vertentes e sem o qual nenhuma delas existe.



É o amor do qual suas vertentes são apenas representações parciais. As vertentes de Ágape podem até simbolizá-lo em alguns aspectos, mas jamais podem substituí-lo, pois a representação nunca substitui o objeto representado.



Deus é Ágape e não Eros. Portanto, não faz muito sentido dizer Ele deseja que todos os seres humanos amem eroticamente qualquer um dos gêneros criados. Faz sentido sim dizer que Deus deseja que todos os seres humanos amem com amor Ágape a qualquer um dos gêneros. O amor Eros, no entanto, parece ter sido criado para ocorrer entre um homem e uma mulher. Outro ponto aqui é que o fato de Deus nos amar, não implica que Ele ache bom que adquiramos comportamentos provenientes de descompassos causados pelo pecado.



Estes questionamentos tornam improvável que Deus se agrade da homossexualidade e demonstram que é mais plausível pensar que Deus criou um em que não havia descompasso entre nossos sentimentos e o que somos naturalmente. Este descompasso, portanto, não é algo proveniente dele, tampouco é algo positivo.



A pessoa que apoia a homossexualidade aqui ainda pode tentar usar o argumento de que este comportamento não é uma escolha, mas uma característica natural com a qual algumas pessoas nascem. A ideia é dizer que o homossexual não tem escolha. Ele nasce com esse sentimento e não pode ser considerado errado por segui-lo. Mas o argumento apresenta pelo menos duas falhas. A primeira é supor que inerências naturais e comportamentos são a mesma coisa.



Não é verdade. Ser negro, ter nariz grande, ser alto ou ter a voz grossa, não são comportamentos, mas inerências naturais. Ser cristão, jogador de futebol, filósofo ou socialista são comportamentos, mas não inerências naturais. Você pode, é claro, ter inclinações naturais para determinados comportamentos. Mas a inclinação não torna o comportamento inerente a uma pessoa. Pode-se escolher dizer “não” a determinado comportamento.



Dizer “não” a comportamentos que estamos inclinados a praticar é coisa que fazemos rotineiramente. Existem pessoas naturalmente geniosas, por exemplo. Em situações onde o estresse é grande, essas pessoas podem se sentir fortemente inclinadas a passar dos limites, dizendo palavrões, quebrando coisas, batendo nas pessoas e até dando tiros.


Mas é certo dizer que elas não têm escolha? É certo dizer que elas são escravas de suas inclinações? É certo dizer que se elas matarem alguém, não tem culpa, pois são naturalmente geniosas e estavam em uma situação difícil? É claro que não.



Cabe a cada um dominar seus instintos, inclinações, impulsos, pensamentos, vontades, emoções, sentimentos e etc. É este autocontrole constante que é requerido de todos nós para a formação de nosso caráter, civilidade e cidadania. Aquele que não aprende a dizer “não” para si mesmo, a traçar limites para seus comportamentos e moldar os seus próprios desejos, está sempre perdendo para o seu “eu” e enfraquecendo o seu caráter.



O que se conclui daqui é que, se o homossexual acredita que seu comportamento é errado, existe a possibilidade de ele abster-se de manter relacionamentos amorosos, bem como de agir de modo diferente do seu gênero natural. A questão aqui não é a dificuldade que possa haver nessa abstenção, mas se ela é possível. E sim, ela é.



A segunda falha é que não necessariamente o comportamento homossexual advém de uma inclinação natural. E também não necessariamente inclinações naturais se desenvolvem no individuo. Muitas pessoas podem se tornar homossexuais por curiosidade, ou desilusões amorosas com pessoas do seu gênero, ou por ter uma vida sexual muito permissiva e aberta a novos experimentos, ou porque cresceu em meio à pessoas de um gênero distinto do seu (vindo a copiar-lhes os modos e gostos), ou por influencia de amigos homossexuais, ou por algum problema de infância relacionado ao pai ou a mãe e etc.



Aqueles que alegam ser homossexuais desde a mais tenra idade talvez não tenham nascido com uma inclinação homossexual, mas simplesmente com alguns modos e gostos diferentes do seu gênero. E, uma vez que não tenha havido um acompanhamento apropriado por parte dos pais, tais modos e gostos se desenvolveram e levaram o individuo a agregar mais modos e gostos distintos até chegar ao ponto de desejar ser de outro gênero e/ou desejar se relacionar com pessoas do mesmo sexo. Há muitas pessoas que nasceram com tais gostos e modos e que até os conservaram durante a vida, mas não se tornaram homossexuais, donde se conclui que a criação dos pais podem impedir esse desenvolvimento e a própria pessoa, ao crescer, pode se interessar pelo sexo oposto, não se tornando homossexual apesar dos gostos e modos diferentes.



Finalmente, não devemos descartar a possibilidade de que um indivíduo realmente nasça com uma inclinação homossexual. No entanto, mais uma vez, é possível que essa inclinação não se desenvolva em função de uma criação apropriada dos pais, de modo que a pessoa se acostume a ser heterossexual e sua inclinação natural fique adormecida. Isso nos faz concluir que não há razão para se crer que o sentimento homossexual é algo tão poderoso que não possa ser adormecido, seja ele natural ou desenvolvido no decorrer da vida.



