quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Por trinta e cinco anos vivemos a Era das Trevas no Brasil. Tudo vermelho e preto.

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net

Por Carlos Maurício Mantiqueira

Por trinta e cinco anos vivemos a Era das Trevas no Brasil. Tudo vermelho e preto.

A partir de primeiro de janeiro de 2.019, o cenário está mudando.

Em breve, só verde e amarelo.

Ainda vemos nuvens negras no horizonte.

Se a Argentina colapsar com a volta do clepto-populismo ao governo, o Brasil sairá do Mercosul.

Muitos perguntarão: “Ficará inviabilizado o acordo entre a União Europeia e o bloco sulamericano?”

A resposta é SIM. Os europeus imediatamente buscarão um novo acordo comercial com o Brasil; até preferem se afastar dos antigos “sócios, incômodos e/ou inconfiáveis.

Numa analogia automobilística, o Brasil é uma Ferrari cujo potente motor superará os entraves dos traidores internos e inimigos externos que atuam como um verdadeiro freio de mão.

Rompida a semiescravidão de mais de quinhentos anos, o progresso será vertiginoso e inimaginável.

Até agora nossa Ferrari vinha sendo dirigida por macacos, numa “gentil” observação de jornalistas estrangeiros.

No instante que um verdevialdo amarelou ao ver desmascarada sua trama contra o novo governo, em desespero, os implantadores da Nova Ordem Mundial começaram a farsa amazônica, talvez até com incêndios criminosos. Já dissemos: O Brasil estreou muito bem nas brigas de Cachorro Grande.

Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.

Bolsonaro diz que PGR é Dama do seu Xadrez

Posted: 03 Sep 2019 10:00 PM PDT



Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
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O Presidente diferente Jair Bolsonaro aproveitou o finzinho daquela entrevista que ele concede, quase que todo dia, na portaria da residência oficial do Palácio da Alvorada, para dar uma pista sobre a intensificação do movimento de combate à corrupção. Bolsonaro pediu que os jornalistas descrevessem como funciona o jogo de xadrez do seu governo. Como não houve resposta, Bolsonaro explicou que os ministros eram os peões; Paulo Guedes, o Cavalo; o Presidente, o Rei; e, para surpresa de todos, a peça Dama é ninguém menos que a Procuradoria-Geral da República.

A Dama, ou Rainha, é a peça mais poderosa do jogo. O Rei só se movimenta uma casa em qualquer direção. A Rainha pode ir para frente ou para trás, para direita ou para a esquerda, ou na diagonal, quantas casas quiser. A Rainha tem apenas uma limitação: não pode pular nenhuma outra peça. Ou seja, ela é a peça de maior valor relativo do jogo. E atenção, atenção: a Dama pode ser usada para forçar um xeque-mate, depois do oponente capturá-la. Ou seja, ao avisar que a PGR será sua Dama, Bolsonaro está avisando que ela pode realizar todos os movimentos para dar um xeque-mate no Rei inimigo (que ele não disse, mas deixa implícito que são os imperadores do Crime no Brasil).

Talvez só seus filhos ou amigos muito chegados possam dizer que Bolsonaro é um craque no xadrez. Pouco importa se ele é ou não... Ele demonstra que tem boas chances de ganhar o jogo, expondo a força simbólica do recado que deu. Sua peça estratégica, a PGR, vai ser usada para limpeza prometida pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro. Se Bolsonaro tiver a sorte e competência de escolher um Procurador ou Procuradora que jogue na ofensiva, a bandidagem institucionalizada terá problemas como nunca antes na História deste País...

O jogo vai ser dureza... A prévia da partida já mostra que nada é e nem será fácil. O Mecanismo fará de tudo para continuar roubando... A boa perspectiva – que pode até ser um consolo – é que Bolsonaro promete botar sua Rainha PGR para trabalhar... Depois desta, em volta do tabuleiro, já se observam os sentimentos de temor ou de arrogância dos adversários e inimigos.

Vamos aguardar quem será a peça indicada por Bolsonaro para a PGR... Até quinta, Bolsonaro promete anunciar o nome do “Damo”... O Presidente já antecipou que seu indicado para a PGR será um homem...  Tem gente boa apostando que Bolsonaro vai partir para uma guerrilha, no melhor estilo Deep State... Aguardemos para saber se assistiremos a um “Bastardos Inglórios” na versão tupiniquim... Joga, Bolsonaro...

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

O Brasil para ser desenvolvido e respeitado pelos os demais Estados têm de lutar em defesa de sua soberania e por ideias que exerçam apelo além de suas fronteiras”.

