sábado, 2 de julho de 2016

Não adianta brigar com os fatos

No que seriam os estertores de sua permanência no poder, mesmo agora limitados, Madame surpreendeu uma vez mais. Esta semana concedeu entrevista a uma revista francesa e disse com todas as letras: o Lula será candidato a presidente em 2018.


Até o dia em que deixar definitivamente o poder, prevê-se que a 26 de agosto, Dilma Rousseff não dará o braço a torcer. Não admitirá a iminência de estar saindo. Logo depois, porem, dará troco. Lançará o antecessor para sucessor.


É preciso atentar para o conteúdo. Concorde-se ou não com ele, o Lula dispõe de pelo menos metade do eleitorado. O PT pode estar em frangalhos, desmoralizado e exangue, mas dispõe de uma liderança inconteste. Para seus contingentes, permanece sua primeira e única opção, a despeito de sítios, apartamentos, palestras e viagens subsidiadas.


Com uma vantagem: o outro lado carece de uma única opção, muito pelo contrário. Ainda que no final possam a aglutinar-se num só nome, partirão para o embate sucessório com vasto leque de opções. Aécio Neves, Geraldo Alckmin José Serra, Ciro Gomes, Marina Silva, Ronaldo Caiado e quantos mais?


Desgastado o ex-presidente está, até às voltas com a Justiça. Uma vez lançado, porém, crescerá. Primeiro, por falta de opção. O PT não dispõe de outra saída. Depois, pela dificuldade de seus concorrentes se entenderem antes do primeiro turno. Por último, os prováveis fracassos do governo Michel Temer em sua trajetória neoliberal. 


Em suma, eis um novo personagem no palco, que não pode ser ignorado. Não adianta  brigar com os fatos.

Encontro de Stalin com o Catolicismo



Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Carlos I. S. Azambuja


Desde os tempos antigos o Kremlin manipula a religião de acordo com os seus próprios interesses. Os czares da Rússia fizeram de si mesmos os líderes da Igreja Ortodoxa, a fim de instilar obediência doméstica. Primeiro czar soviético, Vladimir Lenin, matou milhares de padres e fechou a maioria das igrejas russas para fazer do marxismo-leninismo a única religião do país. 


Stalin, que deu continuidade a essa violência sangrenta, transformou a nova religião de Lenin em marxismo-leninismo-stalinismo, e a utilizou para retratar a si próprio como um santo soviético, com o intuito de manter quieta a sua população oprimida, esfomeada. Vinte anos após a revolução de novembro de 1917, apenas 500 igrejas permaneciam abertas na União Soviética.


No dia 23 de agosto de 1939, o Kremlin começou uma guerra também contra as religiões não-russas. Naquele dia, o Ministro de Exterior soviético, Vyacheslav Molotov, e o seu equivalente alemão, Joachim Von Ribbentrop, encontraram-se no Kremlin para assinarem o vergonhoso Pacto Hitler-Stalin de Não-Agressão. Documentos dos arquivos alemães afirmam que Stalin estava eufórico naquele dia. Ele disse para Ribbentrop: O governo soviético leva este Pacto muito a sério. Posso garantir, dando a minha palavra de honra, que a União Soviética não trairá o seu companheiro.


Havia muitas razões para a empolgação de Stalin. Tanto ele como Hitler acreditavam na necessidade histórica de expandir os seus territórios nacionais. Stalin chamava essa necessidade de “revolução proletária mundial”. Hitler a denominou de Lebens-raum (espaço vital). Ambos baseavam sua tirania em roubo. Hitler roubou a riqueza dos judeus. Stalin roubou a riqueza da Igreja Ortodoxa e da burguesia de seu país. Ambos odiavam a religião e substituíram pessoalmente Deus em seus cultos.


A ata secreta do Pacto Hitler-Stalin dividia a Polônia entre os dois signatários e dava aos soviéticos liberdade para lançar mão da Eslovênia, da Letônia, da Lituânia, da Finlândia, da Bessarábia e da Bucóvina do Norte. A maioria desses países era católica, o que para Stalin significava estarem subordinados a um poder estrangeiro: o Vaticano.


Isso era inaceitável para o homem que se tornara o único deus da União Soviética, por ordem do qual 168.300 clérigos ortodoxos russos tinham sido presos somente durante o expurgo de 1936 a 1938, 100.00 dos quais tinham sido mortos. A Igreja Ortodoxa Russa, que tinha mais de 55 mil paróquias em 1914, passou a ter 500.


As muitas centenas de igrejas católicas nesses Estados Bálticos que Hitler tinha acabado de trocar com a União Soviética, representavam uma nova ameaça à imagem de Stalin como o Papai do país- como se chamava o czar -. Essas igrejas estavam submetidas a um outro pai, o Papa Pio XII, e Stalin se recusava a sequer considerar que algum rival interferisse em seu reino absoluto.


Stalin não podia destronar o Papa, que era tido em altíssima conta e estava fora do seu alcance. Mas ele podia varrer as igrejas católicas do mapa dos novos países bálticos, assim como fizera com as Igrejas Ortodoxas russas.


A solução de Stalin foi despachar o seu carrasco favorito, Andrey Vyshinsky, para sovietizar os estados islâmicos e, no processo, destruir as suas igrejas católicas nacionais. Vyshinsky era um velho instrumento da NKVD – polícia política da época – que operava maravilhas, disfarçado no cargo durante a guerra de Stalin contra a Igreja Ortodoxa Russa e durante os grandes expurgos de Stalin nos anos de 1936 a 1938, Vyshisnky sabia o que tinha que fazer. Mais de 7 milhões de pessoas haviam sido condenadas à morte e executadas durante os anos em que ele foi o principal promotor de justiça de Stalin, só para garantir que o chefe fosse a única deidade da Rússia.


