terça-feira, 20 de agosto de 2019

Pequenos em perigo: aumenta o tráfico de crianças no mundo












por Maria Fernanda Garcia, do Observatório 

do Terceiro Setor – 


Segundo o levantamento, que analisou dados de 142 países, as crianças representam 30% de todos os indivíduos traficados, com o número de meninas afetadas sendo bem maior que o de meninos.


O relatório foi feito pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e aponta um crescimento consistente na quantidade de pessoas traficadas desde 2010. A Ásia e as Américas foram as duas regiões com o maior aumento de vítimas detectadas.


Segundo o relatório, em 2016, quase 25 mil pessoas foram traficadas no planeta. O sexo feminino representou 70% do total, com as meninas (crianças) representando 20% de todas as vítimas em nível mundial.

A exploração sexual continua sendo o principal objetivo do tráfico e responde por 59% do total dos casos. O trabalho forçado foi identificado em 34% das ocorrências.

Embora as crianças sejam em sua maioria vítimas do tráfico para trabalhos forçados (50%), muitas também são vítimas de exploração sexual (27%) e outras formas de exploração, como mendicância forçada, recrutamento em tropas e grupos armados e atividades criminosas forçadas.


As meninas foram vítimas de exploração sexual em 72% dos episódios analisados. Casos de trabalho forçado envolvendo as jovens menores de idade equivaliam a 21% do total.


Mulheres e meninas representam 75% das pessoas traficadas para exploração sexual e 35% dos indivíduos que vão parar em situações de trabalho forçado.


(Observatório do Terceiro Setor)




Nem Judasciário, nem Impuneciário!

Alerta Total <noreply+feedproxy@google.com>
Para:parkwayresidencial@yahoo.com.br
20 de ago às 06:00

Alerta Total


Posted: 19 Aug 2019 03:02 AM PDT


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
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O que se pode esperar de uma Corte eminentemente constitucional, mas que é colocado ou aceita a função de julgar toda e qualquer coisa, encarando dilemas extremos entre punir um magistrado como Sérgio Moro e soltar um corrupto democraticamente condenado como Luiz Inácio Lula da Silva? É o desgaste a que ficam expostos alguns dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal do Brasil. No próximo dia 27, a segunda turma pode optar entre ferrar o juiz e aliviar a barra do preso cheio de regalias.

É surreal estarmos diante de uma polarização antidemocrática entre um condenado que se finge de inocente e um agora ex-juiz que os canalhas ousam chamar de “bandido” nas redes sociais. O fato mais lamentável é que a maior parte do desgaste imagético é paga pela instituição Supremo Tribunal Federal. Não merece ser classificado como “democrático” o País em que o STF se torna desgastado e impopular porque boa parte de seus membros (em cargos “vitalícios” até completarem 75 anos de idade) tomam decisões que enfraquecem o legítimo combate à corrupção institucionalizada e sistêmica.


Definitivamente, os integrantes do STF não podem mais colaborar para um Brasil Oclocrático. Suas Excelências togadas já devem ter constatado que a maioria esmagadora da população já perdeu a paciência há muito tempo. Agora, algumas pessoas mais ousadas, mesmo exagerando na dose das manifestações, promovem atos como os da imagem acima. O incêndio simbólico do STF deveria queimar na consciência dos 11 ministros. A crítica extremista (concorde-se ou discorde-se dela) reflete, na verdade, uma revolta popular direta contra a injustiça, o abuso de autoridade e a impunidade. Estes três vícios institucionais do Brasil são inaceitáveis e imperdoáveis.

No próximo dia 25 de agosto (coincidentemente Dia do Soldado), a Corte Constitucional, em particular, e o Judiciário brasileiro, como um todo, serão alvos diretos de mais uma expressiva manifestação popular nas ruas das principais cidades do País, por convocação de movimentos organizados nas redes sociais da Internet. É um fato raro, praticamente inédito no mundo ocidental, que expressivos segmentos da sociedade exerçam uma pressão tão alta sobre o Judiciário (que acaba visto como um Judasciário que pratica rigor seletivo nas condenações ou que assume ares de Impuneciário ao aliviar a barra dos bandidos mais poderosos).

Espera-se que os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e os 33 integrantes do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ajudem a liderar e consolidar um Pacto, de verdade, em favor do senso de Justiça e contra a injustiça, a impunidade e a Corrupção. O que presenciamos e sofremos atualmente no Brasil é uma aberração do desejável Estado Democrático de Direito.