O Brasil para ser desenvolvido e respeitado pelos os demais Estados têm de lutar em defesa de sua soberania e por ideias que exerçam apelo além de suas fronteiras”.

(Adaptado da frase de Samuel Huntigton: “Uma superpotência tem de lutar por uma ideia que exerça apelo além de suas fronteiras”)

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Alberto Pinto Silva

A cobiça sobre as incalculáveis riquezas da Amazônia não é uma exclusividade dos dias atuais. O objetivo de integrá-la definitivamente ao contexto nacional tem sido buscado ao longo das gerações, sem ser, contudo, alcançado plenamente.

Dissociada do restante do território nacional, a Amazônia tem sofrido fortes ameaças que atentam contra a soberania nacional, como é o caso da atual cometida pelo Presidente Macron, da França.

O presidente francês afirmou que está “em aberto o debate sobre a internacionalização da jurídica da floresta amazônica”.

A situação vivida na atual conjuntura brasileira é a de paz relativa, uma Guerra Política[1] Permanente, não há inimigo e sim estados com ações hostis em defesa dos seus interesses. Está acontecendo um “Conflito na Zona Cinza”, caracterizado por uma intensa competição política, econômica, informacional, mais acirrada que a diplomacia tradicional, porém inferior à guerra convencional, realizada por Estados[2]que têm seus interesses desafiados pelo Brasil.

Ninguém começa uma Guerra Política contra um país amigo do seu povo, ou melhor, ninguém de bom senso deve fazê-lo, sem ter bem claro em sua mente o que com ela pretende alcançar. França e Alemanha motivadas pela assinatura do acordo MERCOSUL e União Europeia, acusam o Brasil de estar destruindo a Amazônia e de não cumprir com acordos relativos ao meio ambiente, e ameaçam com retaliações políticas e econômicas, mal disfarçando o verdadeiro motivo que é o de proteger suas economias.

A decisão de empreender uma “Guerra Política” contra o Brasil poderia ser baseada numa avaliação de custos e benefícios, ser empreendida com vistas a alcançar-se um objetivo político que fosse de interesse do Estado Frances, e nunca para atender a necessidade do Presidente Macron de se projetar internacionalmente como “defensor da humanidade”, e recuperar sua reputação na política interna protegendo seus agricultores.

O centro de gravidade da ação dos Estados hostis ao Brasil, na atual conjuntura, está voltado a desestabilizar o governo, a desacreditar autoridades, a criar o caos na sociedade com o auxílio do potencial de protesto da oposição e da imprensa simpática à social democracia, sucedendo-se a uma inevitável crise política.

Devido às nossas possíveis atividades de defesa serem de um país em desenvolvimento contra países do G7, as ações devem ter um objetivo político claramente definido e responsabilidades políticas firmemente estabelecidas. Devemos criar, com a participação da sociedade, uma “Frente Nacional” de defesa do país.

Existem certas medidas fundamentais, entre elas, como manobra interior:

- despertar o interesse da sociedade pelos assuntos de defesa;

- buscar a harmonização dos três Poderes em assuntos de defesa e política externa;

- buscar a integração das diversas ferramentas do Poder Nacional e dos grupos não estatais em benefício da defesa dos interesses nacionais do país, forçando o oponente a confrontar vários campos de batalha, simultaneamente;

- permitir usar todos os elementos do Poder Nacional, em uníssono e com a combinação certa de instrumentos diplomáticos, econômicos, militares não cinéticos, políticos, jurídicos e culturais para cada situação

- buscar a participação da própria população na defesa da soberania da nação;

- todos os fatores do Poder Nacional possuem uma estreita dependência do poder econômico, a ciência de bem aplicá-los na defesa da nossa soberania está na sua integração e harmonização;

- buscar a excelência nas atividades de guerra em rede, de inteligência artificial, segurança cibernética, e espionagem eletrônica;

- buscar que todos os brasileiros saibam o que é um” “Conflito na Zona Cinza[3]”;

- usar a Guerra Assimétrica Reversa[4]e a Assimetria Estratégica[5];

E como Manobra exterior:

- atuação forte na ONU, na OEA, no BRICS, e no MERCOSUL expondo a Guerra Política desencadeada pela França e Alemanha visando atingir o Brasil, e desestabilizar autoridades e a economia;

- busca de apoio em países como Estados Unidos, Inglaterra, Espanha, Itália, China, Argentina que já fizeram declarações favoráveis ao Brasil; e

- procurar as multinacionais francesas instaladas no Brasil discutindo as vantagens de um bom relacionamento entre Brasil e França.

