quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Terça Livre – Para além do horizonte comunista / Artigo / Ernesto Araújo


Ernesto Araújo, Ministro das Relações Exteriores.

Em artigo exclusivo, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, traça um panorama da ameaça comunista nos países latinos

O intelectual e ativista marxista boliviano Álvaro García Linera, logo após ser eleito vice-Presidente da Bolívia na chapa de Evo Morales, em 2005, declarou: “O horizonte geral da nossa era é o comunismo.”

Não há dúvida de que a América Latina viveu dentro de um horizonte comunista desde 2005, ou possivelmente desde um pouco antes, desde a vitória de Lula em 2002, ou desde a vitória de Chávez em 1999. Na verdade, esse horizonte começou a raiar com a criação do Foro de São Paulo, em 1991.

Veja-se bem a expressão: dentro de um horizonte comunista. Não em um sistema explicitamente comunista. Muitas pessoas ridicularizam a discussão sobre a presença do comunismo na América Latina atual dizendo que os partidos autoproclamados comunistas são fracos ou inexistentes e que em nenhuma parte – exceto um pouco na Venezuela – cogita-se de instaurar um sistema com propriedade coletiva dos meios de produção ou ditadura do proletariado.

Em primeiro lugar, há que observar o seguinte: o comunismo não é a propriedade coletiva dos meios de produção. O comunismo não é a ditadura do proletariado. Propriedade coletiva e ditadura do proletariado – o socialismo – são instrumentos para chegar ao comunismo, que é o estágio último da sociedade humana concebido por Marx, o zero absoluto do ser humano, onde o controle sobre o homem é tão completo que já prescinde do Estado (portanto prescinde da ditadura do proletariado). Um controle sem sujeito, apenas objetos imbecilizados, onde já não há propriedade coletiva nem individual porque já não há diferença entre indivíduo e coletividade, um sistema que se autoperpetua infinitamente, um buraco negro da humanidade, de cujo horizonte já nenhuma luz escapa. O comunismo não é a abolição do capitalismo, o comunismo é (para tomar emprestado um título de C.S.Lewis) a abolição do homem.

O socialismo, dentro da loucura marxista, é apenas um instrumento para chegar ao comunismo, mas isso não significa que não haja outros. Desde 1989-1991, quando desabou o “socialismo real”, o marxismo vem trabalhando para desenhar novos instrumentos de construção do comunismo. O principal desses instrumentos é o globalismo (termo que utilizo numa acepção algo distinta daquela mais corrente que o define como a criação de uma governança mundial; para mim, diferentemente, o globalismo é a captura da economia globalizada pelo aparato ideológico marxista através do politicamente correto, da ideologia de gênero, da obsessão climática, do antinacionalismo).

Assim, tudo o que os marxistas desde 1989 fazem e pensam é manter aberto o horizonte comunista. Sabem que já não podem pregar abertamente o comunismo porque o mainstream (ainda) o rejeita, mas podem ir-se aproximando, avançando aqui e ali, ganhando terreno e ocupando espaços. Horizonte por definição é um lugar aonde nunca se chega, mas que necessariamente orienta e referencia nossa localização espacial. O objetivo ficou talvez mais distante do que era no tempo da União Soviética, mas continua presente. Talvez tenha ficado mais próximo É isso o que querem dizer com o “horizonte comunista”.

Essa expressão, aliás, serve de título a um livro da marxista Jodi Dean, publicado em 2012, The Communist Horizon um de tantos trabalhos surgidos desde o final dos anos 90 discutindo justamente as formas de preservar a “utopia” comunista e reinseri-la na realidade política e social concreta de um mundo aparentemente avesso ao comunismo. 

Na mesma linha vão os três volumes intitulados The Idea of Communism, coleção de ensaios de dezenas de autores marxistas, coordenados pelos dois principais pensadores dessa horripilante corrente na atualidade, Alain Badiou e Slavoj Zizek. O “horizonte comunista”, a “ideia do comunismo” são a mesma coisa: mil maneiras de manter viva a ideologia comunista, tantas vezes derrotada pela realidade. Dizia Mao Tse Tung: “De derrota em derrota, até a vitória final.” Esse é o programa. Aproveitar as aparentes derrotas para fortalecer-se e seguir avançando. Pode-se argumentar que neste Século XXI o projeto comunista está mais forte do que nos anos 80, justamente porque ninguém o vê e pode operar à sombra da sociedade de consumo. Em lugar de combater o capitalismo em nome de uma alternativa socialista claramente fracassada, infiltrar-se de maneira sutil dentro do capitalismo.

Vão já, portanto, quase trinta anos – mas os últimos 20 são especialmente significativos – em que o marxismo está cavando túneis por baixo da superfície aparentemente segura e tranquila da sociedade liberal. Os marxistas nunca se renderam a essa sociedade. Reúnem-se, pensam, programam, aplicam diferentes estratégias que vão solapando o mundo liberal-democrático, de diferentes modos, com diversas geometrias, explorando de forma inteligente e perversa as fragilidades do sistema liberal.

