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20 de ago às 06:00
Alerta Total |
- Nem Judasciário, nem Impuneciário!
- Às Vias de Fato
- O Espectro da Ingovernabilidade
- O Ponto de Inflexão e O Espírito das Ruas
- Veta tudo, Bolsonaro!
- Histórias Encantadas para adultos dormirem em berço explêndido
- O xeque-mate agora não é regressivo
Posted: 19 Aug 2019 03:02 AM PDT
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
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O
que se pode esperar de uma Corte eminentemente constitucional, mas que é
colocado ou aceita a função de julgar toda e qualquer coisa, encarando
dilemas extremos entre punir um magistrado como Sérgio Moro e soltar um
corrupto democraticamente condenado como Luiz Inácio Lula da Silva? É o
desgaste a que ficam expostos alguns dos 11 ministros do Supremo
Tribunal Federal do Brasil. No próximo dia 27, a segunda turma pode
optar entre ferrar o juiz e aliviar a barra do preso cheio de regalias.
É
surreal estarmos diante de uma polarização antidemocrática entre um
condenado que se finge de inocente e um agora ex-juiz que os canalhas
ousam chamar de “bandido” nas redes sociais. O fato mais lamentável é
que a maior parte do desgaste imagético é paga pela instituição Supremo
Tribunal Federal. Não merece ser classificado como “democrático” o País
em que o STF se torna desgastado e impopular porque boa parte de seus
membros (em cargos “vitalícios” até completarem 75 anos de idade) tomam
decisões que enfraquecem o legítimo combate à corrupção
institucionalizada e sistêmica.
Definitivamente, os integrantes do STF não podem mais colaborar para um Brasil Oclocrático. Suas Excelências togadas já devem ter constatado que a maioria esmagadora da população já perdeu a paciência há muito tempo. Agora, algumas pessoas mais ousadas, mesmo exagerando na dose das manifestações, promovem atos como os da imagem acima. O incêndio simbólico do STF deveria queimar na consciência dos 11 ministros. A crítica extremista (concorde-se ou discorde-se dela) reflete, na verdade, uma revolta popular direta contra a injustiça, o abuso de autoridade e a impunidade. Estes três vícios institucionais do Brasil são inaceitáveis e imperdoáveis.
No
próximo dia 25 de agosto (coincidentemente Dia do Soldado), a Corte
Constitucional, em particular, e o Judiciário brasileiro, como um todo,
serão alvos diretos de mais uma expressiva manifestação popular nas ruas
das principais cidades do País, por convocação de movimentos
organizados nas redes sociais da Internet. É um fato raro, praticamente
inédito no mundo ocidental, que expressivos segmentos da sociedade
exerçam uma pressão tão alta sobre o Judiciário (que acaba visto como um
Judasciário que pratica rigor seletivo nas condenações ou que assume ares de Impuneciário ao aliviar a barra dos bandidos mais poderosos).
Espera-se
que os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e os 33
integrantes do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ajudem a liderar e
consolidar um Pacto, de verdade, em favor do senso de Justiça e contra a
injustiça, a impunidade e a Corrupção. O que presenciamos e sofremos
atualmente no Brasil é uma aberração do desejável Estado Democrático de
Direito.
A
hora em que o pirão desandar, com a massa perdendo a paciência e a
porrada comendo de verdade, os poderosos vacilões não terão o menor
direito de reclamar. É melhor nem apostar que alguma melhora econômica
possa mascarar o risco de explosão de insatisfação popular. Simplesmente
não teremos melhora econômica segura, se o problema “judiciário” não
for resolvido o mais depressa possível.
É
urgente e recomendável que mudemos nossos paradigmas de análise. A
degradação institucional aumenta de velocidade e intensidade sob pressão
de uma sociedade cada vez mais interligada nas redes sociais da
Internet. A “pancadaria” virtual está muito intensa e com fortes
indícios de agravamento. Não adianta censurar, nem fazer cara feia, nem
abrir licitação para comprar equipamento anti-motim...
