O Estado de S. Paulo - Cerca de vidro começa a blindar torre Eiffel
Andrei Netto CORRESPONDENTE / PARIS
A
torre Eiffel, símbolo de Paris e monumento mais visitado do mundo,
começou a ser cercado ontem por um muro de vidro à prova de balas de
3,24 metros de altura, que terá como objetivo proteger parisienses e
turistas do risco de atentados terroristas. O objetivo da prefeitura da
capital e da chefia de polícia é impedir, por exemplo, ataques com
veículos no enorme vão aberto ao público aos pés da famosa torre.
Hoje
cercado por grades provisórias, o local ficará em obras até 13 de julho
de 2018, véspera da festa nacional – e também do segundo aniversário do
atentado de Nice, cometido por um terrorista usando um caminhão. Ontem,
os primeiros operários começaram os trabalhos de instalação da
infraestrutura necessária para a equipe que realizará a construção. As
barreiras, no entanto, só serão erguidas a partir de 5 de outubro, pelo
período de dez meses e ao custo de ¤ 20 milhões, pagos pela Sociedade de
Exploração da Torre (Sete), o organismo privado que organiza a
frequentação e faz as obras de preservação, de restauro e de
modernização do monumento. A entidade garantiu ontem que não haverá
fechamento da torre durante as obras, mas o acesso poderá ser alterado
em razão do avanço dos trabalhos.
Os
materiais escolhidos para o projeto, assinado pelo arquiteto Dietmar
Feichtinger, foram o vidro de alta resistência para as fachadas frontal,
frente ao Rio Sena, e posterior da torre, e grades de metal nas
laterais, no parque no qual a torre está situada.
A
torre Eiffel recebe cerca de 6 milhões de visitantes por ano, mas em
2016 sofreu o impacto dos atentados de Paris, em janeiro e novembro de
2015, e de Nice, no meio do ano passado, com uma queda de 14% na
frequentação. Ainda assim, foram 5,8 milhões de visitantes a subir os
degraus ou os elevadores da “dama de ferro”. Em 2017, Paris já registra
um acréscimo de mais de 10% no turismo e o prognóstico indica que o
recorde de turistas pode ser quebrado ainda neste ano.
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