Posted: 31 Jul 2019 10:00 PM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Lúcio Wandeck
Há
um número majoritário de profissionais liberais e empresários que, sem
vínculo anterior com a administração pública ou com o exercício de
cargos oficiais no exterior, desempenham, atualmente, o cargo de
embaixador dos Estados-Unidos.
Receita de General
Alguns generais se notabilizaram pela impetuosidade: Rommel, Patton.
Outros pela estratégia: Clausewitz, Moshe Dayan.
Pelo preparo das Forças e pelo planejamento: Montgomery, na África, Eisenhower na Europa.
Pelo conhecimento do inimigo, inteligência, estratégias, ensinamentos: Sun Tzu.
Se reunirmos as qualidades desses sete líderes militares podemos escrever um livro.
Vai se chamar Receita de General.
Diremos que, em comum, há o fato de que todos foram militares de carreira.
Nenhum caiu de pára-quedas na respectiva Força Armada.
Nenhum era um civil que, de uma hora para outra, viu-se nomeado almirante, general ou brigadeiro.
A carreira nas Forças Armadas faz-se passo a passo, marcha a marcha, tiro a tiro, combate a combate, comando a comando.
E não poderia ser diferente porque as Forças Armadas são um dos esteios da Nação.
Sem comandantes com um longo preparo militar, a Nação conhecerá a derrota.
Lembrem-se de Hitler; não passou de Cabo.
Lembrem-se
da frase do General Norman Schwarzkopf: “ Saddam não é um estrategista,
nem tático, nem um general, nem um soldado – afora isso, é um bom
militar”
Receita de General versus Receita de Embaixador
É
possível criar uma Receita de General, desde que o candidato, ainda
jovem, matricule-se em uma Academia Militar e cumpra durante mais de 30
anos todos os lentos passos necessários à sua formação, durante os quais
irá agregando conhecimentos, experiências e promoções.
Mas será possível criar uma Receita de Embaixador?
Examinando a possibilidade de criar uma Receita de Embaixador
Donald
Trump iniciou o governo ordenando que a maioria dos embaixadores
nomeados por Barack Obama renunciasse a seus postos. De janeiro de
2017, data da sua assunção, a julho de 2019, o presidente dos EUA nomeou
212 embaixadores. Vejamos um breve currículo de embaixadores.
Na Argentina: Edward Charles Prado, antigo Juiz de Direito do Quinto Circuito do Tribunal de Apelações dos Estados-Unidos;
Na Austrália: Arthur B. Culvahouse Jr, Bacharel em Ciências e Advogado;
Na Aústria: Trevor Taina, empresário, empreendedor. Graduado em Master of Business Administration.Começou a carreira como executivo da Seagram's. Empreendedor, atuou na criação da CompareNet, adquirida pela Microsoft. Fundou a DriverSide, a SchemaLogic, and StepUp Commerce. Assessor consultivo honorário do Fine Arts Museum of San Francisco, etc.;
Na Bélgica: Ronald Gidwitz, empresário e bacharel em economia. Ex-presidente e CEO da Helene Curtis Industries. Co-fundador e sócio da empresa de investimentos privados GCG Partners e diretor regional da Business Executives for National Security em Chicago. Desde 2013, é presidente emérito da Boys & Girls Clubs of America;
No
Canadá: Kelly Knight Craft presidiu a empresa Kelly G. Knight LLC, de
consultoria de negócios. É bacharel em administração. Já foi embaixadora
na ONU;
Na
China: Terry Branstag, político e administrador
universitário. Ex-governador de IOWA e ex-presidente da Des Moines
University. É bacharel em Ciência Política pela Universidade de Iowa.