É
preciso tomar atitudes efetivamente democráticas, com muita tolerância e
habilidade de negociação, sem entrar no jogo perdido das radicalizações
com faniquitos autoritários. Será que os “poderosos de plantão” não
fizeram uma leitura correta da recente entrevista do presidente do STF à
revista Veja? José Dias Toffoli tem sinalizado com o tal “Pacto”
de Governabilidade – que se baseia em um consenso em torno de decisões
corretas que precisam ser tomadas para o Brasil se livrar do Regime do
Crime (a Oclocracia). Quem não agir neste sentido corre o risco de
acabar “pagando o pato”...
Quem
não entender que o Brasil atual é insustentável e insuportável tende a
se dar muito mal. Por isso, a receita básica: Nem Judasciário, nem
Impuneciário! O Brasil precisa de Democracia, Justiça e muita, mas muita
Tolerância...
Resumindo: É Capitalismo Democrático, ou bunda de fora!
Releia o artigo de domingo: Cenas dos próximos capítulos no Brasil
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!
Jorge Serrão é Editor-chefe do Alerta Total. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Apenas
solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam
identificadas.
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 19 de Agosto de 2019. |
Posted: 18 Aug 2019 10:00 PM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira
Estamos no fim da Era da Conversinha Mole.
A próxima etapa: é tapa!
Na “oreia” ou na cara, em urubu ou avis rara.
A primeira “vítima”, suponho, será um gordinho, vulgo Nhônho.
Num capinzal verdejante em que pasta um verdevaldo, viceja quem o vernáculo espanca à coices de mula manca.
Como o poderoso cai! Mesmo defendido por cá, cai!
Perto de “los hermanos”, em tudo e por tudo insanos, nossa política é um mar de rosas.
Por que o “mocinho” foi derrotado nas preliminares?
Porque não se deu o respeito; conversou com bandidos o tempo inteiro; de ladrões a líder piqueteiro.
A viola, agora em cacos, leva-lo-á a pentear macacos.
A maior coincidência é o uso de urnas eletrônicas da mesma empresa “boazinha” que aqui bostejou por vários pleitos.
Sem onça que os socorra, impedindo fraude, a mídia vendida vê e aplaude.
Sem o Brasil no Mercosul (para eles Mercosud) afogar-se-ão no Prata ou no brejo. Nadaremos de braçadas no Douro ou no Tejo.
Saudades do Gardelón! Mui amigos ustedes. Trocam patinetes por Mercedes.
Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
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Posted: 18 Aug 2019 10:00 PM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Maria Lucia Victor Barbosa
A
Argentina foi sempre um constante desafio para os estudiosos, pois não é
fácil interpretar sua acidentada trajetória. O começo foi atribulado
desde que Pedro de Mendoza, em 1536, estabeleceu na margem ocidental do
rio da Prata o acampamento que denominou Puerto de Nuestra Señora Santa
Maria del Buen Aire. O apogeu e glória se deu a partir de 1880,
seguindo-se cinquenta anos aproximadamente do que se denominou de “Era
do Ouro”. Depois o mergulho na decadência, na violência
institucionalizada, a intermitência entre prosperidade e declínio.
Essa
Argentina que já foi chamada de enigma, com suas marcas coloniais, seu
estilo europeizado, seus acordes passionais de um nostálgico tango,
também já foi considerada a vanguarda da América Latina por ser o lugar
onde as coisas acontecem primeiro. E sendo um genuíno país
latino-americano não se pode esquecer a tendência populista que se
alternou em seus governos e aquele falso esquerdismo que sempre marcou
os povos latinos. Tampouco não se olvide outra característica
latino-americana: a ingovernabilidade.
Em um dos meus livros, América Latina – Em Busca do Paraíso Perdido, discorri
longamente na segunda parte sobre a Argentina. Em um pequeno artigo
isso é impossível por vou me referir aqui de modo bem resumido apenas a
três governantes que demonstraram traços marcantes da cultura política
argentina. São ele: Rosas, Sarmiento e Perón.
Juan
Manuel de Rosas foi a essência do caudilhismo e tornou-se governador de
Buenos Aires em fins de 1829. Segundo Carlos Rangel, na sua obra Do
Bom Selvagem ao Bom Revolucionário:
“Rosas
foi o mais centralizador de todos os chefes de governo na Argentina,
porquanto seu pretenso federalismo como o de todos os dirigentes dos
países da América Latina, só revelava, na realidade, a ambição egoísta
de ser o senhor do seu feudo e, depois, quando o poder adquirido tivesse
ultrapassado os dos outros feudais, obter a submissão ou aniquilá-los”.