A principal fragilidade do sistema liberal é a seguinte: o sistema liberal não pensa. Não trabalha no mundo das ideias. Criou uma repulsa por tudo aquilo que chama de “ideológico”. Curiosamente, o sistema liberal em geral – e no Brasil os isentões em particular – aplicam a pecha de “ideológico” àqueles que procuram estudar o marxismo contemporâneo e entender seu “horizonte comunista”. Ou seja, os ideólogos que se esforçam dia e noite por criar os novos instrumentos do comunismo (e que publicam suas ideias em livros amplamente disponíveis) são ignorados e deixados trabalhar em paz, sob uma espécie de indiferença benigna por parte do establishment. Já os amantes da liberdade que lêem esses trabalhos marxistas para entender o novo projeto comunista e assim poder combatê-lo são chamados de “ideológicos”. O mundo isentão lida apenas com a figura fictícia de um certo comunismo “derrotado em 1989” e recusa-se terminantemente a reconhecer – muito menos a enfrentar – o projeto comunista real que atua hoje por toda parte.

O isentismo é antes de mais nada uma forma de preguiça intelectual.

Também é uma forma de acomodação. O isentismo não enfrenta o comunismo. Não chega nem perto. Não quer enfrentar. Não quer reconhecer que ele existe porque, se reconhecer, vai ter de fazer alguma coisa. Assim, o isentismo se inscreve confortavelmente dentro do horizonte comunista e, no dia em que o comunismo chegar e roubar-lhe a liberdade que ele acredita possuir de graça sem precisar lutar por ela, o isentão não vai nem perceber, pois sua cegueira ideológica – ou seja, sua cegueira para a ideologia que penetra na sua mente – já lhe terá consumido todas as faculdades e sentimentos de resistência.

Isso na melhor das hipóteses. Em outra hipótese, o isentão sabe conscientemente que seu isentismo se insere dentro do horizonte comunista e está muito feliz com isso. Faz parte voluntariamente do projeto. Não se acha comunista, mas compartilha com o projeto comunista todo o essencial: o materialismo e o ódio ao espírito, a sede insaciável de poder e de controle absoluto. A pressa com que hoje, no Brasil, os isentos correm para os braços da extrema esquerda e vice-versa, formando uma estranha “isentoesquerda”, é o sinal abjeto dessas afinidades profundas.

Então, temos em todo o mundo, a partir da virada do século, a progressiva construção de uma sociedade que é liberal apenas na suferfície, na aparência de uma economia capitalista com instituições democráticas e direitos humanos bem bonitinhos, mas que na sua subestrutura não é nada disso. Debaixo do liberalismo, no porão, os engenheiros do “ideal comunista” manejam suas alavancas. No porão grassa a corrupção, o conluio com o crime organizado, a tolerância para com a violência mais brutal, as drogas (seu tráfico e seu uso), o capitalismo distorcido pelo controle estatal, a repressão ao pensamento e à livre expressão, o anticristianismo e o antiespiritualismo, o furioso moralismo materialista, a manipulação da ciência.

E os isentões, onde estão? Estão jogando pedra justamente naqueles líderes que, no Brasil e no resto do mundo, querem descer ao porão para lutar contra todas essas mazelas. O isentão, quando você aperta, ele não quer uma economia livre, ele não quer uma internet livre, não quer um idioma livre capaz de expressar a complexidade e beleza do espírito humano em sua aventura multidimensional. Quer uma economia direcionada pelo conchavo político, quer o controle social da comunicação pelo monopólio da grande mídia, quer uma novilíngua continuamente empobrecida pela ditadura do politicamente correto que substitui a ditadura do proletariado como instrumento preferencial de construção do comunismo. Sim, o isentão está enclausurado no horizonte comunista.

No Brasil estamos rompendo o horizonte comunista e reenquadrando o liberalismo no horizonte da liberdade. O horizonte comunista está sendo rompido igualmente em outros lugares, certamente nos EUA, também no Reino Unido, na Hungria e na Polônia, penso que está sendo rompido na África, onde os últimos laivos da associação espúria entre comunismo e libertação, que vigorou por décadas desde as lutas anticoloniais, parecem estar-se dissipando. A Igreja Católica, em parte, se havia inscrito também dentro do horizonte comunista, a partir dos anos 60 e 70, mas ali a verdadeira fé parece estar resistindo e repelindo o avanço marxista sobre a sua doutrina bimilenar.

O horizonte comunista está sendo rompido na própria Bolívia, onde o povo deu um basta a Evo Morales e García Linera, que queriam continuar arrastando os bolivianos para o abismo à custa da fraude eleitoral.