Serviu o Exército como policial militar e foi agraciado com louvor por
serviço meritório. Quando militar deu voz de prisão a atriz Jane Fonda
que pretendeu realizar um protesto contra a guerra no cemitério Nacional
de Arlington;
Na Colômbia: Kevin Whitaker, membro do Corpo Diplomático. Bacharel em História pela Universidade de Virginia;
Na
República Tcheca: Steve King, empresário, ativista político e ex-agente
do FBI. Formado em Ciência Social e ex-professor dessa cadeira. Possui o
grau master em Ciência Política. Também foi assistente especial do
secretário de agricultura;
Na Dinamarca: Carla Sands, empresária, investidora, atriz e quiroprática;
Em El Salvador: Jean Elizabeth Manes, bacharel em Política Externa e possuidora do grau master em Administração Pública;
Na Finlândia: Robert Pence, bacharel em Direito e empresário;
Na
França: Jamie D. McCourt: empresária e diretora do time de baseball Los
Angeles Dodgers. É bacharel em Direito com MBA em Gerenciamento;
Na
Alemanha: Richard Grenell, graduado em Governança e Administração
Pública. Ex- porta-voz de quatro embaixadores dos EUA na ONU.
Assumidamente gay;
Na
Grécia: Geofrey Pyatt, bacharel em Estudos Políticos e possuidor do
grau master em Relações Interacionais. Membro do Corpo Diplomático;
Na Hungria: David B. Cornstein, empresário do ramo de jóias e ex-cozinheiro na Marinha dos Estados-Unidos;
No
Iraque: Mattew H. Tueller, funcionário de carreira da Secretaria de
Estado. Possui bacharelado em Administração e grau master em Política
Pública. Exerceu variados cargos em embaixadas e consulados
norte-americanos;
Em Israel: David M. Friedman, antropólogo e advogado, ex-sócio de importante banca nos EUA;
Na Holanda: Pete Hoekstra, nascido na Holanda, emigrou ainda criança para os EUA. Graduou-se em negócios. Presidiu o House Intelligence Committee,
da House of Representatives, equivalente à nossa Câmara dos Deputados,
onde serviu de 2004 a 2007. É bacharel em Ciência Política e possui
M.B.A. em Negócios. Durante 15 anos foi vice-presidente de marketing de
uma fábrica de móveis;
Na
Índia: Kenneth Juster atuou por quase 40 anos no governo, nas áreas de
direito, negócios, finanças e assuntos internacionais. No setor privado,
foi sócio da empresa global de investimentos em private equity Warburg
Pincus, executivo sênior da companhia de software Salesforce.com e sócio
sênior da firma de advocacia Arnold & Porter;
Na
Noruega: Kenneth Braithwaite cursou a Academia Naval dos EUA
graduando-se em engenharia naval e Ciência Política. Mais tarde, obteve o
grau master em Administração Pública pela Universidade da
Pennsylvania. Cursou o Naval War College e o Air Command and Staff
Colllge na Maxwell Air Force Base.Deixou a carreira militar no posto
de Rear Admiral, após o que foi gerente de operações da empresa Atlantic
Richfield Chemical Inc e diretor executivo assessor sênior do senador
Arlen Specter. Mais tarde, foi presidente de uma empresa de consultoria
voltada para o aperfeiçoamento do desempenho e estratégias de saúde;
Em
Portugal: George Edward Glass, empresário norte-americano, foi dono da
MGG Development LLC e fundou a Pacific Crest Securities, Também foi
administrador da Oregon Health & Science University ;
E Na
Rússia: Jon Meade Huntsman Jr, empresário americano, diplomata e
político. Cumpriu uma longa carreira como embaixador em Cingapura,
governador de Utah e embaixador na China. Serviu em cada administração
presidencial desde a Presidência de Ronald Reagan. Também serviu como
CEO de sua família na Huntsman Corporation e presidente da Huntsman
Cancer Foundation. Filho de um empresário bilionário, aos 15 anos, em
1975, Huntsman ganhou o posto de Eagle Scout, o mais alto escalão dos
Boy Scouts of America. Huntsman freqüentou uma High School mas desistiu
do curso e do ingresso em uma faculdade para perseguir sua paixão como
tocador de teclado em uma banda de rock chamada Wizard. Mais tarde
obteve um G.E.D. (diploma dado a alguém que não completa o High School
mas logra aprovação em um exame focado nas matérias da HS; no Brasil é
equivalente ao exame conhecido por Artigo 91). Matriculou-se na
Universidade de Utah, onde se tornou, como seu pai, um membro da
fraternidade Sigma Chi. Serviu como missionário na Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias em Taiwan por dois anos. Mais tarde
transferiu-se para a Universidade da Pensilvânia, onde recebeu um
bacharelado em artes em Política Internacional em 1987.