A hora em que o pirão desandar, com a massa perdendo a paciência e a porrada comendo de verdade, os poderosos vacilões não terão o menor direito de reclamar. É melhor nem apostar que alguma melhora econômica possa mascarar o risco de explosão de insatisfação popular. Simplesmente não teremos melhora econômica segura, se o problema “judiciário” não for resolvido o mais depressa possível.

É urgente e recomendável que mudemos nossos paradigmas de análise. A degradação institucional aumenta de velocidade e intensidade sob pressão de uma sociedade cada vez mais interligada nas redes sociais da Internet. A “pancadaria” virtual está muito intensa e com fortes indícios de agravamento. Não adianta censurar, nem fazer cara feia, nem abrir licitação para comprar equipamento anti-motim...

É preciso tomar atitudes efetivamente democráticas, com muita tolerância e habilidade de negociação, sem entrar no jogo perdido das radicalizações com faniquitos autoritários. Será que os “poderosos de plantão” não fizeram uma leitura correta da recente entrevista do presidente do STF à revista Veja? José Dias Toffoli tem sinalizado com o tal “Pacto” de Governabilidade – que se baseia em um consenso em torno de decisões corretas que precisam ser tomadas para o Brasil se livrar do Regime do Crime (a Oclocracia). Quem não agir neste sentido corre o risco de acabar “pagando o pato”...

Quem não entender que o Brasil atual é insustentável e insuportável tende a se dar muito mal. Por isso, a receita básica: Nem Judasciário, nem Impuneciário! O Brasil precisa de Democracia, Justiça e muita, mas muita Tolerância...

Resumindo: É Capitalismo Democrático, ou bunda de fora!

Releia o artigo de domingo: Cenas dos próximos capítulos no Brasil







Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!

Jorge Serrão é Editor-chefe do Alerta Total. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.  A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Apenas solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 19 de Agosto de 2019.
Posted: 18 Aug 2019 10:00 PM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira

Estamos no fim da Era da Conversinha Mole.

A próxima etapa: é tapa!

Na “oreia” ou na cara, em urubu ou avis rara.

A primeira “vítima”, suponho, será um gordinho, vulgo Nhônho.

Num capinzal verdejante em que pasta um verdevaldo, viceja quem o vernáculo espanca à coices de mula manca.

Como o poderoso cai! Mesmo defendido por cá, cai!

Perto de “los hermanos”, em tudo e por tudo insanos, nossa política é um mar de rosas.

Por que o “mocinho” foi derrotado nas preliminares?

Porque não se deu o respeito; conversou com bandidos o tempo inteiro; de ladrões a líder piqueteiro.

A viola, agora em cacos, leva-lo-á a pentear macacos.

A maior coincidência é o uso de urnas eletrônicas da mesma empresa “boazinha” que aqui bostejou por vários pleitos.

Sem onça que os socorra, impedindo fraude, a mídia vendida vê e aplaude.

Sem o Brasil no Mercosul (para eles Mercosud) afogar-se-ão no Prata ou no brejo. Nadaremos de braçadas no Douro ou no Tejo.

Saudades do Gardelón! Mui amigos ustedes. Trocam patinetes por Mercedes.

Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
Posted: 18 Aug 2019 10:00 PM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Maria Lucia Victor Barbosa

A Argentina foi sempre um constante desafio para os estudiosos, pois não é fácil interpretar sua acidentada trajetória. O começo foi  atribulado desde que Pedro de Mendoza, em 1536, estabeleceu na margem ocidental do rio da Prata o acampamento que denominou Puerto de Nuestra Señora Santa Maria del Buen Aire. O apogeu e glória se deu a partir de 1880, seguindo-se cinquenta anos aproximadamente do que se denominou de “Era do Ouro”. Depois o mergulho na decadência, na violência institucionalizada, a intermitência entre prosperidade e declínio.

Essa Argentina que já foi chamada de enigma, com suas marcas coloniais, seu estilo europeizado, seus acordes passionais de um nostálgico tango, também já foi considerada a vanguarda da América Latina por ser o lugar onde as coisas acontecem primeiro.  E sendo um genuíno país latino-americano não se pode esquecer a tendência populista que se alternou em seus governos e aquele falso esquerdismo que sempre marcou os povos latinos. Tampouco não se olvide outra característica latino-americana: a ingovernabilidade.