Até agora, como o leitor pode ver, eu não apelei a qualquer livro considerado sagrado por alguma religião. Apenas lidei com hipóteses, procurando analisar a coerência delas. Mas agora quero mencionar a Bíblia, a fim de complementar o assunto.



Segundo a concepção bíblica, Deus criou os gêneros, o casamento e a união sexual não apenas para que tivéssemos procriação. Afinal, Deus poderia muito bem desenvolver outro método de geração natural de seres humanos, ou mesmo criar todos diretamente. E nós poderíamos ser assexuados, como os anjos, sem que sentíssemos ou tivéssemos qualquer necessidade de casar ou fazer sexo. Mas aprouve a Deus criar gênero, casamento e sexo para que a união entre homem e mulher pudesse simbolizar a união entre Deus e seu povo. É por este motivo que, na Bíblia, o povo de Deus é sempre comparado a uma mulher, e Deus, ao noivo dessa mulher.
    
Portanto, qualquer o casamento (e, por conseguinte, a união sexual) que não ocorre nos moldes estipulados por Deus, destoa da realidade que ele representa, perdendo todo o seu sentido e propósito. E como eu afirmei já em outro texto, sobre casamento, Se alguém diz que acha ridículo não modificar a concepção de casamento "só" porque isso não representa Deus corretamente, faz do símbolo algo mais importante que a realidade simbolizada. Não é a realidade que deve ser modificada para se adequar ao símbolo, mas o oposto. O símbolo se sujeita ao real.
    
É por esse motivo que quando uma pessoa critica o cristianismo com o argumento de que não é errado um casamento homossexual ou poliamoroso porque “não faz mal ao próximo e é consensual”, está falando algo sem sentido. A imoralidade desses atos não se baseia no principio de fazer bem ao próximo, mas sim no principio de que o casamento é uma representação da união de Deus e seu povo. Ele foi criado para isso. Esse é o seu objetivo primordial. Então, é errado usá-lo de outra forma.
    

O que é curioso e esplêndido no cristianismo é que, ao mesmo tempo em que ele faz do casamento algo extremamente sagrado, por representar o amor de Deus para com o seu povo, ele também coloca o amor Eros em seu devido lugar, mostrando que ele é menor que o amor Ágape, sendo apenas uma representação, e uma representação passageira, já que, quando Jesus Cristo formar o seu novo Reino, todas as vertentes de amor serão reabsorvidas pelo amor geral, o amor Ágape. Então, não haverá mais casamento nem sentimento de casal, mas apenas o amor geral entre todas as pessoas e Deus.


Quando alguém, portanto, trata o casamento e a união sexual de maneira errada, não apenas fere a sacralidade dessas criações de Deus como, curiosamente, superestima o amor Eros, colocando-o acima de Ágape. Por esta razão a homossexualidade é considerada um erro do ponto da Bíblia e do cristianismo. Isso só nos ajuda a entender melhor tudo o que já vimos até aqui antes de apelar para as Sagradas Escrituras cristãs.



Estas análises não tiveram como intuito expressar qualquer opinião política sobre a homossexualidade, mas apenas de analisá-la do ponto de vista da moral. E o que me levou a elaborar este documento não foi a necessidade de provar que eu estou correto, mas sim para mostrar que discordar da prática da homossexualidade não se constitui discriminação, nem é uma absurdidade baseada em meros preconceitos. Ao contrário disso, a opinião de quem não concorda com a homossexualidade tem um bom fundamento e não pode ser considerada em si mesma um ato de discriminação.



É preciso ressaltar ainda que Deus ama a todos os homossexuais e se importa com eles profundamente. Ele sabe o quão difícil é vencer os sentimentos (naturais ou não) que os fazem desejar serem de outro gênero e/ou se relacionarem com pessoas do mesmo sexo. A pessoa, portanto, que está convencida que sua a homossexualidade é um erro e quer lutar contra ela, não está desamparada e pode contar com a ajuda do Espírito Santo de Deus.



Por fim, as conclusões deste texto não servem, evidentemente, para serem usadas como instrumentos de repressão às pessoas homossexuais. Entende-se que cada indivíduo tem o direito de escolher o que acha melhor. E se alguém escolhe que o melhor é permanecer praticando a homossexualidade, ela está dentro de seu direito, devendo ser respeitada e tratada sempre como um ser humano. É isso, aliás, que prega o cristianismo bíblico.


Escolados na violência: “desigualdade” não é causa da criminalidade


15 de junho de 2016


Notícia do GLOBO:

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Ele assistia dia sim, outro também, a assaltos na vizinhança. Poderia ter se conformado e ficado apenas torcendo para não virar alvo dos bandidos. Mas, indignado com a falta de segurança, o morador de Piedade foi além. Há dois anos, assumiu um papel que deveria ser do poder público e espalhou câmeras pelas ruas Sousa Cerqueira e Xisto Bahia, que viraram território livre de criminosos. 