Porém o horizonte comunista quer voltar a estrangular-nos. Quer regressar na Bolívia (Evo Morales foi acolhido pelo novo governo e está ali, a poucos quilômetros da fronteira, à espreita). Quer voltar no Chile, no Equador e na Colômbia, quer voltar no Brasil. Quer “iluminar” com suas trevas essas grandes nações que são a Venezuela, o México e a Argentina.

Precisamos olhar para além desse horizonte comunista, que não é um horizonte onde há árvores e campos mas sim as paredes de uma cela, esse horizonte que não é onde a terra encontra o céu mas onde a terra encontra o inferno. Tudo o que temos para combater o avanço dessas paredes e a aproximação desse abismo é o apego à liberdade. A liberdade que, insisto, não é uma ideologia, mas o eixo central do ser humano.

Para começar, precisamos estudar o comunismo a partir do que dizem e fazem os comunistas, em lugar de sair aos gritos de “ideológico, ideológico” condenando quem o estuda e quem o enfrenta.

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Crusoé – Ninguém controla a desigualdade / Coluna / Leandro Narloch

AMÉRICA DO SUL



Os chilenos saíram às ruas em protesto contra o governo e, diz a imprensa, contra a desigualdade social. Talvez tenham sucesso no primeiro objetivo, mas o segundo é um pouco mais complicado.

É ilusão achar que controlamos a desigualdade de renda ou de patrimônio. Ela não está nas mãos de políticos bem-intencionados ou de manifestantes furiosos. É algo que surge de baixo para cima, fruto das escolhas e da interação de milhões de pessoas, e não da vontade de algum planejador social.

Um chileno de fato preocupado com a desigualdade deveria, por exemplo, evitar se casar com alguém da mesma classe. Pois o casamento é um motor cada vez mais potente de concentração de renda. Ricos costumam se casar com ricos, pobres com pobres. De um lado, a renda se acumula; do outro, a pobreza se agrava.

No passado, casamentos entre classes diferentes eram frequentes (o executivo e a sua secretária) e dispersavam o dinheiro. Hoje os casamentos seletivos estão mais comuns (o executivo e a executiva; o casal que se conhece na universidade). O economista Alparslan Tuncay, da Universidade de Chicago, concluiu que isso explica um terço do aumento da desigualdade americana entre 1960 e 1980. Um estudo da FGV de 2017 mostrou um efeito semelhante no Brasil.

A entrada das mulheres no mercado de trabalho, aliás, é o caso de boa notícia que aumentou a desigualdade. Nos anos 1950, em geral só as pobres trabalhavam — como telefonistas, secretárias, enfermeiras — enquanto as ricas ficavam em casa. A emancipação feminina aumentou mais a renda das famílias ricas que das pobres (onde as mulheres já trabalhavam).

O chileno pró-igualdade também deveria deixar de usar os serviços da Uber, da Netflix e do Facebook. Essas empresas são máquinas de concentração de renda. Antes delas, o dinheiro se dividia em milhões de cooperativas de táxi, canais de TV, jornais e revistas locais. A tecnologia criou mercados em que o vencedor leva tudo — uma única empresa domina todo o mercado mundial. O dinheiro se concentra, mas os consumidores têm acesso a bens melhores e mais baratos.

No Brasil, um fenômeno que encolheu a desigualdade passou longe da decisão de políticos: a demografia. Por muito tempo, as mulheres mais pobres tiveram muito mais filhos que as ricas. A renda per capita diminuía, assim como o investimento na educação de cada filho. Já as famílias ricas tinham poucos filhos, investiam muito na educação deles e não inundavam o mercado com trabalhadores qualificados, o que garantia salários altos.

Essa diferença de fecundidade despencou de 4,5 filhos por mulher em 1970 para 1,8 em 2005. Se não tivesse caído, em 2010 os brasileiros mais ricos seriam donos de 62% da renda nacional, e não de 45%, segundo um estudo do IPEA. (Propaganda: explico isso em mais detalhes no Guia Politicamente Incorreto da Economia Brasileira).

Walter Scheidel, historiador de Stanford, analisou a desigualdade na história do mundo e descobriu o mais eficiente (talvez o único) nivelador de renda: as tragédias. Guerras, cataclismas e crises econômicas costumam devastar a riqueza em geral — a concentração diminui simplesmente porque a riqueza desaparece.

Pensando bem, se continuarem a destruir o país como fizeram nas últimas semanas, os manifestantes chilenos talvez consigam diminuir a desigualdade.

Leandro Narloch é jornalista e autor do 'Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil'.