Em um dos meus livros, América Latina – Em Busca do Paraíso Perdido, discorri longamente na segunda parte sobre a Argentina. Em um pequeno artigo isso é impossível por vou me referir aqui de modo bem resumido apenas a três governantes que demonstraram traços marcantes da cultura política argentina. São ele: Rosas, Sarmiento e Perón.

Juan Manuel de Rosas foi a essência do caudilhismo e tornou-se governador de Buenos Aires em fins de 1829.  Segundo Carlos Rangel, na sua obra Do Bom Selvagem ao Bom Revolucionário:

“Rosas foi o mais centralizador de todos os chefes de governo na Argentina, porquanto seu pretenso federalismo como o de todos os dirigentes dos países da América Latina, só revelava, na realidade, a ambição egoísta de ser o senhor do seu feudo e, depois, quando o poder adquirido tivesse ultrapassado os dos outros feudais, obter a submissão ou aniquilá-los”.

Domingo Faustino Sarmiento foi um educador, um escritor e um político argentino. Ele governou a Argentina de 1868 a 1874 e esse verdadeiro liberal modernizou o país através de ampla reforma educacional, dos estímulos às liberdades civis, da construção de uma rede ferroviária, da expansão comercial, do incentivo à imigração.

Sua obra, Facundo: Civilização e Barbárie (1845) é uma das mais importantes da literatura latino-americana para se entender num sentido histórico, sociológico e político o que era e, portanto, o que vem a ser a terra da prata. Sarmiento foi o representante da civilização e sua grande admiração pelos Estados Unidos o levou a uma série de observações e análises como um Tocqueville à moda latino-americana.

Através do seu governo (1946-1955) Juan Domingo Perón foi odiado por uns, idolatrados por outros e isso acontece até hoje. Carlos Rangel, em sua obra aqui já citada afirmou que “Perón conseguiu reconduzir a Argentina ao obscurantismo autóctone de maneira evidente”. Atribuiu a ele ter arruinado o país política e economicamente conseguindo torná-lo quase ingovernável.

De todo modo, ficaram evidentes certos elementos marcantes da era peronista. Foram eles: a falsa democracia, o nacionalismo ultraxenófobo, a demagogia e o populismo exacerbado.

Recentemente, um fato aconteceu na Argentina que chamou atenção. Foram as prévias eleitorais nas quais a chapa Alberto Fernández para presidente tendo como vice-presidente Cristina Kirchner, ficou à frente do presidente Mauricio Macri que disputa a reeleição.

A eleição será em outubro e não existe como prever o que acontecerá, entretanto, o espectro da ingovernabilidade ronda a Argentina caso se confirme a vitória de Kirchner, na medida em que certamente ela terá ação decisiva nos destinos do país.

Vejamos o legado de Cristina Kirchner, que foi bem resumido no O Estado de S. Paulo (14/08/2019):

“O legado da ex-presidente é bem impressionante e, sob qualquer aspecto deveria representar o fim de sua carreira política. Além de ser processada por corrupção e de ter escapado da prisão em razão de sua imunidade parlamentar como senadora. Cristina arruinou os fundamentos econômicos da Argentina – obra que começou no governo de seu antecessor e marido, Néstor Kirchner.

A trajetória política da Argentina e esses fatos mais recentes, lembram um antigo comercial de vodca: “Eu sou você amanhã”. É como se a Argentina nos dissesse isso, pois seus acontecimentos políticos sempre antecederam os nossos de modo não exatamente igual, mas semelhante.

No momento, enquanto o presidente Bolsonaro vem sendo cerceado de várias maneiras para governar pelo Congresso e pelo STF e, esses Poderes têm desferidos golpes na Lava Jato através das pessoas do ministro Sergio Moro e do procurador Daltan Dallagnol, com o claro objetivo de soltar o presidiário Lula da Silva, se pode dizer que o espectro da ingovernabilidade ronda também o Brasil, como, aliás, sempre rondou a América Latina.

Maria Lucia Victor Barbosa é Socióloga - mlucia@sercomtel.com.br
Posted: 18 Aug 2019 10:00 PM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Milton Pires

O Governo de Jair Bolsonaro, no seu oitavo mês, chegou, assim eu o afirmo, no seu ponto de inflexão, no seu ponto de “não retorno”.