A Letônia foi ocupada pelo exército russo em 17 de junho de 1940 e, no dia seguinte, Vyshinsky chegou a Riga na condição de enviado especial de Stalin. Poucos dias depois de chegar a Riga, ele forçou Karlis Ulmanis, presidente da Letônia, a constituir um “governo do povo”, formado por membros que já haviam sido aprovados por Moscou. Segundo o plano de Vyshinsky, apenas dois membros do novo governo eram comunistas: o Ministro do Interior e o Chefe da Polícia Nacional.


Após ter instalado o seu governo, Vyshinsky pronunciou um discurso da sacada da embaixada soviética em Riga, garantindo à população que Moscou não tinha a mínima intenção de anexar a Letônia à União Soviética. Poucos dias depois, contudo, Vyshinsky mandou o chefe de polícia da Letônia prender o presidente Ulamanis e os principais líderes do país. 


Eles foram deportados para a União Soviética com a ajuda da polícia de segurança que Vishinsky trouxera consigo para Riga. Ele forçou o novo “governo do povo” a marcar eleições parlamentares para dali a duas semanas e estabeleceu seu “Bloco do Povo Trabalhador” – controlado por agentes disfarçados da polícia política soviética – para “administrar” as eleições, com uma lista única de candidatos.



As eleições aconteceram nos dias 14 e 15 de julho de 1940. Não havia voto secreto. Apenas a apuração dos votos era secreta, conduzida pelo Ministério do Interior. Os resultados apontavam que 97,8% foram para os – desconhecidos – candidatos do bloco soviético. Pouco depois disso, o recém-criado Partido Comunista da Letônia lançou o slogan “Letônia soviética”. Falando novamente da sacada da embaixada soviética, Wyshinsky expressou sua esperança de que o recém-eleito “Parlamento do Povo” realizasse o desejo implícito no slogan. É óbvio que foi isso que aconteceu...


No dia 21 de julho de 1940, o Parlamento de Wyshinsky proclamou a Letônia uma república soviética, e duas semanas depois o Supremo Soviete de Moscou a incorporou à União Soviética. Não demorou muito para que os padres católicos da Letônia fossem mandados para os gulagssoviéticos e suas igrejas fossem fechadas.


Pouco tempo depois, Wyshinsky incorporou também a Estônia e a Lituânia à União Soviética, da mesma maneira. Toda a hierarquia católica e quase um terço da população católica daqueles dois pequenos países foram deportados ou mortos.


Simples, assim...   
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O texto acima é o resumo de um dos capítulos do livro “Desinformação”, escrito pelo Tenente-General Ion Mihai Pacepa – foi chefe do Serviço de Espionagem do regime comunista da Romênia. 


Desertou para os EUA em julho de 1978, onde passou a escrever seus livros, narrando importantes atividades do órgão por ele chefiado, e que influenciaram diretamente alguns momentos históricos do Século XX -, e pelo professor Ronald J. Rychlak - advogado, jurista, professor de Direito Constitucional na Universidade de Mississipi, consultor permanente da Santa Sé na ONU, e autor de diversos livros -. O livro foi editado no Brasil em novembro de 2015 pela editora CEDET.


Carlos I. S. Azambuja é Historiador.


"Minha Tornozeleira eletrônica, minha vida"

sábado, 2 de julho de 2016


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net


"Minha Tornozeleira eletrônica, Minha vida". Eis um belíssimo programa social que certamente fará o maior sucesso, caso seja proposto pela maioria parlamentar do Congresso Nacional. Uma proposta destas passa fácil, porque o equipamento tem tudo para se transformar em um artigo de primeira necessidade para muitos parlamentares, seus financiadores de campanhas e comparsas de negociatas.


A Câmara e o Senado até poderiam encomendar kits para presentear os deputados e senadores. Com certeza, Renan Calheiros, Eduardo Cunha e centenas de excelências vão comprar esta ideia, claro, sem licitação e se possível com algum superfaturamentozinho, porque ninguém por lá deseja ficar trancado a ferro. Como a tornozeleira tem um custo médio de uns R$ 600 reais, poderia ser um investimento incorporado na verba de representação.


Agora, por inspiração do Supremo Tribunal Federal, a moda será amarrar o equipamento na perna de quem for preso. Claro, a medida valerá para a turma do andar de cima, que poderá curtir o direito à prisão domiciliar, no regime provisório, preventivo ou até na condenação que aguarda infindável recurso. Infelizmente, por falta de recursos, não teremos tornozeleiras eletrônicas para os ladrões de galinha e os bandidos mequetrefes (de alta periculosidade ou não) que infestam as medievais cadeias a presídios de Bruzundanga - terrinha da impunidade ampla, geral e quase irrestrita.


Brincadeiras sérias à parte, a tornozeleira eletrônica, para monitoramento remoto do réu ou "preso-solto", tem tudo para entrar nos usos e costumes da vida penitenciária pós-modernosa. Na Operação Lava Jato, já entra na moda. Ilustres delatores premiados já estão reclusos em suas mansões milionárias utilizando o equipamento fashion. Ontem, o desembargador Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região no Rio de Janeiro, converteu a prisão preventiva em prisão domiciliar dos ilustres empresários Fernando Cavendish, Carlinhos Cachoeira e Adir Assad, entre outros menos votados.


Todos tinham sido presos preventivamente por ordem do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal na Cidade da Olim-piada - onde a violência, criminalidade e impunidade andam juntas, livres, leve e soltas. Agora, continuam no Presídio de Água Santa aguardando a chegada da tornozeleira eletrônica que irá acompanhá-los por uma boa temporada de carceragem domiciliar. Se houvesse equipamento sobrando, o ex-dono da Delta, que chegou de madrugada de viagem, não teria sido detido ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim, sendo levado para uma breve temporada no presídio.



Fernando Cavendish é a figura que mais preocupa a alta cúpula dos políticos de vários partidos, da situação à oposição de mentirinha. Quem está apertadinho com a "prisão" dele é o ex-governador Serginho Cabralzinho Filho. É público e notório que o alvo da Operação Saqueador oferece altíssimo risco ao ex-amigo, caso parta para a temida "colaboração premiada". Uma transação penal de Cavendish tem chances de derrubar, por 13 vezes ou mais, a República do Crime Organizado no Brasil.