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Palavras do Ministro Ernesto Araújo no evento “Reconstruindo comunidades: garantindo um futuro para os cristãos perseguidos” - Nova York, 27 de setembro de 2019



Ministro das Relações Exteriores - Discursos

Palavras do Ministro Ernesto Araújo no evento “Reconstruindo comunidades: garantindo um futuro para os cristãos perseguidos” - Nova York, 27 de setembro de 2019 [Em inglês]

    Criado: 02 de outubro de 2019 - 10h37

Para nós, cristãos, no começo era a Palavra - en archê ênfase ho logos - e neste começo, quando você olha para o grego “archê”, significa mais que começo temporal, significa o princípio, o princípio organizador da palavra. realidade e da nossa fé. Então, para nós, acima de tudo, é importante falar. E é assim que é tão importante para nós começarmos a falar da situação dos cristãos perseguidos e a falar sobre maneiras de abordar esse problema. Não há mais silenciamento disponível para nós, como Péter estava dizendo, precisamos abordar isso e precisamos começar conversando e analisando, e reunir aqui é um passo muito importante nessa direção.

O presidente Jair Bolsonaro, em seu discurso na abertura da Assembléia Geral, falou sobre esse assunto - falou sobre muitos assuntos - e falou sobre o que os brasileiros pensam e sobre o que ele pensa; foi um discurso do coração, um discurso que foi criticado porque ele falou muito diretamente, e acho que é exatamente isso que é necessário: falar diretamente e ir adiante com os assuntos. E a questão da perseguição aos cristãos é uma delas. O Brasil está muito comprometido com esse empreendimento essencial. Também fazemos parte do lançamento da Aliança pela Liberdade Religiosa, na última segunda-feira, sob a liderança do presidente Trump e do secretário Mike Pompeo, outra iniciativa muito importante. E tudo isso porque os brasileiros se preocupam profundamente com essa questão. Os brasileiros são, em sua maioria, uma nação cristã e uma nação religiosa, e nos preocupamos com essa questão. E estamos tentando trazer esse novo conceito de democracia: democracia é como fazer as coisas que as pessoas cuidam. Esse deveria ser o conceito original de democracia, mas foi muitas vezes esquecido. Além disso, não apenas por uma consideração política, mas também por causa de nossa fé, e nossa fé que também de voz do povo é a voz de Deus.

Estamos extremamente felizes em ver líderes como o presidente Jair Bolsonaro, como o presidente Orbán, como Péter aqui, falando sobre esse problema. Estive recentemente na Hungria e fiquei profundamente comovido com a maneira como os húngaros levam em consideração sua herança cristã e sua fé cristã, e elogiamos imensamente esse esforço.

Portanto, as religiões existem e fazem parte da humanidade, que é muitas vezes esquecida. Hoje em dia parece que a religião é algo acidental para a humanidade, mas não pensamos que seja esse o caso: se você ler todos os textos de Antropologia, verá que nenhuma comunidade humana, por mais primitiva que seja, jamais foi encontrada que não o seja. tem três elementos - algum tipo de estrutura familiar, linguagem e fé em algo mais elevado. Portanto, a fé religiosa acompanha a humanidade desde o início, assim como a família e a linguagem, e não devemos tratar isso como primitivo, porque, caso contrário, também renunciaríamos à linguagem, porque a linguagem é o que nos torna humanos, e desde que você encontre a linguagem entre os povos primitivos, isso não significa que você deva desistir da linguagem. Da mesma forma, você não deve desistir da religião apenas porque ela vem do início da humanidade.

A ameaça que enfrentamos é, de certo modo, o que chamamos de intolerância e ignorância em nossas sociedades. Mas precisamos primeiro pensar no que acontece nos países de maioria cristã, porque há - surpreendente e tristemente - intolerância contra a fé cristã em países de herança cristã e maioria cristã. Em nossos países, o cristianismo é freqüentemente hostilizado e perseguido, talvez não pela violência, mas pela ignorância e pelo silêncio. Portanto, temos que começar por entender a nós mesmos, observando as raízes de nossa sociedade e na medida em que elas estão enraizadas nos valores cristãos e na fé cristã.

Creio que, quando você olha para o mundo que vemos, há algumas décadas (mas hoje muito intensamente), uma crise de nossa espiritualidade, uma crise de pessoas que não têm mais a fé milenar e vê outra coisa. Existe esse famoso ditado de Chesterton, que disse que "quando você não acredita em Deus, você acredita em qualquer coisa". Acredito que, por exemplo, o extremo alarmismo climático faça parte desse fenômeno: você tem as questões concretas das mudanças climáticas que precisam ser abordadas, mas às vezes você tem a impressão de que isso se transforma em algum tipo de religião substituta para algumas pessoas, porque daquele vazio espiritual que precisa ser preenchido.

Então, precisamos agir. Precisamos agir em nossas sociedades e precisamos agir em todo o mundo. Os cristãos são perseguidos por causa de ódios e rivalidades seculares, e dos quais os próprios cristãos não são isentos, também fazemos parte do problema e precisamos reconhecê-lo. Mas os cristãos também são perseguidos por causa dessa atmosfera cultural, especialmente no Ocidente, que não se importa com Christiani.