Àqueles que não são fanáticos capazes de alegar “petismo” por parte de qualquer um que questiona os atos celerados, as decisões absurdas (que prefiro nem citar) que Bolsonaro já tomou até aqui, é mais do que evidente que metade da “gasolina ideológica”, metade do combustível mitológico capaz de levar o avião governamental até 2022, já acabou.

O Brasil voa com menos de meio tanque de querosene sobre o mar do caos.

Esse ponto de inflexão, essa marca de “não retorno” que eu mencionei acima, manifesta-se pela decisão que Bolsonaro será obrigado a tomar no que diz respeito à sanção ou ao veto deste delírio hermenêutico, desta teratogenia jurídica, chamada Projeto de Lei 7.596/2017 – a famosa “Lei do Abuso de Autoridade”.

Sobre este Projeto de Lei de menos de dezoito páginas que eu, sem qualquer formação em Direito, sem ajuda de qualquer dicionário, fiquei completamente perplexo, fiquei estarrecido de ler, basta dizer o seguinte: ou uma autoridade age DENTRO da Lei, e aí não existe “abuso”; ou uma autoridade age FORA da Lei, e daí também não existe “abuso” porque o nome disso é CRIME.

“Lei do Abuso de Autoridade” é uma teratogenia, um absurdo que somente uma Nação no mais completo colapso institucional, legal e moral poderia pensar em criar. Nem mesmo a República de Weimar aceitando Adolf Hitler como um legítimo postulante democrático ao Governo poderia pensar numa coisa assim.

Toda ciência política, tudo que se escreveu até hoje sobre ela, tem, no conceito de “representação”, o seu fundamento. Em ciência política, o único capital, o único verdadeiro poder de um mandatário, é a sua capacidade de simbolizar, de personificar, de representar aqueles que o elegeram. O Poder é a possibilidade de gerar, eu faço sempre questão de lembrar Hannah Arendt, consenso. Sem consenso não há Poder Político. Sem Poder Político não há governo representativo.

Não adianta pensar, como fez questão de dizer Mao Zedong, que o "Poder Político nasce do cano de uma arma", ou acreditar como João Dória cortejando Joice Hasselmann, que o Poder está na BOVESPA ou outros endereços da Avenida Paulista.

Quem elegeu Bolsonaro foi o “espírito das ruas” que derrubou Dilma Rousseff mas Dilma, todos nós o sabemos do ponto de vista real, do ponto de vista histórico, foi derrubada por uma Organização Criminosa chamada hoje de “MDB”, por uma das maiores crises econômicas de toda história brasileira, por uma Operação da Polícia Federal e do Ministério Público chamada “Lava Jato” e pelas redes sociais.

Foi a conjunção dos fatores que apontei acima que derrubou o Governo Petista. Hoje a Organização Criminosa passou a se chamar “Centrão”, a crise econômica está voltando por causa da guerra comercial entre a China e os Estados Unidos e do horror que se aproxima para Argentina e as redes sociais já não são mais suficientes para defesa das barbaridades que Bolsonaro faz e diz.

“Ah, mas e o cabo e o soldado, Dr. Milton??” “E o artigo 142??” O cabo e o soldado, meus caros amigos, estão preocupados com a reforma da previdência dos militares; não com Lei de Abuso de Autoridade!

Resta, dos elementos que enumerei acima, a Operação Lava Jato. A Operação Lava Jato nunca foi e jamais vai ser, eu assim já o disse, a manifestação do Estado de Direito no Brasil.

Mais bem é ela um estertor, uma convulsão final, daquilo que o Estado de Direito um dia já foi, mas ela é, no presente momento, tudo que restou de combustível político ao Governo Bolsonaro – e agora chegou a hora do fim desse combustível.

Se vetar o Projeto de Lei de Abuso de Autoridade, o avião político de Bolsonaro vai cair; se não vetar, será o fim desse restinho de querosene político chamado Operação Lava Jato, e aí o avião também cai.

Se não houver veto TOTAL dessa barbaridade (mais uma) cometida pelo Congresso, o Ministro Sérgio Moro não tem mais qualquer condição de permanecer no Governo sem levantar dúvidas sobre seu próprio caráter e ambição chegar ao STF.

Se houver vetos que desagradem a Organização Criminosa dentro do Congresso e do STF, Bolsonaro dificilmente conseguirá colocar um de seus filhos como embaixador em Washington e evitar o processo ou até a mesmo a prisão do outro que é senador aqui no Brasil.