Domingo
Faustino Sarmiento foi um educador, um escritor e um político
argentino. Ele governou a Argentina de 1868 a 1874 e esse verdadeiro
liberal modernizou o país através de ampla reforma educacional, dos
estímulos às liberdades civis, da construção de uma rede ferroviária, da
expansão comercial, do incentivo à imigração.
Sua obra, Facundo: Civilização e Barbárie (1845)
é uma das mais importantes da literatura latino-americana para se
entender num sentido histórico, sociológico e político o que era e,
portanto, o que vem a ser a terra da prata. Sarmiento foi o
representante da civilização e sua grande admiração pelos Estados Unidos
o levou a uma série de observações e análises como um Tocqueville à
moda latino-americana.
Através
do seu governo (1946-1955) Juan Domingo Perón foi odiado por uns,
idolatrados por outros e isso acontece até hoje. Carlos Rangel, em sua
obra aqui já citada afirmou que “Perón conseguiu reconduzir a Argentina
ao obscurantismo autóctone de maneira evidente”. Atribuiu a ele ter
arruinado o país política e economicamente conseguindo torná-lo quase
ingovernável.
De
todo modo, ficaram evidentes certos elementos marcantes da era
peronista. Foram eles: a falsa democracia, o nacionalismo ultraxenófobo,
a demagogia e o populismo exacerbado.
Recentemente,
um fato aconteceu na Argentina que chamou atenção. Foram as prévias
eleitorais nas quais a chapa Alberto Fernández para presidente tendo
como vice-presidente Cristina Kirchner, ficou à frente do presidente
Mauricio Macri que disputa a reeleição.
A
eleição será em outubro e não existe como prever o que acontecerá,
entretanto, o espectro da ingovernabilidade ronda a Argentina caso se
confirme a vitória de Kirchner, na medida em que certamente ela terá
ação decisiva nos destinos do país.
Vejamos o legado de Cristina Kirchner, que foi bem resumido no O Estado de S. Paulo (14/08/2019):
“O
legado da ex-presidente é bem impressionante e, sob qualquer aspecto
deveria representar o fim de sua carreira política. Além de ser
processada por corrupção e de ter escapado da prisão em razão de sua
imunidade parlamentar como senadora. Cristina arruinou os fundamentos
econômicos da Argentina – obra que começou no governo de seu antecessor e
marido, Néstor Kirchner.
A
trajetória política da Argentina e esses fatos mais recentes, lembram
um antigo comercial de vodca: “Eu sou você amanhã”. É como se a
Argentina nos dissesse isso, pois seus acontecimentos políticos sempre
antecederam os nossos de modo não exatamente igual, mas semelhante.
No
momento, enquanto o presidente Bolsonaro vem sendo cerceado de várias
maneiras para governar pelo Congresso e pelo STF e, esses Poderes têm
desferidos golpes na Lava Jato através das pessoas do ministro Sergio
Moro e do procurador Daltan Dallagnol, com o claro objetivo de soltar o
presidiário Lula da Silva, se pode dizer que o espectro da
ingovernabilidade ronda também o Brasil, como, aliás, sempre rondou a
América Latina.
Maria Lucia Victor Barbosa é Socióloga - mlucia@sercomtel.com.br
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Posted: 18 Aug 2019 10:00 PM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Milton Pires
O
Governo de Jair Bolsonaro, no seu oitavo mês, chegou, assim eu o
afirmo, no seu ponto de inflexão, no seu ponto de “não retorno”.