Por que relacionar neste texto tantos embaixadores e respectivos currículos?
Poderia
relacionar o currículo de mais uma centena e meia de embaixadores dos
Estados-Unidos. O leitor chegaria a óbvia conclusão que, em comum, eles
nada têm. Não é como os generais, que em comum têm a longa passagem pela
caserna, os variados cursos, as promoções.
Os
embaixadores dos EUA nada têm em comum porque o país mais evoluído do
mundo — o mais bem armado, o detentor das maiores riquezas, das mais
afamadas universidades, da moeda mais forte, do mais elevado status
político, dos mais avançados centros de pesquisas e o maior detentor de
ganhadores do Prêmio Nobel — não foi capaz de estabelecer um currículo,
um modelo a ser perseguido por aqueles que desejam ser o principal
representante do seu país junto a qualquer outro.
Há
um número majoritário de profissionais liberais e empresários que, sem
vínculo anterior com a administração pública ou com o exercício de
cargos oficiais no exterior, desempenham, atualmente, o cargo de
embaixador dos Estados-Unidos.
Receita de Embaixador
Não há Receita de Embaixador.
Não
havendo, é lesivo ao bom senso apontar por pura implicância ou
idiossincrasia ideológica que fulano de tal não satisfaz os requisitos
estabelecidos em modelos ou paradigmas políticos concebidos, ao sabor
dos críticos de plantão, para o exercício de cargo tão elevado.
É
evidente que não me refiro a pessoas flagrantemente hipossuficientes e,
como tal, contraindicadas para o exercício de funções relevantes.
Se
é assim —E É ASSIM!—o jovem advogado, policial federal, fluente em
línguas, detentor do mandato de deputado, sans peur et sans
reproche, está capacitado a exercer a representação e os interesses do
País em qualquer outra nação. Acrescento que o fato de também manter
relação de amizade com o filho do Presidente Trump é um plus valioso.
MAS ELE É FILHO DO PRESIDENTE!
Ah!,
quer dizer que se fosse filho de um anônimo, de alguém de cuja estirpe
nada se sabe, ou até mesmo de alguém pouco confiável, poderia ser
indicado — e graças a Deus, pode! — mas se é filho do presidente da
República não pode! Ora, vá ditar regra em outra freguesia!
MAS O PRESIDENTE NÃO PODERIA TÊ-LO INDICADO!
Poderia,
primeiro, porque se a lei não proíbe, a ninguém é dado proibir,
segundo, porque se o indicado tem relação extremamente próxima com o
Presidente do Brasil, todos temos a ganhar. Essa linha direta entre o
futuro embaixador nos EUA e o Presidente é muito bem-vinda.
PARA FINALIZAR
Para finalizar, acrescento dois e-mails que recebi nos últimos dias.
NÃO TENHO MEIOS DE VERIFICAR SE AS GRAVES DENÚNCIAS PROCEDEM.
Mesmo sendo mensagens coletivas, decidi não revelar neste texto os nomes dos remetentes.
Primeiro e-mail:
Enviado: sexta-feira, 26 de julho de 2019 21:39
Para:
Assunto: Explicando na visão de um brasileiro que mora em EUA os motivos do Presidente Bolsonaro nomear Eduardo Bolsonaro como embaixador do Brasil em Washington.
Para:
Assunto: Explicando na visão de um brasileiro que mora em EUA os motivos do Presidente Bolsonaro nomear Eduardo Bolsonaro como embaixador do Brasil em Washington.