Nós, brasileiros, não devemos perguntar quanto custa à nação a resistência que toda a comunidade é capaz de oferecer, empregando todas as ferramentas disponíveis ao Poder Nacional, para a defesa de nossa Soberania, mas indagarmos qual é o efeito que esta resistência pode gerar, e caso ela não seja desencadeada cobrar ao Governo o por qual razão?  

O Brasil deve se preparar para um longo período de conflito, pois razão não é a defesa do meio ambiente, da Amazônia, ou a luta contra as queimadas, mas sim as riquezas da Amazônia e a reação da esquerda e da social democracia europeia e brasileira à vitória de um governo de direita no Brasil. No passado recente, de governos de esquerda, o desmatamento e as queimadas foram maiores e sem protesto de países europeus e da imprensa interna e externa.

Carlos Alberto Pinto Silva é General de Exército da reserva / Ex-comandante do Comando Militar do Oeste, do Comando Militar do Sul, do Comando de Operações Terrestres, Ex-comandante do 2º BIS e da 17ª Bda Inf Sl, Chefe do EM do CMA, Membro da Academia de Defesa e do CEBRES.

“Olho grande na Amazônia Brasileira”

segunda-feira, 2 de setembro de 2019


“Olho grande na Amazônia Brasileira”




Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Ernesto Caruso

O título representa uma homenagem ao almirante Roberto Gama e Silva, natural de Manaus, que denomina o livro de sua autoria, editado em 1991. Extremamente dedicado ao estudo das questões nacionais em especial do vasto território sob a mira dos impérios nos vários tempos.

Foi coordenador por quatro anos do Grupo Executivo das Terras do Baixo Amazonas (GEBAM), 1980, subordinado à Secretaria Geral do Conselho de Segurança Nacional, devido à importância da missão.

A Amazônia, dita Legal, foi criada pela Lei nº 1806 de 1953, do presidente Getúlio Vargas que dispõe sobre o Plano de Valorização Econômica da Amazônia com objetivo de incrementar o desenvolvimento da produção extrativa, agrícola, pecuária, mineral, industrial no sentido de melhores padrões sociais de vida e bem-estar econômico das populações da região e da expansão da riqueza do País.

Por seu Art. 2º, a Amazônia brasileira, para efeito de planejamento abrange a região compreendida pelos Estados do Pará e do Amazonas, pelos territórios federais do Acre, Amapá, Guaporé e Rio Branco e ainda, a parte do Estado de Mato Grosso a norte do paralelo de 16º, a do Estado de Goiás a norte do paralelo de 13º e a do Maranhão a oeste do meridiano de 44º.

Cria a Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA) diretamente subordinada ao Presidente da República.

No governo Castello Branco, é criada a SUDAM (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) em substituição a anterior, praticamente com a mesma área (Lei nº 5173 de 1966).

Pela Lei Complementar nº 31 de 1977 que criou o Estado do Mato Grosso do Sul com o desmembramento do estado do Mato Grosso, a Amazônia, a que se refere Lei nº 5.173 de 1966, inclui toda área de Mato Grosso.

Pela Constituição de 1988 é criado o Estado do Tocantins por desmembramento do Estado de Goiás e, incluído na região Norte e na Amazônia Legal.

A Amazônia sob a ótica de planejamento econômico, segundo o IBGE é de 5.217.423 km², correspondendo a cerca de 61% do território brasileiro.

Já em 1948, na Revista Brasileira De Geografia consta o artigo sobre a Delimitação da Amazônia para fins de Planejamento Econômico (Lúcio de Castro Soares).

A floresta tropical úmida, a hileia, recobre 3,3 milhões de quilômetros quadrados da Amazônia brasileira, sendo a cobertura vegetal primitiva mais bem conservada do planeta; dos 3,5 milhões de quilômetros originais, apenas 200 mil quilômetros quadrados foram modificados pela ação antrópica; 5,7% do total original. (Gama e Silva).

Incêndios e queimadas na Amazônia, tão comuns no mundo, flamejaram discursos ambientalistas tipo Macron/Merkel e ações da esquerda brasileira, midiática, onguista/para$ita e estudantil ramificada por Londres, Paris, que faz retumbância contra o Brasil para desqualificar o governo do momento. Parâmetro Lula/Dilma: “eles não sabem do que somos capazes” ou “vamos fazer o diabo”. E fazem!

A existência de tais organizações não governamentais na Amazônia Legal é calculada pelos IPEA e IBGE, respectivamente alcançando o patamar de 102.080 e 15.919, cada qual com a sua metodologia.

