quinta-feira, 15 de novembro de 2018
O Ultimato das Urnas para Bolsonaro e Mourão
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Membro do Comitê Executivo do
Movimento Avança Brasil
Hoje é Dia da Nação... Só que Rubro-Negra! O Clube de Regatas do Flamengo comemora seus 123 anos de fundação, vida e conquistas. Assim, viva 15 de novembro de 1895... Pena que o feriado de hoje não seja por causa do Mengão. Mas sim por causa da mesma data, só que em 1889. Infelizmente, celebramos uma República que foi proclamada em um golpe militar que derrubou um Império.
Triste... Não dá para comemorar... Até porque tal “República Federativa” ainda não foi efetivamente implantada. Precisa ser reinstaurada, junto com a reconstrução do Estado e a remodelagem da Federação. Por isso, deixemos a flamenguice de lado e vamos aproveitar o artigo do dia para botar o dedo em nossa ferida republicana. Foquemos no ultimado dado pelo povo na recente eleição 2018. Desde já, peço perdão pelo texto mais longo que o normal... O Alerta Total cumpre o dever que a Liberdade dá de apertar o “botãofoda-se”...
Vamos aos finalmentes... O preço internacional do petróleo despencou. Que ótima notícia!? Que péssima notícia... Enquanto nos demais países se comemora a queda do preço internacional do petróleo, neste Brasilzão verde-amerelo, assistimos às autoridades e a velha mídia divulgarem que o barateamento do “ouro negro” é preocupante para a saúde da “estatal” Petrobrás – tradicionalmente celebrada como “um patrimônio do Brasil”.
Em Países normais do mundo, quando a cotação petrolífera baixa, se vislumbra a oportunidade de redução de custos de produção, o que melhora a competitividade da economia, da geração de empregos e do bem-estar social. Aqui, as oligarquias que pilharam e pilham o estado brasileiro, escravizando a sociedade através do “Mecanismo”, acham preocupante. E nossa gasolina continua caríssima, próxima dos R$ 5,00.
Enquanto a Petrobrás indeniza investidores norte-americanos em Bilhões de dólares, ela apenas paralisa a economia brasileira com suas práticas monopolistas. Qualquer um com bom senso sabe que trocar um monopólio por um oligopólio não é a solução. Exceto em Bruzundanga – nação sob regime Capimunista Rentista e Corrupto, sob ditadura do poder político e econômico estatal.
Livre Concorrência é um conceito absoluto na economia. O papel do estado é estimular ao máximo, e sempre que possível, o máximo de concorrência. Só que a burocracia brasileira pensa diferentemente. A máquina estatal colabora para a escravização do cidadão e da sociedade pelo Estado. O “Mecanismo” se serve das pessoas e das empresas. E não o contrário. Assim não dá... O povo não aceita mais... E já deu o ultimato em dedadas nas urnas eletrônicas.
Políticos, principalmente os eleitos agora, precisam retornar ao mundo real... Na saúde, o caos continua a imperar e assistimos impotentes aos Planos de Saúde aumentarem suas mensalidades em até 30%. Os pedágios são a prova material de que privatizar (pura e simplesmente) acaba produzindo mais um crime de lesa pátria contra a economia popular. Nossas empresas de energia já foram entregues ao capital de outros países, sob o pretexto de modernidade econômica.
O binômio Petrobras e Elétricas nas mãos de estrangeiros estrangula o futuro da economia brasileira. Nossa burocracia estatal é “mestra” em distorcer exemplos de sucesso que ocorrem em outros países apenas para criar mais cartéis e cartórios no Brasil, onde a burocracia poderá se beneficiar de mais e mais privilégios.
Por isso é fundamental alertar a todos que as urnas não deram apenas um recado. Elas deram um ULTIMATO para que ocorram Mudanças Estruturais. Muitos coronéis da política, representantes fundamentais das oligarquias que tanto mal fazem ao Brasil, foram despejados de seus gabinetes pela vontade popular. Tivemos uma manifestação - concreta, pacífica, ordeira, democrática e institucionalizada. Por isso vale indagar: Até quando será assim?
Temos milhões e mais milhões de desempregados. Milhões de famílias sobrevivem abaixo da linha da pobreza. Outros conseguem o milagre de tirar leite de pedra na economia informal. No meio de tanta gente sob constante tensão econômica, temos milhares de cidadãos assassinados covardemente pelos “soldados” do crime organizado. Empresários, quando também não são assassinados, acabam crucificados e condenados por uma máquina estatal que busca, insaciavelmente, arrecadar, arrecadar e ainda mais arrecadar, só para financiar seus altos gastos, desperdícios e privilégios.
A maioria sofre e trabalha, mal remunerada, para manter e sustentar oligarquias cartoriais, públicas e privadas, que agora tentam contaminar os novos eleitos com suas pautas prioritárias nada republicanas. Quando os novos eleitos falarem sobre reforma da previdência, para não terem suas falas distorcidas pela velha mídia, eles deveriam falar exclusivamente de eliminar os privilégios. Principalmente do setor público.
Falem de carreiras que têm benefícios específicos - que os demais trabalhadores e cidadãos não tem. Decorridas apenas algumas semanas do fim do segundo turno, a população espera que os novos eleitos apresentem propostas que resolvam os criminosos problemas que o poder público, dominado pelo crime ou pela incompetência, despejou sobre uma sociedade composta por cidadãos ordeiros, trabalhadores e patriotas.