Àqueles que não são fanáticos capazes de alegar “petismo” por parte de qualquer um que questiona os atos celerados, as decisões absurdas (que prefiro nem citar) que Bolsonaro já tomou até aqui, é mais do que evidente que metade da “gasolina ideológica”, metade do combustível mitológico capaz de levar o avião governamental até 2022, já acabou. O Brasil voa com menos de meio tanque de querosene sobre o mar do caos. Esse ponto de inflexão, essa marca de “não retorno” que eu mencionei acima, manifesta-se pela decisão que Bolsonaro será obrigado a tomar no que diz respeito à sanção ou ao veto deste delírio hermenêutico, desta teratogenia jurídica, chamada Projeto de Lei 7.596/2017 – a famosa “Lei do Abuso de Autoridade”. Sobre este Projeto de Lei de menos de dezoito páginas que eu, sem qualquer formação em Direito, sem ajuda de qualquer dicionário, fiquei completamente perplexo, fiquei estarrecido de ler, basta dizer o seguinte: ou uma autoridade age DENTRO da Lei, e aí não existe “abuso”; ou uma autoridade age FORA da Lei, e daí também não existe “abuso” porque o nome disso é CRIME. “Lei do Abuso de Autoridade” é uma teratogenia, um absurdo que somente uma Nação no mais completo colapso institucional, legal e moral poderia pensar em criar. Nem mesmo a República de Weimar aceitando Adolf Hitler como um legítimo postulante democrático ao Governo poderia pensar numa coisa assim. Toda ciência política, tudo que se escreveu até hoje sobre ela, tem, no conceito de “representação”, o seu fundamento. Em ciência política, o único capital, o único verdadeiro poder de um mandatário, é a sua capacidade de simbolizar, de personificar, de representar aqueles que o elegeram. O Poder é a possibilidade de gerar, eu faço sempre questão de lembrar Hannah Arendt, consenso. Sem consenso não há Poder Político. Sem Poder Político não há governo representativo. Não adianta pensar, como fez questão de dizer Mao Zedong, que o "Poder Político nasce do cano de uma arma", ou acreditar como João Dória cortejando Joice Hasselmann, que o Poder está na BOVESPA ou outros endereços da Avenida Paulista. Quem elegeu Bolsonaro foi o “espírito das ruas” que derrubou Dilma Rousseff mas Dilma, todos nós o sabemos do ponto de vista real, do ponto de vista histórico, foi derrubada por uma Organização Criminosa chamada hoje de “MDB”, por uma das maiores crises econômicas de toda história brasileira, por uma Operação da Polícia Federal e do Ministério Público chamada “Lava Jato” e pelas redes sociais. Foi a conjunção dos fatores que apontei acima que derrubou o Governo Petista. Hoje a Organização Criminosa passou a se chamar “Centrão”, a crise econômica está voltando por causa da guerra comercial entre a China e os Estados Unidos e do horror que se aproxima para Argentina e as redes sociais já não são mais suficientes para defesa das barbaridades que Bolsonaro faz e diz. “Ah, mas e o cabo e o soldado, Dr. Milton??” “E o artigo 142??” O cabo e o soldado, meus caros amigos, estão preocupados com a reforma da previdência dos militares; não com Lei de Abuso de Autoridade! Resta, dos elementos que enumerei acima, a Operação Lava Jato. A Operação Lava Jato nunca foi e jamais vai ser, eu assim já o disse, a manifestação do Estado de Direito no Brasil. Mais bem é ela um estertor, uma convulsão final, daquilo que o Estado de Direito um dia já foi, mas ela é, no presente momento, tudo que restou de combustível político ao Governo Bolsonaro – e agora chegou a hora do fim desse combustível. Se vetar o Projeto de Lei de Abuso de Autoridade, o avião político de Bolsonaro vai cair; se não vetar, será o fim desse restinho de querosene político chamado Operação Lava Jato, e aí o avião também cai. Se não houver veto TOTAL dessa barbaridade (mais uma) cometida pelo Congresso, o Ministro Sérgio Moro não tem mais qualquer condição de permanecer no Governo sem levantar dúvidas sobre seu próprio caráter e ambição chegar ao STF. Se houver vetos que desagradem a Organização Criminosa dentro do Congresso e do STF, Bolsonaro dificilmente conseguirá colocar um de seus filhos como embaixador em Washington e evitar o processo ou até a mesmo a prisão do outro que é senador aqui no Brasil. Não há “solução salomônica”, não! Não existe o meio termo de “deixar algumas coisas no Projeto de Lei que foi aprovado como elas estão e de vetar outras”. Bolsonaro disse, em recente entrevista, que “de um jeito ou de outro ele vai apanhar”. Se eu estivesse no lugar dele, diria que “de um jeito ou de outro eu vou ser derrubado”. A diferença entre eu e ele é que eu escolheria cair com um mínimo de vergonha na cara e de dignidade.
Milton Pires é Médico. Editor do Ataque Aberto.
