Por Maria Lucia Victor Barbosa (*)
Dilma
Rousseff finalmente foi colocada em desterro por trâmites legais e
institucionais dos Poderes da República. Além de andar de bicicleta,
para quem sabe espairecer com relação a outras pedaladas, parece não ter
noção da situação em que ora vive. Aliás, essa senhora nunca teve
ideias claras sobre a realidade e demonstrou reiteradamente confusão
mental quando proferia discursos desconexos.
Agora repete como um
mantra: “é golpe, é golpe, é golpe”, no que é seguida, por enquanto, por
remunerados malandros ou incautos dos chamados movimentos sociais.
Estes e o PT nunca gostaram dela, mas certamente obedecem ao chefão Lula
no momento não mais tão poderoso.
Entre outras bravatas ele também já se considerou um Napoleão
vermelho capaz de convocar o exército de Stédile, em que pese o fato de
que não foi sequer atendido por muitos deputados quando, aboletado em um
hotel de luxo em Brasília lhes ordenou que votassem contra a
inadmissibilidade do impeachment. Até o Tiririca passou Lula para trás.
Saindo
de sua insignificância para o cargo mais alto da República não por
mérito ou competência, mas alçada por um homem esperto que fez dela sua
marionete, Rousseff mergulhou nos perigosos delírios do poder e pensou
que mandava.
Mandar, dizem que mandava de modo truculento nos auxiliares
que a serviam no palácio. Nos ministros aplicava o mesmo método
raivoso, porém nunca se soube se era de fato obedecida.
É que acima dela
estava Lula da Silva e ao seu redor o PT, dando as coordenadas e
impedindo ações que desagradassem ao partido. Só para dar um exemplo
lembremos o ex-ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que não conseguiu
desempenhar seu trabalho.
Em
outros tempos, poderoso, inimputável, surfando no politicamente correto
e seguindo o plano de permanência no poder do PT, Lula fez de Dilma
Rousseff sua criatura política. Logrou elegê-la como presidente da
República e fez mais, conseguiu reelegê-la. O resultado já se sabe foi
um descalabro total. Homem e mulher arrastam o país à ruína.
Como
nenhum governo resiste quando a economia vai mal, Rousseff foi afastada
por 180 dias de forma legal e com o apoio de 70% da população. Período
que bem podia ser abreviado para se chegar ao desfecho. Afinal, ela
demostrou ser totalmente inepta para ocupar cargo tão relevante e, sem
dúvida, cargos mais simples.
Ainda
sem entender completamente sua condição, Rousseff, já defenestrada,
chamou jornalistas estrangeiros ao Palácio da Alvorada e entre acusações
ao presidente Temer soltou sua crítica de cunho feminista, no que foi
copiada por petistas e se alastrou pela mídia.
“Lamento
que, depois de muito tempo, não haja mulheres e negros no ministério, o
que é fundamental se você quer construir um país inclusivo, não só do
ponto de vista social, mas cultural e dos direitos humanos”.
O
que Rousseff, uma “mulher sapiens”, ignora é que não existem qualidades
intrínsecas femininas ou masculinas, em negros ou brancos, em
homossexuais ou heterossexuais para exercer a política. A competência
para exercer um cargo público, a ética, a visão de bem comum nada tem a
ver com sexo e cor. Nesse sentido disse a grande governante Indira
Gandhi: “Não me considero uma mulher fazendo política, mas uma pessoa
exercendo um ofício”.
Portanto,
Rousseff, anos-luz distante de Margaret Thatcher, levantou uma questão
tão irrelevante quanto ela mesma e suas ministras que não chegaram a
dizer a que vieram.
O
presidente Temer depois da polêmica nomeou Maria Silvia Bastos Marques
presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES). Façamos votos que ela tenha êxito, não por ser mulher, mas por
sua competência.
Lula
nunca desceu do palanque, fez politicagem, ensinou a criatura a mentir e
deu no que deu. Temer está se baseando na realidade, acabou de entrar e
é necessário se dar a ele um tempo. Para uma oposição feroz e
inconsequente já existe o inconformado PT. Afinal, milagre Temer não
pode fazer depois do homem, Lula da Silva, e da mulher, Dilma Rousseff,
terem destroçado o Brasil. Ou alguém quer que ela volte?
(*) Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
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