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Por trinta e cinco anos vivemos a Era das Trevas no Brasil. Tudo vermelho e preto.

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net

Por Carlos Maurício Mantiqueira

Por trinta e cinco anos vivemos a Era das Trevas no Brasil. Tudo vermelho e preto.

A partir de primeiro de janeiro de 2.019, o cenário está mudando.

Em breve, só verde e amarelo.

Ainda vemos nuvens negras no horizonte.

Se a Argentina colapsar com a volta do clepto-populismo ao governo, o Brasil sairá do Mercosul.

Muitos perguntarão: “Ficará inviabilizado o acordo entre a União Europeia e o bloco sulamericano?”

A resposta é SIM. Os europeus imediatamente buscarão um novo acordo comercial com o Brasil; até preferem se afastar dos antigos “sócios, incômodos e/ou inconfiáveis.

Numa analogia automobilística, o Brasil é uma Ferrari cujo potente motor superará os entraves dos traidores internos e inimigos externos que atuam como um verdadeiro freio de mão.

Rompida a semiescravidão de mais de quinhentos anos, o progresso será vertiginoso e inimaginável.

Até agora nossa Ferrari vinha sendo dirigida por macacos, numa “gentil” observação de jornalistas estrangeiros.

No instante que um verdevialdo amarelou ao ver desmascarada sua trama contra o novo governo, em desespero, os implantadores da Nova Ordem Mundial começaram a farsa amazônica, talvez até com incêndios criminosos. Já dissemos: O Brasil estreou muito bem nas brigas de Cachorro Grande.

Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.

Bolsonaro diz que PGR é Dama do seu Xadrez

Posted: 03 Sep 2019 10:00 PM PDT



Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
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O Presidente diferente Jair Bolsonaro aproveitou o finzinho daquela entrevista que ele concede, quase que todo dia, na portaria da residência oficial do Palácio da Alvorada, para dar uma pista sobre a intensificação do movimento de combate à corrupção. Bolsonaro pediu que os jornalistas descrevessem como funciona o jogo de xadrez do seu governo. Como não houve resposta, Bolsonaro explicou que os ministros eram os peões; Paulo Guedes, o Cavalo; o Presidente, o Rei; e, para surpresa de todos, a peça Dama é ninguém menos que a Procuradoria-Geral da República.

A Dama, ou Rainha, é a peça mais poderosa do jogo. O Rei só se movimenta uma casa em qualquer direção. A Rainha pode ir para frente ou para trás, para direita ou para a esquerda, ou na diagonal, quantas casas quiser. A Rainha tem apenas uma limitação: não pode pular nenhuma outra peça. Ou seja, ela é a peça de maior valor relativo do jogo. E atenção, atenção: a Dama pode ser usada para forçar um xeque-mate, depois do oponente capturá-la. Ou seja, ao avisar que a PGR será sua Dama, Bolsonaro está avisando que ela pode realizar todos os movimentos para dar um xeque-mate no Rei inimigo (que ele não disse, mas deixa implícito que são os imperadores do Crime no Brasil).

Talvez só seus filhos ou amigos muito chegados possam dizer que Bolsonaro é um craque no xadrez. Pouco importa se ele é ou não... Ele demonstra que tem boas chances de ganhar o jogo, expondo a força simbólica do recado que deu. Sua peça estratégica, a PGR, vai ser usada para limpeza prometida pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro. Se Bolsonaro tiver a sorte e competência de escolher um Procurador ou Procuradora que jogue na ofensiva, a bandidagem institucionalizada terá problemas como nunca antes na História deste País...

O jogo vai ser dureza... A prévia da partida já mostra que nada é e nem será fácil. O Mecanismo fará de tudo para continuar roubando... A boa perspectiva – que pode até ser um consolo – é que Bolsonaro promete botar sua Rainha PGR para trabalhar... Depois desta, em volta do tabuleiro, já se observam os sentimentos de temor ou de arrogância dos adversários e inimigos.

Vamos aguardar quem será a peça indicada por Bolsonaro para a PGR... Até quinta, Bolsonaro promete anunciar o nome do “Damo”... O Presidente já antecipou que seu indicado para a PGR será um homem...  Tem gente boa apostando que Bolsonaro vai partir para uma guerrilha, no melhor estilo Deep State... Aguardemos para saber se assistiremos a um “Bastardos Inglórios” na versão tupiniquim... Joga, Bolsonaro...

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

O Brasil para ser desenvolvido e respeitado pelos os demais Estados têm de lutar em defesa de sua soberania e por ideias que exerçam apelo além de suas fronteiras”.