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Posted: 18 Aug 2019 10:00 PM PDT
Boris Casoy e o Lixo Legal
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Sérgio Alves de Oliveira
É como ser diz por aí: “nada como um dia depois do outro”.
Durante
o nefasto período político que se instalou no país após 1985,
principalmente depois de 2003, que durou até 2018, as leis e as emendas
constitucionais feitas em cima da “colcha de retalhos” comumente chamada “Constituição
Federal“ (de 1988), tinham iniciativa, tramitação e aprovação
absolutamente certas, tranquilas, e sem quaisquer entraves, devido ao
flagrante conluio então existente entre os Três Poderes Constitucionais (Executivo, Legislativo e Judiciário), resultado do regime de “troca-troca” de interesses então dominantes, a que muito apropriadamente acabaram denominando “toma lá-dá-cá”.
Mas certamente temendo alguma possível “traição” do Congresso,por parte dos seus próprios parlamentares “fiéis”, em 2013,durante a gestão presidencial
de Dilma Rousseff, o PT e seus aliados conseguiram aprovar a
“toque-de-caixa” mais uma das suas “tranquilas” emendas constitucionais,
que levou o número EC 76/2013,alterando a Constituição,de modo que ficasse proibido “votação secreta” em determinadas matérias, dentre as quais as relativas à DERRUBADA DE VETO PRESIDENCIAL às leis.
Agora
as forças políticas não têm mais a “unanimidade” que tinham antes.
Bolsonaro resolveu enfrentar e acabar com o “toma lá-dá-cá” a partir de 1º de janeiro desse ano.
E foi exatamente aí que a Emenda Constitucional Nº EC 76/2013 passou a ser um verdadeiro “tiro-que-saiu-pela-culatra”, atingindo em cheio a “cara” do PT, os outros partidos esquerda ,e também o seu mais novo aliado político, o chamado “Centrão”.
Toda essa “camarilha” política se reuniu para aprovar, às escondidas, de surpresa, e na “calada” de uma só noite, a chamada Lei do Abuso de Autoridade, que resumidamente coloca algemas e mordaças em todas as autoridades competentes para investigar a apurar crimes, dentre as quais os próprios juízes, promotores públicos e policiais, sem que levassem em consideração que esse tipo de conduta de abuso de autoridade já está previsto como ilícito nas normas legais existentes desde 1965,iniciativa da “ditadura” do Regime Militar.
Mas
a incrível “coincidência” nisso tudo é que grande parte dos
parlamentares que aprovaram “às escondidas” essa absurda lei são alvo de
investigações e implicações em condutas criminosas,e com essa lei que
eles aprovaram acabarão “blindados” e com campo absolutamente livre para continuarem delinquindo à vontade contra o erário.
O “tiro-que-saiu-pela-culatra”, contido na EC 76/2013,é que o provável VETO
de Bolsonaro, total ou parcial, à referida Lei de Abuso de
Autoridade,terá que ser apreciado pelo Congresso em VOTO ABERTO,e não
mais “secreto” ,como era antes.
Detalhe importante que não pode passar despercebido é que para o Presidente da República,nesse caso, não vai fazer qualquer diferença,em relação ao Congresso,se ele vetar TOTAL ou PARCIALMENTE essa lei. Então o que ele terá que fazer é vetá-la TOTALMENTE . E numa eventual derrubada do veto , todos os parlamentares terão que mostrar as suas “caras”. Não poderão mais ser “secretos”. Terão coragem suficiente diante dos seus eleitores?
Sérgio Alves de Oliveira é Advogado e Sociólogo.
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Posted: 18 Aug 2019 10:00 PM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por H.James Kutscka
Quem bagunçou minha casinha?
A frase é de “Cachinhos Dourados”, história infantil de Robert Southey, publicada na Inglaterra em
1837 e que ganhou o mundo, ajudando inúmeras mães nos cinco continentes
a pôr para dormir seus rebentos com o conto da família de ursos que
saiu para passear, e teve sua casa invadida e bagunçada por uma loirinha “desubicada” (em espanhol fica melhor).
O autor não tinha ideia então, da relevância que sua inocente história iria adquirir ao longo do tempo.
Na Astrofísica, ajudou a nomear a zona próxima a um Sol, mais propícia a abrigar vida.