Não há “solução salomônica”, não! Não existe o meio termo de “deixar algumas coisas no Projeto de Lei que foi aprovado como elas estão e de vetar outras”.

Bolsonaro disse, em recente entrevista, que “de um jeito ou de outro ele vai apanhar”. Se eu estivesse no lugar dele, diria que “de um jeito ou de outro eu vou ser derrubado”.

A diferença entre eu e ele é que eu escolheria cair com um mínimo de vergonha na cara e de dignidade.

Milton Pires é Médico. Editor do Ataque Aberto.
Posted: 18 Aug 2019 10:00 PM PDT


Boris Casoy e o Lixo Legal

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Sérgio Alves de Oliveira

É como ser diz por aí: “nada como um dia depois do  outro”.

Durante o nefasto período político que se instalou no país após 1985, principalmente depois de 2003, que durou até 2018, as leis e as emendas constitucionais feitas em cima da  “colcha de retalhos”  comumente chamada   “Constituição Federal“ (de 1988), tinham iniciativa, tramitação e aprovação absolutamente certas, tranquilas, e sem quaisquer entraves, devido ao flagrante conluio  então existente entre os Três Poderes Constitucionais  (Executivo, Legislativo e Judiciário), resultado do  regime de “troca-troca” de interesses  então dominantes, a que muito apropriadamente  acabaram denominando “toma  lá-dá-cá”.

Mas certamente temendo alguma possível  “traição” do Congresso,por  parte dos seus próprios parlamentares “fiéis”, em 2013,durante a gestão  presidencial de Dilma Rousseff, o PT e seus aliados conseguiram aprovar a “toque-de-caixa” mais uma das suas “tranquilas” emendas constitucionais, que levou o número  EC 76/2013,alterando a Constituição,de modo  que ficasse proibido “votação secreta” em determinadas matérias, dentre as quais as relativas à DERRUBADA DE VETO PRESIDENCIAL  às leis.

Agora as forças políticas não têm mais a “unanimidade” que tinham antes. Bolsonaro resolveu enfrentar e acabar com o “toma lá-dá-cá” a partir de  1º de janeiro desse ano.

E foi exatamente aí que a Emenda Constitucional Nº  EC 76/2013 passou a ser um verdadeiro “tiro-que-saiu-pela-culatra”, atingindo em cheio  a “cara” do PT, os outros  partidos esquerda ,e também o seu mais novo aliado político, o chamado “Centrão”.

Toda essa “camarilha” política se reuniu  para aprovar, às escondidas, de surpresa, e na “calada” de uma só noite, a chamada Lei  do Abuso de Autoridade, que resumidamente coloca algemas e mordaças  em todas as autoridades competentes para investigar a apurar crimes, dentre as quais os próprios juízes, promotores públicos e  policiais, sem que levassem em consideração  que esse tipo de conduta de   abuso de autoridade  já está previsto como ilícito nas normas legais existentes desde 1965,iniciativa da  “ditadura” do Regime Militar.

Mas a incrível “coincidência” nisso tudo é que grande parte dos parlamentares que aprovaram “às escondidas” essa absurda lei são alvo de investigações e implicações em condutas criminosas,e com essa lei que eles aprovaram acabarão “blindados” e com campo absolutamente  livre para continuarem delinquindo à vontade contra o erário.

O “tiro-que-saiu-pela-culatra”, contido  na EC 76/2013,é que o provável  VETO de Bolsonaro, total ou parcial, à referida Lei de Abuso de Autoridade,terá que ser apreciado pelo Congresso em VOTO ABERTO,e não mais “secreto” ,como era antes.

Detalhe importante que não pode passar despercebido é que para o Presidente  da República,nesse caso,  não vai fazer qualquer diferença,em relação ao Congresso,se ele vetar TOTAL ou PARCIALMENTE essa lei. Então o que  ele terá que fazer é vetá-la   TOTALMENTE  . E numa  eventual derrubada do veto , todos os parlamentares terão que mostrar  as suas “caras”. Não poderão mais ser “secretos”. Terão coragem suficiente  diante  dos  seus eleitores?

Sérgio Alves de Oliveira é Advogado e Sociólogo.
Posted: 18 Aug 2019 10:00 PM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por H.James Kutscka

Quem bagunçou minha casinha?