Na rotina de ataques gravados, flagrou desde um assalto em que uma mulher ficou sem a bolsa até o roubo de um carro a apenas 20 metros de uma blitz da PM. A violência arquivada em pen drive, depois das muitas queixas que não comoveram a polícia, ganhou um capítulo que o solitário denunciante nunca imaginou ver em sua novela diária. Um bando invadiu, na segunda-feira à noite, a Escola Municipal João Kopke, rendeu alunos que assistiam à aula, roubou celulares, outros objetos e ainda espancou, com socos e chutes, uma professora apenas porque ela se atrapalhou na hora de entregar a chave de seu carro para a fuga. 



Faltava pouco para as 21h de segunda-feira quando quatro bandidos, com pistolas, entraram na escola, que, à noite, mantém turmas com alunos da rede estadual. Alguns estudantes juram que um deles portava um fuzil. Os criminosos percorreram o corredor do colégio, entrando nas salas para assaltar os alunos. Alguns estavam em aula, outros faziam provas. Como uma adolescente de 17 anos, que fazia avaliação de inglês, espanhol e português, quando foi surpreendida por um ladrão. Segundo ela, o bandido mandou um outro estudante recolher os celulares de todos.



— Fiquei muito assustada e tremendo. Eles nos ameaçavam, e um deles chegou a soprar o cano da pistola. Depois que foram embora, larguei as provas e abandonei a escola. Saí correndo. Não parei para nada — disse a jovem, que será matriculada pela mãe numa escola particular depois de chegar em casa traumatizada, aos prantos.



A professora que apanhou dos bandidos leciona matemática. Ela tem 53 anos e ficou muito perturbada ao ser abordada pelos criminosos, que pretendiam fugir em seu carro. Para alguns alunos, ela se atrapalhou para entregar as chaves, o que teria motivado as agressões. Outros contaram que os assaltantes podem ter achado que ela tentava esconder a bolsa para que não a levassem. Há relatos de que a professora desmaiou, de tão nervosa. Ela chegou a ir à 24ª DP (Piedade), mas, abalada, deverá voltar nesta quarta-feira para ser ouvida pelos policiais.



— Um dos bandidos disse: “Está reagindo a assalto? Quer morrer?” E partiu para cima da professora com socos e pontapés — contou um dos jovens que, aterrorizado, assistiu à cena.



Esse é o cotidiano em muito bairro e escola do país. Como esperar que esses alunos tenham condições de aprender o necessário para competir no mercado? Como esperar que os professores tenham condições de lecionar sem um ambiente com o mínimo de segurança e tranquilidade?



A ousadia dos bandidos é crescente. E a “desigualdade” não explica isso, ao contrário do que diz a esquerda. Há alunos igualmente pobres do outro lado, tentando estudar, aprender, para ser alguém na vida. São a maioria. Enfrentam os obstáculos terríveis para tentar o caminho certo.




A esquerda adora tripudiar da polícia, vista como “fascista”. Adora tratar bandido como “vítima da sociedade”, o que é um desrespeito com todos os pobres que se esforçam diariamente para se sustentar ou se preparar para a vida honesta de trabalhador.



Nosso ensino público é um tremendo fracasso. As causas não têm ligação com o que aponta a esquerda. Não falta verba pública apenas. Há o problema da doutrinação ideológica por parte de militantes disfarçados de professores. Há a falta de segurança em muitas escolas, dominadas pelos bandidos. 



Há falta de disciplina a muitos alunos violentos e desrespeitosos. Há uma mentalidade marxista de que o rico é opressor e o pobre, oprimido, fomentada por Paulo Freire, o “patrono” de nossa “educação”. E há a mentalidade igualmente paulofreireana de que os professores têm tanto a aprender com os garotos do gueto como estes com os professores.



Enfim, está quase tudo errado. E nesse cenário não há como imaginar o Brasil melhorando nos rankings internacionais do Pisa, disputando vagas no mercado internacional de trabalho, liderando o desenvolvimento de novas tecnologias. O PT esteve no poder por longos 13 anos, e não tivemos melhora alguma nos resultados. A esquerda vai mesmo insistir em suas receitas fracassadas, demandar somente mais recursos públicos para esse modelo falido?


Rodrigo Constantino


A barbárie socialista na Universidade de Brasília



Um relato de quem encarou a feia face da autoritária esquerda universitária e resistiu.

“Nossa paciência conquistará mais do que nossa força”


Edmund Burke


É bastante alardeado por grupos de esquerda, dos moderados aos radicais, que a universidade brasileira deve ser um espaço democrático e plural. Esses grupos denunciam, a torto e a direito, o que chamam de ataques às minorias. Dizem defender o debate franco, a diversidade e o pluralismo. Tudo muito bonito… mas falso.


bsNo dia 7 de junho de 2016, terça-feira, participei de um ato do Movimento Reação Universitária (MRU) na Universidade de Brasília (UnB). 



Estudo naquela instituição e faço parte do MRU, que congrega estudantes conservadores e liberais que querem exercer sua liberdade de expressão sem medo de agressões covardes. 



A principal pauta de nossa manifestação pacífica — que, aliás, foi avisada à Reitoria da UnB antes de ocorrer — eram as paralisações que alguns grupos de estudantes e professores querem promover “contra o golpe”. Reunimos cerca de 30 alunos no prédio principal do Campus Darcy Ribeiro, o Instituto Central de Ciências (ICC), na entrada da ala norte. Chegamos um pouco antes do meio-dia, horário marcado para começar nosso ato, para confeccionar alguns cartazes e dar início a tudo.