Os delatores premiados, com tornozeleira ou não, infernizam a alma vendida dos políticos desonestos. O lobista Milton de Oliveira Lyra Filho tem tudo para arrasar boa parte do Senado e da Câmara, caso abra o bico para a Força Tarefa e para o Supremo Tribunal Federal. Além de Renan Calheiros, que já deveria tirar as medidas do tornozelo, um dos alvos imediatos do provável delator é o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), que planeja presidir o Senado a partir de 2017. Estrago idêntico pode ser feito pelo doleiro Lúcio Bolonha Funaro, que sabe tudo sobre todos...


É por isso que os deputados e senadores deveriam correr para apresentar e aprovar o projeto que lhes beneficia com a tornozeleira eletrônica. Só precisam tomar cuidado para que os ladrões de galinha não promovam uma rebelião, exigindo igualdade de direitos. Lá na França, dois séculos atrás, derrubaram a Bastilha... Aqui, a bronca pode ser diferente... A turma insatisfeita pode invadir as mansões onde vocês e os comparsas de luxo cumprem "prisão domiciliar" e algo de ruim pode acontecer...

Por isso, uma boa dica para os corruptos é: peguem o dinheiro roubado que escondem lá fora, tragam esquentado para cá na brecha de legalização de recursos, e invistam, pesadamente, em uma fábrica de tornozeleiras eletrônicas ou nas ações de empresas do ramo de monitoramento remoto. O lucro vai matar de inveja até os rentista mais honestos...

Enquanto ninguém vota o "Minha Tornozeleira, Minha vida", o Presidento Michel Temer suporta 13% apenas de aprovação, e a Dilma Rousseff até já conseguiu um jatinho para fazer sua campanha de retorno no Brasil da Olim-piada...


Enganação  


Direito e Justiça em Foco


Desembargador Laercio Laurelli recebe o consultor em marketing jurídico Alexandre Motta no programa Direito e Justiça em Foco deste domingo, às 22 horas, na Rede Gospel.
Impressão que fica...

Sem Passaporte

Bronca do Allan Morgan, no Facebook:

"É o maior retrato da inequívoca falência do Estado Brasileiro. A Polícia Federal já estava tendo dificuldade em emitir passaportes por falta de papel na Casa da Moeda do Brasil. 

Agora ficamos sabendo que sua emissão foi suspensa sine die porque a máquina que produz nossos passaportes quebrou e a Casa da Moeda não tem a peça necessária que precisa ser importada da Alemanha. O que mais podemos dizer!"


Devastação cultural encarnada


sntNada pode estar tão distante de alguma outra coisa como o intercâmbio intelectual genuíno está do debate político-partidário e ideológico tal como se trava na nossa mídia e nas nossas instituições universitárias.


Não é exagero dizer que, fora de uns círculos privados muito pequenos, quase microscópicos, o intercâmbio intelectual desapareceu deste país. Desapareceu a tal ponto que o debate político tomou o seu lugar e acredita piamente ser ele.


Grosso modo, a diferença consiste no seguinte: o intercâmbio intelectual pressupõe a efetiva interpenetração das consciências, a participação comum dos interlocutores num mesmo conjunto de experiências cognitivas.


O debate político (no sentido acima) compõe-se apenas da adesão ou repulsa superficiais a “teses” ou “opiniões” estereotipadas, no mais das vezes apenas inventadas e projetivas, às  quais pareça bonito, no momento, lançar flores ou pedradas.


No intercâmbio intelectual, a compreensão e o enriquecimento mútuos são muito mais importantes do que a concordância ou discordância, que em geral acabam sendo quase sempre parciais e condicionais.


No debate político, concordar ou discordar é tudo, com o agravante de que a adesão ou repulsa não é nunca puramente intelectual, mas se multiplica pela exaltação ou condenação morais, que, dirigidas aos alvos convenientes, valem também, por extensão ou por inversão, como descarada "captatio benevolentiae" para fazer do opinador um modelo de virtudes, a personificação suprema da democracia, do patriotismo, do progresso, do socialismo, dos sentimentos cristãos ou de qualquer outro valor que se imagine compartilhado pela audiência.


Não é preciso dizer que, no debate político brasileiro, o compartilhamento de experiências cognitivas é não apenas desnecessário, mas inconveniente.


Compreender as idéias, as intenções profundas ou, mais ainda, a alma do interlocutor pode paralisar o impulso de deformar, caricaturar e falsificar, que, em tão nobre atividade humana, é a essência e a meta do que se pretende.


Numa sociedade normal, há os dois tipos de debates, mas permanecem em terrenos distintos, e a presença vizinha do intercâmbio intelectual, que é de conhecimento público tanto quanto o debate político, funciona como um freio aos arrebatamentos erísticos e demagógicos deste último.


Desaparecendo o intercâmbio intelectual, o debate político, sem parâmetros regulatórios exceto o Código Penal, os interesses empresariais e partidários em jogo e os padrões de gosto de uma platéia volúvel e ignorante, se encontra livre para impor-se como modelo de todas as discussões possíveis e até recobrir-se da aura de “atividade intelectual” aos olhos de quem nunca teve – nem viu -- atividade intelectual nenhuma.


Não deixa de ser sintomático que, nessa atmosfera, as regras de polidez mais vulgares, grosseiras e pueris – mesmo elas constantemente violadas pelos seus propugnadores – se transfigurem no símbolo convencional, no sucedâneo mais aceitável de elevação intelectual e moral.


Foi assim que tipos como os srs. Reinaldo Azevedo, Rodrigo Constantino, Marco Antonio Villa, Caio Blinder e outros tantos vieram a parecer intelectuais, quando até mesmo no exercício do mero jornalismo são tão claramente deficientes, sem comparação possível com os seus antecessores de três ou quatro décadas atrás.


