segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Prioridades para Bolsonaro - I: Baixar Juros

Posted: 18 Oct 2018 04:17 AM PDT


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Pergunta que não quer calar: Jair Bolsonaro, seu vice Antônio Mourão e o guru econômico Paulo Guedes vão trabalhar para abaixar os juros reais na economia brasileira? Será que a futura gestão de Bolsonaro também acabará refém da ditadura dos bancos e sua política de lucros obtidos de modo improdutivo? Bolsonaro vai romper com o Capimunismo rentista? Ou acabará engolido pelo “Sistema”? O PT sempre criticou os banqueiros, porém sempre os teve como aliados...

Todo novo Presidente da República do Brasil, nos últimos 40 anos, tem se debatido com o incômodo fato do Brasil praticar as maiores taxas de juros do planeta terra. Até a tão mal falada inflação já foi controlada. Mas os juros não abaixam. Os apresentadores dos nossos telejornais já entrevistaram dezenas ou centenas de empresários, economistas, trabalhadores, sindicalistas e, claro, políticos que argumentam que um dos maiores entraves ao crescimento da economia brasileira é a absurda taxa de juros no Brasil.

Uma das características dos países desenvolvidos que conseguem crescer e manter os juros em níveis aceitáveis é uma forte presença do cooperativismo de crédito na economia. O Brasil tem este atalho para abaixar os juros e facilitar o crédito. Basta ampliar um modelo que já usado aqui, porém é sabotado pelo poderio dos grandes bancos sobre os governos.

O relatório anual da European Association of Co-Operative Banks, com sede em Bruxelas (Bélgica) mostra que é preponderante o papel dos bancos cooperativos no continente europeu. As cooperativas de crédito atingem 224 milhões de clientes, 68 milhões de associados, com uma participação de mercado de cerca de 20% do mercado de depósitos.

Entre os 50 maiores sistemas bancários do mundo, 6 são bancos cooperativos, representados por: Credit Agricole, Rabobank, Natixis, Norinchukin Bank, Dz Bank e Credit Mutuel. Na América do Norte, EUA e Canadá, o setor produtivo dispõe de 7.093 cooperativas de crédito que juntas têm mais de 110 milhões de cooperados, com mais de US$ 1,4 trilhões de dólares de ativos financeiros e com mais de 950 bilhões de dólares na carteira de empréstimos.

Na Ásia, continente que apresenta os maiores crescimentos nos indicadores sociais e econômicos, dados referentes a 21 países demonstram que 24.552 cooperativas de crédito, com aproximadamente 44 milhões de cooperados têm 184 bilhões de dólares de ativos financeiros e com mais de 120 bilhões de dólares na carteira de empréstimos.

Tais informações comprovam, friamente, que é através de incentivo ao cooperativismo de crédito que os países irrigam a economia com crédito barato e abundante. Assim, as taxas de juros praticadas são aceitáveis.
Em vários dos países onde o cooperativismo de crédito é forte, a taxa de juros é próxima de 0% ao ano. E no caso do Japão, a taxa de juros anual é negativa.

No Brasil, existe uma falta de incentivo e apoio dos governos que, apesar de criticarem os Bancos no discurso, sempre colocam banqueiros ou como Ministros da Fazenda ou como Presidentes do Banco Central. Ou seja, os ditadores da política econômica são os bancos. Os servidores ocultos dos banqueiros sabotam alternativas como o cooperativismo financeiro.

Uma Cooperativa de Crédito é uma associação de pessoas, que nela ingressam voluntariamente (se tornando sócias) e que passam a fazer suas movimentações financeiras através dela, e não mais com os bancos tradicionais. Estes sócios passam a ser os DONOS da cooperativa, juntamente com centenas ou milhares de outras pessoas.  

Apesar da sabotagem, as cooperativas de crédito vêm apoiando a duras penas as atividades econômicas e com um bom crescimento. Empréstimos para empresas, a participação das cooperativas de crédito passou de menos de 1% em 2.005 para mais de 8% em 2.017. Já nos empréstimos para pessoas físicas, as cooperativas passaram de 5,2% (em 2005) para 6,5% (em 2017).

O próximo governo pode e deve enfrentar definitivamente o problema estrutural dos juros criminosos praticados pelas instituições bancárias no Brasil. E no mundo todo já está comprovado que o cooperativismo de crédito é o meio mais eficiente de fazer o crédito barato chegar até a ponta da cadeia econômica, no micro e pequeno negócio, que no Brasil não consegue folego para sair da informalidade.

Jair Bolsonaro e Antônio Mourão precisam colocar mais cooperativismo de crédito em seu programa de governo. Paulo Guedes e sua equipe não podem ignorar a capacidade e a importância estratégica real da Instituição Financeira Cooperativa como financiadora do desenvolvimento econômico. O Liberalismo que Paulo Guedes defende combina, exatamente, com o Cooperativismo de Crédito. Que tal Bolsonaro, Mourão e Guedes falarem mais do tema no final de campanha e na transição de governo?

Trump liga para Bolsonaro - imperdível




O bom-humor é o melhor da campanha eleitoral...

Releia o artigo: Bolsonaro tem competência para governar?


Verdade para a esquerda criminosa


A 13ª Câmara Extraordinária Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo extinguiu o processo que condenou o coronel do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra (falecido em 2015) a pagar indenização de R$ 100 mil à família do jornalista Luiz Eduardo Merlino, morto nas dependências do DOI-CODI em 1971.

Os desembargadores entenderam que o pedido de indenização feito pela família de Merlino está prescrito, já que foi feito em 2010, mais de 20 anos depois da Constituição de 1988, que reconheceu a anistia dos crimes praticados no regime militar. 