Em se tratando desse incomparável eldorado em biodiversidade e recursos minerais, não é recente a interferência nos assuntos internos do Brasil e nas investidas em seu território por ações bélicas e diplomáticas das potências de então, no caso, a região Norte, onde repousa grande parte da Floreta Amazônica.

A França pretendia estender o território da sua colônia na Guiana Francesa até a margem setentrional do rio Amazonas. Portugal entendia que era no Oiapoque. Pelo Tratado de Utrecht de 1713 a fronteira foi estabelecida no Oiapoque.

No contexto houve até um “sonho” desenhado da criação da “Republique de La Guyane Independente”

Em 1809, o príncipe regente D. João determinou a ocupação da capital da Guiana Francesa (Caiena), em represália à invasão de Portugal por Napoleão Bonaparte, de lá saindo em 1817. A Questão do Amapá foi resolvida em 1900 pelo laudo arbitral do Conselho Federal Suíço, livrando o Brasil de perder 260.000 km² do sonho acima citado.

O norte-americano Mathew Fontaine Maury em 1850 apesar da negativa em explorar o Rio Amazonas o faz e publica livro a respeito, além de conceber a migração de senhores e escravos para a Amazônia brasileira. Tal proposta se repete com James Watson Webb em 1862, só referente aos negros, ao que consta para “deportação”.

A oeste da Região, o país teve problemas com a Bolívia na Questão do Acre no entorno de 1900 que arrendou a área ao consórcio norte-americano Bolivian Syndicate, envolvendo combates armados solucionado pelo Tratado de Petrópolis (1903).

Na Questão do Pirara/Roraima com a Guiana Inglesa em 1904, a discutir a linha de fronteira, catequese e proteção aos índios, criação de área neutra, arbitramento pelo rei da Itália e o Brasil perdeu cerca de 19.000 km².

Em 1938, foi planejado na França, por consideração humanitária, o assentamento na mesma área do “sonho” de 50 a 60.000 famílias européias.   

Nos idos de 1946 foi proposta por um brasileiro na Assembléia Geral da Unesco a criação do Instituto Internacional da Hiléia Amazônica muito combatida em especial pelo então deputado Arthur Bernardes, a destacar a pormenorizada conferência proferida no Clube Militar em 27/06/1951.

De início comparou os quase 3,5 milhões de km² da Hiléia no Brasil com a da Europa, sem a Rússia, com menos de 600 mil. Lá, diz: “realizaram os seus grandes destinos dentro das próprias fronteiras, na América do Sul, com o pretexto da criação do instituto, entrega-se-lhe toda a vasta região amazônica, precisamente quando as nações imperialistas perdem as suas colônias e ávidas de matérias-primas, voltam-se para os espaços vazios do planeta.” Arremata: “Dispondo de cem por cento de domínio sobre a Amazônia passará o nosso pais a ter apenas uma sexagésima parte sobre eles, se o conselho do Instituto, como tudo faz crer, vier a compor-se das 60 nações da ONU e da UNESCO.”

Na década de 60, surgiu o projeto Lago Amazônico do Hudson Institute/Hermann Khan, com inundação de grande área para propiciar pesca e navegação, também rejeitado.

O tempo passa e o dito fica registrado por Margareth Thatcher, Mitterand, Al Gore, Gorbatchev, John Major, Gen Patrick Hugles, quando se referem à Amazônia em relação ao mundo.

A região Norte detém 81,5% das áreas indígenas; no Estado do Amazonas correspondem a 45,7 milhões de hectares. A destacar a reserva Yanomami (Roraima), homologada pelo presidente Collor em 1992, com 9,4 milhões de hectares.

Também em Roraima, a reserva Raposa Serra do Sol, homologada em 2009, com 1,7 milhão de hectares, na fronteira com a Venezuela e a Guiana a demonstrar que enquanto os ingleses tiveram uma visão geopolítica na época, o Brasil/Lula/STF fechou os olhos a esse ponto nas relações internacionais e à História, um século depois com tal homologação, cujo relator foi o ministro Ayres Brito.

A homenagear as ressalvas do ministro do STF, Carlos Alberto M. Direito, que preservaram a soberania do Brasil sobre a área demarcada.

Em 2009, o príncipe Charles da Inglaterra se reuniu em Manaus com representantes da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), que lhe entregaram uma carta pedindo para se reconhecer os povos indígenas como os verdadeiros guardiões da floresta.

Como afirmou o general Villas Boas ao se referir a presença do rei da Noruega ao Brasil, na reserva ianomâmi em 2013 e, de estrangeiros nas florestas da região Norte representa um “déficit de soberania”.