The Golden Lock Zone. (zona dos cachinhos dourados)
Na área do politicamente correto, uma boa desculpa para desfazer o conceito de “loira burra”.
Mas por que eu estaria falando de cachinhos dourados neste espaço normalmente dedicado a considerações políticas?
Explico: Há muito tempo, não um, mas um grupo de cachinhos dourados sem noção está bagunçando nossa casinha sem consequências.
Sua
entrada em nossa casinha foi facilitada por governantes preocupados em
cobrir seus traseiros, caso o desfalque perpetrado na casa, fosse um dia
descoberto pelos verdadeiros proprietários.
Lá se estabeleceram os “neo cachinhos”, comendo lagostas e tomando vinhos premiados à nossas custas, de forma vitalícia.
Ao longo do tempo se sentiram donos do ”pedaço”.
Usocapião.
De acordo com seus insuspeitados poderes quando os ursos voltassem, bastaria dizer-lhes:
- Perdeu playboy!`
E é aí que os distintos “cachinhos dourados se enganam”.
O estrago que fizeram não lhes vai ficar barato.
Não
somos ursos bonzinhos de histórias infantis, temos sangue nos olhos, e o
“cachinho dourado” que na semana passada, em uma palestra a banqueiros
disse: - “ Se tiver que haver ordem, nunca teremos progresso”, com essa
declaração, sutil como uma locomotiva Maria Fumaça em um túnel, deu a
entender que a Lava Jato nos últimos quatro anos, travou a economia do
país.
Estava
como sempre, de maneira abjeta, servindo a seu patrão, o “muar de São
Bernardo“, preso em Curitiba, o mesmo que lhe assegurou vida mansa.
Esse
será o primeiro a ser defenestrado de nossa casinha e perder seus
cachinhos na prisão, onde quiçá poderá receber o carinho de seu “sugar daddy” barbudo.
H. James Kutscka é Escritor e Publicitário.
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Posted: 19 Aug 2019 03:00 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Luiz Antônio P. Valle
As
peças se mexem no jogo segundo a estratégia de cada parte. A estratégia
está ligada a capacidade de monitoramento, coleta de dados, análise
correta dos vetores (que depende basicamente do “status” do Sistema de
Crenças do analista), conclusão adequada, e pôr fim a produção do
conhecimento visando a modelagem de cenários prospectivos que permitam
ao gestor antecipar-se ao adversário. A metodologia sendo aplicada
corretamente leva, com alta probabilidade de acerto, ao diagnóstico e
cenário mais provável.
Eu
já havia alertado sobre esta crise que se aproxima em 23/12/2014, no
artigo intitulado “Momento Estratégico Global Crítico e a Carta Brasil”,
quando escrevi: “Nas projeções de cenário para os próximos anos,
algumas reveladas no meu último artigo citado acima, fica bastante clara
a alta probabilidade da eclosão de uma grave crise financeira, pior que
a de 2008, e de um conflito bélico em escala considerável. O que virá
primeiro, ou qual dará origem ao outro, é um entendimento ainda não
pacificado; entretanto está pacificado que não existe mais o “se” vai
acontecer, a questão agora é apenas “quando”. Penso que a crise,
artificialmente projetada, detonará o conflito já esperado.” (grifo meu
atual). Escrevi este texto a quase seis anos atrás.
Até mesmo a “grande” mídia brasileira agora já reflete este entendimento, que está se tornando evidente – vide https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/08/18/como-a-alta-no-preco-do-ouro-alimenta-os-temores-de-uma-recessao-global.ghtml.
Na
reportagem do Globo é citado: “O mercado está se preparando para uma
mudança de ciclo e isso tem feito (o preço do) ouro disparar", diz
Javier Molina, porta-voz da plataforma de negociação de moedas eToro.
Como acontece em todas as crises, o precioso metal segue sendo uma das
pistas a serem analisadas com cuidado quando o cenário econômico global
se deteriora – que parece ser o caso agora.” E segue dizendo vários
fatores que já salientamos em nossos artigos.
Quanto
a compra de ouro como estratégia para se proteger da crise por parte
dos países, além de meus artigos anteriores, você pode olhar a matéria https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/08/exportacao-de-ouro-bate-recorde-no-brasil-com-temor-de-recessao-global.shtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=social&utm_campaign=compwa.