O Brasil para ser desenvolvido e respeitado pelos os demais Estados têm de lutar em defesa de sua soberania e por ideias que exerçam apelo além de suas fronteiras”.

(Adaptado da frase de Samuel Huntigton: “Uma superpotência tem de lutar por uma ideia que exerça apelo além de suas fronteiras”)

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Alberto Pinto Silva

A cobiça sobre as incalculáveis riquezas da Amazônia não é uma exclusividade dos dias atuais. O objetivo de integrá-la definitivamente ao contexto nacional tem sido buscado ao longo das gerações, sem ser, contudo, alcançado plenamente.

Dissociada do restante do território nacional, a Amazônia tem sofrido fortes ameaças que atentam contra a soberania nacional, como é o caso da atual cometida pelo Presidente Macron, da França.

O presidente francês afirmou que está “em aberto o debate sobre a internacionalização da jurídica da floresta amazônica”.

A situação vivida na atual conjuntura brasileira é a de paz relativa, uma Guerra Política[1] Permanente, não há inimigo e sim estados com ações hostis em defesa dos seus interesses. Está acontecendo um “Conflito na Zona Cinza”, caracterizado por uma intensa competição política, econômica, informacional, mais acirrada que a diplomacia tradicional, porém inferior à guerra convencional, realizada por Estados[2]que têm seus interesses desafiados pelo Brasil.

Ninguém começa uma Guerra Política contra um país amigo do seu povo, ou melhor, ninguém de bom senso deve fazê-lo, sem ter bem claro em sua mente o que com ela pretende alcançar. França e Alemanha motivadas pela assinatura do acordo MERCOSUL e União Europeia, acusam o Brasil de estar destruindo a Amazônia e de não cumprir com acordos relativos ao meio ambiente, e ameaçam com retaliações políticas e econômicas, mal disfarçando o verdadeiro motivo que é o de proteger suas economias.

A decisão de empreender uma “Guerra Política” contra o Brasil poderia ser baseada numa avaliação de custos e benefícios, ser empreendida com vistas a alcançar-se um objetivo político que fosse de interesse do Estado Frances, e nunca para atender a necessidade do Presidente Macron de se projetar internacionalmente como “defensor da humanidade”, e recuperar sua reputação na política interna protegendo seus agricultores.

O centro de gravidade da ação dos Estados hostis ao Brasil, na atual conjuntura, está voltado a desestabilizar o governo, a desacreditar autoridades, a criar o caos na sociedade com o auxílio do potencial de protesto da oposição e da imprensa simpática à social democracia, sucedendo-se a uma inevitável crise política.

Devido às nossas possíveis atividades de defesa serem de um país em desenvolvimento contra países do G7, as ações devem ter um objetivo político claramente definido e responsabilidades políticas firmemente estabelecidas. Devemos criar, com a participação da sociedade, uma “Frente Nacional” de defesa do país.

Existem certas medidas fundamentais, entre elas, como manobra interior:

- despertar o interesse da sociedade pelos assuntos de defesa;

- buscar a harmonização dos três Poderes em assuntos de defesa e política externa;

- buscar a integração das diversas ferramentas do Poder Nacional e dos grupos não estatais em benefício da defesa dos interesses nacionais do país, forçando o oponente a confrontar vários campos de batalha, simultaneamente;

- permitir usar todos os elementos do Poder Nacional, em uníssono e com a combinação certa de instrumentos diplomáticos, econômicos, militares não cinéticos, políticos, jurídicos e culturais para cada situação

- buscar a participação da própria população na defesa da soberania da nação;

- todos os fatores do Poder Nacional possuem uma estreita dependência do poder econômico, a ciência de bem aplicá-los na defesa da nossa soberania está na sua integração e harmonização;

- buscar a excelência nas atividades de guerra em rede, de inteligência artificial, segurança cibernética, e espionagem eletrônica;

- buscar que todos os brasileiros saibam o que é um” “Conflito na Zona Cinza[3]”;

- usar a Guerra Assimétrica Reversa[4]e a Assimetria Estratégica[5];

E como Manobra exterior:

- atuação forte na ONU, na OEA, no BRICS, e no MERCOSUL expondo a Guerra Política desencadeada pela França e Alemanha visando atingir o Brasil, e desestabilizar autoridades e a economia;

- busca de apoio em países como Estados Unidos, Inglaterra, Espanha, Itália, China, Argentina que já fizeram declarações favoráveis ao Brasil; e

- procurar as multinacionais francesas instaladas no Brasil discutindo as vantagens de um bom relacionamento entre Brasil e França.

Nós, brasileiros, não devemos perguntar quanto custa à nação a resistência que toda a comunidade é capaz de oferecer, empregando todas as ferramentas disponíveis ao Poder Nacional, para a defesa de nossa Soberania, mas indagarmos qual é o efeito que esta resistência pode gerar, e caso ela não seja desencadeada cobrar ao Governo o por qual razão?  