Em 2006, Ustra negou qualquer violação de direitos humanos: "Excessos em toda guerra existem, podem ter existido, mas a prática de tortura como eles falam não ocorreu. Eu efetivamente não cometi excesso contra ninguém".




Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!

O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos. 
A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 18 de Outubro de 2018.
Posted: 18 Oct 2018 02:59 AM PDT



“País Canalha é o que não paga precatórios”

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira

Nos últimos trinta e cinco anos, assistimos bovinamente, uma falsa alternância no poder.

Bois e vacas sagradas, cagaram e andaram para o nosso povo, no melhor estilo olímpico. Desperdícios, roubos e “doações” a países estrangeiros (sob governos ditatoriais), preteriram nossos hospitais, nossas escolas e o necessário rearmamento para a defesa da Pátria.

Tudo seguiria conforme o “script” da Nova Ordem Mundial, se não fosse o surgimento da internet e das redes sociais.

Hoje, com os “smartphones” quando alguém solta um pum (ou um bandido de estimação), o fedor se espalha instantaneamente.

Se não descer um disco voador na Praça dos Três Poderes (ou fenômeno semelhante), no dia 29 do corrente mês de outubro do ano da Graça de 2.018 do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, começará a cumprir-se a profecia de São Dom Bosco. A redenção da Fé que nos verterá leite e mel, beneficiando-nos e à toda humanidade.

Agradeço a Deus por ter vivido nestes tempos de luta e de esperança.

Não sou teólogo, mas defendo a tese de que o Brasil é a prova plena da existência da Divina Providência.

Temos as melhores Forças Armadas do mundo. Nossos generais tem um preparo humanístico (e, obviamente militar) ímpar. Patriotas, discretos, colocam o interesse nacional acima de suas vaidades ou idiossincrasias.

São os garantes do território nacional e de nossa unidade, há quase quatrocentos anos.

Reflexionam sobre seus acertos e seus erros, com magnitude e humildade.

Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
Posted: 18 Oct 2018 02:56 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Henrique Abrão e Laércio Laurelli

O Brasil atual vive a sua casa dos horrores, nas áreas social, política, econômica e desde sempre governamental, mas o maior aspecto errático foi no sentido de servir-se do Estado para projetos pessoais e desvios de comportamentos. O extremismo não nos levará a nada, exceto  aprofundará a crise e nos manterá distantes das economias desenvolvidas.

Não é sem razão que a globalização fundou uma nova era: o descrédito com a política. Nos EUA a vitória de Trump mostra o seu rosto,a derrota de Angela Merkel na Bavária é expressão desse sentimento, e toda a América Latina pauperizada e encapsulada nos verdadeiros sintomas de seu atraso e retrocesso em todos os campos. Brasil Casa dos Horrores, das grandes injustiças e da má distribuição da riqueza e consequentemente da renda.

O Estado necessita servir à cidadania e não aos governantes que são temporários e transitórios. Jamais alcançaremos padrões de excelência nessas toscas e canhestras campanhas as quais se limitam ao xingamento. Deveria ser terminantemente proibido falar e depreciar candidato adversário, e sim trazer as propostas de governo, e evidenciar que sem a reforma político partidária as 35 siglas estão mortas e a democracia ressuscitará.

Velhos coronéis de plantão e seus asseclas mantidos pelos nepotismos estão com seus dias contados. Sem a vontade política de querer mudar, a
sociedade fará um corte costura à altura de seus desejos e ambições. Focar no social é muito bom, melhor seria criar condições de crescimento e partir logo de cara para a reforma tributária, com alíquotas regressivas e progressivas, zerando aquelas para alimentos e remédios.

Afora isso, transferir o grave problema da previdência para a complementar que tem recursos e fundos específicos os quais são provedores da suplementação dos montantes de remuneração condizente com o poder aquisitivo. O mais grave defeito dos nossos últimos governos foi, sem sombra de dúvida, exterminar com a classe média, um perigoso precedente, afunilando o fosso entre muito ricos e miseráveis, o que provoca ódio, luta entre classes e a estranheza que salvadores da pátria com bolsas sociais irão nos tirar da fome, da miséria e da pobreza secular, enquanto se permitem desvios bilionários e lidam com recursos do contribuinte assaltando a luz do dia as estatais e seus fundos de pensão.

Não se faz aqui e nem poderia ser esse o palco próprio um discurso outro exceto pela credibilidade do Estado livre das amarras de vontades pessoais de candidaturas pouco simpatizantes com a democracia. Patinamos desde a renúncia de Janio Quadros em 1961 e até hoje nosso presidencialismo é fraco e de conchavos entre executivo e legislativo.

Só aparece o judiciário para catapultar a corrupção e banir os corruptos dos seus cargos. Porém a sociedade acordou e não quer mais do mesmo. Está à procura não de um salvador, mas de alguém que seja capaz de fazer a transição. Nossos partidos faliram, seus lideres envelheceram, não se acostumaram à troca de bastão e por tais motivos hoje experimentamos tempestade perfeita.

O sucateamento da máquina estatal é fruto dessa irresponsabilidade total, fiscal e gerencial administrativa, a fadiga do material é inequívoca, os partidos sumiram, os candidatos são olhados como salvadores e as  legendas não mais existem. 

Precisamos chegar a tal ponto para que os velhos achacadores políticos despertassem do berço esplendido e concluíssem que a democracia brasileira é uma panacéia um misto de forças econômicas e uma rebeldia popular nas urnas, cujos índices de abstenção, votos nulos e brancos acendem a luz amarela para o novo amanhã.

Carlos Henrique Abrão (ativa) e Laércio Laurelli (aposentado) são Desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo.

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