Na
reportagem mostra que o Brasil exporta praticamente todo o ouro que
produz “oficialmente”. Sua produção é estimada em 97,1 toneladas e ele
exportou em 2018 algo em torno de 95 toneladas. Claro que estes números
não contabilizam a produção e envio ao exterior de forma “irregular”,
que certamente é um montante considerável.
No
meu artigo intitulado “Passos Estratégicos Globais e a carta Brasil”,
escrito em 13/11/14, eu já avisava que Rússia e China estavam comprando
ouro numa voracidade sem precedentes e citei a seguinte declaração de um
parlamentar russo: “Quanto mais ouro um país tem, mais soberania ele
terá se houver um cataclismo com o dólar, com o euro, a libra ou
qualquer outra moeda de reserva” declarou Evgeny Fedorov, um parlamentar
do Partido Para Rússia Unida, de Vladimir Putin.”
Como
já destaquei em meus artigos o Brasil alimenta a “fome” mundial dos
países por ouro para se blindarem da crise iminente e fica sem ouro em
suas reservas – vide meus artigos anteriores da Série Xeque-mate. É
impressionante que nossas reservas estejam praticamente desguarnecidas
do metal precioso mais procurado por todos os países (vide meu artigo “O
xeque-mate se aproxima célere”), e do qual somos produtor.
Portanto,
minhas previsões já existem e estão documentadas há quase seis anos,
prevendo o cenário que ora se consolida. O sábio teria analisado as
premissas expostas à época e, encontrando o fundamento, teria tempo
hábil para se preparar para o evento, como os EUA fizeram – vide meu
artigo “O xeque-mate antecipa o contrataque”.
Na
época avisei e ofereci blocos de conhecimento para um Plano de Ação
preventivo. Todavia, a Imunização Cognitiva cumpriu seu papel. O Brasil
encontra-se totalmente vulnerável a crise que se aproxima e isso não
pode ser uma simples “coincidência”. Ele não tem reservas cambiais, base
jurídica adequada, ativos (tropas, equipamentos, etc....) para
contenção e detenção, planejamento, etc.... O preço será elevado, não só em bens materiais, mas em vidas. Ignorar ou fingir não ver não vai evitar o evento.
Se desejarem se aprofundar nos temas estratégicos podem ler meus artigos de 2013 e 2014.
No
tabuleiro não há lugar para amadores, soberbos ou ingênuos, exceto se
for para cair. Olhando o movimento das peças no jogo é possível perceber
que um dos pilares de apoio ao Governo Trump é a economia. Tirar Trump
do poder, e ele tem contrariado diversos interesses poderosos, implica
acabar com a percepção de que a economia vai bem. Assim, o que a
“oposição” precisa desesperadamente é que a recessão/crise comece no
segundo semestre de 2019 ou, na pior hipótese, no primeiro semestre de
2020. É necessário haver tempo para que os estadunidenses tenham
verdadeiramente sentido o sofrimento na carne quando a eleição chegar.
Todavia,
no embate para tirar Trump e outros, sobrará para aqueles que se
alinham com ele (como o nosso Presidente), mas não tem a mesma
retaguarda que ele.
O
analista Mike Adams escreveu: “que a luta pelo poder, está chegando a
limites, que se ultrapassados, desencadearão uma grave crise global com
provável ruptura do tecido social em muitos países e um crash mundial
sem precedentes.” A grande maioria dos analistas bem posicionados
entendem que a disputa entre China e EUA, as duas maiores economias do
mundo, chegou a um ponto sem retorno, notadamente após a explosão de
protestos em Hong Kong, que a China atribuiu à inteligência dos EUA.
Para dar fundamento a sua alegação a China usou uma foto de uma
funcionária do Departamento de Estado – Julie Eadeh, reunida com os
“líderes” dos protestos. O que importa é que as “diferenças” entre as
duas maiores potencias econômicas do planeta chegaram a um ponto de
difícil, praticamente impossível, reversão.
Um
dos líderes pró-independência de Hong Kong, Chen Haotian, sugeriu em
16/08/19 uma corrida aos bancos chineses, pedindo aos seus aliados que
todos saquem seu dinheiro no mesmo dia. Observe que isto poderia causar
um colapso do sistema financeiro em Hong Kong, que é profundamente
interligado com o sistema financeiro internacional, desencadeando uma
enorme incerteza nos mercados globais.
