Posted: 01 Nov 2017 02:20 AM PDT
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Nada
melhor do que aproveitar quem tem uma leitura real da marketagem para
entender os grandes temores políticos por trás do fla-flu eleitoreiro de
2018. Depois de sua popularidade derreter feito “Doriana” (uma
margarina famosa no passado, porém tirada de circulação), o
prefeito-marketeiro de São Paulo, João Dória, que tem acesso a pesquisas
exclusivas que não dão divulgadas ao eleitorado, sinalizou que os dois
nomes fortes e consolidados para a sucessão temerária são Luiz Inácio
Lula da Silva e Jair Bolsonaro.
Durante
o almoço com menos de 150 empresários da Firjan (no Rio de Janeiro
detonado pela corrupção e violência), Dória defendeu a necessidade
urgente de formação de uma ampla frente de partidos que orbitam o
governo de Michel Temer para impedir a vitória do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) e do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC).
Dória exalou o temor ideológico de tucanos que, dificilmente, têm
viabilidade eleitoral para suceder o “parceiro” Temer.
Dória
deixou isto implícito ao pregar sua recomposição política com seu
padrinho político Geraldo Alckmin – que tem o domínio da máquina do PSDB
para ser indicado candidato ao Palácio do Planalto. Dória avisou que
não há hipótese de separação entre ele e Geraldo: "Se não estivermos
unidos quem ganhará será um extremista de esquerda ou de direita.
Precisamos de tolerância, humildade. Lula e Bolsonaro estão
fortalecidos, sim, e bem fortalecidos. Os extremos se tocam. Os extremos
destroem".
Além
de Lula e Bolsonaro, João Dória também detonou uma outra “ameaçadora”
candidatura que, se o poder político e econômico globalitário (sem
trocadilho infame) desejar, pode até se viabilizar. Dória classificou de
“inoportuna” a eventual candidatura do apresentador dda Rede Gllobo,
Luciano Huck, cortejado pelo DEM e PPS: "Respeito e gosto do Luciano,
além do que é amigo pessoal. Mas não creio que seja a opção
aglutinadora. Se não tiver força partidária, de várias legendas para ter
tempo de TV, não vai ganhar essa eleição, não vai construir candidatura
sólida e vencedora, é preciso ter atenção e até humildade".
Atacada
pela petelândia midiática e pelo “fogo amigo” tucano, a candidatura de
João Dória virou “farinata”. Ontem, Dória deixou claro que já jogou a
toalha em relação à ambição de disputar o Palácio do Planalto em 2018. O
Prefeito-marketeiro admitiu que é melhor "dar dois passos para trás,
para dar três em seguida". Na verdade, o prefeito da maior cidade do
País foi vítima do próprio excesso de marketagem. Agora, terá de se
esforçar muito para provar ser real aquele imagem de “bom gestor”
construída na campanha contra o petista Fernando Haddad.
O
mais assustador da campanha antecipada de 2018 é a falta de propostas
concretas para solucionar tanto problema brasileiro – que persiste a
cada eleição. Os desmoralizados políticos fogem de debates sérios. O
objetivo imediato deles é apenas manter o sistema funcionando do mesmo
jeitinho, apenas com enganadoras variações para iludir o eleitorado que
se comporta irracionalmente, como torcedor de futebol.
Não
adianta maquiagem, nem marketagem. A única saída para o Brasil é uma
mudança estrutural na máquina estatal, a partir de uma inédita
Intervenção Constitucional. O drama é que só o povo tem legitimidade
para realizar tal processo, conforme previsto no começo da nossa
autoritária e confusa Constituição em vigor.
A
tragédia é que o povo idiotizado é reacionário. Embora cada vez mais
descontente com tudo e com todos, ainda não ter certeza se deseja
mudanças efetivas, ou se prefere apostar na escolha de um “salvador da
pátria” que melhore uma máquina estatal essencialmente canalha.
Bela
é a Marcela. A coisa segue muito feia e temerária em Bruzundanga. Se
cairmos no conto do vigário eleitoral, o que está ruim ficará apenas
pior... O latrocínio político seguirá dizimando os brasileiros...
Nenhum comentário:
Postar um comentário