19 de Maio de 2016
Ocupantes de
sinecuras no ex-Ministério da Cultura, que controlam a liberação de
verbas para “projetos culturais”, têm levado os artistas e intelectuais
que frequentam seus guichês ao vexame de protestar pela preservação de
boquinhas extintas com a incorporação do Minc pelo MEC. “Donos” de
cargos-chave na Ancine, que “incentiva” a produção de filmes com
dinheiro do contribuinte, orientaram cineastas a difundir a lorota de
“golpe” nos recentes festivais de cinema de Lisboa e Cannes.
Alguns artistas
exageraram, falando em “fim da cultura”, mas o objetivo do alarido é
manter nos cargos-chave os amigos que controlam verbas.
Têm algo em comum os
países de produção cultural exuberante, com maior número de Nobel e
Oscar: neles não há Ministério da Cultura.
A fusão do Ministério
da Cultura ao MEC oferece mais um pretexto que poupa os petistas de
explicar a ladroagem nos governos Lula e Dilma.
Para não explicar no
boteco, na escola ou no exterior os milhões nas contas de Lula &
filhos, roubo à Petrobras etc, apregoam: “é golpe”.
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A depressão do
ex-presidente Lula parece haver contaminado a militância do PT e Dilma
Rousseff. Nas rodas petistas, a avaliação é que a situação de Lula
demonstra que eles consideram irreversível o afastamento da presidente.
Além disso, há cada vez mais petistas acreditando que o partido deve
passar por um processo de refundação, incluindo até mudança de nome,
assim como o PFL mudou para DEM.
Como a saúde de Lula,
a mudança de nome, defendida por petistas envergonhados como Tarso
Genro, é tratada sob “sete chaves” no PT.
O drama do PT é que não há tempo para mudar muito a eleição municipal de 2016, quando se prevê um desempenho pífio do partido.
Os petistas dizem que Lula anda preocupado apenas com a Lava Jato. Ele acredita que tem passaporte garantido para a cadeia.
O presidente do
Senado deve preparar o bolso para a rebordosa. Ação do advogado paulista
Júlio Casarin na Justiça Federal pede que Renan Calheiros devolva aos
cofres públicos o custo das regalias que ele deu a Dilma às nossas
custas: palácio, carros, aviões, seguranças, etc.
O empresário André
Gregori, ex-BTG Pactual, é cotadíssimo para a Superintendência de
Seguros Privados. Ele defende uma agenda mais intensa do seguro na área
de infraestrutura e mercado de capitais.
O “convite” forçado
do presidente Michel Temer para a Liderança do Governo na Câmara
pavimenta de uma vez a candidatura do deputado André Moura (PSC) a
governador de Sergipe, em 2018.
Lula era presidente
quando nomeou seu personal trainer para o lugar do saudoso Renato
Pinheiro, que por décadas credenciava jornalistas, no Planalto. Nomeou
também a mulher do gajo e ainda mandou dar ao casal, até hoje, um
apartamento funcional na 302 Sul, em Brasília.
Citado no escândalo
das merendas, o futuro Líder do PMDB na Câmara, Baleia Rossi (SP) é
feliz proprietário de uma bela casa, desde o fim do ano, em condomínio
vip, na cidade de Orlando, Flórida.
Renan Calheiros
autorizou Dilma a levar 35 assessores para o Palácio da Alvorada, às
custas do contribuinte, neste período de ócio remunerado da presidente
investigada por crime de responsabilidade.
É tanta gente pedindo
“quarentena” na Comissão de Ética Pública, para embolsar salário
integral sem trabalhar, como estava combinado antes da queda de Dilma,
que o grupo recebeu reforço de 5 auditores.
As supostas chances
de o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) virar Líder do Governo na Câmara
eram apenas “plantação”. Parlamentar de primeiro mandato e inexperiente,
não poderia mesmo ganhar o posto.
A preservação das
sinecuras do ex-Ministério da Cultura, que tanto mobiliza “aritstas e
intelectuais”, agora tem padrinho: Renan Calheiros.
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