A frase é de “Cachinhos Dourados”, história infantil de Robert Southey, publicada  na Inglaterra  em 1837 e que ganhou o mundo, ajudando inúmeras mães nos cinco continentes a pôr para dormir seus rebentos com o conto da família de ursos que saiu para passear, e teve sua casa invadida e bagunçada por uma loirinha  “desubicada”  (em espanhol fica melhor).

O autor não tinha ideia então, da relevância que sua inocente história iria adquirir ao longo do tempo.

Na Astrofísica, ajudou a nomear a zona próxima a um Sol, mais propícia a abrigar vida.

The Golden Lock Zone. (zona dos cachinhos dourados)

Na área do politicamente correto, uma boa desculpa para desfazer o conceito de “loira burra”.

Mas por que eu estaria falando de cachinhos dourados neste espaço normalmente dedicado a considerações políticas?

Explico: Há muito tempo, não um, mas um grupo de cachinhos dourados sem noção está bagunçando nossa casinha sem consequências.

Sua entrada em nossa casinha foi facilitada por governantes preocupados em cobrir seus traseiros, caso o desfalque perpetrado na casa, fosse um dia descoberto pelos verdadeiros proprietários.

Lá se estabeleceram os “neo cachinhos”, comendo lagostas e tomando vinhos premiados à nossas custas, de forma vitalícia.

Ao longo do tempo se sentiram donos do ”pedaço”.

Usocapião.

De acordo com seus insuspeitados poderes quando os ursos voltassem, bastaria dizer-lhes:

- Perdeu playboy!`

E é aí que os distintos “cachinhos dourados se enganam”.

O estrago que fizeram não lhes vai ficar barato.

Não somos ursos bonzinhos de histórias infantis, temos sangue nos olhos, e o “cachinho dourado” que na semana passada, em uma palestra a banqueiros disse: - “ Se tiver que haver ordem, nunca teremos progresso”, com essa declaração, sutil como uma locomotiva Maria Fumaça em um túnel, deu a entender que a Lava Jato nos últimos quatro anos, travou a economia do país.

Estava como sempre, de maneira abjeta, servindo a seu patrão, o “muar de São Bernardo“, preso em Curitiba, o mesmo que lhe assegurou vida mansa.

Esse será o primeiro a ser defenestrado de nossa casinha e perder seus cachinhos na prisão, onde quiçá poderá receber o carinho de seu “sugar daddy” barbudo.

H. James Kutscka é Escritor e Publicitário.
Posted: 19 Aug 2019 03:00 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Luiz Antônio P. Valle

As peças se mexem no jogo segundo a estratégia de cada parte. A estratégia está ligada a capacidade de monitoramento, coleta de dados, análise correta dos vetores (que depende basicamente do “status” do Sistema de Crenças do analista), conclusão adequada, e pôr fim a produção do conhecimento visando a modelagem de cenários prospectivos que permitam ao gestor antecipar-se ao adversário. A metodologia sendo aplicada corretamente leva, com alta probabilidade de acerto, ao diagnóstico e cenário mais provável.

Eu já havia alertado sobre esta crise que se aproxima em 23/12/2014, no artigo intitulado “Momento Estratégico Global Crítico e a Carta Brasil”, quando escrevi: “Nas projeções de cenário para os próximos anos, algumas reveladas no meu último artigo citado acima, fica bastante clara a alta probabilidade da eclosão de uma grave crise financeira, pior que a de 2008, e de um conflito bélico em escala considerável. O que virá primeiro, ou qual dará origem ao outro, é um entendimento ainda não pacificado; entretanto está pacificado que não existe mais o “se” vai acontecer, a questão agora é apenas “quando”. Penso que a crise, artificialmente projetada, detonará o conflito já esperado.” (grifo meu atual). Escrevi este texto a quase seis anos atrás.

Até mesmo a “grande” mídia brasileira agora já reflete este entendimento, que está se tornando evidente – vide https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/08/18/como-a-alta-no-preco-do-ouro-alimenta-os-temores-de-uma-recessao-global.ghtml.

Na reportagem do Globo é citado: “O mercado está se preparando para uma mudança de ciclo e isso tem feito (o preço do) ouro disparar", diz Javier Molina, porta-voz da plataforma de negociação de moedas eToro. Como acontece em todas as crises, o precioso metal segue sendo uma das pistas a serem analisadas com cuidado quando o cenário econômico global se deteriora – que parece ser o caso agora.” E segue dizendo vários fatores que já salientamos em nossos artigos.