Tenho
um amigo da minha família que mora em EUA, é advogado e mts vezes
precisa ir na embaixada brasileira resolver assuntos de brasileiros como
advogado e comentou que ali é um reduto do PT.
Os
funcionários fazem reuniões e tem um espaço dedicado a Mariele Franco,
onde tem suas reuniões. Ali detestam o presidente e tem nas
paredes "Lula Livre". A única pessoa que Bolsonaro pode confiar é seu
filho Eduardo, pois o mesmo precisa fazer uma faxina naquele reduto e
ninguém melhor que ele, pois terá acesso diretamente com o presidente.
Seu filho irá como um faxineiro para acabar com este reduto petista.
Disse tbem que qdo tem manifestações aqui no Brasil contra Bolsonaro
eles fazem tbem e tudo é articulado de dentro da embaixada, é dali que
sai dinheiro para pagar a pelegada pra ficar ali com cartazes "Lula
livre" e abrigam o pessoal do MST que vai do Brasil fazer manifestos.
Entenderam agora o porquê?
É preciso confiar no presidente e entender os porquês e deixar de tanto mimimi.
Segundo e-mail:
Enviado: sábado, 27 de julho de 2019 20:25
Para:
Para:
Assunto: ENC: ENC Acabaram com o Instituto Rio Branco!!!
Ex-Instituto Rio Branco, atual Instituto Che Guevara
Com essa gritaria da bandidagem contra a indicação de Eduardo Bolsonaro para cargo diplomático nos EUA, mais pessoas se informaram sobre o Instituto Rio Branco, outrora ambiente de aceitação e formação de nossa elite intelectual.
As pessoas estão descobrindo que o Instituto Rio Branco foi transformado, após quatro governos consecutivos da máfia esquerdista, em Instituto Che Guevara para formação de vagabundos lulalivristas e maduristas, que saem de lá disfarçados de diplomatas.
Com essa gritaria da bandidagem contra a indicação de Eduardo Bolsonaro para cargo diplomático nos EUA, mais pessoas se informaram sobre o Instituto Rio Branco, outrora ambiente de aceitação e formação de nossa elite intelectual.
As pessoas estão descobrindo que o Instituto Rio Branco foi transformado, após quatro governos consecutivos da máfia esquerdista, em Instituto Che Guevara para formação de vagabundos lulalivristas e maduristas, que saem de lá disfarçados de diplomatas.
É
deprimente ver um Instituto que formou alguém como José Guilherme
Merquior ter uma turma de formandos, por exemplo, que escolheu a
psolista Marielle Franco como patrona.
Pensem
bem: o que esperar de um bando de mentes infectadas que se reúnem e
escolhem uma factoide esquerdista como patrona? Porém, o aparelhamento
do Ex-Instituto Rio Branco não se resume ao "acidente" desses
apaixonados pelo "símbolo" Marielle.
Para
acomodar os militantes esquerdistas, durante quatro governos a máfia
foi destruindo o Instituto. Entre outras coisas, substituíram provas
dissertativas em inglês e francês por provas com "múltiplas escolhas",
para os retardados conseguirem admissão e depois gritarem dentro do
Instituto: "Marielle Vive"; "Lula, guerreiro do Brasil"; "Em defesa da
nossa 'soberania' ".
Para
transformar o Instituto Rio Branco em Instituto Che Guevara, os
mafiosos também atacaram os sólidos planos de carreira que
caracterizavam a instituição; e em muitos documentos trocaram o exigente
e justo "obrigatório fluência total em inglês e espanhol" para o
relativo "desejável conhecimentos de inglês e espanhol".
Em
estágios menos ou mais graves, todas as instituições importantes do
Brasil continuam em processos de cubanização, os quais precisam ser
interrompidos.
São esses cubanizadores que são contra o Brasil ter um fortíssimo aliado em Washington.”
São esses cubanizadores que são contra o Brasil ter um fortíssimo aliado em Washington.”
Lúcio Wandeck é Coronel Intendente da Aeronáutica – Membro da Comissão Interclubes Militares (CIM).
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