Para quem cresceu lendo os artigos de Julio de Mesquita Filho, Nicolas Boer, Gustavo Corção, Paulo Francis, Otto Maria Carpeaux, Álvaro Lins, Arnaldo Pedroso d’Horta e muitos outros do mesmo calibre –todos eles intelectuais de pleno direito exercendo "ad hoc" as funções de jornalistas --, ler o que se publica hoje sob o nome de “comentário político” é ver diariamente a devastação cultural brasileira encarnada com plena fidelidade aos traços simiescos que a definem.


Publicado no Diário do Comércio.

http://olavodecarvalho.org
http://www.seminariodefilosofia.org

http://www.theinteramerican.org

A medicina comunista

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O horror e a repressão de uma medicina que se tornou em arma estatal.

O Estado - enquanto organização de pessoas que naturalmente tende à própria perpetuação e ao aumento do seu poder e de suas funções - pode transformar-se num perigoso elemento de totalitarismo numa sociedade. 



O Estado também pode instrumentalizar todas as instituições e grupos da sociedade para o propósito final de crescer cada vez mais, drenando tudo e todos.


Já a medicina, que detém grande autoridade científica e social, pode ser um eficaz instrumento de controle e manipulação da sociedade, para o bem ou para o mal. O médico tem o poder para remover alguém do trabalho, aposentá-lo, abrir seu corpo causando um dano controlado chamado cirurgia, declarar alguém morto e, talvez o mais assombroso, nomear uma doença e determinar parcialmente o futuro de um paciente. Talvez este último seja o mais sutil e poderoso elemento da profissão médica.


Quando estamos diante de uma doença claramente identificável, como um carcinoma basocelular na pele de um paciente, não há muito que duvidar. Pode chamá-lo por outro nome, pode tratá-lo de diferentes formas, mas a evolução e as repercussões físicas são bem objetivas e previsíveis. O problema começa quando estamos diante da doença psiquiátrica. Há, obviamente, um espaço muito maior para elementos subjetivos de comportamento que podem alterar radicalmente o prognóstico do paciente, e é justamente aí que um grande perigo pode surgir.


A mistura é explosiva. De um lado, um Estado ocupado por perigosos psicopatas[1], sedentos de poder e controle. Do outro, a medicina, capaz de gerar gigantesca influência na sociedade. Una tudo isso a um governo do tipo revolucionário e totalitário[2] e voilá! A máquina de moer carne humana está pronta. E qualquer um que se oponha poderá ser denominado louco ou doente. A racionalidade por trás de tudo isso é cruel: “nós temos a perfeição encarnada no sistema, qualquer um que avance contra nós é louco e perigoso.”


Nenhum regime encarnou tão bem o ideal do totalitarismo político e espiritual – no sentido de domínio sobre a mente do sujeito – do que o Comunismo em suas diversas encarnações.


Os maiores crimes contra a vida humana podem simplesmente ser cobertos pela desculpa de que pessoas precisam de tratamento psiquiátrico. Ainda hoje alguns manifestantes e oposicionistas dos regimes de esquerda (Rússia, China e tantos outros) desaparecem da sociedade quando adentram um hospital psiquiátrico para que sejam “tratados”. É uma solução muito cômoda, porque muitas explicações seriam necessárias se simplesmente matassem o indivíduo, certo?[3]


Conforme o que o próprio Nikita Khrushchev disse em 1959:




“Um crime é um desvio dos padrões geralmente reconhecidos de comportamento, frequentemente causado por problemas mentais. É possível que existam doenças, problemas mentais, entre certas pessoas da sociedade comunista? É evidente que sim. Se é assim, logo existirão ofensas características de pessoas com mentes anormais... Para aqueles que comecem a erigir oposição ao Comunismo de tal forma, nós podemos dizer que... claramente seu estado mental não é normal.” [4]


Não é surpresa o intenso trabalho vindo de terras socialistas e comunistas a leste investido na pesquisa dos processos psicológicos e psiquiátricos, muitos buscando a chave de como manipular o comportamento humano. O bom e velho Pavlov, e toda uma hoste de pesquisadores da psicologia social e da manipulação não me deixam mentir.


Aliado ao uso da medicina psiquiátrica para fins totalitários, basta misturar a manipulação da cultura conforme os ditames de Antônio Gramsci e de toda a Escola de Frankfurt[5] e teremos o caminho para a escravidão perfeitamente pavimentado.


E novamente voltamos ao problema da medicina que perdeu sua identidade. Uma vez que a proteção da vida e da integridade do paciente movida por um compromisso inegociável com a beneficência for trocada por qualquer outra coisa ou qualquer outra fidelidade, está encerrada a medicina tradicional hipocrática e cristã.


Ao invés de direcionar-se ao paciente como objetivo concreto e imediato da prática médica, o juramento médico soviético, por exemplo, se direcionava à abstrata humanidade e à sociedade, demonstrando o predomínio do utilitarismo social contra a beneficência direta ao ser humano. Ao invés de apelar para uma lei universal, apela-se à moralidade comunista – isso é assustador para qualquer um que tenha lido o mínimo de história soviética – e à obediência ao Estado. Sem dúvida nenhuma é o juramento que todos os Estados com tendência totalitarista gostariam de impor aos seus médicos.[6]


Voltando aos dias de hoje, longe no tempo e na geografia, não estranho nem um pouco a insistente atenção dada aos médicos e à educação – ou deseducação – pelos governos da esquerda radical no Brasil. O constante desmanche da autoridade médica, substituída é claro pela autoridade ideológica radical que ocupa o vácuo deixado, e o trabalho de hegemonia cultural sempre presente nas universidades e escolas, onde temos ideólogos manipuladores aliados aos piores índices educacionais internacionais, deixam bem claro a tendência entrópica de nossa elite.