Ocupar é preciso. O Programa Calha Norte é um dos meios. Como foi no passado, as colônias militares foram importantes na vivificação das fronteiras e posse da terra.

Ernesto Caruso é Coronel de Artilharia e Estado-maior, reformado.


Nota da Redação do Alerta Total – O Almirante Roberto Gama e Silva é autor de uma fundamental ressalva. Pregava ele que devemos “conservar” (explorando sustentavelmente) e não “preservar” (nada fazer com) a Amazônia. Antes, como bem ressalta o Coronel Ernesto Caruso, temos de OCUPAR. Daí a importância do projeto Rio Branco – tocado agora no Governo Jair Bolsonaro pela equipe do General de Exército Maynard Marques de Santa Rosa, na Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.

Internacionalização da Amazônia – Só não acredita quem acredita em Papai Noel

 Internacionalização da Amazônia – Só não acredita quem acredita em Papai Noel


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Paulo Assis
Pela minha experiência vivida como Adido do Exército nos Estados Unidos da América e como Chefe do Estado-Maior do Comando Militar da Amazônia tenho a convicção de que o 1º Mundo não hesitará em orientar sua política no sentido de impor seus interesses onde se fizer necessário para manter o “status-quo”. 


Tentarão por todos os meios nos impedir de explorarmos nossas riquezas imensuráveis da Amazônia por dois motivos; O primeiro, para nos afastar desde já da concorrência mundial e o segundo, para que eles a explorem no futuro, quando suas reservas se esgotarem.


Quanto ao primeiro motivo, a pressão sobre ecologia, desmatamento, proteção às terras indígenas, poluição das águas, meio ambiente, e outros falsos argumentos, estão surtindo efeito através da mídia mundial, nos inibindo da exploração consciente e sustentável, não havendo, portanto, a necessidade de intervenção. 


A não ser que resolvamos explorá-la de fato e, com o lucro montante, até nos libertarmos da dívida externa, interrompendo seus interesses na arrecadação dos juros abusivos de que somos escravos.


Quanto ao segundo motivo, ou seja, quando necessitarem se suprir da escassez no mundo de determinados minerais estratégicos, de água potável, da biodiversidade, aí sim, não terão outra saída senão intervir para se apossar. Só não enxerga isso quem acredita em Papai Noel!



Será que é tão difícil perceber que a nossa AMAZÔNIA estará dentro deste contexto num futuro tão próximo quanto se possa imaginar?


A nossa missão de convencimento não é só das Forças Armadas, mas de toda a Nação Brasileira.


Para explorá-la há que se ter vontade política.


Para defendê-la e mantê-la é preciso demonstrar capacidade para isso e essa capacidade não será através da Guerra Convencional, restando-nos o caminho da Guerra NÃO Convencional (Estratégia da Resistência), com o apoio da população, de todos os brasileiros.


Temos que insistir e convencer o povo, os intelectuais, os jornalistas, os formadores de opinião a pressionarem os detentores do Poder para priorizarem a integração da AMAZÔNIA ao restante do País e a acreditarem no risco de a perderem.


Quanto ao militar, responsável pela segurança externa do País, não cabe achar que não é possível ou dar preferência ás suas simpatias. Cabe-lhe tomar providências para nunca ser surpreendido, apesar de todas as carências, para que a consequência da imprevidência não resulte apenas em monumentos à bravura dos mortos e derrotados e nas promessas de que algum dia será retomado aquilo que foi subtraído.


Devemos insistir, volto a dizer, na Estratégia da Resistência, não só como dissuasão, mas, quando preciso for executá-la conscientes, bem treinados e confiantes. Este é o único caminho que temos, não existe dupla via ou seremos surpreendidos na contramão. 


Devemos estar convictos de que neste tipo de Guerra a vantagem da supremacia tecnológica não prevalecerá e vencerá a Nação que suporta e puder impor por mais tempo os horrores e vicissitudes de um conflito dessa natureza, mantendo o moral elevado e a crença na nobreza da causa.


Temos que encarar o problema da AMAZÔNIA profissionalmente e até apaixonadamente, pois se deixarmos nos influenciar por aqueles que não se emocionam e acreditam em Papai Noel, certamente seremos surpreendidos e iremos lamentar aquilo que poderíamos ter feito e que, por sinal, sabemos fazer muito bem, que é a Guerra na Selva, salpicada ao gosto da guerrilha.
SELVA!

Paulo Assis é General na reserva.

Releia o artigo de Ernesto Caruso: “Olho grande na Amazônia Brasileira”