O Brasil deve se preparar para um longo período de conflito, pois razão não é a defesa do meio ambiente, da Amazônia, ou a luta contra as queimadas, mas sim as riquezas da Amazônia e a reação da esquerda e da social democracia europeia e brasileira à vitória de um governo de direita no Brasil. No passado recente, de governos de esquerda, o desmatamento e as queimadas foram maiores e sem protesto de países europeus e da imprensa interna e externa.

Carlos Alberto Pinto Silva é General de Exército da reserva / Ex-comandante do Comando Militar do Oeste, do Comando Militar do Sul, do Comando de Operações Terrestres, Ex-comandante do 2º BIS e da 17ª Bda Inf Sl, Chefe do EM do CMA, Membro da Academia de Defesa e do CEBRES.

“Olho grande na Amazônia Brasileira”

segunda-feira, 2 de setembro de 2019


“Olho grande na Amazônia Brasileira”




Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Ernesto Caruso

O título representa uma homenagem ao almirante Roberto Gama e Silva, natural de Manaus, que denomina o livro de sua autoria, editado em 1991. Extremamente dedicado ao estudo das questões nacionais em especial do vasto território sob a mira dos impérios nos vários tempos.

Foi coordenador por quatro anos do Grupo Executivo das Terras do Baixo Amazonas (GEBAM), 1980, subordinado à Secretaria Geral do Conselho de Segurança Nacional, devido à importância da missão.

A Amazônia, dita Legal, foi criada pela Lei nº 1806 de 1953, do presidente Getúlio Vargas que dispõe sobre o Plano de Valorização Econômica da Amazônia com objetivo de incrementar o desenvolvimento da produção extrativa, agrícola, pecuária, mineral, industrial no sentido de melhores padrões sociais de vida e bem-estar econômico das populações da região e da expansão da riqueza do País.

Por seu Art. 2º, a Amazônia brasileira, para efeito de planejamento abrange a região compreendida pelos Estados do Pará e do Amazonas, pelos territórios federais do Acre, Amapá, Guaporé e Rio Branco e ainda, a parte do Estado de Mato Grosso a norte do paralelo de 16º, a do Estado de Goiás a norte do paralelo de 13º e a do Maranhão a oeste do meridiano de 44º.

Cria a Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA) diretamente subordinada ao Presidente da República.

No governo Castello Branco, é criada a SUDAM (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) em substituição a anterior, praticamente com a mesma área (Lei nº 5173 de 1966).

Pela Lei Complementar nº 31 de 1977 que criou o Estado do Mato Grosso do Sul com o desmembramento do estado do Mato Grosso, a Amazônia, a que se refere Lei nº 5.173 de 1966, inclui toda área de Mato Grosso.

Pela Constituição de 1988 é criado o Estado do Tocantins por desmembramento do Estado de Goiás e, incluído na região Norte e na Amazônia Legal.

A Amazônia sob a ótica de planejamento econômico, segundo o IBGE é de 5.217.423 km², correspondendo a cerca de 61% do território brasileiro.

Já em 1948, na Revista Brasileira De Geografia consta o artigo sobre a Delimitação da Amazônia para fins de Planejamento Econômico (Lúcio de Castro Soares).

A floresta tropical úmida, a hileia, recobre 3,3 milhões de quilômetros quadrados da Amazônia brasileira, sendo a cobertura vegetal primitiva mais bem conservada do planeta; dos 3,5 milhões de quilômetros originais, apenas 200 mil quilômetros quadrados foram modificados pela ação antrópica; 5,7% do total original. (Gama e Silva).

Incêndios e queimadas na Amazônia, tão comuns no mundo, flamejaram discursos ambientalistas tipo Macron/Merkel e ações da esquerda brasileira, midiática, onguista/para$ita e estudantil ramificada por Londres, Paris, que faz retumbância contra o Brasil para desqualificar o governo do momento. Parâmetro Lula/Dilma: “eles não sabem do que somos capazes” ou “vamos fazer o diabo”. E fazem!

A existência de tais organizações não governamentais na Amazônia Legal é calculada pelos IPEA e IBGE, respectivamente alcançando o patamar de 102.080 e 15.919, cada qual com a sua metodologia.

Em se tratando desse incomparável eldorado em biodiversidade e recursos minerais, não é recente a interferência nos assuntos internos do Brasil e nas investidas em seu território por ações bélicas e diplomáticas das potências de então, no caso, a região Norte, onde repousa grande parte da Floreta Amazônica.

A França pretendia estender o território da sua colônia na Guiana Francesa até a margem setentrional do rio Amazonas. Portugal entendia que era no Oiapoque. Pelo Tratado de Utrecht de 1713 a fronteira foi estabelecida no Oiapoque.