A progressiva substituição do perfil médico brasileiro, saindo de uma classe profissional altamente científica e técnica, com padrões de qualidade reconhecidos internacionalmente, porém quase que completamente destituída de formação política, para uma classe subserviente ao Estado, menos qualificada e muito mais ideologizada, claramente remete a uma intensa medida de engenharia social. Pessoalmente, considero os dois modelos errados e distantes da identidade tradicional da medicina, que deve ansiar por excelência em termos científicos, técnicos e morais, incluindo a política.


Junto com a destruição da identidade médica, atos frontalmente contrários à vida humana - e à opinião majoritária do provo brasileiro, diga-se de passagem - são cotidianamente instituídos. Prega-se o abortamento voluntário e a eutanásia, por exemplo, e a vida humana deixa de ser sagrada.




Cartaz educativo sobre o aborto seguro na União Soviética.
Realmente sagrado deve ser o Estado - esse Leviatã insaciável - e a vontade de nossa elite política esquerdista, certo?


Não. Certo é o compromisso mais que milenar de nossa Medicina com a vida humana e com o ser humano concreto, de carne e osso, que todos os dias senta-se à frente de seu médico e pede auxílio, socorro e compreensão. Certo é defender a vida humana, pressuposto de qualquer atividade médica. Certo é defender nossa própria identidade moral contra os enxertos desumanos que ideologias monstruosas tentam empurrar à força sobre a sociedade.


A boa medicina, de raiz cultural hipocrática e cristã, tem sua própria escala de valores a ser defendida.

Notas:

[1] LOBACEWSKI, Andrew. Ponerologia Política. Campinas: Vide Editorial, 2015.

[2] Na concepção de Olavo de Carvalho, revolução é a concentração de poder mediante a promessa de um futuro melhor, justificando a inversão moral, isto é, desculpando atos imorais para se alcançar um distante fim desejável.

[3] VAN NOREN, Robert. Ending political abuse of psychiatry: where we are at and what needs to be done. BJPsych Bulletin (2016), 40, 30-33, doi: 10.1192/pb.bp.114.049494

[4] Ibid.; KNAPP, M. Mental Health Policy and Practice Across Europe: The Future Direction of Mental Health Care. McGraw-Hill, 2007.

[5] CARVALHO, Olavo de. A Nova Era e a Revolução Cultural. Campinas: Vide Editorial, 2015.


[6] Association of American Physicians and Surgeons. Comparison between Oath of Hippocrates and Other Oaths. Internet, http://www.aapsonline.org/ethics/oathcomp.htm


Prof. Dr. Hélio Angotti Neto, 
autor do livro A Morte da Medicina, é coordenador do Curso de Medicina do UNESC, diretor da Mirabilia Medicinæ (Revista internacional em Humanidades Médicas), membro da Comissão de Ensino Médico do CRM-ES, visiting scholar da Global Bioethics Education Initiative do Center for Bioethics and Human Dignity em 2016, membro do Comitê de Ética em Pesquisa do UNESC e criador do Seminário de Filosofia Aplicada à Medicina, SEFAM - www.medicinaefilosofia.blogspot.com.br.



O conservadorismo é o inimigo comum



Para a grande mídia, meios intelectuais e para a classe política, o conservadorismo continuará a ser o que sempre foi: uma ameaça ao status quo.



Cada vez mais, fica evidente que não se deve fazer concessões àqueles que não comungam dos mesmos objetivos, que não possuem a mesma cosmovisão e possuem paradigmas que se diferenciam muito dos seus, ainda que, politicamente, haja alguma afinidade de idéias.



No ano passado, quando a disputa presidencial ficou entre Dilma Rousseff e Aécio Neves, a quase totalidade dos conservadores brasileiros fizeram uma campanha positiva em favor do candidato do PSDB. Apesar desse apoio ter sido dado com desconfiança, ele foi bem explícito, chegando a parecer mesmo uma aprovação à figura do senador mineiro.



Eu mesmo, ainda que sempre deixando claro que votaria nele bastante envergonhado, tomei uma posição muito clara em seu favor. Inclusive, cheguei a defender esse chamado voto útil, ou a escolha por um mal menor, de forma ardorosa contra a crítica de alguns outros conservadores um tanto mais inflexíveis. 


Estes negaram apoio a Aécio por uma razão muito simples: diziam que o partido social-democrata, apesar de ser um tanto mais liberal em matérias econômicas, em todo o resto, como nas questões de valores familiares, defesa da vida e assuntos culturais era tanto ou até mais radical em favor da visão esquerdista do que o próprio Partido dos Trabalhadores.


Na época, achei, sinceramente, que esse discurso estava equivocado. 


Na minha cabeça e de tantas outras que se expressaram nesse sentido, era melhor se concentrar em tirar o PT antes de tudo e, depois, poderíamos nos concentrar no PSDB, que estaria no poder.



No entanto, passado mais de um ano daquelas eleições e vendo a atitude da cúpula tucana, inclusive do senhor Aécio Neves e, agora, observando os ataques histéricos que um de seus maiores defensores na mídia, o senhor Reinaldo Azevedo, tem impetrado contra os conservadores e, principalmente, contra o provável candidato à presidência em 2018, o deputado federal Jair Bolsonaro, começo a reconhecer que talvez aqueles conservadores mais inflexíveis estivessem realmente com a razão.


Pode ser que, em algum momento, tenhamos acreditado que os tucanos, apesar de suas raízes fabianas, pudessem ser aliados dos conservadores. Talvez tenhamos tido a ilusão de que o apoio conservador ao candidato do PSDB causasse algum tipo de simpatia em seu partido pelas nossas causas, fazendo com que aliviassem um tanto o discurso progressista que sempre lhes foi próprio.


No entanto, os sinais foram claros que tudo isso não passara de um grande engano. O próprio Aécio Neves, ainda na época da campanha, declarou que jamais se direcionaria para o espectro da direita política. Além do mais, o programa de governo do PSDB era ainda mais radicalmente contrário aos valores conservadores do que o do próprio PT. Findadas as eleições, o candidato derrotado simplesmente se negou a dialogar com a parcela da população que votou nele, escolhendo a reclusão, em um sinal claro de que não havia qualquer afinidade entre ele e seu novo eleitorado.