Pouco depois do meio-dia, grupos de duas outras manifestações, que começaram em outros pontos do ICC, caminharam até onde estávamos e se juntaram com um único objetivo: nos hostilizar. Eram cerca de 150 pessoas — cinco vezes mais do que nós. Ali onde estávamos, experimentamos, por longos minutos, o grau de tolerância da esquerda universitária: nos xingaram de fascistas, racistas, machistas e homofóbicos; nos empurraram, apontaram dedos em nossos rostos e nos cuspiram; arrancaram cartazes das mãos de algumas meninas que protestavam junto conosco; lançaram tinta vermelha contra nós. Tudo isso aos berros, e embalado por palavras de ordem deste tipo:


"É NO FUZIL
É NA PEIXEIRA
NA UNB A JUVENTUDE É GUERRILHEIRA"

Ouvimos que não pertencíamos à UnB. Acusaram-nos de sermos assassinos. Chegamos a ouvir que, se eles pudessem, teriam nos matado. E tudo isso sob o olhar passivo do corpo de segurança da universidade.


Em dado momento, um simpatizante da nossa manifestação, que estava no mezanino da área onde éramos hostilizados, desfraldou uma bandeira do Brasil Império. Membros da horda que nos intimidava correram até ele e tentaram arrancar-lhe a bandeira. O vídeo do ocorrido já está sendo amplamente divulgado. 


(N.doE.: O vídeo acima.) O rapaz tomou dois socos tão fortes que seus óculos arrebentaram no rosto. Uma equipe da UnBTV tentou nos entrevistar, mas fomos ainda mais hostilizados. Ficou claro que o corpo de segurança da universidade nada faria para impedir que mais violência fosse cometida. Assim, decidimos abandonar o espaço por volta das 13h30.


Todas essas agressões foram registradas em foto e vídeo. Tudo relatado aqui traduz fielmente o que aconteceu naquele dia, onde, por quase uma hora e meia, experimentamos o autoritarismo e a barbárie dos grupos ideológicos que, formados por alunos e incitados por professores e partidos políticos, instauraram na UnB um clima de terror ideológico. Se há alguma dúvida de que o patrulhamento político e a doutrinação ideológica são a base do cotidiano acadêmico na UnB, já não resta mais dúvida alguma.



A Universidade de Brasília também é nossa. A liberdade de expressão é um direito sagrado de todos, e reconhecido como tal pela Constituição Federal. Mas não há liberdade de agressão, e nenhuma das agressões que sofremos (e registramos) ficará impune. A violência que sofremos não nos esmorece: nos fortalece. 


E, diante de tudo, garantimos uma coisa: nós chegamos para ficar.



Não parar.


Não precipitar.


Não retroceder.



https:
//medium.com/@felipeoamelo

Resenha do livro "The Organizational Weapon: A Study of Bolshevik Strategy and Tactics"


51pUKMOyfuL._SX331_BO1,204,203,200_A forma como ele trata esse assunto revela, claramente, a estupidez dos esforços gerais hoje em voga na repressão do comunismo em âmbito nacional.
O enfoque dado por Selznick, é de se notar, é bastante diferente do estabelecido pela discussão sociológica convencional sobre organização social.



Este livro é uma obra de primordial importância. O professor universitário Selznick executou excelentemente sua tarefa de delinear as estratégias e táticas utilizadas pelos comunistas em sua missão revolucionária habitual. Ademais, este trabalho renderá ao leitor perspicaz uma compreensão muito clara a respeito da estrutura fundamental da sociedade moderna. 




Pois, ao retratar as maneiras por meio das quais os comunistas procuram ganhar controle sobre grupos e organizações cruciais, Selznick ressalta, semelhantemente ao que ocorre quando se aplica corante a um tecido vivo, as linhas básicas de controle na sociedade moderna. Nesse importante sentido, o livro acaba sendo uma análise muito mais penetrante na organização da vida moderna do que tudo que está contido nos inúmeros estudos, baseados tanto em teorias quanto em investigações, atualmente feitos por sociólogos no campo da organização social.



A descrição das estratégias e táticas bolcheviques feita pelo professor Selznick teve como base uma análise cuidadosa de escritos leninistas e stalinistas, comentários feitos por terceiros, registros de investigações e audiências que tratam das atividades comunistas e, aparentemente, um considerável acervo de materiais protegidos pelo governo federal. Ele se mostra incrivelmente à vontade com esses materiais, ao ser capaz de reconhecer o que há de essencial em meio ao vasto volume de materiais sobre o procedimento comunista, ao entender suas implicações e ao compreender suas inter-relações.



Um resumo dos pontos principais de sua análise pode ser apresentado, embora em detrimento da riqueza de se adentrar profundamente a questão. 



O objetivo dos comunistas, demonstra Selznick, não é tanto doutrinar as massas de pessoas com uma ideologia ou tomar o controle do governo no estilo revolucionário tradicional, mas, em vez disso, buscar a conquista das unidades funcionais estratégicas em uma sociedade – grupos como sindicatos, organizações de veteranos, grupos de jovens, desempregados, na verdade, qualquer grupo que ofereça uma base para operações expansionistas. 