Conforme
a Fox Business, um dos indicadores favoritos de Wall Street de uma
recessão iminente é o spread entre os rendimentos do Tesouro de três
meses e de 10 anos. Ao olhar para o gráfico abaixo fica evidente uma
séria advertência sobre a mais grave recessão desde 2007 se aproximando.
Enquanto
isso, o rendimento dos bônus de 30 anos do Tesouro americano atingiu
seu ponto mais baixo, com exceção apenas a julho de 2016.
"Passamos
de um certo grau de incerteza para mais um monte de incertezas", disse
Fraser Howie, com mais de 20 anos de experiência nos mercados
financeiros. Esta perda consistente e longa no rendimento dos bônus de
30 anos do Tesouro americano demonstra uma diluição da confiança nos EUA
poder honrar seus compromissos, sendo que o Brasil mantém
“credulamente” papeis desta natureza em suas reservas, no lugar de ouro
físico.
Existem
muitos catalisadores que podem deflagrar os acontecimentos. Na questão
de segurança interna dos EUA um deles pode ser quando James Comey (foi o
sétimo diretor do Federal Bureau of Investigation de 2013 até sua
demissão em maio de 2017) e John Brennan (ex diretor da CIA também
demitido em 2017) forem oficialmente indiciados e presos. Isso poderia
iniciar uma série de detenções com base nos processos selados, com a
consequente reação da parte contrária.
Tudo
leva a crer que uma combinação de crise econômica, radicalização da
disputa política interna e um grande número de armas disponíveis
(estima-se que milhões de estadunidenses têm em seu poder cerca de 393
milhões de armas) poderão levar os EUA a uma Guerra Civil, cuja projeção
da extensão e profundidade está sendo aprimorada permanentemente, uma
vez que este cenário prospectivo não é novidade.
No meu artigo intitulado “Passos Estratégicos Globais e a carta Brasil”, escrito em 13/11/14, eu já alertava que haviam projeções preocupantes quanto a cenários futuros. Na
época escrevi: “Neste trabalho de projetar cenários nos defrontamos com
as surpreendentes previsões, sobre vários países, da página Deagel.com,
que é uma página respeitada por oferecer dados da aviação civil e
militar, armamento e exércitos, mísseis e munição, tecnologia militar e
aeroespacial e outros dados estratégicos e econômicos.
Para
cada país, a Deagel.com realiza uma previsão estimada de seu nível de
população, sua renda per capita e seu Produto Interno Bruto previsto
para o ano de 2025.” É interessante notar que em 2014 o site fazia
previsões que os EUA teriam em 2025 uma população de 69 milhões e um PIB
de US$ 921 bilhões (contra uma população em 2013 de 316 milhões e um
PIB de US$ 17 trilhões).
A Deagel.com, pouco tempo depois de ter postado o estudo, retirou-o rapidamente do site. Todavia, temos um print da tela:
Claro
que vários jogadores ficarão de “camarote” observando e aguardando sua
vez de desferir um xeque. A infraestrutura é uma fraqueza a ser
explorada, notadamente a questão da energia. Imaginem um país sem
energia elétrica por uma semana?
Como frisei a imensa maioria dos movimentos das peças no tabuleiro pode ser prevista. No meu artigo “A Atividade de Inteligência Militar, os Governos Civis e o Cenário Atual – I” em 13/10/13,
eu escrevi que havia “portas dos fundos” por onde eram roubadas
informações. Em 2018 uma executiva chinesa foi presa e os EUA não
esconderam sua preocupação de estarem sendo “espionados” pelos chineses -
https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2018/12/06/huawei-por-que-a-gigante-chinesa-virou-alvo-de-varios-paises-e-teve-executiva-presa-no-canada.ghtml.
O
tempo está passando e não vai esperar os incautos. Existe um antigo
adágio: “casa que falta o pão todo mundo grita e ninguém tem razão”.
O efeito dominó começou, na medida que a cada movimento um novo dominó cai e empurra outro para a queda seguinte!
Todo jogo acaba ou muda de fase. O xeque-mate se aproxima.
Luiz Antonio Peixoto Valle é Professor e Administrador de Empresas.
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