O presidente Jair Bolsonaro, em sessão de perguntas logo após seu discurso na abertura do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, disse estar preocupado em fazer a América do Sul “grande” de novo. O governo Bolsonaro tem se colocado à frente dos esforços diplomáticos para viabilizar um governo de transição na Venezuela. — Não queremos uma América do Sul bolivariana — afirmou ele. — Mais partidos de centrodireita têm sido eleitos na América do Sul. Isso é sinal de que a esquerda não prevalecerá na região.
Por sua vez, o chanceler Ernesto Araújo chamou Maduro de “expresidente” numa rede social ontem. De Davos, onde acompanha Bolsonaro, ele destacou que o Tribunal Supremo de Justiça venezuelano no exílio fez um apelo para que o povo do país e os militares não reconheçam o governo de Maduro. O chavista tomou posse no segundo mandato no último dia 10 de janeiro, mas não teve sua legitimidade reconhecida por mais de 40 países.
Ao chamar Maduro de ex-presidente, Araújo reforça a posição do governo brasileiro de não reconhecer o regime chavista. O Brasil, junto com mais 12 países que integram o Grupo de Lima, defende que o poder seja transferido para a Assembleia Nacional da Venezuela, presidida por Juan Guaidó. A partir daí, seria instituído um governo de transição.
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