Lembrem-se, políticos: Os eleitores não votaram apenas em candidatos. Votaram naqueles que se apresentaram como livres de vínculos com essa máquina de maldades que escraviza o nosso povo. Repita-se: as urnas deram o ultimato. A maioria exige mudanças estruturais, o mais depressa possível. Jair Bolsonaro e Antônio Mourão não terão tempo, nem direito, de errar.
Um exemplo: A nova Previdência não pode ser aprovada no Congresso Nacional apenas para favorecer o sistema financeiro e os bancos, daqui e de fora, que desejam faturar alto com as capitalizações. Novas regras têm de proteger o cidadão, o contribuinte e o futuro da Nação Brasileira. Não será tolerado nada diferente deste conceito. Mexer no bolso e no futuro do Seu José ou da Dona Maria, deixando intocado o privilégio dos burocratas.
Na realidade, a reforma prioritária do Brasil é a tributária. Ela tem de destravar a economia e gerar segurança jurídica aos empresários, aos trabalhadores, aos consumidores e aos investidores. Não dá para ter uma vida produtiva saudável em um País com quase 100 impostos, taxas, contribuições, multas, instruções normativas e outras infinitas formas de achaque e perseguição contra trabalhadores e empresas. Não dá!
Os eleitos devem atentar para um risco objetivo: Imagina a situação psicológica de um povo que perde mais de 60.000 familiares e entes queridos, brutalmente assassinados anualmente pelos sicários do “Mecanismo”. Um povo assim poderá muito bem perder as esperanças nas instituições e alimentar a crescente percepção de que as soluções institucionais não são possíveis.
Enfrentar tais oligarquias e o crime organizado, destruindo seus privilégios e seus cartéis, são as únicas prioridades possíveis para trazer o poder público no Brasil de volta à realidade. O povo se mobilizou nestas eleições. E continua atento, aguardando respostas urgentes. Quem acompanha as mídias sociais já começa a perceber, com preocupação, que não se ouve mais os políticos falarem em buscar, a todo custo, o resgate da imensa dívida social e econômica que essa máquina pública perdulária e corrupta impôs ao povo brasileiro.
Lembrem-se, políticos eleitos: Foi o povo mobilizado quem derrotou, gloriosamente, TODA a velha mídia e as carcomidas oligarquias. O eleitor enfrentou de frente o “Mecanismo”. Vale lembrar que a paciência é curtíssima. Então, não duvidem que esse mesmo povo pode perder a fé nas soluções institucionais.
Pedimos às novas autoridades eleitas que ouçam o clamor das ruas. Ouçam o grito de sofrimento das famílias. Não existem soluções mágicas, mas existem prioridades absolutas. A maior prioridade é atender às demandas das pessoas e empresas que dependem da honestidade e da competência de gestão dos dirigentes nos três poderes e na máquina estatal, na União, Estados e nos municípios.
As urnas não deram um mero recado. Elas deram um ULTIMATO. A maioria quer mudanças para valer. Bolsonaro e Mourão foram eleitos para mudar e romper com o “Mecanismo”. Por isso, se perderem o timming, a desilusão da população pode degenerar para uma revolta popular sem precedentes. Em guerra, já estamos...
A máquina do Crime se reinventa. Já tentou assassinar Bolsonaro... Falhou... E acabou elegendo ele e Mourão... Agora, os criminosos institucionais usam seus profissionais de aluguel e aproveitam as oportunidades da transição para estreitar o relacionamento com os novos eleitos, mantendo a infiltração na máquina estatal.
Resumindo: o ULTIMATO recomenda tomar cuidado com a tal “Reforma da Previdência” – que não era “prioridade eleitoral de Bolsonaro”, mas agora virou “prioridade” na transição... O momento exige cautela e prudência nos discursos de Bolsonaro, Mourão e seus ministros indicados. Muito cuidado... Porque “Transição” ainda não é governo... embora a mídia (inimiga e puxasquista) faça parecer que é...
Bolsonaro e Mourão, lembrem-se, sempre, do ULTIMATO... A campanha acabou... Vocês venceram... Não se deixem pautar pelos derrotados... Cuidado extremo com os oportunistas que se fingem de “aliados de ocasião” ou que apresentam “laranjas” para cumprir futuras missões governamentais... Tenham a certeza de que esta “transição” é uma armadilha...
Presidente e vice eleitos, tenham cautela estratégica... Contenham o ímpeto de promessas... Não antecipem suas ideias aos inimigos... Esperem os planos de gestão ficarem mais bem definidos... Evitem a onda de factóides diários no CCBB... Cuidado com os limites das “cartas brancas” que dão aos assessores que não foram eleitos e não receberam o ultimato das urnas dado exclusivamente a vocês dois... Guardem a sinceridade de vocês para o momento exato de governar... Cuidem da saúde e da segurança... E fiquem cada vez mais amigos, entrosados, porque o “Mecanismo” usará fofoqueiros bem-remunerados para intrigá-los...
O resto é não trair o ultimato... O povo não perdoará... Basta cumprir os compromissos assumidos com a população, e o Brasil vai melhorar...
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!
O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 15 de Novembro de 2018.
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