Portanto o esforço dos comunistas tem como prioridade número um a procura por pontos de apoio iniciais em grupos e instituições que possam oferecer, por sua vez, meios de se moverem, progressivamente, em direção à usurpação cada vez maior do poder, até que o controle do aparato social de uma coletividade esteja garantido. O ponto de partida para que seja empregada essa forma de trabalho é a criação do partido comunista – um “partido de combate”, que consiste em uma elite de agentes de confiança completamente doutrinados, habilmente treinados e rigidamente disciplinados. 



A integridade do partido de combate é desenvolvida e preservada pelo isolamento psicológico de seus membros e pela proibição rígida de disputas internas a respeito de metas ou objetivos. Isso fornece uma membresia confiável e fortemente unida, que pode ser mobilizada, manipulada, posicionada e dirigida conforme seja necessário à política e à estratégia empregadas pelo líder que esteja na direção.



O partido de combate é o instrumento empregado para utilizar a energia potencial encontrada nas massas e dirigi-la aos objetivos do partido. A massa é concebida não como um agregado amorfo e difuso, mas como um conjunto de grupos e organizações especializados que estão vantajosamente posicionados e que são, ou podem ser, fontes de poder. Tais grupos e instituições tornaram-se os alvos para os esforços que os comunistas empregam na busca pelo poder. 



Existem quatro princípios ou demandas pelos quais o partido de combate é guiado nessa persistente busca pelo poder: (1) desenvolver meios de abordar seus grupos-alvo; (2) neutralizar elites concorrentes que possam estar se esforçando para controlar esses grupos-alvo; (3) legitimar quaisquer posições de poder que sejam conquistadas, de modo que tais posições de poder sejam reconhecidas e aceitas pelas pessoas como autoridades sancionadas; e (4) mobilizar os grupos capturados, de forma que possam ser postos em movimento em conformidade com as diretrizes desejadas pelo partido.



O professor Selznick analisa de forma eficaz (a) o conjunto de estratégia desenvolvido pelos comunistas em relação a essas quatro demandas e (b) muitas das táticas operacionais utilizadas para implementar tais estratégias. 



Apenas algumas das estratégias precisam ser mencionadas aqui: a formação, nos grupos-alvo, de equipes clandestinamente treinadas [1]; seus esforços mútuos para ganhar cargos decisórios; o descrédito de funcionários e grupos internos que estejam em seu caminho; a prontidão para cumprir rigorosamente as metas nas organizações-alvo como um meio de mover-se em direção ao poder; a participação em frentes unidas, fazendo exigências impossíveis e, depois, jogando em outros grupos a responsabilidade pela quebra da frente unida; o ato de levar a atividade conspiratória não só aos bastidores dos órgãos públicos, como também para além de seus muros. 



Em geral, como mostra o professor Selznick, a busca pelo poder por parte dos comunistas é marcada pela alta adaptabilidade e rapidez nas táticas. Em última instância, os comunistas procuram desenvolver, progressivamente, uma rede fluida de poder e controle dentro de grupos e instituições estabelecidos, e, desse modo, no momento propício, encontrar-se-ão em posição de deslocar a autoridade constitucional em uma dada sociedade.


Com base na sua profunda análise sobre tais estratégias e táticas, o professor Selznick apresenta um capítulo final intitulado “Problems of Counteroffense” (“Problemas da Contraofensiva”), no qual, sabiamente, comprova que a estratégia passo a passo dos comunistas fornece os mesmos itens de conhecimento que podem ser utilizados para bloquear e anular o esforço comunista. A forma como ele trata esse assunto revela, claramente, a estupidez dos esforços gerais hoje em voga na repressão do comunismo em âmbito nacional, particularmente as táticas, amplamente usadas, de minar e desacreditar os sujeitos que são exatamente os arquirrivais dos comunistas na luta pelo controle de grupos e instituições.


Para voltar a um pensamento expresso por este resenhista no parágrafo inicial, esta ponderada e penetrante análise da estratégia comunista de conquista do poder revela precisamente coisas muito importantes sobre a estrutura do nosso tipo moderno de sociedade – tais como os centros estratégicos de poder, o fato de se mudar o foco da liderança para a membresia, as formas fundamentais de funcionamento interno das instituições e organizações, a coordenação e manipulação de pessoas, as atividades conspiratórias encobertas sob a fachada de organizações notáveis e a captação e utilização de poder. 



Na verdade, é precisamente na identificação dos procedimentos por meio dos quais a organização é formada e por meio dos quais as unidades sociais operacionais são controladas que a estrutura de funcionamento da nossa sociedade moderna é descoberta. Esse tipo de enfoque, é de se notar, é bastante diferente do estabelecido pela discussão sociológica convencional sobre organização social. O professor Selznick tem procurado traçar um panorama geral da situação em suas discussões, especialmente no capítulo intitulado “Vulnerability of Institutional Targets” (“Vulnerabilidade de Alvos Institucionais”). O tratamento que ele dá à natureza da “sociedade de massas” parece a este resenhista ser, de longe, o melhor na literatura disponível. Ele certamente merece ser estudado em seus pormenores por sociólogos.