Quanto aos seus defensores na mídia, principalmente no caso de Reinaldo Azevedo, que sempre foi um explícito apoiador dos personagens tucanos, até quando foi possível, tentaram manter uma relação cordial com a parcela mais conservadora da sociedade. Como havia um inimigo comum, pareceu que as aparentes pequenas divergências que havia entre eles ficaria diluída diante do problema maior, que era o PT.


No entanto, surgiu um fenômeno inesperado no meio do caminho: um provável candidato a presidente que está arrebatando grande parcela daqueles mesmos eleitores que apoiaram Aécio Neves em 2014: o deputado Jair Messias Bolsonaro.


É evidente que ao ver as cenas das pessoas carregando aquele que eles apelidaram carinhosamente de Mito nos ombros, em todas as cidades por onde passa, o alerta vermelho soou no quartel-general do PSDB e, a partir desse momento, um novo inimigo surgiu.


Então, aqueles que até aqui eram tratados como aliados, quase como companheiros de armas, de repente são tidos por fanáticos, radicais, ou como gosta de falar o senhor Azevedo, fascistas. Aquela que parecia uma aliança, ainda que tática, se mostrou, de fato, inexistente. O que se ouve, agora, é o destilar de um ódio irracional e a expressão de um medo histérico, que tentam demarcar os conservadores como extremistas que devem ser contidos.


Fica claro, com isso, que nós, os conservadores, realmente cometemos um erro. 

Acreditamos que era possível, de alguma maneira, compor-se, nem que fosse apenas precariamente, com esquerdistas aparentemente menos radicais. A realidade, porém, está deixando bem claro que tal acordo tácito apenas se sustentaria enquanto fosse favorável aos representantes social-democratas. 


Enquanto o apoio conservador oferecia suporte e votos para os políticos do PSDB, o fingimento permanecia. Bastou, porém, aparecer uma alternativa para esses conservadores e eles começarem a demonstrar que seu apoio e voto não seria mais para o tucanato, para se tornarem incômodos e não bem-vindos nos círculos progressistas, recebendo destes a pecha de radicais obtusos.


Isso deixa evidente, portanto, que o conservadorismo, se quiser se impor neste país, vai ter de buscar apoio onde ele sempre se manifestou da maneira mais natural, a saber, no meio do povo. Porque na mídia, nos meios intelectuais e na classe política ele vai continuar a ser o que sempre foi: uma ameaça ao status quo.


http://www.fabioblanco.com.br/

As 10 melhores maneiras de educar seus amigos esquerdistas no Facebook…

Por Diane Schrader
As 10 melhores maneiras de educar seus amigos esquerdistas no Facebook…ou em qualquer outra rede social. [Eis aqui] apenas algumas leves considerações …


Todos vocês são blogueiros, vocês sabem disso. Se possuem uma conta no Facebook, é-lhes oferecida uma oportunidade de expressar suas opiniões diante da plateia composta pelos amigos do Facebook. Mais de nós deveria estar tirando vantagem dessa oportunidade.

Porque, a menos que você preserve, zelosamente, a pureza ideológica da sua lista de amigos do Facebook, limitando-a apenas a outras pessoas que também limitem suas respectivas listas a conservadores, você está sujeito a “logar” um dia e encontrar algum comentário espetacularmente irritante e/ou completamente estúpido, ao qual você deve responder. E eu estou dizendo que você PRECISA responder. (Veja #10, abaixo)

Agora, isso pode causar alguns estragos porque, de acordo com minha experiência, discussões em forma de textos tornam-se agressivas muito mais rapidamente do que em conversas cara a cara.  A maioria das pessoas é bem mais educada pessoalmente do que quando protegidas pelo relativo anonimato da tela de seus computadores, e isso vale em dobro para os esquerdistas.  

E mais: muitas vezes, você se verá respondendo aos amigos dos seus amigos, e eles podem, muito bem, ser pessoas que você não conhece e com quem jamais terá um encontro pessoal, o que pode elevar os insultos a níveis estratosféricos. Mas, munido com estas dicas, você pode ter uma troca de ideias gratificante, esmagar o esquerdismo e preservar a sua dignidade.

10. Não deixe nenhuma idiotice esquerdista passar em branco
Essa é a regra básica. [Eis] um exemplo de um dos meus amigos no Facebook depois das eleições de terça-feira:
“Estou vendo os resultados das eleições e estou bastante assustada.”
Quando me deparei com esse status, vários amigos dessa pessoa, igualmente insensatos, já tinham entrado na conversa, apresentando variações sobre o tema, como “Aterrorizado!” e coisas do tipo. Esquerdistas raramente sentem a necessidade de explicar tais respostas impensadas ou de postar um link que nos leve a algo que sustente suas opiniões. No Mundo Esquerdista, simplesmente declarar algo já lhe confere autenticidade. Pronunciamentos presunçosos e vagos são a tática favorita. Sua primeira resposta deve ser uma pergunta simples, formulada como se você estivesse simples e inocentemente pedindo esclarecimentos – nesse caso: “O que é assustador?”.
Rota alternativa: cortar [o mimimi], imediatamente, com sarcasmo: “Sim, acho que impostos mais baixos, mais empregos, uma economia melhor e menos desperdício nos gastos poderia ser francamente assustador”.