Quanto a compra de ouro como estratégia para se proteger da crise por parte dos países, além de meus artigos anteriores, você pode olhar a matéria https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/08/exportacao-de-ouro-bate-recorde-no-brasil-com-temor-de-recessao-global.shtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=social&utm_campaign=compwa.

Na reportagem mostra que o Brasil exporta praticamente todo o ouro que produz “oficialmente”. Sua produção é estimada em 97,1 toneladas e ele exportou em 2018 algo em torno de 95 toneladas. Claro que estes números não contabilizam a produção e envio ao exterior de forma “irregular”, que certamente é um montante considerável.

No meu artigo intitulado “Passos Estratégicos Globais e a carta Brasil”, escrito em 13/11/14, eu já avisava que Rússia e China estavam comprando ouro numa voracidade sem precedentes e citei a seguinte declaração de um parlamentar russo: “Quanto mais ouro um país tem, mais soberania ele terá se houver um cataclismo com o dólar, com o euro, a libra ou qualquer outra moeda de reserva” declarou Evgeny Fedorov, um parlamentar do Partido Para Rússia Unida, de Vladimir Putin.”

Como já destaquei em meus artigos o Brasil alimenta a “fome” mundial dos países por ouro para se blindarem da crise iminente e fica sem ouro em suas reservas – vide meus artigos anteriores da Série Xeque-mate. É impressionante que nossas reservas estejam praticamente desguarnecidas do metal precioso mais procurado por todos os países (vide meu artigo “O xeque-mate se aproxima célere”), e do qual somos produtor.


Portanto, minhas previsões já existem e estão documentadas há quase seis anos, prevendo o cenário que ora se consolida. O sábio teria analisado as premissas expostas à época e, encontrando o fundamento, teria tempo hábil para se preparar para o evento, como os EUA fizeram – vide meu artigo “O xeque-mate antecipa o contrataque”. 

Na época avisei e ofereci blocos de conhecimento para um Plano de Ação preventivo. Todavia, a Imunização Cognitiva cumpriu seu papel. O Brasil encontra-se totalmente vulnerável a crise que se aproxima e isso não pode ser uma simples “coincidência”. Ele não tem reservas cambiais, base jurídica adequada, ativos (tropas, equipamentos, etc....) para contenção e detenção, planejamento, etc....  O preço será elevado, não só em bens materiais, mas em vidas. Ignorar ou fingir não ver não vai evitar o evento.


Se desejarem se aprofundar nos temas estratégicos podem ler meus artigos de 2013 e 2014.

No tabuleiro não há lugar para amadores, soberbos ou ingênuos, exceto se for para cair. Olhando o movimento das peças no jogo é possível perceber que um dos pilares de apoio ao Governo Trump é a economia. Tirar Trump do poder, e ele tem contrariado diversos interesses poderosos, implica acabar com a percepção de que a economia vai bem. Assim, o que a “oposição” precisa desesperadamente é que a recessão/crise comece no segundo semestre de 2019 ou, na pior hipótese, no primeiro semestre de 2020. É necessário haver tempo para que os estadunidenses tenham verdadeiramente sentido o sofrimento na carne quando a eleição chegar. 

Todavia, no embate para tirar Trump e outros, sobrará para aqueles que se alinham com ele (como o nosso Presidente), mas não tem a mesma retaguarda que ele.
O analista Mike Adams escreveu: “que a luta pelo poder, está chegando a limites, que se ultrapassados, desencadearão uma grave crise global com provável ruptura do tecido social em muitos países e um crash mundial sem precedentes.” A grande maioria dos analistas bem posicionados entendem que a disputa entre China e EUA, as duas maiores economias do mundo, chegou a um ponto sem retorno, notadamente após a explosão de protestos em Hong Kong, que a China atribuiu à inteligência dos EUA. Para dar fundamento a sua alegação a China usou uma foto de uma funcionária do Departamento de Estado – Julie Eadeh, reunida com os “líderes” dos protestos. O que importa é que as “diferenças” entre as duas maiores potencias econômicas do planeta chegaram a um ponto de difícil, praticamente impossível, reversão.


