O
presidente da França, Emmanuel Macron, assinou sexta-feira passada
cinco decretos para reformar a legislação trabalhista francesa.
Montado ao longo de um século, o Code du Travail
francês contém mais de 10 mil artigos. Das suas 3324 páginas, 170
regulam demissões, 420 tratam de questões de segurança e saude do
trabalho, 50 cercam o trabalho temporário, 85 impõem regras sobre
negociações coletivas, e vai por aí. Ha regras minuciosas para tópicos
como salários, diferentes industrias, extensões multinacionais, tempo de
interrupção para ir ao banheiro, o tamanho requerido das janelas,
consumo de álcool no trabalho, como comer na mesa do escritório, regras
para a emissão de emails em dias de semana e nos fins-de-semana, etc.,
etc., etc.
É
uma festa para a China; é uma benção para os trabalhadores e centros
financeiros de Inglaterra, Alemanha e, ultimamente, até de Portugal,
primeiros portos de eleição dos empreendedores e investidores franceses
refugiados.
A
tentativa de Macron de por a legislação trabalhista francesa mais
próxima da impiedosa realidade da competição global por empregos no 3º
Milênio provocou aproximadamente 4 mil greves somente no mes de
setembro.
Ah, se metade dos professores da USP tivessem sido ingleses, alemães e americanos em vez de só franceses!
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