 9. Desafie-os nos xingamentos

Como eles possuem poucos argumentos coerentes, a você, frequentemente, será atribuído algum nome desagradável. Permanecendo no exemplo das eleições que eu mencionei acima, quantos comentários você acha que levaram antes de eu ser chamada de “teabagger”? [NOTA: trocadilho vulgar aplicado aos simpatizantes do “Tea Party” (Partido do Chá), movimento político-social ligado às ideias direitistas. Teabagging, por outro lado, é um ato sexual.] Se você apostou dois [comentários], ding ding ding! Acertou! Quando eu disse que usar uma ofensa sexual e vulgar não acrescentava nada à qualidade da discussão, o cavalheiro em questão ofereceu a resposta comumente usada [por um esquerdista]: a de que ele “não quis dizer isso”.
“Se você me conhecesse, o que não é o caso, e [não] estivesse simplesmente fazendo suposições, saberia que eu não quis dizer isso…. Um “saquinho de chá” (tea bag), na minha casa, é simplesmente isto: um saquinho de chá. Minha mente não foi tão longe. Um Partido do Chá (Tea Party) deve ser constituído por um monte de saquinhos de chá de qualquer forma, certo? …se não, como cada membro é chamado? Folha de chá?”
Você pode notar todas as deixas que ele me deu? O mais óbvio, é claro, é que as palavras têm significados e, se alguém está negando desonestamente esses significados, então qualquer chance de uma discussão significativa desaparece. Demorou algumas trocas e vaivéns cansativos para esclarecer isso para ele; ele era um educando particularmente lento. Se forem lançados xingamentos diretamente contra você ou contra pessoas que pensam como você, não deixe que essa loucura fique impune.

8. Desafie-os a falhar na resposta

Todo mundo fica cansado quando uma discussão já dura há algum tempo, mas, se for possível de alguma forma, mantenha-se firme até eles se renderem. Lembre-se, você tem argumentos mais numerosos e superiores. Eu penso que a maioria dos esquerdistas simplesmente desiste quando ficam sem resposta, o que é muito revelador para aqueles que presenciam a conversa. Você poderia permitir que alguém se retirasse quieta e graciosamente, mas eu sempre induzo uma saída provocadora. Exemplo: “Chega dessa merda [de discussão]!”
Não, eles não terminaram. Só queriam dar um soco de despedida, então devolva o favor. Pergunte qual é a “merda” em debater um assunto. Mostre que parece que eles não têm mais provas das suas reivindicações. O que quer que você tenha que fazer, não deixe os desafiantes desistentes saírem dessa. E, se eles aparecerem de novo, depois de dizerem“Para mim chega!” (como eles quase sempre fazem) – sinta-se livre para dizer “Pensei que você tinha dito que ia sair da discussão!”

7. Desafie-os em acessos de raiva


Essa é para fazer o circo pegar fogo. É perceptível quando alguém perde o controle, porque uma birra verbal (ou virtual) é recheada de letras maiúsculas, pontos de exclamação e, geralmente, de uma profunda falta de gramática, ortografia ou lógica. Eles simplesmente disparam estas coisas em você:

Você é uma desgraça de ser HUMANO por que você não faz um favor ao mundo e se mata SUA V@DI@ FDP IDIOTA !!!!”

Poético, não? Nunca deixe que eles tenham a última palavra depois de uma afronta como essa. Essa atitude apenas encorajá-los-á a usar suas táticas de bullying em algum outro usuário do Facebook desavisado. De qualquer forma, por inúmeras razões, é crucial que você cultive uma atitude de zoação diante de tal acesso de raiva. Em primeiro lugar, isso te ajudará a evitar picos indesejáveis de pressão arterial. Em segundo lugar, vai impedi-lo de pagar na mesma moeda. É muito, muito mais eficiente exibir seu bom humor diante do descontrole emocional deles. Ainda que você sinta que está ficando com raiva, nunca os permita vê-lo suar. Vire o jogo contra eles: “Entendi. Será que alguém esqueceu os remédios hoje de manhã?” Permaneça o adulto no controle, indulgente e divertido. Você vai enlouquecê-los!

6. Desafie-os nas palavras de baixo calão


Nós já cobrimos isso de alguma maneira na seção sobre birras, mas vale a pena ressaltar que você nunca deve usar palavras de baixo calão, e, quando eles (invariavelmente) o fizerem, imediatamente use a postura de adulto indulgente que acabamos de descrever: “Ai, ai, ai! Alguém aqui precisa lavar a boca com sabão?”.
Rota alternativa: lembrete imediato e conciso de regra [básica]: “Palavras de baixo calão são sinal de um vocabulário limitado. Seja gentil e evite usá-las, já que são antitéticas em uma discussão civilizada”.

5. Desafie-os ao fugirem do assunto ou distraírem-se.

Às vezes, quando os esquerdistas estão perdendo uma discussão, eles tentam mudar o assunto. Isso pode ser realmente divertido se você imediatamente derrotá-los no novo tópico também, mas, geralmente, é importante lembrá-los rapidamente de que eles estão fugindo do assunto.
Outra situação frustrante é quando várias pessoas estão contribuindo para a discussão e os esquerdistas distraem-se (ou se fazem de distraídos) com um aspecto periférico mencionado na conversa. “Oh, eu adoro um bom pote de Earl Grey, mas meu marido gosta de Darjeeling[1]. Você pode trazê-los, gentilmente, de volta ao tópico em pauta ou, se demonstrarem humildade suficiente, você pode escolher deixá-los fugir. Essa tática pode, afinal, significar a tentativa deles de fazer uma saída elegante.