A discussão ora apresentada aponta para a fraqueza número um da análise extraordinariamente bem feita que o professor Selznick fez, qual seja a ausência de uma maior atenção aos muitos casos em que as estratégias e táticas comunistas provaram ser ineficazes. Esse é exatamente o exemplo do que significa organização recalcitrante. Esses casos tornam-se as pistas para a exumação da organização sólida de uma sociedade em funcionamento.



É de se esperar que o professor Selznick prossiga nos seus estudos sobre tais assuntos, pois eles oferecem o que seja, talvez, a linha mais frutífera de desenvolvimento de uma análise realista e significativa de organização social.




Nota da tradutora:[1] Equivale às células de base, aos núcleos de base ou às organizações de base previstas nos estatutos partidários da extrema esquerda. Para melhor compreensão da composição, finalidade e funcionamento da organização de base, recomenda-se a leitura dos artigos 34 – 37 do estatuto do PCdoB, bem como do artigo “Organizações de Base: os alicerces do PCdoB”.

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Tradução: Gleice Queiroz

Revisão: Rodrigo Carmo



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Ódio, força motriz da mente revolucionária


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A Revolução Francesa causou (e ainda causa) assombro em todo o mundo, e por diferentes motivos. O morticínio provocado pelos revolucionários deixou atrás de si um rastro de sangue inocente, e foi um divisor de águas na história do homem sobre a terra. Mais do que uma característica inerente aos processos revolucionários que se seguiram, o extermínio do inimigo e a destruição de tudo o que ele representa é um traço essencial da mentalidade revolucionária. De fato, a principal força motriz de todo revolucionário tem um nome: ódio – puro, cristalino, manifestado sobretudo no terror.


Uma análise objetiva dos fatos que se deram durante todos os processos revolucionários bastaria para revelar isso – desde a guilhotina dos jacobinos, passando pelos gulags soviéticos e campos de concentração nazistas, até os campos de trabalho e reeducação de Cuba, China e Coréia do Norte. 



Apesar de hoje a mentalidade revolucionária não ser uma exclusividade marxista – há diferentes ideologias que compartilham desse ódio, mesmo sem advogar uma revolução violenta –, ela foi profundamente influenciada pelo marxismo. Para que não haja dúvida, deixemos que os próprios revolucionários falem a esse respeito.



Maximilien de Robespierre, o mais virulento dos líderes da Revolução Francesa (aliás, profundamente admirado por Karl Marx), em seu discurso “Sobre os princípios da moral política”, de 5 de fevereiro de 1794, disse:


O terror não é outra coisa que a justiça expedita, severa, inflexível; é, pois, uma emancipação da virtude. É muito menos um princípio contingente do que uma conseqüência do princípio geral da democracia aplicada às necessidades mais urgentes da pátria.


Na mesma linha, Karl Marx defendia com ardor o ódio, plasmado através do terror, como princípio universal de atuação do revolucionário:


Há apenas um caminho pelo qual os estertores agonizantes da velha sociedade e os sangrentos espasmos do nascimento da nova sociedade podem ser encurtados, simplificados e concentrados, e esse caminho é o terror revolucionário. (Karl Marx, “A Vitória da Contra-Revolução em Viena”. Neue Rheinische Zeitung, 7 nov. 1848)


Nós não temos compaixão, e não lhes pedimos compaixão. Quando nossa hora chegar, não haveremos de inventar desculpas para o terror. (Karl Marx, artigo da última edição do Neue Rheinische Zeitung, 18 maio 1849)


Vladimir Lênin, líder máximo da Revolução Bolchevique de 1917, não hesitava em defender e aplicar o terror. Um exemplo claríssimo disso foi a maneira como lidou com uma revolta de kulaks (proprietários rurais de médio porte que empregavam mão-de-obra em suas fazendas) na região de Penza Oblast em 1918. Ao orientar os líderes comunistas da região – Vasily Kurayev, Yevgenia Bosch e Alexander Minkin – a como suprimir a revolta, em telegrama datado de 11 de agosto de 1918, Lênin assim ordenou:


Camaradas! A insurreição dos cinco distritos kulak deve ser impiedosamente suprimida. Os interesses de toda a revolução dependem disso, pois ‘a última batalha decisiva’ com os kulaks está acontecendo em toda parte. É preciso dar exemplo.

  1. Enforquem (e se certifiquem que os enforcamentos aconteçam aos olhos de todos) não menos do que cem proprietários conhecidos, homens ricos, sanguessugas.
  2. Divulguem seus nomes.
  3. Confisquem toda sua produção.
  4. Façam reféns de acordo com o telegrama de ontem.


Façam-no de tal forma que, num raio de centenas de quilômetros, o povo possa ver, tremer, saber, gritar: “eles estão sufocando, e vão sufocar até a morte, esses kulaks sanguessugas”.


         Seu, Lênin.


         Encontrem pessoas realmente duras.


Esse mesmo ódio assassino, manifestado pelo terror, é apaixonadamente defendido por Che Guevara – admirado até mesmo por grupos LGBT, a despeito de ter defendido que a homossexualidade era uma doença da burguesia e ativamente perseguido gays. 


Em sua “Mensagem aos Povos do Mundo Através da Tricontinental”, de 16 de abril de 1967, escreveu:


O ódio como fator de luta: o ódio intransigente ao inimigo, que impulsiona mais além das limitações naturais do ser humano e o converte numa efetiva, violenta, seletiva e fria máquina de matar.