Um dos líderes pró-independência de Hong Kong, Chen Haotian, sugeriu em 16/08/19 uma corrida aos bancos chineses, pedindo aos seus aliados que todos saquem seu dinheiro no mesmo dia. Observe que isto poderia causar um colapso do sistema financeiro em Hong Kong, que é profundamente interligado com o sistema financeiro internacional, desencadeando uma enorme incerteza nos mercados globais.

Conforme a Fox Business, um dos indicadores favoritos de Wall Street de uma recessão iminente é o spread entre os rendimentos do Tesouro de três meses e de 10 anos. Ao olhar para o gráfico abaixo fica evidente uma séria advertência sobre a mais grave recessão desde 2007 se aproximando.



Enquanto isso, o rendimento dos bônus de 30 anos do Tesouro americano atingiu seu ponto mais baixo, com exceção apenas a julho de 2016.

"Passamos de um certo grau de incerteza para mais um monte de incertezas", disse Fraser Howie, com mais de 20 anos de experiência nos mercados financeiros. Esta perda consistente e longa no rendimento dos bônus de 30 anos do Tesouro americano demonstra uma diluição da confiança nos EUA poder honrar seus compromissos, sendo que o Brasil mantém “credulamente” papeis desta natureza em suas reservas, no lugar de ouro físico.



Existem muitos catalisadores que podem deflagrar os acontecimentos. Na questão de segurança interna dos EUA um deles pode ser quando James Comey (foi o sétimo diretor do Federal Bureau of Investigation de 2013 até sua demissão em maio de 2017) e John Brennan (ex diretor da CIA também demitido em 2017) forem oficialmente indiciados e presos. Isso poderia iniciar uma série de detenções com base nos processos selados, com a consequente reação da parte contrária.

Tudo leva a crer que uma combinação de crise econômica, radicalização da disputa política interna e um grande número de armas disponíveis (estima-se que milhões de estadunidenses têm em seu poder cerca de 393 milhões de armas) poderão levar os EUA a uma Guerra Civil, cuja projeção da extensão e profundidade está sendo aprimorada permanentemente, uma vez que este cenário prospectivo não é novidade.

No meu artigo intitulado “Passos Estratégicos Globais e a carta Brasil”, escrito em 13/11/14, eu já alertava que haviam projeções preocupantes quanto a cenários futuros.  Na época escrevi: “Neste trabalho de projetar cenários nos defrontamos com as surpreendentes previsões, sobre vários países, da página Deagel.com, que é uma página respeitada por oferecer dados da aviação civil e militar, armamento e exércitos, mísseis e munição, tecnologia militar e aeroespacial e outros dados estratégicos e econômicos. 

Para cada país, a Deagel.com realiza uma previsão estimada de seu nível de população, sua renda per capita e seu Produto Interno Bruto previsto para o ano de 2025.” É interessante notar que em 2014 o site fazia previsões que os EUA teriam em 2025 uma população de 69 milhões e um PIB de US$ 921 bilhões (contra uma população em 2013 de 316 milhões e um PIB de US$ 17 trilhões).

A Deagel.com, pouco tempo depois de ter postado o estudo, retirou-o rapidamente do site. Todavia, temos um print da tela:



Claro que vários jogadores ficarão de “camarote” observando e aguardando sua vez de desferir um xeque. A infraestrutura é uma fraqueza a ser explorada, notadamente a questão da energia. Imaginem um país sem energia elétrica por uma semana?

Como frisei a imensa maioria dos movimentos das peças no tabuleiro pode ser prevista. No meu artigo “A Atividade de Inteligência Militar, os Governos Civis e o Cenário Atual – I” em 13/10/13, eu escrevi que havia “portas dos fundos” por onde eram roubadas informações. Em 2018 uma executiva chinesa foi presa e os EUA não esconderam sua preocupação de estarem sendo “espionados” pelos chineses - https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2018/12/06/huawei-por-que-a-gigante-chinesa-virou-alvo-de-varios-paises-e-teve-executiva-presa-no-canada.ghtml.

O tempo está passando e não vai esperar os incautos. Existe um antigo adágio: “casa que falta o pão todo mundo grita e ninguém tem razão”.

O efeito dominó começou, na medida que a cada movimento um novo dominó cai e empurra outro para a queda seguinte!

Todo jogo acaba ou muda de fase. O xeque-mate se aproxima.

Luiz Antonio Peixoto Valle é Professor e Administrador de Empresas.