4. Desafie-os a descaracterizar suas declarações

Isso é muito importante. Certifique-se de ler cuidadosamente o que eles estão dizendo, e impeça-os de terem QUALQUER margem para reapresentarem suas posições (Você pode reapresentá-las, se desejar, porque é responsabilidade deles chamarem a sua atenção por isso – e eles quase nunca o farão). Não permita que eles mudem o significado de suas palavras ou façam suposições.
Na postagem sobre as eleições, eu pedi, inúmeras vezes, por um exemplo específico, substantivo, a respeito do que eraassustador nas eleições (depois de o meu oponente ter esgotado todo o “eu não quis dizer que você é uma teabagger”). Reproduzida aqui, em toda a sua glória original, eis a resposta:
“Qual ponto por você levantado na minha resposta gostaria que fosse acompanhado por fundamentação? Você levantou pouquíssimos pontos sobre os quais eu sinta que você se importe em ouvir o outro lado. Você deixou claro que apenas escuta um lado de uma questão, de qualquer forma. Acho que não sabia que estávamos discutindo alguma coisa. Nós estamos? O que nós estamos discutindo? O fato de que o resultado das eleições foram assustadores?”.
Eu sei o que está pensando: esse cara está abrindo a guarda! Às vezes, tem tanta brecha para atacar que não sabemos nem por onde começar. Estupidez absoluta é difícil de ignorar, mas, nesse caso, o ponto óbvio imediato que precisava ser destacado era que ele descaracterizou minhas declarações ao tentar me pintar como desinteressada pela sua opinião – quando, na verdade, eu tinha acabado de pedir a opinião dele. Simplesmente indicar isso foi a melhor resposta.
3. Desafie-os nas mentiras descaradas
Como já descrevi, a declaração original da minha amiga era que ela estava assustada com os resultados das eleições. Os outros amigos dela entraram na conversa demonstrando o quanto estavam horrorizados, e um disse que queria se mudar para o Canadá. (Tudo isso sem uma razão específica – apenas porque as eleições foram “assustadoras”). Logo depois do comentário irracional que dizia “o que estamos discutindo”, mencionado acima, a amiga [que fez a postagem] escreveu este disparate:

“Talvez seja inteligente reler meu post original. Eu nunca mencionei o ‘outro lado’ ou estar com medo de ‘inimigos’. Apenas estar assustada com os resultados das eleições… o que inclui, incidentalmente, o baixo comparecimento às urnas e uma série de outras preocupações que não têm nada a ver com um determinado republicano ou democrata”.

Hahahaha. Essa é muito fácil. Baixo comparecimento às urnas! Isso estava fazendo as pessoas quererem mudar para o Canadá! Desnecessário dizer, eu fui forçada a apontar a desonestidade terrivelmente óbvia da sua declaração.

2. Desafie-os em cada declaração inadequada

Às vezes, como em alguns dos exemplos que citei, existe tanto material para responder que você talvez fique tentado a deixar algumas coisas passarem. Isso, é claro, é um julgamento que depende de quão perto você quer se manter do seu ponto inicial. Mas eu gosto de colocá-los em uma situação constrangedora a cada comentário inadequado proferido.
Outra pessoa, no tópico sobre eleições (aparentemente só tem esquerdistas nessa lista de amigos), postou esta informação útil:
“Toda vez que eu leio sobre pessoas gritando sobre Estado inchado e impostos demasiados, meu marido e eu lembramo-nos imediatamente de que a maioria das pessoas não é muito inteligente. Estou chocada com a ignorância e a falta de profundidade que vejo”.
Por favor, note que, de acordo com a cartilha esquerdista, ela não oferece nenhum argumento a favor da sua opinião, mas, em vez disso, diz que (a) conservadores gritam, (b) ela e seu marido são mais inteligentes que a maioria dessas pessoas e (c) essas pessoas são ignorantes e superficiais.
É importante tirar um momento para apontar isso tudo.

1. Desafie-os a se sentirem “ofendidos”

Depois que apontei uma série de declarações inapropriadas feitas por outro escritor na questão da eleição (ver #2), finalmente chegamos ao ponto nevrálgico da indignação esquerdista – a oportunidade de se fazer de vítima ofendida. Nesse caso, o mimimi cansativo, mas totalmente previsível, veio da escritora original, que ME acusou de insultar os seus amigos. Nesse ponto, muitas vezes é útil fornecer um sumário breve da questão toda… algo como estas linhas:

  1. RB faz uma piada sobre o fato de as eleições serem assustadoras.
  1. PB diz que a situação é terrível e que ele quer se mudar para o Canadá.
  1. Diane pergunta o que é assustador.
  1. PB a chama de teabagger.
  1. Diane sugere que esse não é um argumento eficaz.
  1. PB diz que Diane não pode saber o que ele realmente estava pensando quando a chamou de teabagger.
  1. Diane diz que as palavras têm significado, e pergunta se ele vai responder a sua pergunta.
  1. PB diz que ela só se preocupa com a sua própria opinião.
  1. Diane observa, mais uma vez, que ela acabou de pedir justamente a opinião dele.
  1. RB diz que quando ela afirmou que as eleições eram assustadoras, ela quis dizer que estava com medo do baixo comparecimento às urnas.
  1. Diane ri histericamente.
  1. AC entra na conversa para noticiar que ela e seu marido são mais espertos do que todos os gritadores conservadores estúpidos, ignorantes e superficiais.
  1. Diane suspira e salienta que este também não é um argumento, mas simplesmente um ataque “ad hominem”.
  1. RB acusa Diane de insultar seus amigos, os quais, implícita ou abertamente, declararam que Diane é uma estúpida, ignorante, superficial, escandalosa, teabagger que não vai ouvir o outro lado. Embora eles nunca tenham declarado o lado deles.
Ahhh … Discutir com esquerdistas. Às vezes é como tirar doce de criança. Mas lembrem-se, quase sempre outras pessoas estão à espreita, lendo, e considerando. Fique tranquilo (fácil de dizer, difícil de fazer – eu certamente atingi minha cota de erros nisso) e tente ser a pessoa mais sensata. Os leitores que espreitam serão capazes de ver quem está apresentando pensamentos racionais, e quem está caindo em histerismo. Eu acho que quer dizer alguma coisa o fato de que, nessa discussão que usei como exemplo, alguns dos participantes voltaram no dia seguinte e apagaram todos os seus comentários. Aparentemente, mesmo eles, eventualmente, reconheceram quão tolos soaram. Ponto.
[*] Diane Schrader. “Top 10 ways to school your leftist friends on facebook”. News Real Blog, 7 de Novembro de 2010.
Tradução: Fernanda Ferreira
Revisão: Hugo Silver
Revisão Gramatical: Gleice Queiroz
[1] Earl Grey e Darjeeling são tipos de chá.