Mesmo a Nova Esquerda, que se apresenta de modo quase sempre tão romântica e inocente ao recusar a violência do marxismo-leninismo, enxerga a importância e a necessidade do ódio. Herbert Marcuse, um dos luminares da Escola de Frankfurt, declarou-o sem receio ao palestrar na Universidade Livre de Berlim Ocidental em julho de 1967:



Não há dúvida de que, no curso de movimentos revolucionários, emerge o ódio, sem o qual a revolução é simplesmente impossível, sem o qual não há libertação. Nada é mais terrível do que o sermão “não odiais o vosso inimigo”.


Paulo Freire, que usava a própria aparência – longa barba branca, jeito manso de falar, linguajar hermético cheio de neologismos “poéticos”, a típica imagem de sábio presente no inconsciente coletivo – como arma de propaganda, defendia, em “Pedagogia do Oprimido”, que o ódio, manifestado na rebelião, era um gesto de amor dotado de superioridade moral ímpar:


Na verdade, porém, por paradoxal que possa parecer, na resposta dos oprimidos à violência dos opressores é que vamos encontrar o gesto de amor. Consciente ou inconscientemente, o ato de rebelião dos oprimidos, que é sempre tão ou quase tão violento quanto a violência que os cria, este ato dos oprimidos, sim, pode inaugurar o amor. […]
Um ato que proíbe a restauração deste regime [dos opressores] não pode ser comparado com o que o cria e o mantém.


Todo revolucionário alega que luta por um mundo melhor. Todo revolucionário atesta que, por enfrentar um inimigo violento, é preciso utilizar táticas violentas, ora de forma explícita, ora de forma sorrateira. E todo revolucionário acredita que a beleza de suas bandeiras justifica a baixeza de suas ações. 


No entanto, é cristalino que, sob tudo isso, o que age é o ódio – essa força poderosamente bestial que perverte a alma humana e nos desumaniza à condição de monstros.


Publicado no Politburo.



BRASIL TEM DE ROMPER COM A ONU. NÃO VAMOS RECEBER ORDENS DESSES GLOBALISTAS VAGABUNDOS. FORA PICARETAS.



segunda-feira, junho 13, 2016


Aqui está um exemplo de como os jornalistas vagabundos que dominam a redações dos veículos de mídia são penas alugadas da ONU e da União Européia, essas duas entidades dominadas pelo movimento neo-comunista que tem em mira destruir os fundamentos da civilização ocidental, com destaque para a liberdade individual e o estado laico. 

Exemplo disso é a matéria publicada no site da revista IstoÉ, fazendo rodar o moinho da 'engenharia social'. Repercute o que diz um vagabundo, um farsante, um escroto da ONU, que interfere na soberania da Nação brasileira. Na maior cara de pau repreende o governo do Presidente Michel Temer, implicando como o fato de que não há negros suficientes no ministério. 

Esse vagabundo da ONU, que é um muçulmano, que vá ditar regras para o seu país. Mas o editor da IstoÉ, pelo que se nota é um cúmplice desses coveiros da nossa liberdade. Não pode ser de graça. Deve estar comendo bola desses lazarentos da ONU que vivem como nababos com o nosso dinheiro e ainda querem nos dar ordens. O Brasil tem de romper como esses organismos multilaterais que não passam na atualidade de ajuntamentos de comunistas vagabundos que pretendem erigir um governo mundial e colocar uma canga em cada um de nós. Fora com essa canalhada.
Esse árabe islâmico, Zeid Al Hussein, que vá dar ordens para o seu país. Esse traste vive com o dinheiro que o Brasil paga anualmente à ONU e ainda quer interferir nas decisões do nosso governo. Vai tomar caju seu pilantra!


A Organização das Nações Unidas (ONU) se queixa da falta de negros na cúpula do governo brasileiro e aponta que, com mais de 150 milhões de afrodescendentes na América Latina, essa população ainda está pouco representada nas decisões políticas.


Em discurso, o Alto Comissário de Direitos Humanos da ONU, Zeid Al Hussein se disse “preocupado com a baixa representação política de afrodescendentes na América Latina e no Caribe “.


“Existem cerca de 150 milhões de pessoas de descendência africana na região, somando quase 30% da população. Eles são mais da metade da população do Brasil e mais de 10% da população de Cuba”, afirmou Zeid. “Mas sua representação nos altos níveis do governo, incluindo nos ministérios, é muito inferior”, alertou.


“A representação importa”, insistiu o jordaniano. “Esse déficit de representação na cúpula do poder afeta toda a sociedade: parlamentos, locais de trabalho no setor público e privado, escolas, tribunais, na imprensa – todos lugares em que às vozes dos afrodescendentes são dados muito pouco peso”, disse.


