No Twitter, Araújo critica suposto 'projeto de poder globalista' e 'Lulopetismo'
01/01/2020 - 11:54 / Atualizado em 01/01/2020 - 12:32
RIO — O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, desejou feliz Ano Novo a seus seguidores no Twitter com uma mensagem contra o esquerdismo transnacional e um suposto "projeto de poder globalista". No texto, Araújo disse ainda que o "Lulopetismo" e os "isentoleft" são expressão de um projeto de poder global e globalista.
"Em 2020 é preciso continuar trabalhando contra o mecanismo esquerdista, e não basta fazê-lo dentro do Brasil. Há que combater na frente externa pois a esquerda sempre é transnacional. Lulopetismo+isentoleft são expressão de um projeto de poder global e globalista.", escreveu.
Há quinze dias, o Itamaraty divulgou um artigo em que o ministro das Relações Exteriores "traça um panorama da ameaça comunista nos países latinos", que segundo ele "quer voltar a estrangular-nos" e regressar em Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Colômbia, México, Venezuela e no Brasil.
Intitulado "Para além do horizonte comunista", o artigo diz que a América Latina, sem dúvidas, "viveu dentro de um horizonte comunista" desde 2005 ou desde as vitórias eleitorais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2002, ou do ex-líder venezuelano Hugo Chávez, em 1999. Em seguida, diz que este horizonte "começou a raiar", na verdade, a partir da criação do Foro de São Paulo, em 1991.
Dias depois, o chanceler publicou um vídeo de pouco mais de cinco minutos rebatendo as críticas à política externa do governo do presidente Jair Bolsonaro. Nas imagens, ele atacou a imprensa brasileira e disse que o Brasil tem sido vencedor nas novas diretrizes implementadas desde o início de 2019, quando Bolsonaro tomou posse. Ele também comparou o cenário atual a uma partida de futebol.
Na semana passada, em um dos últimos atos da política externa da América do Sul em 2019 e que deve provocar efeitos sensíveis no ano que vem, Araújo conversou por videoconferência com o chanceler da Argentina, Felipe Solá, por mais de uma hora na quinta-feira, no que pode ser mais um sinal de aproximação entre duas administrações que possuem profundas diferenças políticas.
Também participaram da conversa o secretário de Política Exterior da Argentina, Pablo Tettamanti; o chefe de gabinete da Chancelaria, Guillermo Chaves; e o novo embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli, um peronista conservador, que vive uma relação complexa com o kirchnerismo e é considerado "um sobrevivente" político.
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