21 de Maio de 2016
O noticiário sobre a
Operação Janus, nesta sexta (20), da Polícia Federal, fez parecer que,
apesar do envolvimento do sobrinho, o ex-presidente Lula não era
investigado. Porém, é mais que isso: trata-se do principal investigado.
Nota do Ministério Público Federal do DF deixou claro que o objetivo da
“Janus” é apurar se Lula “praticou tráfico internacional de influência
em favor da construtora Odebrecht”.
A primeira fase da Janus, nesta sexta, teve a ver apenas com o financiamento do BNDES para uma obra da Odebrecht em Angola.
Lula e quem o ajudou a
batalhar negócios para a Odebrecht no exterior podem esperar novas
fases da Janus. Experimentarão fortes emoções.
Também são
investigados os contratos do BNDES relativos a obras em Cuba, Venezuela,
República Dominicana e Angola, entre muitos outros.
Três desassombrados procuradores pilotam a Operação Janus: Francisco Guilherme Bastos, Ivan Cláudio Marx e Luciana Loureiro.
Publicidade
A Operação Janus
investiga o que o submundo da corrupção em Brasília chamava de “crime
perfeito”. A suspeita é que Lula fechava acordos com ditadores, a
maioria africanos, para o BNDES financiar grandes obras naqueles países,
mediante juros ínfimos, longo prazo de carência e contratos secretos,
sob a condição de serem entregues a empreiteira brasileira. No Brasil,
mandava o BNDES financiar a obra.
Após o entendimento
de Lula, o Brasil assinava acordos de cooperação com a ditadura atraída
para o esquema, que contratava a Odebrecht.
O BNDES financiava a
obra lá fora, mas pagava a Odebrecht no Brasil. Dinheiro público saído
do Tesouro para a empreiteira, sem licitação.
Ditaduras não se
deixam fiscalizar, nem os órgãos de controle do Brasil podiam auditar os
contratos no BNDES, classificados de “secretos”.
O Tribunal de Contas
da União investiga os pedidos de “quarentena” à Comissão de Ética
Pública da Presidência. Já passam de 80 os espertalhões ligados a Dilma
Rousseff que querem receber salário integral sem trabalhar, como esta
coluna revelou em abril passado.
...é só começar: o
PDT do ex-ministro dilmista Carlos Lupi avalia não seguir o PT e o PCdoB
na oposição ao Michel Temer. Pretende adotar “linha independente”, de
olho nas eleições municipais de outubro.
Senadores não
descartam a criação de impostos para tentar “salvar a economia”. No
entanto, avisaram ao presidente Michel Temer que a medida só pode ser
adotada após “esgotadas todas as opções”.
“Os deputados têm que
colocar as digitais, mostrando se são favoráveis ou contrários”, afirma
o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), sobre o processo no Conselho de
Ética contra Eduardo Cunha.
Petistas menos
ortodoxos dizem que Michel Temer tem “ótimas intenções”, mas a
permanência de Eduardo Cunha na Câmara mancha o governo. Aliados do
presidente concordam: Cunha precisa sair.
O deputado Paulinho
da Força (SD-SP), expoente do impeachment de Dilma, tem um nó para
desatar. O partido, com base sindical, é contra recriar a CPMF. Mas o
imposto ainda não foi descartado pelo governo.
Após liberar vacina
H1N1 apenas para parlamentares, o Senado conseguiu mil doses para seus
servidores. A direção do Senado garante que não haverá custo para os
cofres públicos. Humm...
O presidente da
Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA) é comparado ao ex-presidente da Câmara
Severino Cavalcante, que também era nordestino e do PP. “A diferença é
que Severino tinha Inocêncio Oliveira, que sabia tudo de regimento”, diz
um experiente deputado.
Se o governo fosse do
PT, o Brasil ficaria sabendo do rombo de R$ 170 bilhões nas contas
públicas? Ou iria “pedalar” a má notícia para 2017?
Nenhum comentário:
Postar um comentário