“As vozes, as escolhas, as experiências e os rostos dos afrodescendentes precisam ser melhor refletidos”, afirmou. “Peço que esses governos tomem ações para refletir a diversidade de sua população dos órgãos de tomadas de decisão, incluindo a consideração de políticas de ação afirmativa”, completou. Do site da revista IstoÉ


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IDIOTICE NEOESQUERDISTA

quarta-feira, junho 15, 2016



Por Maria Lucia Victor Barbosa (*)

Na magistral obra de Plinio Apuleyo Mendoza, Carlos Alberto Montaner e Alvaro Vargas Llosa, “O Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano”, explica Mario Vargas Llosa no prefácio:

“A idiotice que impregna esse “Manual” não é a congênita, mas de outra índole. Postiça, deliberada e eleita, se adota conscientemente por preguiça intelectual, modorra ética e oportunismo civil. Ela é ideológica e política, mas acima de tudo, frívola, pois revela a abdicação da faculdade de pensar por conta própria, de cotejar as palavras com os fatos que elas pretendem descrever, de questionar a retórica que faz às vezes de pensamento. Ela é a beataria da moda reinante, o deixar-se levar sempre pela correnteza, a religião do estereótipo e do lugar comum”.


No Brasil temos o PT como grande partido de esquerda e partidos nanicos que gravitam ao seu redor, São dotados da mesma idiotice a que se referiu Mario Vargas Llosa, sendo bom esclarecer que temos três grupos de idiotas neoesquerdistas: o que compõe a massa de manobra, os oportunistas e as espertas lideranças políticas:


Os que se tornam massa de manobra são os que recebem uma lavagem cerebral que geralmente começa na juventude, quando se é doutrinado na escola ou na universidade por professores marxistas pertencentes ao PT. 



Sem maturidade para cotejar os fatos à luz da realidade os cérebros juvenis absorvem algumas noções marxistas recheadas com palavras de ordem.  


 Aprendem que ser de esquerda é ser bom, defensor dos pobres, um sujeito de caráter. Na direita, ao contrário, está a elite maldosa, seguidora de um tal de neoliberalismo, opressora dos fracos e oprimidos. Idealistas, em busca de bandeiras que justifiquem seu existir às vezes sem graça, os jovens abraçam com ardor ideias que os transformarão em fanáticos. Tudo será justificado em nome da fé.


Nas universidades ou alunos e professores seguem essa trilha ideológica ou simulam que seguem. Isso porque, não ser petista significa não conseguir nada, nem bolsas nem acesso a pós-graduações nem mesmo, no caso dos alunos, notas para passar se a prova não contiver teor marxista.



Os jovens doutrinados quando formados seguirão idiotizados. Serão artistas, profissionais liberais, clérigos, sindicalistas, militantes do PT ou de pequenos partidos de esquerda, ou seja, lá o que for. Nenhum terá noção do que foi o comunismo com seus horrores e opressões.


 Para reforçar essa deformação intelectual recentemente o MEC quis tirar do ensino a História europeia. Apenas se aprenderia sobre América Latina e África, sem dúvida, com base em louvações e inverdades como, por exemplo, crer que democracia perfeita só existe em Cuba e na Venezuela



Os idiotas neoesquerdistas desconhecem o que foram os totalitarismos comunistas e nazista, irmãos xifópagos que infelicitaram a vida de milhões de pessoas. Ruins, dizem soberbamente, são os Estados Unidos, o grande Satã Branco onde vão frequentemente passear, comprar, estudar, tratar da saúde, sendo que muitos vão para morar.



Se nem todos passaram por universidades, a massa de manobra foi sendo generalizada na sociedade através de uma visão distorcida de mundo na qual se repete que para ser decente a pessoa tem que ser de esquerda. Note-se que nenhum dos nossos partidos políticos, esses trampolins para alcançar o poder, se rotulam de direita. São de esquerda, centro-esquerda, centro e, no máximo de centro direita. Direita virou palavrão. Conservador e neoliberal, que não têm a mesma significação conceitual, são insultos.


Foi através desse processo orientado pelo Foro de São Paulo, entidade que congrega as esquerdas latino-americanas, que o PT triunfou para chegar agora à sua profunda decadência cuja causa reside na ganância, na incompetência e na corrupção institucionalizada de suas lideranças cujo chefão é Lula da Silva.
Na verdade, as lideranças de esquerda em todo mundo nunca fugiram deste padrão. No poder enriqueceram, se tornaram corruptos, se aferram ao poder e produziram ditaduras cruéis.


Escapamos por enquanto disto por conta do retumbante fracasso do governo petista, mesmo assim, em que pese o desastre sob o comando de Dilma Rousseff que levou o País aos abismos da recessão, da inflação, da inadimplência, do desemprego, dos Pibinhos, muitos idiotas neoesquerdistas ou espertos oportunistas bem pagos dos movimentos sociais, sindicais ou estudantis vão às ruas gritar: “volta querida”, “fora Temer”. Prova que o PT quase acabou, mas o petismo segue firme.


Dia destes em Brasília, uma manifestação cuja maioria devia ser petista tornou-se o símbolo máximo da idiotice neoesquerdista. Perto do Palácio da Alvorada um bando tirou a parte de baixo das roupas e exibiu seus traseiros gordos para depois gritar: “Fora Temer”. Mostraram assim que é com essa parte do corpo que raciocinam e não com o cérebro. Isso por si só explica muita coisa sobre o neoesquerdismo. Imagine-se o que acontecerá se Rousseff voltar. Com perdão da expressão, viveremos sob a ditadura de uma bundocracia.

(*) Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.