Lei contra “propaganda gay” exclui personagens LGBT dos livros na Rússia
Governo Putin proibiu acesso de menores a relatos de "relações sexuais não-tradicionais"
Uma lei promulgada em 2013 na Rússia pelo governo Vladmir Putin proíbe “propaganda de relações sexuais não-tradicionais” para menores de idade. Por causa disso, obras literárias estrangeiras estão sendo censuradas.
O caso mais recente é de “Good Night Stories for Rebel Girls” [Histórias para Garotas Rebeldes], livro de sucesso contendo 100 histórias de mulheres proeminentes contadas para crianças. De acordo com a Reuters, a edição russa, publicada recentemente, tem apenas 99 e uma página em branco.
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A história suprimida é sobre Coy Mathis, um menino americano transgênero de 11 anos. Ele ficou famosa em 2013 quando processou sua escola e teve reconhecido pela Justiça seu direito a usar o banheiro feminino.
Outra obra alterada foi da escritora americana Victoria Schwab. Um de seus romances da série “Shades of Magic” foi reescrito na tradução russa. “Eles editaram todo o enredo gay sem a minha permissão”, reclamou Schwab em suas redes sociais.
A Rússia é um dos países menos favoráveis aos gays da Europa. Após a aprovação da lei, em 2013, tribunais ordenaram que vários sites LGBT fossem bloqueados.
A legislação em vigor permite que os editores removam “conteúdo LGBT” dos livros destinados a crianças e adolescentes. A outra opção é classificá-los como impróprios para menores de 18 anos. Nestes casos, devem ficar envoltos em plástico.
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