Posted: 02 Jan 2020 03:20 AM PST
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
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Usando
um controle remoto clonado, uma quadrilha de ladrões arrombadores
invadiu o prédio em que moro, na Zona Sul de São Paulo, faltando seis
minutos para o ano 2020 começar. Renderam o porteiro e duas moradoras.
Na hora dos fogos, os bandidos estouraram as portas de três imóveis no
quarto andar. Tocaram a campainha de um quarto apartamento, o casal
abriu, acabou dominado e perdeu jóias e um cartão de crédito.
Os
bandidos ficaram pelo menos 40 minutos no prédio. Um morador ouviu
barulhos estranhos e, como a portaria não atendia, resolveu chamar a
Polícia Militar. O socorro chegou depressa, em várias viaturas, mas já
era tarde demais... Os invasores já tinham escapado no mesmo Fiat Idea
branco no qual chegaram para “o trabalho”. Os caras foram
profissionais... Não lucraram tanto, porém não feriram ninguém – a não
ser na autoestima de quem foi vítima da violência cotidiana das cidades
grandes do Brasil. O caso foi matéria em vários telejornais. Mais um...
Como
moro andares acima da confusão, só fiquei sabendo do problema com a
chegada repentina da PM. Curioso é que, antes da virada do ano, estava
trabalhando em um argumento que será a tônica do Brasil nos próximos
anos: a necessidade de crescimento econômico e desenvolvimento forçará o
combate a todas as modalidades de crime, principalmente o mais danoso e
pai dos outros, o Crime Institucionalizado. A bandidagem é inimiga do
Bem Estar Social, do aumento da produção, da geração de empregos e da
Democracia.
O
Brasil não vai melhorar, crescer e se desenvolver sem segurança
individual, política, econômica e jurídica. O grande desafio dos
brasileiros de bem será combater, neutralizar e, se possível, vencer,
todas as modalidades de crimes. A dificuldade será a capacidade real de
organização do Crime Institucionalizado e das facções.
O
combate ao crime é uma responsabilidade de cada um. Não adianta ficar
esperando pelas “autoridades”. Elas não vão resolver sozinhas – nem
aquelas mais bem intencionadas. Já os bandidos institucionalizados
seguirão agindo no sentido contrário. As pessoas de bem precisam exercer
sua pressão de forma mais eficaz, eficiente e efetiva. Do contrário, o
crime seguirá hegemônico.
O
novo aspecto interessante é: os grandes investidores também terão de
alocar recursos volumosos para colaborar com o Estado e a Sociedade no
combate ao crime. Este investimento pesado em segurança é uma condição
imprescindível para viabilizar o crescimento econômico até o desejável
desenvolvimento sustentável.
Os ideólogos da “Nova Ordem Econômica Brasileira”
(a partir dos juros mais baixos e com a inflação sobre controle)
deveriam pensar nesse assunto da Segurança com mais seriedade e visão
empreendedora. O crime só persiste porque compensa. Assim, os paradigmas
da prática econômica precisam mudar para que o crime deixe de
compensar. Pensemos nisto, com seriedade e profundidade... O recado é
para pesos-pesados como Guilherme Benchimol (XP Inc), Luiz Alves Paes de Barros e Henrique Bredda (Alaska), além de Paulo Guedes & equipe.
Como
bem escreveu o ministro Luis Roberto Barroso: “A sociedade brasileira
já não aceita mais o inaceitável e desenvolveu uma enorme demanda por
integridade, idealismo e inclusão social. As instituições precisam
corresponder a essas expectativas, ajudando a fazer um país melhor e
maior”.
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