No contexto houve até um “sonho” desenhado da criação da “Republique de La Guyane Independente”

Em 1809, o príncipe regente D. João determinou a ocupação da capital da Guiana Francesa (Caiena), em represália à invasão de Portugal por Napoleão Bonaparte, de lá saindo em 1817. A Questão do Amapá foi resolvida em 1900 pelo laudo arbitral do Conselho Federal Suíço, livrando o Brasil de perder 260.000 km² do sonho acima citado.

O norte-americano Mathew Fontaine Maury em 1850 apesar da negativa em explorar o Rio Amazonas o faz e publica livro a respeito, além de conceber a migração de senhores e escravos para a Amazônia brasileira. Tal proposta se repete com James Watson Webb em 1862, só referente aos negros, ao que consta para “deportação”.

A oeste da Região, o país teve problemas com a Bolívia na Questão do Acre no entorno de 1900 que arrendou a área ao consórcio norte-americano Bolivian Syndicate, envolvendo combates armados solucionado pelo Tratado de Petrópolis (1903).

Na Questão do Pirara/Roraima com a Guiana Inglesa em 1904, a discutir a linha de fronteira, catequese e proteção aos índios, criação de área neutra, arbitramento pelo rei da Itália e o Brasil perdeu cerca de 19.000 km².

Em 1938, foi planejado na França, por consideração humanitária, o assentamento na mesma área do “sonho” de 50 a 60.000 famílias européias.   

Nos idos de 1946 foi proposta por um brasileiro na Assembléia Geral da Unesco a criação do Instituto Internacional da Hiléia Amazônica muito combatida em especial pelo então deputado Arthur Bernardes, a destacar a pormenorizada conferência proferida no Clube Militar em 27/06/1951.

De início comparou os quase 3,5 milhões de km² da Hiléia no Brasil com a da Europa, sem a Rússia, com menos de 600 mil. Lá, diz: “realizaram os seus grandes destinos dentro das próprias fronteiras, na América do Sul, com o pretexto da criação do instituto, entrega-se-lhe toda a vasta região amazônica, precisamente quando as nações imperialistas perdem as suas colônias e ávidas de matérias-primas, voltam-se para os espaços vazios do planeta.” Arremata: “Dispondo de cem por cento de domínio sobre a Amazônia passará o nosso pais a ter apenas uma sexagésima parte sobre eles, se o conselho do Instituto, como tudo faz crer, vier a compor-se das 60 nações da ONU e da UNESCO.”

Na década de 60, surgiu o projeto Lago Amazônico do Hudson Institute/Hermann Khan, com inundação de grande área para propiciar pesca e navegação, também rejeitado.

O tempo passa e o dito fica registrado por Margareth Thatcher, Mitterand, Al Gore, Gorbatchev, John Major, Gen Patrick Hugles, quando se referem à Amazônia em relação ao mundo.

A região Norte detém 81,5% das áreas indígenas; no Estado do Amazonas correspondem a 45,7 milhões de hectares. A destacar a reserva Yanomami (Roraima), homologada pelo presidente Collor em 1992, com 9,4 milhões de hectares.

Também em Roraima, a reserva Raposa Serra do Sol, homologada em 2009, com 1,7 milhão de hectares, na fronteira com a Venezuela e a Guiana a demonstrar que enquanto os ingleses tiveram uma visão geopolítica na época, o Brasil/Lula/STF fechou os olhos a esse ponto nas relações internacionais e à História, um século depois com tal homologação, cujo relator foi o ministro Ayres Brito.

A homenagear as ressalvas do ministro do STF, Carlos Alberto M. Direito, que preservaram a soberania do Brasil sobre a área demarcada.

Em 2009, o príncipe Charles da Inglaterra se reuniu em Manaus com representantes da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), que lhe entregaram uma carta pedindo para se reconhecer os povos indígenas como os verdadeiros guardiões da floresta.

Como afirmou o general Villas Boas ao se referir a presença do rei da Noruega ao Brasil, na reserva ianomâmi em 2013 e, de estrangeiros nas florestas da região Norte representa um “déficit de soberania”.

Ocupar é preciso. O Programa Calha Norte é um dos meios. Como foi no passado, as colônias militares foram importantes na vivificação das fronteiras e posse da terra.

Ernesto Caruso é Coronel de Artilharia e Estado-maior, reformado.


Nota da Redação do Alerta Total – O Almirante Roberto Gama e Silva é autor de uma fundamental ressalva. Pregava ele que devemos “conservar” (explorando sustentavelmente) e não “preservar” (nada fazer com) a Amazônia. Antes, como bem ressalta o Coronel Ernesto Caruso, temos de OCUPAR. Daí a importância do projeto Rio Branco – tocado agora no Governo Jair Bolsonaro pela equipe do General de Exército Maynard Marques de Santa Rosa, na Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.